sexta-feira, 23 de novembro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 9 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "Ora, ele não disse isso de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos" (Jo 11:51, 52).

Sábado à tarde, 24 de novembro

O amor santificado é expansível, recusando-se a ser limitado pelo lar ou a igreja. Ele procura salvar as almas que estão a perecer. Cada coração que haja sentido o amor de um Salvador que perdoa o pecado encontra-se aliado a todos os outros corações cristãos. Os verdadeiros crentes unir-se-ão uns aos outros no trabalho pelas almas prestes a perecer. Não gastem os nossos pastores tempo e energia no trabalho pelos que conhecem a verdade. Em vez disto procurem os que estão fora do aprisco, devendo estimular-se uns aos outros a fervorosa ação em bem definidos e santificados esforços para salvar as pobres almas que estão perecendo em seus pecados.
Quando nossas igrejas cumprirem o dever que sobre elas impende, serão instrumentos vivos, operantes, em favor do Mestre. A manifestação de amor cristão encherá a alma com um fervor mais profundo, mais intenso, no trabalho por Aquele que deu Sua vida para salvar o mundo. Ao ser bons e fazer o bem, os seguidores de Cristo expulsam da alma o egoísmo. A eles parece pouco o maior sacrifício que tiverem de fazer. Eles veem uma grande vinha que deve ser trabalhada, e compreendem que devem estar preparados pela divina graça para trabalhar pacientemente, fervorosamente, a tempo e fora de tempo, numa esfera que não conhece limites. Obtêm vitória após vitória, crescendo em experiência e eficiência, estendendo por todos os lados os seus ferventes esforços para conquistar almas para Cristo. Utilizam com o maior proveito sua crescente experiência; eles têm o coração abrandado pelo amor de Cristo (Medicina e Salvação, p. 316, 317).

Exaltada é nossa profissão de fé. Como adventistas observadores do sábado, professamos obedecer a todos os mandamentos de Deus, e aguardar a vinda de nosso Redentor. Soleníssima mensagem de advertência foi confiada aos poucos fiéis de Deus. Por nossas palavras e atos devemos mostrar que reconhecemos a grande responsabilidade que foi posta sobre nós. Tão brilhante deve resplandecer nossa luz, que outros possam ver que glorificamos ao Pai em nossa vida diária; que estamos ligados com o Céu, e somos coherdeiros de Jesus Cristo, para que ao aparecer Ele em poder e grande glória sejamos semelhantes a Ele. 
Devemos todos sentir nossa responsabilidade individual como membros da igreja visível e obreiros na vinha do Senhor. Não devemos esperar que nossos irmãos, tão frágeis como nós mesmos, nos ajudem pelo caminho; pois nosso precioso Salvador convidou-nos a juntar-nos a Ele, e unir nossa fraqueza a Sua força, nossa ignorância a Sua sabedoria, nossa indignidade a Seus méritos. Nenhum de nós pode ocupar uma posição neutra; nossa influência se exercerá pró ou contra. Somos agentes ativos de Cristo, ou do inimigo. Ou ajuntamos com Cristo, ou espalhamos. A verdadeira conversão é uma mudança radical. A própria inclinação da mente ou a tendência do coração deve ser desviada, tornando-se a vida nova outra vez em Cristo.
Deus está conduzindo um povo para ficar em perfeita unidade sobre a plataforma da verdade eterna (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 16, 17).

Domingo, 25 de novembro: Sob a cruz de Jesus

"Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação. Ora, ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus que andavam dispersos" (Jo 11:50-52). Essas palavras foram proferidas por alguém que não sabia seu significado.
Ele havia perdido o senso da santidade dos sacrifícios e ofertas. Mas suas palavras queriam dizer mais do que ele ou os que estavam associados a ele sabiam. Por meio delas, ele deu testemunho de que havia chegado o momento de o sacerdócio araônico cessar para sempre. Ele estava condenando Alguém que havia sido prefigurado em todo sacrifício feito, mas Alguém cuja morte poria fim à necessidade de tipos e sombras. Sem o saber, ele declarava que Cristo estava prestes a cumprir aquilo para o qual havia sido instituído o sistema de sacrifícios e ofertas (Review and Herald, 12/6/1900; Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.270, 1.271).

Não basta crer no que se diz acerca de Cristo; devemos crer nEle. A única fé que nos beneficiará, é a que O abraça como Salvador pessoal; que se apropria de Seus méritos. Muitos têm a fé como uma opinião. A fé salvadora é um ajuste pelo qual aqueles que recebem a Cristo se unem a Deus em concerto. Fé genuína é vida. Uma fé viva significa acréscimo de vigor, segura confiança pela qual a alma se torna uma força vitoriosa (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 138).

Na submissão de Cristo ao rito do batismo, Ele mostra ao pecador um dos importantes passos na verdadeira conversão. Cristo não tinha pecados de que precisasse ser lavado e purificado; mas, ao consentir em tornar-Se o substituto do homem, foram-Lhe atribuídos os pecados do homem culpado. ... Aceitando a Cristo como substituto do pecador, Deus dá ao pecador, com a ajuda do divino poder de Cristo, a oportunidade de resistir à prova que Adão não conseguiu suportar.
Cristo foi ter com João, arrependendo-Se por causa do pecador e crendo para o bem dele, a fim de que, por meio do plano que Ele havia elaborado, de assumir a natureza humana e sofrer e morrer pelo homem, o pecador, mediante arrependimento, fé e batismo, fosse aceito por Deus. Ele foi sepultado por João na sepultura líquida, e veio à tona e saiu da água, para apresentar ao homem, em Sua vida santa, o verdadeiro modelo a ser seguido.
Os passos na conversão, claramente demarcados, são o arrependimento, a fé em Cristo como o Redentor do mundo, a fé em Sua morte, sepultamento e ressurreição, evidenciados pelo batismo, e em Sua ascensão ao Céu, para interceder pelo pecador. Logo no começo de Seu ministério público, Ele Se apresenta no caráter que mantém para o homem durante toda a Sua obra mediadora. Ele Se identifica com os pecadores como seu substituto, tomando sobre Si os pecados deles, contando-Se com os transgressores e fazendo a obra que se requer do pecador em arrependimento, fé e obediência voluntária. Que exemplo é dado aí na vida de Cristo para ser imitado pelos pecadores! Se não seguirem o exemplo que lhes é dado, eles ficarão sem desculpa.
Queridas crianças e jovens, vosso Pai celestial e o querido Salvador são os vossos melhores amigos. Tendes toda a evidência de que vos é possível ter o Seu amor por vós. "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes, O entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?" Rom. 8:32.
Deus não reterá de nós coisa alguma que realmente seja para o nosso bem. Jesus quer que sejamos felizes neste mundo e que desfrutemos com Ele a glória do mundo por vir. Deus tem feito convites às crianças e jovens para que se entreguem a Ele. "Dá-Me, filho Meu, o teu coração." Prov. 23:26. É feita a promessa: "Os que de madrugada Me buscam Me acharão." Prov. 8:17. 
Todos os que vivem têm pecados de que precisam ser lavados. ... Genuíno arrependimento do pecado, fé nos méritos de Jesus Cristo e o batismo na Sua morte, a fim de ressurgir da água para viver uma nova vida, são os primeiros passos no novo nascimento que Cristo disse que Nicodemos precisava experimentar para ser salvo. As palavras de Cristo a Nicodemos não foram proferidas só para ele, mas a cada homem, mulher e criança que vivessem no mundo. ... Estamos seguros ao seguir o exemplo de Cristo (Exaltai-O [MM 1992], p. 81). 

