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sábado, 12 de maio de 2018

2º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 7 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24:24).

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Sábado à tarde, 12 de maio

As palavras de Cristo foram proferidas aos ouvidos de grande número de pessoas; mas quando Ele Se achava só, sentado sobre o Monte das Oliveiras, Pedro, João, Tiago e André foram ter com Ele. "Dize-nos", perguntaram, "quando serão essas coisas, e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?" Mat. 24:3. Jesus não respondeu aos discípulos falando em separado da destruição de Jerusalém e do grande dia de Sua vinda. Misturou a descrição dos dois acontecimentos. Houvesse desenrolado perante os discípulos os eventos futuros segundo Ele os via, e não teriam podido suportar esse espetáculo. Por misericórdia com eles, Jesus misturou a descrição das duas grandes crises, deixando aos discípulos o procurar por si mesmos a significação. Ao referir-Se à destruição de Jerusalém, Suas palavras proféticas estenderam-se para além daquele acontecimento, à conflagração final do dia em que o Senhor Se levantará do Seu lugar para punir o mundo por sua iniquidade, quando a Terra descobrirá seu sangue, e não mais encobrirá seus mortos. Todo esse discurso foi dado, não para os discípulos somente, mas para os que haveriam de viver nas últimas cenas da história terrestre (O Desejado de Todas as Nações, p. 628).

As perspectivas em nosso mundo são deveras alarmantes. Deus está retirando Seu Espírito das ímpias cidades, as quais se tornaram como as cidades do mundo antediluviano e como Sodoma e Gomorra. Os habitantes dessas cidades têm sido experimentados e provados. Chegamos a um tempo em que Deus está prestes a punir os presunçosos delinquentes, que recusam guardar Seus mandamentos e desprezam Suas mensagens de advertência. Aquele que tolera por muito tempo os que praticam o mal concede a todos a oportunidade de buscá-Lo e humilhar o coração diante dEle (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 155).

Sem a iluminação do Espírito de Deus, não seremos capazes de discernir do erro a verdade, e sucumbiremos sob as astutas tentações e enganos que Satanás fará vir sobre o mundo. Estamos próximo da terminação do conflito entre o Príncipe da luz e o príncipe das trevas, e logo os enganos do inimigo porão à prova nossa fé, para ver de que espécie é. 
Se já houve tempo em que precisássemos de fé e esclarecimento espiritual, é agora esse tempo. Os que vigiam em oração e esquadrinham as Escrituras diariamente, com o sincero desejo de saber e fazer a vontade de Deus, não serão desencaminhados por qualquer dos enganos de Satanás. ...
Queremos a verdade em todos os pontos. Queremo-la inadulterada de erros, impoluta das máximas, costumes e opiniões do mundo. Queremos a verdade com todos os seus inconvenientes. A aceitação da verdade sempre implica numa cruz. Mas Jesus deu a vida em sacrifício por nós, e não Lhe daremos nossas melhores afeições, nossas mais santas aspirações, nosso mais completo serviço? (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 361, 362).

Domingo, 13 de maio: Uma poderosa confirmação das profecias

Em linguagem inequívoca, nosso Senhor fala de Sua segunda vinda, e dá advertência de perigos que hão de preceder Seu advento ao mundo. "Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que Eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que Ele está no deserto, não saiais; eis que Ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem." Mat. 24:23-27. Como um dos sinais da destruição de Jerusalém, Cristo havia dito: "E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos." Ergueram-se falsos profetas, enganando o povo, e levando grande número ao deserto. Mágicos e exorcistas, pretendendo miraculoso poder, arrastaram o povo após si, às solidões das montanhas. Mas esta profecia foi dada também para os últimos dias. Este sinal é indício do segundo advento. Mesmo agora falsos cristos e falsos profetas exibem sinais e maravilhas para seduzir Seus discípulos. Não ouvimos nós o grito: "Eis que Ele está no deserto"? Não tem milhares ido ao deserto, na esperança de encontrar a Cristo? E de milhares de reuniões onde os homens professam ter comunicação com espíritos dos que se foram, não vem o brado: "Eis que Ele está no interior da casa [nas câmaras, dizem outras versões]"? É exatamente o que pretende o espiritismo. Mas que diz Cristo? - "Não acrediteis. Porque assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem" (O Desejado de Todas as Nações, p. 631).

Pela luz que Deus me concedeu, eu sei que o grande perigo dos homens está em se iludirem a si mesmos. Satanás está aguardando uma oportunidade. Ele virá aos homens em forma humana e lhes falará as palavras mais sublimes. Ele os submeterá às mesmas tentações que usou contra Cristo. A menos que sua mente e coração estejam cheios do puro, desprendido e santificado amor que Cristo revelou, eles ficarão subjugados ao poder de Satanás, e hão de fazer, dizer e escrever coisas estranhas para enganar, se possível, os próprios escolhidos (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 327).

Terríveis provas e aflições aguardam ao povo de Deus. O espírito de guerra está incitando as nações de uma a outra extremidade da Terra. Mas em meio do tempo de angústia que está para vir - tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação - o povo escolhido de Deus ficará inabalável. Satanás e seus anjos não poderão destruí-los; pois anjos magníficos em poder protegê-los-ão (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 67). 

A atualidade é uma época de absorvente interesse para todos os que vivem. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm fixa a sua atenção nos fatos que se desenrolam em redor de nós. Acham-se a observar as relações tensas e inquietas que existem entre as nações. Observam a intensidade que está tomando posse de todo o elemento terrestre, e reconhecem que algo de grande e decisivo está para ocorrer, ou seja, que o mundo se encontra à beira de uma crise estupenda.
Anjos acham-se hoje a refrear os ventos das contendas, para que não soprem antes que o mundo haja sido avisado de sua condenação vindoura; mas está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre a Terra; e, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever (Educação, p. 179, 180).

Segunda, 14 de maio: Perseverando até o fim

"Guarda-o." Isto não quer dizer conservar os pecados; mas guardar o conforto, a fé, a esperança que Deus vos deu em Sua Palavra. Jamais vos desanimeis. Um homem desanimado nada pode fazer. Satanás está procurando vos desanimar, dizendo-vos que não adianta servir a Deus, que isso não vale a pena, e que é melhor desfrutar o prazer e divertimento neste mundo. Mas "que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?" Mar. 8:36. Podeis fruir prazeres mundanos a expensas do mundo futuro; mas podeis vos permitir pagar um tal preço? Cumpre-nos "guardar" e viver segundo toda a luz que recebemos do Céu. Por quê? - Porque Deus quer que nos apeguemos à verdade eterna, e procedamos como Sua mão ajudadora, comunicando a luz aos que não se acham familiarizados com Seu amor por eles. Quando vos entregastes a Cristo, tomastes compromisso na presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo - os três grandes dignitários do Céu. "Guarda-o", a esse compromisso. ...
O inimigo jamais poderá arrebatar da mão de Cristo àquele que Lhe confia sinceramente nas promessas. Se a pessoa confia e procede em obediência, a mente está susceptível às impressões divinas, e a luz de Deus ilumina o interior, esclarecendo o entendimento. Que privilégios temos em Cristo Jesus! (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 351).

