sábado, 28 de abril de 2018

2º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 5 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos Céus, na Terra e debaixo da Terra” (Fp 2:9, 10).

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Sábado à tarde, 28 de abril

A glória da humanidade de Cristo não apareceu quando Ele estava na Terra. Era considerado varão de dores, experimentado nos, trabalhos. Nós, por assim dizer, escondíamos dEle o rosto. Mas estava Ele seguindo o caminho que o plano de Deus Lhe indicara. Aquela mesma humanidade aparece agora, ao descer Ele do Céu, revestido de glória, triunfante, exaltado. ... Seus filhos crentes fortaleceram sua vocação e eleição. Erguem-se por ocasião da primeira ressurreição, e vozes incontáveis entoam o cântico: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas" (Apoc. 21:3 e 4; Nos Lugares Celestiais, MM [1968], p. 370).

Não há nenhuma força espiritual para nós em continuamente pensar em nossa fraqueza e nossos desvios, e lamentar a força de Satanás. Esta grande verdade deve ser estabelecida como princípio vivo em nosso espírito e coração — a eficácia da oferta feita por nós; que Deus pode salvar perfeitamente, e salva todos quantos a Ele se achegam cumprindo as condições especificadas em Sua Palavra. Nossa obra é colocar a própria vontade ao lado da Sua. Então, mediante o sangue da expiação, tornamo-nos participantes da natureza divina; por intermédio de Cristo, somos filhos de Deus, e temos a certeza de que Deus nos ama, mesmo como amou a Seu Filho. Somos um com Jesus. Andamos seguindo a direção de Cristo; Ele tem poder para dissipar as negras sombras lançadas por Satanás em nosso caminho; e, em vez de trevas e desânimo, brilha em nosso coração o sol de Sua glória. 
Nossa esperança deve ser constantemente fortalecida pelo conhecimento de que Cristo é nossa justiça. Repouse nossa fé sobre esse fundamento, pois ele subsiste para sempre. Em vez de deter-nos nas trevas do inimigo e temer-lhe o poder, devemos abrir o coração para a luz vinda de Cristo e deixar que ela irradie sobre o mundo, declarando que Ele está acima de todo o poder satânico, que Seu braço mantenedor sustentará todos quantos nEle confiam (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 741, 742). 

Ganhamos o Céu, não por nossos méritos, mas pelos méritos de Jesus Cristo. ... Que vossa esperança não se centralize em vós mesmos, mas nAquele, que penetrou para dentro do véu. Falai da bendita esperança e glorioso aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
É verdade que nos achamos expostos a grande perigo moral; é verdade que estamos em risco de ser corrompidos. Mas esses perigos só nos ameaçam ao confiarmos em nós mesmos, e não olharmos mais alto que os nossos esforços humanos. Assim fazendo naufragaremos na fé.
Em Cristo centralizam-se nossas esperanças de vida eterna. ... Nossa esperança é uma âncora para a alma, tão segura quão firme quando penetra no interior do véu, pois a alma sacudida pela tempestade se torna participante da natureza divina. Ela está ancorada em Cristo. Entre os elementos em fúria da tentação, ela não será arremessada sobre os rochedos ou envolvida no redemoinho. Sua nau sairá incólume da tempestade (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 75).

Domingo, 29 de abril: Sacrifício supremo

A revelação do amor de Deus para com os homens centraliza-se na cruz. A língua não pode exprimir Sua inteira significação, a pena é impotente para descrever, incapaz a mente humana de a penetrar. Olhando à cruz do Calvário, só nos é possível dizer: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16.
Cristo crucificado por nossos pecados, Cristo ressurgido dos mortos, Cristo elevado ao alto, eis a ciência de salvação que temos de aprender e ensinar. ...
É mediante o dom de Cristo que recebemos todas as bênçãos. Por meio desse dom chega dia a dia até nós o fluxo incessante da bondade de Jeová. Toda flor, com seus delicados matizes e sua fragrância, é concedida para nossa satisfação por intermédio daquele Dom. O Sol e a Lua foram feitos por Ele. Não há nenhuma estrela, que embeleze o céu, que por Ele não haja sido criada. Cada gota de chuva a cair, cada raio de sol espargido sobre nosso ingrato mundo, testifica do amor de Deus em Cristo. Tudo nos é suprido através daquele inexprimível Dom, o Filho unigênito de Deus. Ele foi pregado na cruz a fim de que todas essas bênçãos  pudessem fluir para a obra de Deus - o homem (A Ciência do Bom Viver, p. 423-425).

Adão e Eva, ao serem criados, tinham conhecimento da lei de Deus; estavam familiarizados com os reclamos da mesma relativamente a si; seus preceitos estavam escritos em seu coração. Quando o homem caiu pela transgressão, a lei não foi mudada, mas estabelecido um plano que remediasse a situação trazendo novamente o homem à obediência. Foi feita a promessa de um Salvador e prescritas ofertas sacrificais que apontavam ao futuro, para a morte de Cristo como a grande oferta pelo pecado. Mas, se a lei de Deus nunca houvesse sido transgredida, não teria havido morte, tampouco haveria necessidade de um Salvador; consequentemente não teria havido necessidade de sacrifícios (Patriarcas e Profetas, p. 363).