A graça de Deus vem à alma pelo conduto da fé viva, e está ao nosso alcance exercitar semelhante fé.
A verdadeira fé apreende e suplica a bênção prometida, antes que esta se realize e a experimentemos. Devemos, pela fé, enviar nossas petições para dentro do segundo véu, e fazer com que nossa fé se apodere da bênção prometida e a invoque como sendo nossa. Devemos então crer que recebemos a bênção, porque nossa fé se apoderou dela, e segundo a Palavra, é nossa. "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis." Mar. 11:24. Isto é fé, e fé pura; o crer que recebemos a bênção, mesmo antes que a vejamos (Primeiros Escritos, p. 72).

Segunda, 26 de novembro: Ministério da reconciliação

O tempo em que vivemos é de intensa agitação. Ambição e guerra, prazer e ganho de dinheiro, absorvem o interesse das pessoas. Satanás sabe que seu tempo é curto e tem posto todos os seus agentes no trabalho, de modo que os homens sejam enganados, iludidos, ocupados e arrebatados, até que o tempo de graça expire e a porta da misericórdia se encerre para sempre. É nosso trabalho levar ao mundo inteiro — a cada nação, tribo, língua e povo — as salvadoras verdades da mensagem do terceiro anjo. Tem sido um problema difícil saber como alcançar o povo nos centros densamente populosos. Não temos permissão de entrar nas igrejas. Nas cidades, os salões grandes são caros e, em muitos casos, apenas poucas pessoas vão aos melhores salões. Os que não nos conhecem falam mal de nós. As razões de nossa fé não são compreendidas pelo povo, e temos sido considerados como fanáticos, como quem ignorantemente guarda o sábado em lugar do domingo. Temo-nos achado perplexos em nossa obra, por não saber como romper as barreiras do mundanismo e dos preconceitos, apresentando ao povo a preciosa verdade que tanta significação encerra para eles. O Senhor nos tem indicado que as reuniões campais são um dos mais importantes instrumentos na realização dessa obra (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 31).

Temos necessidade de iluminação divina. Todo indivíduo está procurando tornar-se um centro de influência, e enquanto Deus não trabalhar por Seu povo, eles não verão que a subordinação a Deus é a única segurança para toda alma. Sua graça transformadora em corações humanos conduzirá a uma unidade que ainda não foi compreendida, pois todos os que são assemelhados a Cristo estarão em harmonia uns com os outros. O Espírito Santo produzirá unidade. [...]
Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, ... reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz." Efés. 2:14-16.
Cristo é o elo de ligação na áurea corrente que vincula os crentes em Deus. Não deve haver separações neste grande tempo de prova. Os componentes do povo de Deus são "concidadãos dos santos, e... da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor". Efés. 2:19-21. Os filhos de Deus constituem um conjunto unido em Cristo, o qual apresenta Sua cruz como o centro de atração. Todos os que creem são um nEle (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 20, 21).

Insisto com o nosso povo para que cesse seu criticismo e maledicência, e se dirija a Deus em fervorosa oração, pedindo-Lhe que ajude os transviados. Que se unam uns aos outros, e também com Cristo. Estudem o capítulo dezessete de João e aprendam como orar e viver a oração de Cristo. Ele é o Consolador, e habitará em seus corações tornando a sua alegria completa. Suas palavras lhes serão como o Pão da Vida, e na força assim obtida serão habilitados a desenvolver caráter que será uma honra para Deus. Existirá entre eles perfeita comunhão cristã. Em sua vida serão vistos os frutos que sempre aparecem como resultado de obediência à verdade. [...]
Que se fale menos em pequenas diferenças, e se estude mais diligentemente o que a oração de Cristo significa para os que creem em Seu nome. Devemos orar para que haja união, e então viver de tal modo que Deus possa atender nossas orações.
Perfeita unidade - uma união tão íntima como a que existe entre o Pai e o Filho - isto é que coroará de êxito os esforços dos obreiros de Deus. 
Completa união com Cristo e uns com os outros é absolutamente necessária à perfeição dos crentes. A presença de Cristo pela fé no coração dos crentes, se constitui seu poder, sua vida. ... A união com Deus por meio de Cristo torna a igreja perfeita (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 192).  

Terça, 27 de novembro: Unidade prática

Amor às almas por que Cristo morreu, significa a crucifixão do próprio eu. Aquele que é filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se um elo na cadeia baixada para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele em busca dos perdidos para os salvar. O cristão deve sempre ter presente que se consagrou a Deus, e que seu caráter deve revelar Cristo perante o mundo. O espírito de sacrifício, a simpatia, o amor manifestados na vida de Cristo, devem reaparecer na existência do obreiro de Deus (O Desejado de Todas as Nações, p. 417).

Os que desejam ter a sabedoria que vem de Deus devem tornar-se néscios no pecaminoso conhecimento deste século, para serem sábios. Devem fechar os olhos, para não verem nem aprenderem o mal. Devem fechar os ouvidos, para que não ouçam o que é mau e não obtenham o conhecimento que lhes mancharia a pureza de pensamentos e de ação. E devem guardar a língua, para que não profira palavras corruptas e o engano se encontre em sua boca (O Lar Adventista, p. 404).

O poder de uma vida mais alta, mais pura e mais nobre é nossa grande necessidade. O mundo tem ocupado demais os nossos pensamentos, e o reino de Deus muito pouco.
Em Seus esforços para alcançar o ideal de Deus para si, o cristão não deve desesperar de coisa alguma. A perfeição moral e espiritual mediante a graça e o poder de Cristo é prometida a todos. Jesus é a fonte de poder, a origem da vida. Ele nos leva a Sua Palavra, e da árvore da vida nos apresenta as folhas para a saúde de almas enfermas de pecado. Ele nos leva ao trono de Deus, e põe em nossa boca uma oração pela qual somos levados a íntimo contato com Ele próprio. Em nosso benefício põe em operação os instrumentos todo-poderosos do Céu. Em cada passo tocamos Seu vivo poder.
Deus não fixa limite para o progresso dos que desejam ser "cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual". Col. 1:9. Mediante a oração, a vigilância, através do crescimento no conhecimento e na compreensão, eles devem ser "corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da Sua glória". Col. 1:11. Assim são preparados para trabalhar por outros. É propósito do Salvador que os seres humanos, purificados e santificados, sejam Sua mão ajudadora (Atos dos Apóstolos, p. 478). 

Que a palavra da verdade seja proferida com o coração abrandado pela ternura. Os que se acham em erro sejam tratados com a benignidade de Cristo. Se aqueles por quem estão trabalhando não aceitam imediatamente a verdade, não devem ser censurados, nem criticados nem condenados. Lembrem-se de representar, em todo o tempo, a Cristo em Sua mansidão, benignidade e amor. [...]
Não vamos ficar magoados porque temos duras provas a sofrer, sérias lutas a suportar na apresentação de uma verdade impopular. Pensemos em Jesus e no que Ele sofreu por nós, e calemo-nos. Mesmo quando maltratados e falsamente acusados, não nos queixemos; não falemos palavras de murmuração; não demos lugar em nosso espírito a pensamentos de censura ou descontentamento. Prossigamos em linha reta, “tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”. (1 Pedro 2:12; Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 120).