A compreensão correta do que "dizem as Escrituras" quanto ao estado dos mortos é indispensável para este tempo. A Palavra de Deus declara que os mortos não sabem coisa nenhuma; até o seu ódio e o seu amor já pereceram. Temos de recorrer à segura palavra da profecia como nossa fonte de autoridade. A menos que sejamos versados nas Escrituras, quando esse extraordinário poder satânico de realizar milagres, for manifesto em nosso mundo, poderá acontecer sermos enganados e atribuirmos a Deus os enganos; mas oxalá isso não aconteça, pois a Palavra de Deus declara que, se possível, até os escolhidos seriam enganados. A menos que estejamos enraizados e fundados na verdade, seremos colhidos pelos ardis enganosos de Satanás. Precisamos apegar-nos à Bíblia. Se Satanás conseguir fazer-vos crer que existem na Palavra de Deus porções não inspiradas, estará ele, então, preparado para enlaçar a vossa alma. Não teremos segurança, nem certeza no momento mesmo de precisarmos saber que é a verdade (Evangelismo, p. 249).

Os heróis que recusaram prostrar-se diante da imagem de ouro foram lançados numa fornalha de fogo ardente, mas Cristo esteve com eles ali, e o fogo não os consumiu. ...
Agora alguns de nós talvez sejamos submetidos a uma prova tão severa como essa - obedeceremos a mandamentos de homens ou obedeceremos aos mandamentos de Deus? Esta é a pergunta que será feita a muitos. A melhor coisa para nós é entrar em íntima ligação com Deus, e, se Ele quiser que sejamos mártires por amor à verdade, isto poderá ser o meio de conduzir muitos outros à verdade. 
A alma provada pela tormenta nunca é amada mais ternamente por seu Salvador do que quando está sofrendo opróbrio por causa da verdade. Quando, por amor à verdade, o crente se encontra à barra de tribunais injustos, Cristo está ao seu lado. Todas as desonras que incidem sobre o crente incidem sobre Cristo na pessoa de Seus santos. "Eu o amarei diz Cristo - e Me manifestarei a ele." João 14:21. Cristo é condenado outra vez na pessoa de Seus discípulos crentes.
Quando, por amor à verdade, o crente é encarcerado dentro dos muros de uma prisão, Cristo Se manifesta a ele, e arrebata-lhe o coração com Seu amor. Quando ele sofre a morte por Sua causa, Cristo lhe diz: "Eles podem matar o corpo, mas não podem prejudicar a alma." "Tende bom ânimo; Eu venci o mundo." "Eles Me crucificaram, e se vos matarem, estarão Me crucificando novamente na pessoa de Meus santos" (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 420).

Terça, 15 de maio: "A abominação da desolação"

Cristo, porém, chamou a atenção de Seus discípulos para as palavras do profeta Daniel, relativas aos acontecimentos a ocorrerem na época deles, e disse: "Quem lê, entenda." Mat. 24:15, Versão Brasileira. E a afirmação de que o Apocalipse é um mistério, que não pode ser compreendido, é contradita pelo próprio título do livro: "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu para mostrar a Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer. ... Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo" (Apoc. 1:1-3; O Grande Conflito, p. 341).

Nenhum cristão pereceu na destruição de Jerusalém. Cristo fizera a Seus discípulos o aviso, e todos os que creram em Suas palavras aguardaram o sinal prometido. "Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos", disse Jesus, "sabei que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam." Luc. 21:20 e 21. Depois que os romanos, sob Céstio, cercaram a cidade, inesperadamente abandonaram o cerco quando tudo parecia favorável a um ataque imediato. Os sitiados, perdendo a esperança de poder resistir, estavam a ponto de se entregar, quando o general romano retirou suas forças sem a mínima razão aparente. Entretanto, a misericordiosa providência de Deus estava dirigindo os acontecimentos para o bem de Seu próprio povo. O sinal prometido fora dado aos cristãos expectantes, e agora se proporcionou a todos oportunidade para obedecer ao aviso do Salvador. Os acontecimentos foram encaminhados de tal maneira que nem judeus nem romanos impediriam a fuga dos cristãos. Com a retirada de Céstio, os judeus, fazendo uma surtida de Jerusalém, foram ao encalço de seu exército que se afastava; e, enquanto ambas as forças estavam assim completamente empenhadas em luta, os cristãos tiveram ensejo de deixar a cidade. Nesta ocasião o território também se havia desembaraçado de inimigos que poderiam ter-se esforçado para lhes interceptar a passagem. Na ocasião do cerco os judeus estavam reunidos em Jerusalém para celebrar a festa dos Tabernáculos, e assim os cristãos em todo o país puderam escapar sem ser molestados. Imediatamente fugiram para um lugar de segurança - a cidade de Pela, na terra de Peréia, além do Jordão (O Grande Conflito, p. 30, 31).

O dia da vingança de Deus está precisamente diante de nós. O selo de Deus será colocado somente na testa daqueles que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na Terra. Aqueles que se ligam ao mundo por laços de simpatia, estão comendo e bebendo com os ébrios e certamente serão destruídos com os que praticam a iniquidade. “Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.” 1 Pedro 3:12. 
Nossa maneira de proceder determinará se receberemos o selo do Deus vivo, ou seremos abatidos pelas armas destruidoras. Já algumas gotas da ira de Deus caíram sobre a Terra; quando, porém, as sete últimas pragas forem derramadas sem mistura no cálice de Sua indignação, então para sempre será demasiado tarde para o arrependimento e procura de um abrigo. Nenhum sangue expiatório lavará então as manchas do pecado. 
“E naquele tempo Se levantará Miguel, o grande príncipe, que Se levanta pelos filhos de Teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro.” Daniel 12:1. Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. Esses poucos remanescentes, incapazes de se defenderem no conflito mortal com os poderes da Terra, arregimentados pelas forças do dragão, fazem de Deus a sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a besta e recebam seu sinal. Queira Deus auxiliar Seu povo agora, pois sem Sua assistência, que poderão eles fazer naquele tempo, em tão terrível conflito?
Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar, não nos vêm num instante. Essas graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os filhos de Deus estiveram selando o seu destino. Assediados de inúmeras tentações, souberam que deveriam resistir firmemente ou ser vencidos. Compreenderam que tinham uma grande obra para fazer, e em qualquer momento poderiam ser chamados a depor sua armadura; e se chegassem ao final de sua vida com seu trabalho inacabado, isso significaria perda eterna. Aceitaram avidamente a luz do Céu, como fizeram os primeiros discípulos, dos lábios de Jesus. Quando estes primitivos cristãos foram exilados para as montanhas e desertos; quando abandonados em masmorras para morrer de fome, de frio, ou pela tortura; quando o martírio parecia ser o único caminho para saírem de sua angústia, regozijaram-se de que fossem considerados dignos de sofrer por amor de Cristo, que por eles foi crucificado. O digno exemplo deles será um conforto e animação para o povo de Deus, que passará por um tempo de angústia tal como nunca houve (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 212, 213).