Somos testemunhas de Cristo, e não devemos permitir que os interesses mundanos de tal maneira nos absorvam o tempo e a atenção que não demos ouvidos às coisas que Deus disse que deviam vir primeiro. Estão em jogo interesses mais elevados. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça." Cristo deu tudo à obra que viera fazer, e Sua ordem a nós é: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me." Mat. 16:24. "E assim sereis Meus discípulos." João 15:8.
Voluntária e alegremente entregou-Se Cristo à execução da vontade de Deus. Foi obediente até à morte, e morte de cruz. Deveríamos nós considerar penoso negar a nós mesmos? Deveríamos recusar ser participantes dos Seus sofrimentos? Sua morte deve fazer vibrar cada fibra do ser, tornando-nos desejosos de consagrar à Sua obra tudo o que temos e somos. Ao pensarmos no que Ele tem feito por nós, deve nosso coração encher-se de amor.
Quando os que conhecem a verdade praticarem a abnegação ordenada pela Palavra de Deus, a mensagem irá com poder. O Senhor nos ouvirá as orações pela conversão de almas. O povo de Deus fará sua luz brilhar, e, vendo suas boas obras, os descrentes glorificarão ao nosso Pai celestial. Relacionemo-nos com Deus na obediência do sacrifício próprio (Conselhos Sobre Mordomia, p. 302).

Segunda, 30 de abril: O Cordeiro de Deus

João ficara profundamente comovido ao ver Jesus curvado como suplicante, rogando com lágrimas a aprovação do Pai. Ao ser Ele envolto na glória de Deus, e ouvir-se a voz do Céu, reconheceu o Batista o sinal que lhe fora prometido por Deus. Sabia ter batizado o Redentor do mundo. O Espírito Santo repousou sobre ele, e, estendendo a mão, apontou para Jesus e exclamou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" João 1:29.
Ninguém, dentre os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas palavras: "O Cordeiro de Deus". Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: "Meu pai! onde está o cordeiro para o holocausto?" O pai respondera: "Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho". Gên. 22:7 e 8. E no cordeiro divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo dAquele que havia de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo, servindo-Se dessa ilustração, profetizou do Salvador: "Como um cordeiro foi levado ao matadouro", "o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos" (Isa. 53:7 e 6); mas o povo de Israel não compreendera a lição. Muitos deles consideravam as ofertas sacrificais muito semelhantes à maneira por que os gentios olhavam a seus sacrifícios - como dádivas pelas quais tornavam propícia a Divindade. Deus desejava ensinar-lhes que de Seu próprio amor provinha a dádiva que os reconciliava com Ele (O Desejado de Todas as Nações, p. 112, 113).

O serviço sacrifical que apontara a Cristo passou, mas os olhos dos homens voltaram-se para o sacrifício verdadeiro pelos pecados do mundo. ...
"Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles". Heb. 7:25. Conquanto o serviço houvesse de ser transferido do templo terrestre ao celestial; embora o santuário e nosso grande Sumo Sacerdote fossem invisíveis aos olhos humanos, todavia os discípulos não sofreriam com isso nenhum detrimento. Não experimentariam nenhuma falha em sua comunhão, nem enfraquecimento de poder devido à ausência do Salvador. Enquanto Cristo ministra no santuário em cima, continua a ser, por meio de Seu Espírito, o ministro da igreja na Terra. Ausente de nossos olhos, cumpre-se, entretanto, a promessa que nos deu ao partir: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos". Mat. 28:20. Conquanto delegue Seu poder a ministros inferiores, Sua vitalizante presença permanece ainda em Sua igreja (O Desejado de Todas as Nações, p. 166).

Nosso precioso Redentor acha-Se perante o Pai como nosso intercessor. ... Examinem, os que querem satisfazer a norma divina, por si mesmos as Escrituras, a fim de obterem conhecimento da vida de Cristo, e compreenderem Sua missão e obra. Contemplem-nO eles como seu Advogado, dentro do véu, tendo na mão o incensário de ouro, do qual o santo incenso dos méritos de Sua justiça ascendem a Deus em favor dos que a Ele oram. Pudessem eles vê-Lo assim, e sentiriam uma certeza de que possuem um Advogado poderoso, influente nas cortes celestes, e que sua petição está ganha ante o trono de Deus (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 72).