Quarta, 28 de novembro: Unidade em meio à diversidade

O Senhor não confiou a homens o encargo de relembrar as faltas e os erros dos vivos ou dos mortos. Ele quer que Seus obreiros apresentem a verdade para este tempo. Não faleis dos erros de vossos irmãos que estão vivos, e calai-vos no tocante às faltas dos mortos. Deixai que os seus erros e faltas permaneçam onde Deus os colocou - lançados nas profundezas do mar. Quanto menos os que professam crer na verdade presente disserem a respeito das faltas e erros dos servos de Deus no passado, tanto melhor será para sua própria alma e para a alma daqueles a quem Cristo adquiriu por Seu próprio sangue (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 346, 347).

No dom de Seu Filho para nossa redenção, Deus mostrou quão alto valor dá Ele a toda alma humana, e não dá direito a homem algum de falar desprezivelmente de outro. Veremos faltas e fraquezas nos que nos rodeiam, mas Deus reivindica toda alma como Sua propriedade - Sua pela criação, e duplamente Sua como comprada com o precioso sangue de Cristo. Todos foram criados à Sua imagem, e mesmo os mais degradados devem ser tratados com respeito e ternura. Deus nos considerará responsáveis mesmo por uma palavra proferida em desprezo a respeito de uma alma por quem Cristo depôs a vida (O Maior Discurso de Cristo, p. 56, 57).

São as pequenas coisas que testam o caráter. Deus Se alegra diante dos despretensiosos atos diários de abnegação feitos com mansidão e alegria. Não devemos viver para nós mesmos, mas para os outros. Devemos ser uma bênção mediante o esquecimento de nós mesmos e consideração pelos outros. Devemos cultivar amor, paciência e força moral (Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 647).

Aqueles que realmente amavam a verdade por amor da verdade deviam ter seguido sua conduta visando à glória de Deus e deixado que a luz da verdade brilhasse diante de todos. 
Sua ira [de Satanás] [...] e declararia guerra contra aqueles “que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”. Apocalipse 12:17. Mas isso não deveria ter tornado impacientes ou desanimados os crentes fiéis. Estas coisas deviam ter [...] uma influência para tornar o crente verdadeiro mais cauteloso, vigilante e devoto — mais terno, compassivo e amando [...] Como Cristo suportou, e continua a suportar nossos erros, nossa ingratidão e nosso débil amor, assim devíamos suportar aqueles que provam nossa paciência. Serão os seguidores de Jesus, que negou a Si mesmo e Se sacrificou, tão diferentes de seu Senhor? Os cristãos devem ter coração bondoso e paciente (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 110, 111).

Quinta, 29 de novembro: Unidade na missão

Entre o povo de Deus devia haver, neste tempo, frequentes períodos de oração sincera e fervorosa. A mente deve estar constantemente em atitude de oração. No lar e na igreja, façam-se orações fervorosas em favor dos que se entregaram à pregação da Palavra. Orem os crentes, como fizeram os discípulos depois da ascensão de Cristo. ...
Uma corrente de fervorosos e devotos crentes devia rodear o mundo. Orem todos com humildade. Uns poucos vizinhos podem reunir-se para orar pedindo o Espírito Santo. Que aqueles que não podem sair de casa juntem os filhos e se unam em aprender a orar em grupo. [...]
Coisa alguma é mais necessária na obra do que os resultados práticos da comunhão com Deus. Deveríamos convocar reuniões para oração, pedindo ao Senhor que abra o caminho para a verdade penetrar em redutos onde Satanás estabeleceu seu trono, espancando as sombras que ele lançou através do caminho daqueles que ele procura enganar e destruir. Temos a afirmação: "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tia. 5:16; Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 92).

Há necessidade de oração — oração totalmente sincera, fervorosa, angustiante — oração como a que Davi fez quando exclamou: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus!” Salmos 42:1. [...] “A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.” Salmos 84:2. “A minha alma está quebrantada de desejar os Teus juízos em todo o tempo.” Salmos 119:20. Este é o espírito da oração perseverante, espírito possuído pelo rei salmista.
Daniel orou a Deus, não exaltando a si mesmo ou reivindicando qualquer mérito; “ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e opera sem tardar; por amor de Ti mesmo, ó Deus meu”. Daniel 9:19. Isso é o que Tiago chama oração eficaz e fervorosa. De Cristo é dito: “E, posto em agonia, orava mais intensamente.” Lucas 22:44. Em que contraste com esta intercessão feita pela Majestade do Céu se acham as orações fracas, insensíveis, que são feitas a Deus! Muitos se satisfazem com o culto de lábios, e bem poucos têm sincero, fervoroso e afetuoso anelo de Deus. 
A comunhão com Deus comunica à alma um íntimo conhecimento de Sua vontade. Mas muitos que professam a fé não sabem o que é verdadeira conversão. Não têm experiência e comunhão com o Pai através de Jesus Cristo, e nunca sentiram o poder da graça divina para santificar o coração. Orar e pecar, pecar e orar, a vida deles está cheia de maldade, engano, inveja, ciúmes e amor-próprio. As orações desse grupo são uma abominação a Deus. A oração verdadeira ocupa as energias da alma e afeta a vida. Aquele que assim desabafa suas necessidades perante Deus, sente o vazio de tudo o mais, debaixo do céu. [...]
Ao crescer os nossos números, planos mais amplos devem ser estabelecidos para atender à crescente demanda dos tempos; mas não vemos aumento especial de piedade fervorosa, de simplicidade cristã e sincera devoção. A igreja parece contente em apenas dar os primeiros passos na conversão. Está mais pronta para o trabalho ativo do que para humilde devoção — mais pronta para empenhar-se em serviço religioso exterior do que para a obra interior do coração. A meditação e a oração são negligenciadas pelo burburinho e exibição. A religião deve começar com o esvaziar do coração e sua purificação, e deve ser nutrida pela oração diária (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 534, 535).

A igreja precisa despertar para a ação. O Espírito de Deus nunca poderá vir enquanto ela não preparar o caminho. Deve haver diligente exame de coração. Deve haver oração unida e perseverante, e o reclamar, pela fé, as promessas de Deus. Deve haver, não o cobrir o corpo de saco, à semelhança da antiguidade, mas profunda humilhação de alma. Não temos a mínima razão para congratulação e exaltação própria. Devemos humilhar-nos sob a potente mão de Deus. Ele aparecerá para confortar e dar bênçãos aos que deveras buscam.
A obra está diante de nós; empenhar-nos-emos nela? Precisamos trabalhar depressa, precisamos avançar constantemente. Temos de preparar-nos para o grande dia do Senhor. Não temos tempo a perder, tempo para empenhar-nos em desígnios egoístas. O mundo deve ser advertido. Que estamos fazendo, como indivíduos, para levar a luz a outros? Deus deixou a cada homem sua obra; cada um tem sua parte a desempenhar, e não podemos negligenciar essa obra senão com risco para nossa alma (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 126).

Sexta, 30 de novembro: Estudo adicional

Evangelismo, "Unidade na Diversidade", p. 98-103.
Atos dos Apóstolos, "Carta de Roma", p. 477, 478.


Se preferir, baixe este estudo em PDF: 4º Trimestre 2018 - Lição 9 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

sábado, 17 de novembro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 8 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do Céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4:12).

Sábado à tarde, 17 de novembro

Raramente encontramos duas pessoas exatamente iguais. Entre os seres humanos, da mesma maneira que entre as coisas do mundo natural, há diversidade. A unidade na diversidade entre os filhos de Deus - a manifestação de amor e longanimidade a despeito da diferença de disposição - eis o testemunho de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para salvar os pecadores. 
A unidade que existe entre Cristo e Seus discípulos não destrói a personalidade nem de um nem de outro. No espírito, no desígnio, no caráter, eles são um, porém não em pessoa. Participando do Espírito de Deus, conformando-se com a lei do Senhor, o homem se torna participante da natureza divina. Cristo leva Seus discípulos a viva união com Ele e com o Pai. Pela atuação do Espírito Santo na mente humana, o homem se torna perfeito em Cristo. A unidade com Cristo estabelece um vínculo de unidade uns com os outros. Essa unidade é a mais convincente prova para o mundo quanto à majestade e a virtude de Cristo, e ao Seu poder de tirar o pecado (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956, 2005], p. 286). 