Quarta, 16 de maio: As dez virgens

A última classe tinha recebido a graça de Deus, e o poder do Espírito Santo, que regenera e alumia, tornando a Palavra divina uma lâmpada para os pés e luz para o caminho. No temor de Deus estudaram as Escrituras, para aprenderem a verdade, e fervorosamente buscaram a pureza de coração e de vida. Possuíam uma experiência pessoal, fé em Deus e em Sua Palavra, que não poderiam ser derrotadas pelo desapontamento e demora. Outras, "tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo". Haviam-se movido por um impulso de momento. Seus temores foram excitados pela mensagem solene, mas haviam dependido da fé que possuíam seus irmãos, estando satisfeitos com a luz vacilante das boas emoções, sem terem compreensão perfeita da verdade, nem experimentarem uma genuína operação da graça no coração. Tinham saído para encontrar-se com o Senhor, cheios de esperanças, com a perspectiva de imediata recompensa; mas não estavam preparados para a demora e desapontamento. Quando vieram as provações, faltou-lhes a fé, e sua luz se tornou bruxuleante (O Grande Conflito, p. 394).

A menos, porém, que os membros da igreja de Deus hoje estejam em viva associação com a Fonte de todo o crescimento espiritual, não estarão prontos para o tempo da ceifa. A menos que mantenham suas lâmpadas espevitadas e ardendo, deixarão de receber a graça adicional em tempos de especial necessidade.
Apenas os que estão a receber constantemente novos suprimentos de graça, terão o poder proporcional a sua necessidade diária e sua capacidade de usar esse poder. Em vez de aguardar um tempo futuro, em que, mediante uma concessão especial de poder espiritual recebam uma habilitação miraculosa para conquistar almas, rendem-se diariamente a Deus, para que os torne vasos próprios para o Seu uso. Aproveitam cada dia as oportunidades do serviço que encontram a seu alcance. Diariamente testificam em favor do Mestre, onde quer que estejam, seja em alguma humilde esfera de atividade no lar, ou em algum setor de utilidade pública (Atos dos Apóstolos, p. 55).

Cresçamos no conhecimento da verdade, oferecendo todo louvor e glória Àquele que é Um com o Pai. Busquemos com mais intensidade a unção celestial, o Santo Espírito. Desenvolvamos um cristianismo puro e sempre crescente, de modo que nas cortes celestiais possamos finalmente ser considerados completos em Cristo. 
“Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!” Mateus 25:6. Não percam agora tempo em espevitar e fazer brilhar as suas luzes. Não percam tempo diante da busca de perfeita unidade uns com os outros. Temos de estar preparados para as dificuldades. Provações sobrevirão. Cristo, o Capitão de nossa salvação, tornou-Se perfeito em meio ao sofrimento. Seus seguidores se defrontarão muitas vezes com o inimigo e serão severamente provados; não necessitam, contudo, entrar em desespero. Cristo lhes diz: “Tende bom ânimo; Eu venci o mundo” (João 16:33; Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 212).

Quinta, 17 de maio: Usando seu talento

A cada homem se concedem dons individuais denominados talentos. Alguns consideram esses dons como sendo limitados a certos homens que possuem muita inteligência e são dotados de capacidade mental superior. Mas Deus não limitou a concessão de Seus talentos a uns poucos favorecidos. A cada um é concedida alguma dotação especial, pelo que será ele responsabilizado pelo Senhor. Tempo, raciocínio, recursos, força, faculdades mentais, bondade de coração - tudo são dons de Deus, concedidos em confiança para serem usados na obra de abençoar a humanidade (Maravilhosa Graça [MM 1974], p. 62).  

Alguns, aparentemente, têm poucos talentos, mas se negociarem diligentemente os bens de seu Senhor, seus dotes serão grandemente aumentados. ...
O Senhor está observando cada um para ver se usará seus talentos de maneira sábia e altruísta, ou se buscará seu próprio proveito. Os talentos são distribuídos a cada pessoa de acordo com suas várias habilidades, para ver se ela os aumentará ao investi-los sabiamente. Cada um deve prestar contas ao Mestre por seus próprios atos (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.226).

Nosso tempo pertence a Deus. Cada momento é Seu, e estamos sob a mais solene obrigação de aproveitá-lo para Sua glória. De nenhum talento que nos concedeu requererá Ele mais estrita conta do que de nosso tempo.
O valor do tempo supera toda computação. Cristo considerava precioso todo momento, e assim devemos considerá-lo. A vida é muito curta para ser esbanjada. Temos somente poucos dias de graça para nos prepararmos para a eternidade. Não temos tempo para dissipar, tempo para devotar aos prazeres egoístas, tempo para contemporizar com o pecado. Agora é que nos devemos formar o caráter para a futura vida imortal. Agora é que nos devemos preparar para o juízo investigativo (Parábolas de Jesus, p. 342).

A cada homem Deus designou a sua obra. Tanto o mais humilde como o mais poderoso têm sido dotados de influência que deve ser exercida em favor do Senhor, e devem dedicar seus talentos a Ele, realizando cada qual no posto do dever que lhe foi designado. O Senhor espera que cada um faça o melhor. Quando a luz brilha no coração, Ele espera que o nosso trabalho corresponda à nossa luz, para estar de acordo com a medida da plenitude de Cristo que temos recebido. Quanto mais usarmos nosso conhecimento e exercitarmos nossas faculdades, tanto mais conhecimento teremos, tanto mais forças adquiriremos para fazer mais e melhor trabalho.

Nossos talentos não nos pertencem, são a propriedade do Senhor, com a qual temos de negociar. Somos responsáveis pelo uso ou pelo abuso dos bens do Senhor. Deus espera que os homens invistam os talentos que lhes foram confiados para que quando o Mestre vier possa receber o Seu com os juros. Com Seu sangue Cristo nos comprou como Seus servos. Servi-Lo-emos? Estudaremos agora para nos apresentarmos a Deus aprovados? Demonstraremos pelas nossas ações que somos mordomos da Sua graça? Todo o esforço envidado em prol do Mestre, movido por um coração puro e sincero, será uma fragrante oferta a Ele (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 165, 166).

Sexta, 18 de maio: Estudo adicional

Olhando para o Alto [MM 1983], "Utilizando os talentos confiados", p. 381.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

1º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 9 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

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Atenção!
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Sábado à tarde, 24 de fevereiro

Jesus satisfaz a necessidade do pecador, pois tomou sobre Si os pecados do transgressor. "Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." Isa. 53:5. Poderia o Senhor ter eliminado o pecador, destruindo-o totalmente; mas foi preferido o plano mais custoso. Em Seu grande amor Ele provê esperança para o desesperançado, dando Seu Filho unigênito para arcar com os pecados do mundo. E visto como derramou todo o Céu nesse único e rico dom, não reterá do homem nenhum auxílio necessário para que possa tomar a taça da salvação e tornar-se herdeiro de Deus e coerdeiro de Cristo "(Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 323)".

Se os irmãos e irmãs estivessem no lugar devido, não ficariam sem saber o que dizer em honra de Jesus, que esteve suspenso na cruz do Calvário por seus pecados. Se anelassem mais do compreensivo senso da condescendência de Deus em dar o Seu amado unigênito Filho para morrer em sacrifício por nossos pecados e transgressões, e dos sofrimentos e angústia de Jesus para abrir um caminho de escape ao homem culpado, a fim de que ele pudesse receber perdão e vida, seriam mais prontos a exaltar e magnificar a Jesus. Não se calariam, mas com reconhecimento e gratidão falariam de Sua glória e de Seu poder. E bênçãos de Deus cairiam sobre eles por assim fazer. Ainda que a mesma história fosse repetida, Deus seria glorificado. Mostrou-me o anjo os que não cessavam dia e noite de clamar: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso." Apoc. 4:8. "Repetição contínua", disse o anjo, "contudo Deus é glorificado." Embora repitamos a mesma história sempre, ela honra a Deus e mostra que não nos temos esquecido de Sua bondade e misericórdia para conosco (Primeiros Escritos, p. 115. 116).

Se vós, pois, sendo humanos e maus, "sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?" Luc. 11:13. O Espírito Santo, Seu próprio representante, é o maior de todos os dons. Todas as "boas coisas" (Mat. 7:11) se acham compreendidas nesse dom. O próprio Criador não nos pode dar coisa alguma maior, coisa alguma melhor. Quando rogamos ao Senhor que tenha piedade de nós em nossa aflição, e nos guie por Seu Santo Espírito, Ele nunca rejeitará nossa oração. É possível que mesmo um pai terrestre desatenda a seu filho com fome, mas Deus jamais desprezará o grito do necessitado e ansioso coração. Com que maravilhosa ternura descreveu Ele o Seu amor!
Para os que, nos dias escuros, julgam que Deus os esqueceu, eis a mensagem do coração do Pai: "Sião diz: Já me desamparou o Senhor; o Senhor Se esqueceu de mim. Pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, Eu, todavia, Me não esquecerei de ti. Eis que, na palma das Minhas mãos, te tenho gravado" (Isa. 49:14-16; O Maior Discurso de Cristo, p. 132, 133).

Domingo, 25 de fevereiro: "Onde está o teu tesouro"

Cristo intima a cada um a ponderar. Prestai uma conta honesta. Ponde num prato da balança Jesus, que significa tesouro eterno, vida, verdade, Céu e a alegria de Cristo pelos redimidos; no outro, ponde toda a atração que o mundo pode oferecer. Num prato ponde a vossa perdição, e dos que poderíeis ser instrumento para salvar; no outro, para vós e para elas, uma vida que se compare com a vida de Deus. Pesai para agora e para a eternidade. [...]
Melhor do que a companhia do mundo é a dos redimidos de Cristo. Melhor que um título para o mais nobre palácio da Terra é o título para as mansões que nosso Salvador foi preparar. E melhor que todas as palavras de louvor terreno, serão as do Salvador aos servos fiéis: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mat. 25:34. [...]
Deixe, pois, que sua propriedade o preceda no Céu. Deposite seu tesouro ao lado do trono de Deus. Assegure seu título às inescrutáveis riquezas de Cristo. "Granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos" (Luc. 16:9; Parábolas de Jesus, p. 374, 375).

Chegou-se a entender que os talentos só são dados a uma certa classe privilegiada, com exclusão de outros que, certamente, não são chamados a partilhar das tarefas ou recompensas. Mas não é isso o que a parábola apresenta. Quando o Senhor da casa chamou os servos, deu a cada homem sua obra. Toda a família de Deus é incluída na responsabilidade de usar os bens de Seu Senhor. [...]
Num grau maior ou menor, a todos são confiados os talentos de seu Senhor. A capacidade espiritual, mental e física, a influência, condição social, posses, afetos, simpatia, são todos preciosos talentos, que devem ser usados na causa do Mestre, para a salvação das almas por quem Cristo morreu. 
Deve o povo de Deus reconhecer o fato de que Deus não lhes deu talentos para que enriqueçam com bens terrenos, mas a fim de que possam pôr de reserva um bom fundamento para o tempo futuro, a saber, para a vida eterna (Conselhos Sobre Mordomia, p. 117). 

Deus requer que confessemos nossos pecados e humilhemos o coração perante Ele; ao mesmo tempo, porém, devemos ter confiança nEle como em um terno Pai, que não abandona os que nEle confiam. Não reconhecemos quantos de nós andam por vista e não por fé. Cremos nas coisas que se veem, mas não apreciamos as preciosas promessas a nós dadas em Sua Palavra. E todavia não podemos desonrar a Deus mais decididamente do que mostrando que desconfiamos do que Ele diz. 
Aos que são tentados, eu diria: Nem por um momento reconheçais as tentações de Satanás como estando em harmonia com vosso próprio espírito. Fugi delas como o faríeis do próprio adversário. A obra de Satanás é desalentar a pessoa. A de Cristo é inspirar fé e esperança ao coração. Satanás procura transtornar nossa confiança. Diz-nos que nossas esperanças assentam em falsas promessas, e não na segura, imutável palavra dAquele que não pode mentir. 
Quando ele, [Satanás] sugere dúvidas quanto a sermos realmente o povo a quem Deus está conduzindo, a quem por provas Ele está preparando para subsistir no grande dia, estai prontos a enfrentar-lhe as insinuações com a apresentação da firme Palavra de Deus, de que este é o povo remanescente que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. 
Confiemos plena, humilde, abnegadamente em Deus. Somos Seus filhinhos, e como tais lida Ele conosco. Quando dEle nos aproximamos, Ele nos guarda misericordiosamente dos assaltos do inimigo. Jamais trairá Ele alguém que nEle confie como uma criança confia em seus pais. Vê as pessoas humildes, confiantes, a se aproximarem dEle, e com piedade e amor Ele a elas Se achega, e ergue em seu favor uma bandeira contra o inimigo. "Não as toqueis", diz; "são Minhas. Eis que nas palmas das Minhas mãos" as "tenho gravado." Ele os ensina a exercer fé incondicional em Seu poder de atuar em favor deles. Dizem com segurança: "Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (I João 5:4; Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 80).

Segunda, 26 de fevereiro: Mordomos da graça de Deus

Aquela fé simples, que toma a Deus em Sua palavra, deve ser estimulada. O povo de Deus deve ter aquela fé que lança mão do poder divino; "porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus". Efés. 2:8. Os que crêem que Deus, por amor de Cristo, lhes perdoou os pecados, não devem, pela tentação, deixar de prosseguir em combater o bom combate da fé. Sua fé deve-se tornar mais forte, até que sua vida cristã bem como suas palavras, declarem: "O sangue de Jesus Cristo... nos purifica de todo o pecado" (I João 1:7; Obreiros Evangélicos, p. 161).

A graça é um atributo de Deus, exercido para com as indignas criaturas humanas. Não a buscamos, porém ela foi enviada a procurar-nos. Deus Se regozija de conceder-nos Sua graça, não porque somos dignos, mas porque somos tão completamente indignos. Nosso único direito a Sua misericórdia é nossa grande necessidade. [...]
O exemplo do Salvador deve ser a norma de nosso serviço pelo tentado e o errante. O mesmo interesse e ternura e longanimidade que Ele tem manifestado para conosco, nos cumpre mostrar para com os outros. "Como Eu vos amei a vós", diz Ele, "que também vós uns aos outros vos ameis". João 13:34. Se Cristo habita em nós, manifestaremos Seu abnegado amor para com todos com quem temos de tratar. Ao vermos homens e mulheres necessitados de simpatia e auxílio, não devemos indagar: "São eles dignos?", mas: "Como os poderei beneficiar?" (A Ciência do Bom Viver, p. 161, 162).
[Deus] deseja que apreciemos o grande plano da redenção, consideremos nosso elevado privilégio como povo de Deus, e andemos diante dEle em obediência, com ações de graças. Ele deseja que O sirvamos em novidade de vida, com contentamento todo dia. Ele anseia ver gratidão brotando em nossos corações porque temos acesso ao propiciatório, o trono de graça, porque nossos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro, porque podemos lançar todo o nosso cuidado sobre Aquele que cuida de nós. Ele nos insta a regozijar-nos porque somos a herança do Senhor, porque a justiça de Cristo é a veste de Seus santos, porque temos a bendita esperança da breve vinda de nosso Salvador. [...]
E, pelo Espírito Santo mediante o apóstolo Pedro somos admoestados: "Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus." I Ped. 4:10.
Assim é que Deus deseja cumprir por nós Seu propósito de graça. Pelo poder de Seu amor, mediante obediência, o homem caído, um verme do pó, deve ser transformado, habilitado a ser um membro da família celestial, um companheiro através das eras eternas de Deus e Cristo e dos santos anjos. O Céu triunfará pois as vagas deixadas pelos anjos caídos de Satanás e sua hoste serão preenchidas pelos redimidos do Senhor (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 55, 56).