A unidade do povo escolhido de Deus tem sido terrivelmente abalada. Deus apresenta um remédio. Esse remédio não é uma influência entre muitas influências, e no mesmo nível delas; é uma influência acima de todas as demais sobre a face da Terra, uma influência neutralizante, enaltecedora e enobrecedora. Os que trabalham com o evangelho devem ser elevados e santificados; pois estão lidando com os princípios de Deus. Atrelados a Cristo, são cooperadores de Deus. Assim deseja o Senhor unir Seus seguidores uns aos outros, para que possam ser uma força para o bem, realizando cada qual a sua parte, não obstante nutrirem todos os sagrados princípios de dependência da Cabeça (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 242).

Domingo, 18 de novembro: Salvação em Jesus

Cristo veio a este mundo para nos mostrar o que Deus pode fazer e o que nós podemos fazer em cooperação com Deus. Em carne humana, Ele foi ao deserto para ser tentado pelo inimigo. Ele sabe o que é ter fome e sede. Conhece as fraquezas e enfermidades da carne. Foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança.
Nosso resgate foi pago por nosso Salvador. Ninguém precisa ser escravizado por Satanás. Cristo Se encontra diante de nós como nosso divino exemplo, nosso todo-poderoso ajuda- dor. Fomos comprados com um preço que é impossível calcular. Quem pode medir a bondade e a misericórdia do amor redentor? (Ms 76, 1903); Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1.195).

Aquele que deseja tornar-se filho de Deus tem de receber a verdade de que o arrependimento e o perdão devem ser obtidos por meio de nada menos que a expiação de Cristo. Certo disto, o pecador tem de fazer um esforço em harmonia com a obra feita em seu favor, e com súplicas incansáveis recorrer ao trono da graça, para que o poder renovador de Deus possa vir a sua alma. Cristo não perdoa a ninguém senão ao penitente, mas àquele a quem Ele perdoa, primeiro faz penitente. A providência tomada é completa, e a eterna justiça de Cristo é colocada ao crédito de toda alma crente (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 393, 394). 

Estamos agora no campo do conflito. ...
Seja a Palavra de Deus o nosso estudo. ...
A todos quantos creem nEle, Cristo dá o poder de serem feitos filhos de Deus. Os que são assim denominados membros da família real viverão para Aquele que é a propiciação pelos seus pecados. Ao prosseguirem em conhecer a verdade, seus pés são firmados sobre o firme fundamento. Nem inundações nem tempestades poderão remover seu fundamento (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 278).

Cristo, nosso Salvador, em quem habita absoluta perfeição, tornou-Se pecado para a raça caída. Ele não conhecia o pecado pela experiência de pecar, mas suportou o terrível peso da culpa do mundo inteiro. Tornou-Se nossa propiciação para que todos que O recebam possam tornar-Se filhos de Deus. A cruz foi erguida para salvar o homem. Cristo erguido sobre a cruz foi o meio planejado no Céu para despertar no pecador arrependido um senso da malignidade do pecado. Pela cruz, Cristo buscou atrair todos a Si mesmo. Ele morreu como a única esperança de salvar aqueles que, devido ao pecado, estavam no fel da amargura. Mediante a atuação do Espírito Santo, um novo princípio de poder mental e espiritual deveria ser trazido ao homem que, mediante associação com a divindade, deveria tornar-Se um com Deus (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 205).

Que tema de meditação, o sacrifício feito por Jesus pelos pecadores perdidos! “Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados.” Isaías 53:5. Como estimaremos as bênçãos assim postas ao nosso alcance? Poderia Jesus haver sofrido mais? Poderia haver comprado para nós mais ricas bênçãos? Não deveria enternecer o coração mais duro, o lembrar-nos de que, por amor de nós, Ele deixou a glória e a felicidade do Céu, e sofreu pobreza e vergonha, cruel aflição e morte terrível? Não nos houvesse Ele aberto, por Sua morte e ressurreição, a porta da esperança, e não conheceríamos senão os horrores das trevas e as misérias do desespero. Em nosso estado atual, favorecidos e abençoados como somos, não podemos calcular de que profundidade fomos salvos. Não nos é possível medir quão mais profundas seriam nossas aflições, quão maiores nossas misérias, não nos houvesse Jesus rodeado com Seu braço humano de simpatia e amor, e nos erguido (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 316).

Segunda, 19 de novembro: A segunda vinda de Cristo

A promessa da segunda vinda de Cristo devia conservar-se sempre viva na mente de Seus discípulos. O mesmo Jesus, a quem viram subir ao Céu, viria outra vez, para receber aos que na Terra se entregam a Seu serviço. A mesma voz que lhes disse: "Estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mat. 28:20), dar-lhes-ia as boas-vindas a Sua presença no reino celestial. [...]
A todos os que O têm amado e esperado por Ele, Ele coroará com honra, glória e imortalidade. Os justos mortos ressurgirão de suas sepulturas, e os que estiverem vivos serão arrebatados com eles para encontrar o Senhor nos ares. Eles ouvirão a voz de Jesus, mais suave que qualquer música jamais ouvida por ouvido mortal, dizendo-lhes: Vossas lutas estão terminadas. "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mat. 25:34; Atos dos Apóstolos, p. 33, 34).

Jesus virá como ascendeu para o Céu, apenas com novo esplendor. Virá com a glória de Seu Pai, e todos os santos anjos com Ele, a escoltá-Lo em Seu trajeto. Em vez da cruel coroa de espinhos para Lhe ferir as fontes santas, adorna-Lhe a sagrada fronte uma coroa de glória ofuscante. ... Ele não trajará uma simples túnica sem costuras, porém uma veste mais alva do que a neve - de brilho deslumbrante.
Jesus vem! Mas não para reinar como um príncipe temporal. Ele ressuscitará os justos mortos, transformará os santos vivos em gloriosa imortalidade e, com os santos toma o reino debaixo de todo o céu (A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 348).

Cristo virá com poder e grande glória. Virá revestido de Sua própria glória, e da glória do Pai. E os santos anjos O assistem no Seu trajeto. Enquanto todo o mundo está imerso em trevas, haverá luz em toda habitação dos santos. Eles surpreenderão a primeira luz de Seu segundo aparecimento. A luz imaculada irromperá do Seu esplendor, e Cristo o Redentor será admirado por todos os que O têm servido. Enquanto os ímpios fogem, os seguidores de Cristo regozijam-se em Sua presença.
É então que o redimido dentre os homens receberá sua prometida herança. Assim o propósito de Deus para Israel encontrará literal cumprimento. Aquilo que Deus propõe, o homem é impotente para anular. Mesmo em meio à operação do mal, o propósito de Deus tem prosseguido firmemente em direção do seu cumprimento. Foi assim com a casa de Israel através da história da monarquia dividida; assim é com o Israel espiritual de hoje (Profetas e Reis, p. 720).

A vinda do Senhor tem sido em todos os séculos a esperança de Seus verdadeiros seguidores. A última promessa do Salvador no Monte das Oliveiras, de que Ele viria outra vez, iluminou o futuro a Seus discípulos, encheu-lhes o coração de alegria e esperança que as tristezas não poderiam apagar nem as provações empanar. Em meio de sofrimento e perseguição, "o aparecimento do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo" foi a "bem-aventurada esperança" (O Grande Conflito, p. 302).  