Terça, 27 de fevereiro: Nossa melhor oferta

Em Sua misericórdia perdoara Jesus os seus pecados, chamara do sepulcro seu bem-amado irmão, e a alma de Maria estava cheia de reconhecimento. Ouvira Jesus falar de Sua morte próxima e, em seu profundo amor e tristeza, almejara honrá-Lo. Com grande sacrifício para si, comprara um vaso de alabastro de "unguento de nardo puro, de muito preço" (João 12:3) para com ele ungir-Lhe o corpo. Mas agora muitos diziam que Ele estava para ser coroado rei. Seu pesar transformou-se em alegria, e ansiava ser a primeira a honrar a seu Senhor. Quebrando o vaso de unguento, derramou o conteúdo sobre a cabeça e os pés de Jesus, e depois, enquanto de joelhos chorava umedecendo-os com lágrimas, enxugava-os com os longos cabelos soltos. [...]
Maria ouviu as palavras de crítica. O coração tremeu-lhe no peito. Temeu que a irmã a repreendesse por seu desperdício. Talvez o Mestre também a julgasse imprevidente. Sem se justificar ou apresentar desculpa, estava para se esquivar dali, quando se ouviu a voz de Seu Senhor: "Deixai-a, por que a molestais?" Viu que ela estava embaraçada e aflita. Sabia que nesse ato de serviço exprimira gratidão pelo perdão de seus pecados, e acalmou-lhe o espírito. Erguendo a voz acima dos murmúrios da crítica, disse: "Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a Mim nem sempre Me tendes. Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o Meu corpo para a sepultura" (Mar. 14:6-8; O Desejado de Todas as Nações, p. 558-560).

E que tempo mais apropriado se poderia escolher para pôr de parte o dízimo e apresentar nossas ofertas a Deus? No sábado pensamos sobre a Sua bondade. Temos-Lhe contemplado o trabalho da criação como sendo uma evidência de Seu poder na redenção. Nosso coração está pleno de gratidão pelo Seu grande amor. E agora, antes que a lida de uma semana comece, devolvemos-Lhe o que Lhe pertence, e com isso uma oferta para demonstrar a nossa gratidão. Assim, nossa prática será um sermão semanal a declarar que Deus é o possuidor de toda a nossa propriedade, e que Ele fez de nós mordomos, para a usarmos para a Sua glória. Todo reconhecimento de nossa obrigação para com Deus fortalecerá o senso de obrigação. A gratidão se aprofunda ao lhe darmos expressão, e a alegria que ela traz é vida para a alma e para o corpo (Conselhos Sobre Mordomia, p. 80).

"O Senhor é muito misericordioso e piedoso." Tia. 5:11. Ele aguarda com incansável amor ouvir as confissões do extraviado, e aceitar-lhe o arrependimento. Ele observa a ver qualquer resposta de gratidão de nossa parte, assim como uma mãe observa o sorriso de reconhecimento de seu amado filho. Ele desejaria que levássemos nossas provações a Sua compaixão, nossas dores ao Seu amor, nossas feridas à Sua cura, nossa fraqueza à Sua força, nosso vazio à Sua plenitude. Jamais foi decepcionado alguém que fosse ter com Ele (O Maior Discurso de Cristo, p. 84, 85).

Quarta, 28 de fevereiro: Motivos do coração

O povo partilhava, em grande parte, do mesmo espírito, penetrando nos domínios da consciência, e julgando-se uns aos outros em assuntos que diziam respeito à alma e Deus. Foi com referência a esse espírito e prática, que Jesus disse: "Não julgueis, para que não sejais julgados." Mat. 7:1. Isto é, não vos ponhais como norma. Não façais de vossas opiniões, vossos pontos de vista quanto ao dever, vossas interpretações da Escritura, um critério para outros, condenando-os em vosso coração se não atingem vosso ideal. Não critiqueis a outros, conjeturando os seus motivos, e formando juízos. "Nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações." I Cor. 4:5. Não nos é possível ler o coração. Faltosos nós mesmos, não nos achamos capacitados para assentar-nos como juízes dos outros. Os homens finitos não podem julgar se não pelas aparências. Unicamente Àquele que conhece as ocultas fontes da ação, e que trata terna e compassivamente, pertence decidir o caso de cada alma (O Maior Discurso de Cristo, p. 124).

Se tendes acariciado um espírito errado, seja ele banido de vossa vida. É dever vosso erradicar do coração tudo que seja de natureza corrupta; toda raiz de amargura deve ser arrancada, a fim de que outros não se contaminem com sua malfazeja influência. Não permitais que uma só planta venenosa permaneça no solo de vosso coração. Destruí-a nesta mesma hora, e plantai em seu lugar a planta do amor. Seja Jesus colocado em lugar especial do coração.
Cristo é nosso exemplo. Ele andou fazendo o bem. Viveu para abençoar os outros. O amor embelezava e enobrecia todas as Suas ações, e somos ordenados a seguir Suas pisadas (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 184).

Alguns dão daquilo que lhes sobra e não lhes faz falta. Não se privam de alguma coisa em favor da causa de Cristo. Têm tudo o que o coração pode desejar. Dão liberalmente e com boa disposição. Deus observa cuidadosamente suas atitudes e motivos e os analisa. Eles não perderão sua recompensa. Vocês que não têm condições de dar tão liberalmente, não precisam desculpar-se por não poderem fazer como os outros. Façam aquilo que lhes estiver ao alcance. Privem-se de algum artigo que possam dispensar e sacrifiquem-se pela causa de Deus. Como a viúva, ponham no cofre as duas moedinhas. Vocês estarão certamente dando mais do que todos os que ofertam de sua abundância, e saberão o quão gratificante é negar-se a si mesmo e dar aos necessitados; sacrificar-se pela verdade e ajuntar tesouros no Céu (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 177).

Quinta, 1º de março: A experiência de doar

Abnegada liberalidade levou a primeira igreja a um sentimento de alegria; pois os crentes sabiam que seus esforços estavam ajudando a levar o evangelho aos que jaziam em trevas. Sua beneficência testificava que não haviam recebido a graça de Deus em vão. Que teria produzido tal liberalidade senão a santificação do Espírito? Aos olhos de crentes e incrédulos foi um milagre de graça (Atos dos Apóstolos, p. 344).