Terça, 20 de novembro: Ministério de Jesus no santuário celestial

Jesus é nosso Advogado, nosso Sumo Sacerdote, nosso Intercessor. Nossa posição é semelhante à dos israelitas no Dia da Expiação. Quando o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo, representando o local em que nosso Sumo Sacerdote agora está pleiteando, e aspergia o sangue expiatório sobre o propiciatório, não eram oferecidos sacrifícios expiatórios no lado de fora. Enquanto o sacerdote estava intercedendo com Deus, todo coração devia curvar-se em contrição, implorando o perdão da transgressão. 
O tipo encontrou o antítipo na morte de Cristo, o Cordeiro morto pelos pecados do mundo. Nosso grande Sumo Sacerdote fez o único sacrifício que tem algum valor em nossa salvação. Quando Ele Se ofereceu na cruz, foi feita uma expiação perfeita pelos pecados das pessoas. Encontramo-nos agora no pátio exterior, aguardando a bendita esperança, o glorioso aparecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não devem ser oferecidos sacrifícios no lado de fora, pois o grande Sumo Sacerdote está realizando Sua obra no Lugar Santíssimo. Em Sua intercessão como nosso advogado, Cristo não necessita da virtude nem da intercessão de homem algum. Ele é o único Portador do pecado e a única Oferta pelo pecado. A oração e a confissão só devem ser feitas Àquele que entrou uma vez por todas no Lugar Santíssimo. Ele salvará totalmente todos os que vão ter com Ele pela fé. Vive sempre para interceder por nós. ...
O mais poderoso intelecto criado não pode compreender a Deus; as palavras da língua mais eloquente não conseguem descrevê-Lo. ... Os homens só têm um Advogado, um Intercessor que é capaz de perdoar a transgressão. Não há de o nosso coração encher-se de gratidão Àquele que deu Jesus para ser a propiciação pelos nossos pecados? Pensai profundamente no amor que o Pai manifestou em nosso favor, o amor que Ele expressou. Não podemos medir esse amor; pois não tem medição. Podemos medir o Infinito? Só podemos apontar para o Calvário, ao Cordeiro morto desde a fundação do mundo (Exaltai-O [MM 1992], p. 370).

Podemos regozijar-nos na esperança. Nosso Advogado está no santuário celestial, intercedendo em nosso favor. Temos perdão e paz por Seus méritos. Ele morreu a fim de que pudesse lavar nossos pecados, revestir-nos de Sua justiça, e habilitar-nos para o convívio celeste, onde podemos habitar para sempre na luz. [...] quando Satanás quiser encher-lhe a mente de desânimo, sombras e dúvidas, resista-lhe às sugestões. Fale a ele do sangue de Jesus que purifica de todo pecado. Você não pode salvar-se do poder do tentador; porém ele treme e foge quando os méritos daquele precioso sangue são alegados. Não aceitará você então com reconhecimento as bênçãos concedidas por Jesus? Não tomará o cálice da salvação que Ele apresenta, e invocará o nome do Senhor? [...] Ele observa com o mais intenso interesse seu progresso no caminho celeste; vê seus diligentes esforços; nota suas quedas e reerguimentos, suas esperanças e seus temores, os conflitos e as vitórias (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 316, 317).

Com a fé de uma criancinha, devemos chegar a nosso Pai celestial, expondo a Ele todas as nossas necessidades. Ele está sempre pronto a perdoar e ajudar. O suprimento de sabedoria divina é inesgotável, e o Senhor nos anima a dele sacar amplamente. O anseio que devemos ter de bênçãos espirituais, é descrito nas palavras: "Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus!" Sal. 42:1. Necessitamos de mais profunda fome de alma pelos ricos dons que o Céu tem para conceder. Devemos ter fome e sede de justiça.
Oh, se nos possuíssemos de um desejo consumidor de conhecer a Deus por um conhecimento experimental, de penetrarmos na câmara de audiência do Altíssimo, estendendo a mão da fé, e lançando nossa vida desamparada sobre Aquele que é poderoso para salvar! Sua amorável benignidade é melhor que a vida! (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956, 2005], p. 121).

Quarta, 21 de novembro: O sábado

Por haver o sábado sido feito para o homem, é o dia do Senhor. Pertence a Cristo. Pois "todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez". João 1:3. Uma vez que Ele fez todas as coisas, fez também o sábado. Este foi por Ele posto à parte como lembrança da criação. Mostra-O como Criador tanto como Santificador. Declara que Aquele que criou todas as coisas no Céu e na Terra, e por quem todas as coisas se mantêm unidas, é a cabeça da igreja, e que por Seu poder somos reconciliados com Deus. Pois, falando de Israel, disse: "Também lhes dei os Meus sábados, para que servissem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica" (Ezeq. 20:12) - os torna santos. Portanto, o sábado é um sinal do poder de Cristo para nos fazer santos. E é dado a todos quantos Cristo santifica. Como sinal de Seu poder santificador, o sábado é dado a todos quantos, por meio de Cristo, se tornam parte do Israel de Deus (O Desejado de Todas as Nações, p. 288).

O sábado, especialmente, foi dado para benefício do homem e para honra de Deus. [...]
O sábado devia ser um sinal entre Deus e Seu povo, para sempre. Dessa maneira devia ser um sinal - Todos os que observassem o sábado, mostrariam por tal observância serem adoradores do Deus vivo, Criador dos céus e da Terra. O sábado devia ser um sinal entre Deus e Seu povo, enquanto Ele tivesse um povo sobre a Terra para servi-Lo (História da Redenção, p. 141, 142).

Em si mesmo o encanto da natureza desvia a mente, do pecado e das atrações mundanas, para a pureza, para a paz e para Deus. Em si mesmo o encanto da natureza desvia a mente, do pecado e das atrações mundanas, para a pureza, para a paz e para Deus. Muito frequentemente se enche a mente dos estudantes de teorias e especulações humanas, falsamente chamadas Ciência e Filosofia. Devem eles ser postos em íntimo contato com a natureza. Aprendam que a criação e o cristianismo têm um único Deus. Sejam ensinados a ver a harmonia do natural com o espiritual. Tudo quanto os seus olhos contemplam ou as mãos manuseiam lhes sirva de ensino na formação do caráter. Desta maneira as faculdades mentais são fortalecidas, desenvolvido o caráter e toda a vida enobrecida.
O propósito de Cristo no ensino por parábolas e o propósito do sábado são o mesmo. Deus deu aos homens o memorial de Seu poder criador para que O discernissem nas obras de Suas mãos. O sábado convida-nos a contemplar, nas obras criadas, a glória do Criador. Por desejar Jesus que assim fizéssemos, foi que envolveu as Suas preciosas lições com a beleza das coisas naturais. Mais do que em qualquer outro dia, devemos, no santo dia de descanso, estudar as mensagens que Deus para nós escreveu na natureza. Devemos estudar as parábolas do Salvador onde Ele as pronunciou, nos campos e prados, sob céu aberto, entre a relva e as flores. À medida que penetramos no seio da natureza, Cristo nos torna real a Sua presença, e nos fala ao coração de Sua paz e amor (Parábolas de Jesus, p. 24, 25).

Quinta, 22 de novembro: Morte e ressurreição

A imortalidade, prometida ao homem sob condição de obediência, foi perdida pela transgressão. Adão não poderia transmitir à sua posteridade aquilo que não possuía; e não poderia haver esperança alguma para a raça decaída, se, pelo sacrifício de Seu Filho, Deus não houvesse trazido a imortalidade ao seu alcance. Ao passo que "a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram", Cristo "trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho". Rom. 5:12; II Tim. 1:10. E unicamente por meio de Cristo pode a imortalidade ser obtida. Disse Jesus: "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não terá a vida." João 3:36. Todo homem pode alcançar a posse desta inapreciável bênção, se satisfizer as condições. Todos os que, "com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra e incorrupção", receberão "vida eterna" (Rom. 2:7; O Grande Conflito, p. 533).

O Doador da vida chamará a Sua adquirida possessão, quando da ressurreição primeira, e até aquela hora triunfante, quando há de soar a última trombeta e o vasto exército ressurgirá para a vitória eterna, todo santo que dorme será conservado em segurança, guardado como joia preciosa, conhecido de Deus por nome. Pelo poder do Salvador que neles habitou quando vivos e por terem sido participantes da natureza divina, são ressurgidos dentre os mortos (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 271).

O Doador da vida vem para quebrar as cadeias da sepultura. Ele trará para fora os cativos e proclamará: "Eu sou a ressurreição e a vida." Eis ali a multidão ressuscitada! O último pensamento foi o da morte e suas agonias. Os últimos pensamentos que eles tiveram foram os da sepultura e da tumba, mas agora eles proclamam: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó sepultura, a tua vitória?" I Cor. 15:55. As agonias da morte foram as últimas coisas que eles sentiram. ...
Quando eles acordarem, todo o sofrimento terá passado. "Onde está, ó sepultura, a tua vitória?" Ei-los ali, recebendo o toque final da imortalidade, e ascendem para o encontro de seu Senhor nos ares. As portas da cidade de Deus se revolvem sobre seus gonzos, e as nações que observaram a verdade entram nela (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 430, 431).

A voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. ... Do cárcere da morte vêm eles, revestidos de glória imortal, clamando: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" I Cor. 15:55. ...
Os justos vivos são transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos". À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. ...
Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real. ... Sobre a cabeça dos vencedores, Jesus com Sua própria destra põe a coroa de glória. Para cada um há uma coroa que traz o seu "novo nome" (Apoc. 2:17), e a inscrição: "Santidade ao Senhor." Em cada mão são colocadas a palma do vencedor e a harpa resplandecente. Então, ao desferirem as notas os anjos dirigentes, todas as mãos deslizam com maestria sobre as cordas da harpa, tirando-lhes suave música em ricos e melodiosos acordes. Indizível arrebatamento faz vibrar todo coração, e toda voz se ergue em grato louvor (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 361).

Sexta, 23 de novembro: Estudo adicional

Ellen G. White, O Outro Poder, "Marcos, Fundamentos e Pilares", p. 20.

Se preferir, baixe este estudo em PDF: 4º Trimestre 2018 - Lição 8 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

sábado, 10 de novembro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 7 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "Os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:27, 28, NVI).

Sábado à tarde, 11 de novembro

O segredo da unidade encontra-se na igualdade entre os crentes em Cristo. A razão de todas as divisões, discórdias e diferenças encontra-se na separação de Cristo. Cristo é o centro para o qual todos devem ser atraídos; pois quanto mais nos aproximamos do centro, tanto mais nos aproximaremos uns dos outros em sentimento, em simpatia, em amor, crescendo no caráter e imagem de Jesus. Para Deus não há acepção de pessoas. [...]
Todos os homens são de uma família pela criação, e todos são um pela redenção. Cristo veio para demolir toda parede de separação... a fim de que todos possam ter livre acesso a Deus. Seu amor é tão amplo, tão profundo, tão pleno, que penetra em toda parte (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 95).

Deus escolheu dentre os gentios um povo para Si, e deu-lhes o nome de cristãos. Este é um nome real, dado aos que se unem a Cristo. ... Pedro diz: "Se [alguém] sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes glorifique a Deus com esse nome." I Ped. 4:16.
Oxalá o povo de Deus aceite o que Ele afirma e se aposse do maravilhoso tesouro do conhecimento que está aberto para eles!...
Temos diante de nós o exemplo mais elevado e santo. Jesus foi sem pecado em pensamento, palavra e ação. A perfeição assinalou tudo o que Ele fez. Ele nos indica o caminho que trilhou, dizendo: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me" (Mat. 16:24; Exaltai-O [MM 1992], p. 336).

A glória do Céu consiste em erguer os caídos e confortar os infortunados. E onde quer que Cristo habite no coração humano, será revelado da mesma maneira. Onde quer que atue, a religião de Cristo abençoará. Onde quer que se manifeste, haverá claridade.
Deus não reconhece distinção alguma de nacionalidade, etnia ou classe social. É o Criador de todo homem. Todos os homens são de uma família pela criação, e todos são um pela redenção. Cristo veio para demolir toda parede de separação e abrir todos os compartimentos do templo a fim de que todos possam ter livre acesso a Deus. Seu amor é tão amplo, tão profundo, tão pleno, que penetra em toda parte. Liberta das ciladas de Satanás os que foram por ele iludidos. Põe-nos ao alcance do trono de Deus, o trono circundado do arco-íris da promessa.
Em Cristo não há nem judeu nem grego, servo nem livre. Todos são aproximados por Seu precioso sangue (Gál. 3:28; Efés. 2:13).
Qualquer que seja a diferença de crença religiosa, um clamor da humanidade sofredora precisa ser ouvido e atendido. Onde existirem amargos sentimentos por diferenças de religião, pode ser feito muito bem pelo serviço pessoal. O serviço amável quebrará os preconceitos e conquistará almas para Deus (Parábolas de Jesus, p. 386).

Levar a humanidade a Cristo, levar a raça caída à unidade com a divindade, tal é a obra da redenção. Cristo tomou a natureza humana a fim de que pudessem os homens ser um com Ele, como Ele é um com o Pai, a fim de que Deus possa amar ao homem como ama Seu Filho unigênito, e os homens possam ser participantes da natureza divina, e ser completos nEle.
O Espírito Santo, que procede do unigênito Filho de Deus, une o instrumento humano - corpo, alma e espírito - à perfeita natureza divino-humana de Cristo. Esta união é representada pela união da videira e seus ramos. O homem finito une-se à varonilidade de Cristo. Por meio da fé a natureza humana assimila a natureza de Cristo. Somos feitos um com Deus em Cristo (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 251).

Domingo, 12 de novembro: Preconceitos étnicos

"Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano." Atos 6:1. Esses gregos eram residentes de outros países onde se falava a língua grega. Muito maior era o número de conversos judeus que falavam o hebraico; porém, aqueles tinham vivido no Império Romano, e falavam somente o grego. A murmuração começou a surgir entre eles de que as viúvas gregas não eram tão liberalmente supridas como os necessitados dentre os hebreus. Qualquer parcialidade desta espécie teria sido um agravo a Deus; e prontas medidas foram tomadas para restaurar a paz e a harmonia entre os crentes.
O Espírito Santo sugeriu um método pelo qual os apóstolos poderiam ficar isentos da tarefa de repartir com os pobres, ou de tarefas similares, pois deviam ser deixados livres para pregar a Cristo. [...]
A igreja de comum acordo escolheu sete homens cheios de fé e da sabedoria do Espírito de Deus, para atender aos negócios pertinentes à causa. Estevão foi o primeiro escolhido; ele era judeu por nascimento e religião, mas falava a língua grega, e era versado nos costumes e maneiras dos gregos. [...] Esta escolha satisfez a todos, de modo que o descontentamento e a murmuração foram aquietados (História da Redenção, p. 259, 260).