Cumpre-nos ser representantes de Cristo na Terra - puros, bondosos, justos e misericordiosos, cheios de compaixão, que revelem desprendimento nas palavras e atos. A avareza e cobiça são vícios que Deus abomina. Elas são o resultado do egoísmo e do pecado, e arruínam toda a obra com a qual lhes é permitido misturar-se. As rudezas e asperezas de caráter são imperfeições que as Escrituras condenam decididamente como desonra a Deus.
"Seja a vossa vida" - vossa disposição e hábitos - "sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque Ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei." Heb. 13:5. " Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vossa caridade para conosco, assim também abundeis nessa graça." II Cor. 8:7. - a graça da liberalidade cristã. "E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada" (Heb. 13:16; Medicina e Salvação, p. 184).

As trevas morais de um mundo arruinado pleiteiam com os cristãos, homens e mulheres, para exercerem esforços pessoais, darem de seus recursos e de sua influência, de modo a serem assemelhados à imagem dAquele que, embora possuísse infinitas riquezas, todavia “Se fez pobre por amor de” nós. 2 Coríntios 8:9. O Espírito de Deus não pode permanecer com aqueles a quem Ele mandou a mensagem de Sua verdade, mas que precisam ser insistentemente solicitados para poderem ter qualquer percepção do dever que lhes cabe de tornarem-se coobreiros de Cristo. O apóstolo acentua o dever de dar impulsionado por motivos mais elevados do que a simples simpatia humana devida à emoção. Insiste no princípio de que devemos trabalhar desinteressadamente, visando unicamente a glória de Deus.
As Escrituras exigem que os cristãos adotem um plano de beneficência ativa, que mantenha em constante exercício o interesse pela salvação de seus semelhantes. A lei moral ordenava a observância do sábado, que não era um fardo senão quando aquela lei era transgredida e eles incorriam nas penas trazidas pela transgressão. O sistema do dízimo não era uma carga para os que não se apartavam desse plano. O sistema ordenado aos hebreus não foi rejeitado ou afrouxado por Aquele que lhe deu origem. Em vez de haver perdido agora seu vigor, deve ser mais plenamente cumprido e expandido, pois a salvação em Cristo unicamente deve ser apresentada em maior plenitude na era cristã (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 391).

Sexta, 2 de março: Estudo adicional

Conselhos Sobre Mordomia, "Liberalidade na Finalização da Obra", p. 24, 25.

"Salvar do pecado e guiar no serviço", eis o nosso lema. Nenhum sacrifício jamais será maior que o de nosso Salvador. 
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sábado, 17 de fevereiro de 2018

1º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 8 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (1Co 9:13, 14).

Se preferir, baixe este estudo em PDF: 1º Trimestre 2018 - Lição 8 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Atenção!
Trechos em destaque extraídos dos originais 
e ausentes na versão física do comentário.

Sábado à tarde, 17 de fevereiro

Cristo guardará o nome de todos os que não consideram custoso demais um sacrifício para Lhe ser oferecido sobre o altar da fé e do amor. Tudo Ele sacrificou pela humanidade caída. O nome do obediente, do que se sacrifica e é fiel será gravado nas palmas das Suas mãos; não será vomitado de Sua boca, mas tomado em Seus lábios, e Ele rogará especialmente em seu favor diante do Pai. Quando o egoísta e o orgulhoso forem esquecidos, eles serão lembrados; seu nome será imortalizado. Para que nós mesmos possamos ser felizes, devemos viver para tornar outros felizes. É bom para nós dar nossas posses, nossos talentos, e nossas afeições em grata devoção a Cristo, e dessa forma encontrar alegria aqui e imortal glória no além (Conselhos Sobre Mordomia, p. 344).

Quando Cristo, a esperança da glória, está formado no interior, a verdade de Deus atuará por tal forma no temperamento natural que sua influência regeneradora se manifestará em caráter transformado. Não haveis então de, revelando coração e temperamento não santificados, tornar a verdade de Deus em mentira perante qualquer de vossos alunos. Nem haveis de, manifestando um espírito egoísta, diverso do de Cristo, dar a impressão de que a graça de Cristo não vos é suficiente em todo tempo e lugar. Mostrareis que a autoridade de Deus sobre vós não existe só em nome, mas em realidade e verdade (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 194).

Deus nunca ficou sem testemunho na Terra. Em determinada época, Melquisedeque representou o Senhor Jesus Cristo em pessoa, para revelar a verdade do Céu e perpetuar a lei de Deus (Carta 190, p. 1905).

Foi Cristo que falou através de Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo. Melquisedeque não era Cristo, mas era a voz de Deus no mundo, representante do Pai. E através de todas as gerações do passado, Cristo falou; Cristo dirigiu Seu povo, e tem sido a luz do mundo. Quando Deus escolheu a Abraão como representante de Sua verdade, tomou-o de sua terra, para fora de sua parentela, pô-lo à parte. Desejava moldá-lo de acordo com o Seu próprio modelo. Desejava ensiná-lo de acordo com o Seu plano. Não lhe devia ser imposto o molde dos mestres do mundo (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 409, 410; Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1203). 

O Senhor declara: "Meu é todo o animal da selva, e as alimárias sobre milhares de montanhas." Sal. 50:10. "Minha é a prata, e Meu é o ouro." E é Deus quem dá aos homens o poder de adquirir riquezas. Ageu 2:8. Como reconhecimento de que todas as coisas provêm dEle, o Senhor determinou que parte de Seus abundantes dons Lhe fosse devolvida em dádivas e ofertas para manterem o Seu culto (Patriarcas e Profetas, p. 525).

Domingo, 18 de fevereiro: Juntos sustentamos a missão

O sistema do dízimo remonta a um tempo anterior aos dias de Moisés. Requeria-se dos homens que oferecessem dons a Deus com intuitos religiosos, antes mesmo que o sistema definido fosse dado a Moisés - já desde os dias de Adão. Cumprindo o que Deus deles requeria, deviam manifestar em ofertas a apreciação pelas misericórdias e bênçãos a eles concedidas. Isso continuou através de sucessivas gerações e foi observado por Abraão, que deu dízimos a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. O mesmo princípio havia nos dias de Jó (Conselhos Sobre Mordomia, p. 69; Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1203).

Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do trabalho e dos donativos de Seu povo. As ofertas voluntárias e os dízimos constituem o meio de manutenção da obra do Senhor. Dos bens confiados aos homens, Deus reclama certa porção - o dízimo. A todos deixa Ele liberdade para decidirem se desejam ou não dar mais do que isto. Mas quando o coração é tocado pela influência do Espírito Santo, e é feito um voto de dar certa importância, aquele que fez o voto não tem mais nenhum direito sobre a porção consagrada. Promessas desta espécie feitas aos homens são olhadas como obrigatórias; seriam menos obrigatórias as feitas a Deus? São as promessas julgadas no tribunal da consciência menos obrigatórias que as escritas nos contratos humanos? (Atos dos Apóstolos, p. 74).