No sexto capítulo de Atos é-nos mostrado ao serem escolhidos homens para ocupar posições na igreja, como foi o assunto apresentado perante o Senhor e feitas as mais ferventes orações com o pedido de guia. As viúvas e órfãos deviam ser sustentados pelas contribuições da igreja. Suas necessidades não deviam ser providas pela igreja mas por donativos especiais. O dízimo devia ser consagrado ao Senhor, sendo usado sempre para o sustento do ministério. Homens deviam ser escolhidos para superintender a obra de cuidar dos pobres, zelar pela distribuição correta dos meios em mãos, a fim de que nenhum dentre os crentes sofresse necessidades (Beneficência Social, p. 275).

Embora Deus houvesse prometido abençoar grandemente Seu povo, não era Seu desígnio que a pobreza fosse inteiramente desconhecida entre eles. 
Ele declarou que os pobres nunca se acabariam na Terra. Sempre haveria entre Seu povo os que poriam em ação a simpatia, ternura e benevolência deles. Então, como agora, as pessoas estavam sujeitas a contratempos, enfermidade e perda de propriedade; todavia, enquanto seguiram as instruções dadas por Deus, não houve mendigos entre eles, nem qualquer que sofresse fome (Patriarcas e Profetas, p. 531).

Devemos atender às aflições, às dificuldades e às necessidades dos outros. Devemos partilhar das alegrias e cuidados tanto de nobres como de humildes, de ricos como de pobres. "De graça recebestes", disse Cristo, "de graça dai." Mat. 10:8. Ao redor de nós há almas pobres e tentadas que necessitam de palavras de simpatia e atos ajudadores. Há viúvas que carecem de simpatia e assistência. Há órfãos, aos quais Cristo ordenou aos Seus seguidores que recebessem como legado de Deus. Muitas vezes são abandonados. Podem ser maltrapilhos, grosseiros e, segundo toda a aparência, nada atraentes; contudo são propriedade de Deus. Foram comprados por preço, e aos Seus olhos são tão preciosos quanto nós. São membros da grande família de Deus, e os cristãos, como mordomos Seus, são por eles responsáveis. "Suas almas", disse, "requererei de tua mão" (Parábolas de Jesus, p. 386, 387).

Segunda, 13 de novembro: A conversão dos gentios

Pedro não tinha ainda pregado o evangelho aos gentios. Muitos deles tinham sido interessados ouvintes das verdades que ele ensinava; porém, o muro de separação, que a morte de Cristo havia posto abaixo, ainda existia na mente dos apóstolos, e excluíam os gentios dos privilégios do evangelho. Os judeus gregos tinham recebido a obra dos apóstolos e muitos deles corresponderam àqueles esforços aceitando a fé em Jesus; mas a conversão de Cornélio ia ser a primeira de importância entre os gentios.
Pela visão do lençol e seu conteúdo, baixado do céu, Pedro devia ser despido de seu apegado preconceito contra os gentios; e entender que, mediante Cristo, todas as nações seriam participantes das bênçãos e privilégios dos judeus, e seriam assim igualmente beneficiadas como eles. Alguns têm afirmado que esta visão significa que Deus removeu Sua proibição do uso de carne de animais que foram primeiramente chamados imundos; e que, por causa disso, a carne de porco servia para alimento. Esta é uma interpretação estreita e totalmente errônea, e plenamente refutada no sentido escriturístico da visão e suas consequências (História da Redenção, p. 285).

Do caso de Cornélio (Atos 10) aprendemos que Deus guiará a todos os que estão dispostos a se deixar guiar. Ele guiou Cornélio. Sondou o coração de Seu servo, ao orar. Preparou-o para receber a luz de Sua verdade; e dispôs-Se a iluminar o espírito de Cornélio mediante a atuação de alguém que já recebera a luz de cima. ...
O Senhor notou cada um dos atos de Cornélio. Todo o Céu observou a doação de esmolas e as orações daquele devoto centurião. O grande Pastor tratou-o tão ternamente como se fosse uma de Suas ovelhas. ...
Assim se dá hoje. O Senhor tem os olhos sobre todo aquele que O busca. Interessa-se em toda pessoa necessitada de auxílio, e não deixará nenhuma nas trevas do erro; mas, passo a passo, a guiará para a luz plena da verdade que brilha de cada uma das páginas das Escrituras (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 332).

Alguns daqueles com quem entrais em contato, podem ser rudes e descorteses; mas nem por isso, mostreis de vossa parte menos cortesia. Aquele que deseja manter o respeito próprio, deve ter cautela de não ferir desnecessariamente o dos outros. Essa regra deve ser sagradamente observada para com o mais néscio, o mais imprudente. O que Deus pretende fazer com essas pessoas aparentemente não prometedoras, vós não sabeis. Ele já tem aceito pessoas que não davam mais esperanças nem eram mais atrativas, para fazer uma grande obra para Ele. Seu Espírito, movendo-Se sobre o coração, tem despertado cada faculdade para uma ação vigorosa. O Senhor viu nessas pedras brutas, sem polimento, um material precioso, que haveria de suportar a prova da tempestade, do calor e da pressão. 
Sede polidos com aqueles com os quais entrais em contato; assim sereis polidos com Deus. Louvai-O por Sua bondade, e assim Lhe sereis testemunhas, e estareis preparando-vos para a sociedade dos anjos. Neste mundo estais aprendendo a conduzir-vos na família de Cristo no Céu (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 20).  

Terça, 14 de novembro: O Espírito está guiando

Foi com relutância em cada passo que [Pedro] assumiu o dever que lhe fora imposto; mas não ousou desobedecer. ... Ao indicar Jesus aos presentes como a única esperança do pecador, Pedro, ele próprio, compreendeu mais perfeitamente o sentido da visão que tivera, e o coração ardeu-lhe com o espírito da verdade que estava apresentando. ...
Quando os irmãos na Judéia ouviram que Pedro havia entrado na casa de um gentio e pregara aos que ali estavam reunidos, ficaram surpresos e escandalizados. Receavam que tal conduta, que a eles parecia presunçosa, tivesse como resultado contrariar seu próprio ensino (Vidas que Falam [MM 1971], p. 338).

"Quando comecei a falar", disse ele, relatando sua experiência, "caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio. E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água; mas vós sereis batizados com o Espírito Santo. Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando havemos crido no Senhor Jesus Cristo, quem era então eu, para que pudesse resistir a Deus?" Atos 11:15-17.
Ouvindo este relato, os irmãos ficaram em silêncio. Convictos de que a conduta de Pedro estava em direto cumprimento ao plano de Deus, e que seus preconceitos e exclusivismo eram inteiramente contrários ao espírito do evangelho, glorificaram a Deus, dizendo: "Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida." Atos 11:18.
Assim, sem controvérsias, derribou-se o preconceito, abandonou-se o exclusivismo estabelecido pelo costume dos séculos, e abriu-se o caminho para que o evangelho fosse proclamado aos gentios (Atos dos Apóstolos, p. 141, 142).

Após haverem sido os discípulos expulsos de Jerusalém pela perseguição, a mensagem do evangelho espalhou-se rapidamente pelas regiões que ficavam além das fronteiras da Palestina; e muitos grupos pequenos de crentes se formaram em importantes centros. Alguns dos discípulos "caminharam até a Fenícia, Chipre e Antioquia, ... anunciando... a Palavra " (Atos 11:19; Atos dos Apóstolos, p. 155). 

Jesus anelava desvendar os profundos mistérios da verdade ocultos por séculos, de que os gentios deviam ser coherdeiros com os judeus, e "participantes da promessa em Cristo pelo evangelho". Efés. 3:6. Esta verdade os discípulos foram tardios em apreender, e o divino Mestre deu-lhes lição após lição. Recompensando a fé do centurião em Cafarnaum, e pregando o evangelho aos habitantes de Sicar, já dera provas de que não participava da intolerância dos judeus. Mas os samaritanos tinham algum conhecimento de Deus; e o centurião mostrara bondade para com Israel. Agora, Jesus pôs os discípulos em contato com uma pagã que consideravam, como qualquer outro membro de seu povo, sem nenhum direito a esperar o Seu favor. Queria dar um exemplo de como uma pessoa nessas condições devia ser tratada. Os discípulos haviam pensado que Ele distribuía muito liberalmente os dons de Sua graça. Mostraria que Seu amor não devia limitar-se a qualquer raça ou nação (O Desejado de Todas as Nações, p. 402).

Quarta, 15 de novembro: O concílio de Jerusalém

Certos judeus, provenientes da Judeia, suscitaram uma consternação geral entre os crentes gentílicos, levantando a questão da circuncisão. Com grande certeza, afirmavam que ninguém poderia ser salvo sem ser circuncidado e observar toda a lei cerimonial.
Essa era uma questão importante, que afetou grandemente a igreja. Paulo e Barnabé enfrentaram-na com prontidão, e se opuseram à introdução do assunto aos gentios. Nisto receberam oposição dos crentes judeus de Antioquia, que favoreciam a posição dos que vieram da Judeia. O assunto resultou em muita discussão e falta de harmonia na igreja, até que finalmente a igreja de Antioquia, temendo que a continuada discussão criasse uma divisão entre eles, decidiu enviar Paulo e Barnabé, juntamente com alguns homens de responsabilidade de Antioquia, a fim de exporem, em Jerusalém, a questão perante os apóstolos e anciãos. Ali deviam eles encontrar-se com delegados de diversas igrejas e com os que haviam ido a Jerusalém para assistir às próximas festas anuais. Enquanto isso, toda a discussão devia cessar até que fosse pronunciada a decisão final, pelos homens responsáveis da igreja. Essa decisão devia ser então universalmente aceita pelas várias igrejas através do país.
Chegando a Jerusalém, os delegados de Antioquia relataram diante da assembleia das igrejas o sucesso alcançado pelo seu ministério entre os gentios, e a confusão que havia resultado do fato de certos fariseus convertidos declararem que os conversos gentílicos deviam ser circuncidados e guardar a lei de Moisés para serem salvos.
Os judeus se haviam sempre orgulhado de seu cerimonial de instituição divina, e concluíam que, uma vez que Deus havia claramente esboçado a forma hebreia de adoração, era impossível que Ele jamais autorizasse uma mudança em quaisquer de suas especificações. Decidiram que o cristianismo devia associar-se com as leis e cerimônias judaicas. Tinham dificuldade para discernir o fim das coisas abolidas pela morte de Cristo, e em perceber que todas as ofertas sacrificais não tinham senão prefigurado a morte do Filho de Deus, em que o tipo encontrou o antítipo, tornando sem valor as divinamente designadas cerimônias e sacrifícios da religião judaica (História da Redenção, p. 305, 306).

Muitos consideram os dias de Israel um tempo de obscuridade, quando os homens estavam sem Cristo, sem arrependimento e fé. Muitos mantêm a errônea doutrina de que a religião dos filhos de Israel consistia em formas e cerimônias, nas quais não tinha parte a fé em Cristo. Mas os homens daquela época eram salvos por Cristo, tão verdadeiramente como os de hoje o são. ... Cristo era apresentado em sombras nos sacrifícios e símbolos, os quais deviam durar até que o tipo encontrasse o antítipo em Sua vinda ao mundo. Os hebreus se regozijavam num Salvador vindouro. Nós nos regozijamos em um Salvador já vindo, e que virá outra vez. ... O sangue de Cristo tem eficácia para nós, como tinha para o antigo Israel (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 97). 

Se um irmão ensina um erro, os que estão em posições de responsabilidade devem sabê-lo; e se ele está ensinando a verdade, devem eles tomar posição ao seu lado. Todos nós devemos saber o que está sendo ensinado entre nós; pois, se isto for a verdade, devemos sabê-lo; o professor da Escola Sabatina deve sabê-lo; e cada aluno da Escola Sabatina deve compreendê-lo. Todos nós estamos na obrigação, para com Deus, de compreender o que Ele nos envia. Deu Ele direções pelas quais possamos provar cada doutrina:
"À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isa. 8:20. Mas se ela satisfizer a prova, não estejais tão cheios de preconceito que não possais reconhecer um ponto simplesmente porque ele não concorda com vossas idéias (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 110, 111).

Quinta, 16 de novembro: Uma solução difícil

A ordem que foi mantida na primitiva igreja cristã, possibilitou-lhes avançarem firmemente como bem disciplinado exército, vestido com a armadura de Deus. Os grupos de crentes, se bem que espalhados em um grande território, eram todos membros de um só corpo; todos se moviam em concerto e em harmonia uns com os outros. Quando surgia dissensão em uma igreja local, como mais tarde aconteceu em Antioquia e em outros lugares, e os crentes não podiam chegar a um acordo entre si, não se permitia que tais assuntos criassem divisão na igreja, mas eram encaminhados a um concílio geral de todo o conjunto dos crentes, constituído de delegados designados pelas várias igrejas locais, com os apóstolos e anciãos nos cargos de maior responsabilidade. Assim os esforços de Satanás para atacar a igreja nos lugares isolados, foram contidos pela ação concorde por parte de todos; e os planos do inimigo para esfacelar e destruir foram subvertidos.
"Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos." I Cor. 14:33. Ele requer que o método e a ordem sejam observados na administração dos negócios da igreja hoje, não menos do que o foram nos antigos tempos. Deseja que Sua obra seja levada avante com proficiência e exatidão, de modo que possa pôr sobre ela o selo de Sua aprovação. Cristão deve estar em união com cristão, igreja com igreja, cooperando o instrumento humano com o divino, achando-se cada agência subordinada ao Espírito Santo, e tudo em combinação para dar ao mundo as boas novas da graça de Deus (Atos dos Apóstolos, p. 95, 96).

Tiago procurou impressionar a mente de seus irmãos com o fato de que, em se convertendo a Deus, os gentios tinham feito grande mudança em sua vida, e que se deveria usar muita cautela para não perturbá-los com assuntos embaraçantes e duvidosos de somenos importância, para que não desanimassem em seguir a Cristo.
Os conversos gentios, porém, deviam abandonar os costumes incoerentes com os princípios do cristianismo. Os apóstolos e anciãos, portanto, concordaram em instruir por carta os gentios a se absterem de carnes sacrificadas aos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. Deviam ser instigados a guardar os mandamentos, e a levar vida santa. Deviam também estar certos de que os que declaravam ser a circuncisão obrigatória não estavam autorizados a fazê-lo em nome dos apóstolos. [...]
As decisões amplas e de grande alcance do concílio geral levaram confiança às fileiras dos crentes gentios e a causa de Deus prosperou (Atos dos Apóstolos, p. 195, 196).

Sexta, 17 de novembro: Estudo adicional

Atos dos Apóstolos, "Um Inquiridor da Verdade", p. 131-142.
Atos dos Apóstolos, "Judeus e Gentios", p. 188-200.

Se preferir, baixe este estudo em PDF: 4º Trimestre 2018 - Lição 7 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.