"A qualquer que muito for dado", declarou o Salvador, "muito se lhe pedirá." Luc. 12:48. A liberalidade requerida dos hebreus era-o em grande parte para beneficiar sua própria nação; hoje em dia a obra de Deus se estende por toda a Terra. Cristo tinha colocado nas mãos de Seus seguidores os tesouros do evangelho, e sobre eles colocou a responsabilidade de dar as alegres novas de salvação ao mundo. Nossas obrigações são muito maiores, seguramente, do que o foram as do antigo Israel. 
À medida que a obra de Deus se amplia, pedidos de auxílio aparecerão mais e mais freqüentemente. Para que esses pedidos possam ser atendidos, devem os cristãos acatar a ordem: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa." Mal. 3:10. Se os professos cristãos levassem fielmente a Deus os seus dízimos e ofertas, o divino tesouro estaria repleto. Não haveria então ocasião para recorrer a quermesses, rifas ou reuniões de divertimento a fim de angariar fundos para a manutenção do evangelho.
Os homens são tentados a usar seus bens em benefício próprio, na satisfação do apetite, no adorno pessoal ou no embelezamento de seus lares. Para estas coisas muitos membros da igreja não hesitam em gastar livremente, e até extravagantemente. Mas quando solicitados a dar para o tesouro do Senhor, a fim de que se promova Sua obra na Terra, titubeiam. Talvez, sentindo que não podem escapar à conjuntura, dão uma importância tão insignificante que não raro gastam com coisas desnecessárias. Não manifestam nenhum amor real pelo serviço de Cristo, nenhum fervente interesse na salvação de almas. Não admira que a vida cristã de tais criaturas seja uma existência atrofiada e enfermiça!
Aquele cujo coração se abrasa com o amor de Cristo considerará não apenas um dever, mas um prazer, ajudar no avançamento da mais elevada e santa obra cometida a homens - a obra de apresentar ao mundo as riquezas da bondade, misericórdia e verdade (Atos dos Apóstolos, p. 339).

João, no Apocalipse, prediz a proclamação da mensagem do evangelho, justamente antes da vinda de Cristo. Viu "outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, porque vinda é a hora do Seu juízo." Apoc. 14:6 e 7. [...]
O convite do evangelho deve ser dado a todo o mundo - "a toda nação, e tribo, e língua, e povo". Apoc. 14:6. A última mensagem de advertência e misericórdia deve iluminar com sua glória toda a Terra. Deve alcançar todas as classes sociais - ricos e pobres, elevados e humildes. "Sai pelos caminhos e atalhos", diz Cristo, "e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha." (Luc. 14:23; Parábolas de Jesus, p. 227, 228).

Segunda, 19 de fevereiro: As bênçãos de Deus

É Deus quem abençoa os homens dando-lhes bens, e faz isto para que eles possam contribuir para o progresso de Sua causa. Ele envia o sol e a chuva. Faz florescer a vegetação. Dá saúde e habilidade para se adquirirem meios. Todas as nossas bênçãos são recebidas de Sua mão generosa. Em retribuição Ele quer que homens e mulheres demonstrem sua gratidão, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas - em ofertas de ação de graças, em ofertas pelo pecado e ofertas voluntárias. Se o dinheiro entrasse para a tesouraria de acordo com este plano divinamente recomendado - a décima parte do que ganhamos e as ofertas liberais - haveria abundância para o avançamento do trabalho do Senhor (Atos dos Apóstolos, p. 75). 

O Senhor fez de nós Seus despenseiros. Põe em nossas mãos as Suas dádivas, para que repartamos com os que estão em necessidade, e é esse dar prático que será para nós seguro remédio para todo o egoísmo. Ao assim expressar amor para com os que necessitam de auxílio, fareis com que o coração do necessitado dê graças a Deus por Ele haver concedido aos irmãos a graça da beneficência, e feito com que aliviassem as necessidades do necessitado.
É pelo exercício desse amor prático que as igrejas se atraem cada vez mais na unidade cristã. Pelo amor aos irmãos é aumentado o amor a Deus, porque Ele não Se esqueceu dos que estavam angustiados, e assim ascendem a Deus ações de graças pelo Seu cuidado. "Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dão a Deus." II Cor. 9:12. A fé dos irmãos, em Deus, aumenta, e eles são levados a entregar sua alma e corpo a Deus como a um fiel Criador. "Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos" (II Cor. 9:13; Conselhos Sobre Mordomia, p. 343, 344).

Os que cultivam a beneficência não estão apenas fazendo uma boa obra em favor de outros, e abençoando os que recebem a boa ação, mas estão beneficiando a si mesmos ao abrirem o coração à benéfica influência da verdadeira beneficência. Cada raio de luz lançado sobre outros será refletido sobre nosso próprio coração. Cada palavra de bondade e simpatia proferida aos tristes, cada ação que vise aliviar os oprimidos, e cada doação para suprir as necessidades de nossos semelhantes, dados ou feitos para glorificar a Deus, resultarão em bênçãos para o doador. Os que assim trabalham, estão obedecendo a uma lei do Céu e receberão a aprovação de Deus. O prazer de fazer o bem aos outros comunica aos sentimentos calor que atravessa os nervos, aviva a circulação do sangue e promove saúde mental e física (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 56).

Aquele cuja vida consiste em receber sempre e nunca dar, logo perde a bênção. Se a verdade não flui dele para outros, ele perde sua capacidade para receber. Precisamos partilhar os bens do Céu se queremos ter novas bênçãos. [...] Se os homens se tornarem condutos por cujo intermédio a graça de Deus possa fluir para outros, o Senhor abastecerá o conduto (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 318).

Terça, 20 de fevereiro: O propósito do dízimo

Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho." I Cor. 9:7-14.
O apóstolo aqui se refere ao plano do Senhor para a manutenção dos sacerdotes que ministravam no templo. Os que eram separados para esse sagrado ofício eram mantidos por seus irmãos, aos quais ministravam bênçãos espirituais. 
A devolução do dízimo era apenas uma parte do plano de Deus para o sustento de Seu trabalho. Numerosas dádivas e ofertas foram divinamente especificadas. Sob o sistema judaico, o povo era ensinado a cultivar o espírito de liberalidade, tanto em sustentar a causa de Deus como em socorrer os necessitados. Para ocasiões especiais havia ofertas voluntárias (Atos dos Apóstolos, p. 336). 

O Senhor designa que os meios a nós confiados sejam utilizados na edificação de Seu reino. Seus bens são outorgados aos mordomos, para que estes possam negociar cuidadosamente com eles, trazendo-Lhe de volta um bom rendimento sob a forma de pessoas salvas para a vida eterna. Essas almas, por sua vez, se tornarão mordomos da verdade e cooperadores do grande empreendimento que cuida dos interesses do reino de Deus (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 448).

Assim nos tem o Senhor comunicado as mais ricas bênçãos celestiais, ao nos dar Jesus. Com Ele, nos tem dado desfrutar abundantemente todas as coisas. Os produtos da terra, abundantes colheitas, os tesouros de ouro e de prata, são dádivas Suas. Casas e terras, o alimento e o vestuário, colocou-os na posse dos homens. Pede que O reconheçamos como o Doador de todas as coisas; e, por essa razão, diz: De todas as vossas posses reserva a décima parte para Mim, além das dádivas e ofertas, que devem ser trazidas à casa do Meu tesouro. É essa a provisão que Deus fez para levar avante a obra do evangelho.
Foi pelo próprio Senhor Jesus Cristo, que deu Sua vida pela vida do mundo, que foi ideado o plano do dar sistemático. Aquele que deixou as cortes reais, que Se despiu das honras de Comandante das hostes celestes, que revestiu Sua divindade da humanidade para poder levantar a raça caída; Aquele que por amor de nós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos, falou aos homens, e em Sua sabedoria lhes contou o plano que tinha para a manutenção dos que levam Sua mensagem ao mundo (Conselhos Sobre Mordomia, p. 65, 66). 

Ele deu a Seu povo um plano para levantamento de fundos suficientes para esse empreendimento se manter por si mesmo. O plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e equidade. Todos podem dele lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se aliam a simplicidade e a utilidade, e não exige profundidade de saber o compreendê-lo e executá-lo. Todos podem sentir que lhes é possível ter parte em promover a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem se pode tornar tesoureiro do Senhor, e agente em atender às exigências sobre o tesouro. Diz o apóstolo: "Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." I Cor. 16:2.

Quarta, 21 de fevereiro: A casa do Tesouro

Os que realmente estão convertidos são chamados a realizar uma obra que requer dinheiro e consagração. As obrigações que nos constrangem a colocar nossos nomes no rol da igreja nos tornam responsáveis por trabalhar para Deus até o limite de nossa capacidade. Ele requer serviço não dividido e o pleno devotamento de coração, alma, entendimento e força. Cristo nos conduziu à qualidade de igreja para que Ele possa empregar e absorver todas as nossas capacidades em dedicado serviço pela salvação de outros. Qualquer coisa abaixo disso é oposição à obra. Há somente dois lugares no Universo em que podemos depositar nossos tesouros: no celeiro de Deus ou no de Satanás. E tudo quanto não é dedicado ao serviço de Deus é contado do lado de Satanás e contribui para fortalecer sua causa (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 317).

Grandes objetivos se conseguem com este sistema. Se todos o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de recursos com que levar avante a grande obra de anunciar a última mensagem de advertência ao mundo. O tesouro estará provido se todos adotarem esse sistema, e os contribuintes não ficarão mais pobres. A cada depósito feito, tornar-se-ão mais ligados à causa da verdade presente. Eles estarão entesourando “para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna” (1 Timóteo 6:19; Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 389).

Os membros devem contribuir alegremente para a manutenção do ministério. Devem exercer abnegação e economia, a fim de não ficar atrás em nenhum valioso dom. Somos peregrinos e estrangeiros, procurando uma pátria melhor, e toda alma deve fazer com Deus um concerto com sacrifício. O tempo de salvar almas é breve, e tudo quanto não seja necessário para prover necessidades positivas, deve ser levado como oferta de gratidão a Deus.
E é dever dos que trabalham na palavra e na doutrina manifestar um justo espírito de sacrifício. Repousa sobre aqueles que recebem os liberais donativos da igreja, e administram os meios no tesouro de Deus, uma solene responsabilidade. Cumpre-lhes estudar cuidadosamente as providências do Senhor, a fim de discernir onde existe a maior necessidade. Eles têm de ser colaboradores de Cristo no estabelecer Seu reino na Terra, em harmonia com a oração do Salvador: "Venha o Teu reino. Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu" (Mat. 6:10; Obreiros Evangélicos, p. 454).

Se aqueles a quem o dinheiro de Deus foi confiado forem fiéis em trazer à tesouraria do Senhor os meios a eles emprestados, Seu trabalho experimentará rápido avanço. Muitas pessoas serão trazidas à causa da verdade, e apressar-se-á o dia da vinda de Cristo. [...]
Assim deve ser levada avante a obra de Deus em nosso mundo. Mordomos fiéis devem colocar o dinheiro do Senhor em Seu tesouro, de modo que obreiros possam ser enviados a todas as partes do mundo. A igreja aqui da Terra deve servir a Deus com abnegação e sacrifício. Assim a obra será levada avante, e serão obtidos os mais gloriosos triunfos (Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 58, 59).

Quinta, 22 de fevereiro: Dízimo e salvação pela fé

O plano da salvação não é apreciado como devera ser. Não é discernido nem compreendido. Considera-se assunto inteiramente comum - quando a união do humano com o divino exigiu um esforço da Onipotência. ... Cristo, revestindo de humanidade Sua divindade, eleva os homens a um valor infinito na escala dos valores morais. Que condescendência essa, da parte de Deus e de Seu Filho unigênito, que era igual ao Pai! [...]
Tão grande tem sido a cegueira espiritual dos homens, que têm eles procurado tornar sem efeito a Palavra de Deus. Por suas tradições têm declarado que o grande plano da redenção foi elaborado para abolir e tornar sem efeito a lei de Deus - quando é o Calvário o mais poderoso argumento a provar a imutabilidade dos preceitos de Jeová. [...]
O estado do caráter deve ser comparado com a grande norma moral de justiça. Tem de haver um expurgo de determinados pecados que têm sido ofensivos a Deus, desonrando o Seu nome, extinguindo a luz de Seu Espírito e reprimindo na vida o seu primeiro amor. [...]
A vitória é assegurada por meio da fé e obediência. ... A obra de vencer não se limita ao tempo dos mártires. O conflito se destina a nós, nestes dias de sutil tentação ao mundanismo, à proteção própria, à condescendência com o orgulho, à cobiça, às doutrinas falsas e à imoralidade. Subsistiremos ante a prova de Deus? (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 253).

Ao olharem para o grande espelho moral de Deus, Sua santa lei, que é Sua norma de caráter, não suponham por um só momento que ela possa limpá-los. Não há propriedades salvívicas na lei. Ela não pode perdoar o transgressor. A penalidade tem que ser executada. O Senhor não salva pecadores abolindo Sua lei, o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra. A punição foi suportada pelo Substituto do pecador. Não que Deus seja cruel e sem misericórdia, e Cristo, tão misericordioso que morreu na cruz do Calvário, crucificado entre dois ladrões, para abolir uma lei tão arbitrária que precisava ser extinta.O trono de Deus não deve carregar uma só mancha de crime, uma só mácula de pecado. Nos concílios do Céu, antes de o mundo ser criado, o Pai e o Filho, que era um com o Pai, tomaria o lugar do transgressor e sofreria a penalidade da justiça que deveria cair sobre ele (Manuscrito 145, 1897).

Quando o pecador penitente, contrito diante de Deus, discerne a expiação de Cristo em seu favor e aceita essa expiação como sua única esperança nesta vida e na vida futura, seus pecados são perdoados. Isso é justificação pela fé. Toda pessoa crente deve submeter sua vontade inteiramente à vontade de Deus e manter-se num estado de arrependimento e contrição, exercendo fé nos méritos expiadores do Redentor e avançando de força em força, e de glória em glória. 
Perdão e justificação são uma só e a mesma coisa. Pela fé, o crente passa da posição de rebelde, de filho do pecado e de Satanás, para a posição de súdito leal de Cristo Jesus, não por causa de alguma bondade inerente, mas porque Cristo o recebe como Seu filho, por adoção (Fé e Obras, p. 93; Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1190).

Sexta, 23 de fevereiro: Estudo adicional

A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1969], "A suficiência da justiça de Cristo", p. 107.

"Salvar do pecado e guiar no serviço", eis o nosso lema. Nenhum sacrifício jamais será maior que o de nosso Salvador. 
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