Terça, 1º de maio: O amor do Espírito

Ninguém senão o Filho de Deus poderia efetuar nossa redenção; pois unicamente Aquele que estivera no seio do Pai é que O podia revelar. Só Ele, que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia manifestá-lo. Nada menos que o infinito sacrifício efetuado por Cristo em favor do homem caído, é que podia exprimir o amor do Pai pela humanidade perdida.
"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. Ele O deu, não somente para que vivesse entre os homens, tomasse sobre Si os seus pecados, e morresse em sacrifício por eles; deu-O à raça caída. Cristo devia identificar-Se com os interesses e necessidades da humanidade. Ele, que era um com Deus, ligou-Se aos filhos dos homens por laços que nunca se romperão. Jesus "não Se envergonha de lhes chamar irmãos". Heb. 2:11. Ele é nosso sacrifício, nosso Advogado, nosso Irmão, apresentando nossa forma humana perante o trono do Pai, achando-Se, através dos séculos eternos, unido à raça que Ele - o Filho do homem - redimiu. E tudo isto para que o homem pudesse ser erguido da ruína e degradação do pecado, a fim de que refletisse o amor de Deus e participasse da alegria da santidade (Caminho a Cristo, p. 14).

"Convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo" (Heb. 2:17), mediante a expiação. O pecador arrependido deve crer em Cristo como seu Salvador pessoal. Esta é sua única esperança. Ele pode apoderar-se dos méritos do sangue de Cristo, apresentando a Deus o Salvador crucificado e ressurreto como seu merecimento. Assim, pelo ato de Cristo oferecer-Se a Si mesmo, o Inocente pelo culpado, é removida toda obstrução, e o perdoador amor de Deus flui para o homem caído em abundantes caudais de misericórdia.
Tão somente ide a Jesus agora, durante o tempo que se chama Hoje (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 34). 

Nós que caímos por intermédio da transgressão da lei de Deus, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo. O caminho está livre para todos se prepararem para o segundo aparecimento de Jesus Cristo, para que em Seu aparecimento possamos ser vindicados, tendo posto de parte todo o mal, e tendo vencido mediante a purificação do sangue de Cristo. Mediante a intercessão de Cristo, a imagem de Deus é renovada na mente, coração e caráter. Mediante o sangue do Unigênito Filho de Deus, obtemos redenção. ...
Digo a todos: não permitais que um pensamento ou sentimento não santificado seja acariciado. O poder da graça de Cristo é maravilhoso. Quando o inimigo surge como um dilúvio, o Espírito do Senhor ergue para o crente confiante um estandarte contra o inimigo. Orai, irmãos e irmãs, orai por vós mesmos. O amor e a graça de Cristo ultrapassam em muito nossas concepções finitas. Pleiteai, como por vossas vidas, por serdes purificados de tudo quanto contamine. Revesti-vos de Cristo no comportamento e revelai por todos um interesse altruísta e bondade. Devemos captar o tema do amor redentor e seguir adiante para conhecer o Senhor, para que em simplicidade possamos revelar Seu caráter (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 59).

Quarta, 2 de maio: Nosso Sumo Sacerdote

A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, onde nosso Precursor entrou por nós. (Heb. 6:20.) Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali podemos obter intuição mais clara dos mistérios da redenção. A salvação do homem se efetua a preço infinito para o Céu; o sacrifício feito é igual aos mais amplos requisitos da violada lei de Deus. Jesus abriu o caminho para o trono do Pai, e por meio de Sua mediação pode ser apresentado a Deus o desejo sincero de todos os que a Ele se chegam pela fé (O Grande Conflito, p. 489).

Lembremo-nos de que nosso grande Sumo Sacerdote está pleiteando diante do propiciatório em favor de Seu povo redimido. Ele vive sempre para interceder por nós. "Se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1 Jo 2:1). ...
Ele não se esquecerá de Sua igreja neste mundo de tentação. Contempla Seu povo que passa por provas e sofrimento, e ora por eles. [...] Sim, neste mundo, que é um mundo perseguidor e todo marcado e desfigurado pelo pecado, Ele contempla Seu povo e sabe que este precisa de todos os recursos divinos de Sua simpatia e de Seu amor. Nosso Precursor entrou por nós além do véu, mas, pela áurea corrente do amor e da verdade, está ligado a Seu povo em íntima simpatia.
Ele intercede pelos mais humildes, pelos mais oprimidos e sofredores, pelos mais provados e tentados. Com as mãos erguidas, Ele alega: "Eis que Eu gravei você nas palmas das Minhas mãos" (Is 49:16). Deus se deleita em ouvir as súplicas de Seu Filho, e as atende [Citado Hb 4:14-16] (Review and Herald, 15/9/1893; Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 47) (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1.058).

Muitos que professam ser cristãos se empolgam com empreendimentos mundanos, e seu interesse é despertado por novos e agitados divertimentos, ao passo que têm o coração frio, e parecem gelados na causa de Deus. Eis um tema, pobres formalistas, de suficiente importância para empolgá-los. Interesses eternos acham-se aí envolvidos. Em se tratando desse assunto, é pecado ser calmo e sem entusiasmo. As cenas do Calvário requerem a mais profunda emoção. A esse respeito vocês estarão desculpados se manifestarem entusiasmo. Que Cristo, tão excelente, tão inocente, devesse sofrer tão dolorosa morte, suportando o peso dos pecados do mundo jamais poderão nossos pensamentos e imaginação compreender plenamente. O comprimento, a largura, a altura e a profundidade de tão assombroso amor, não podemos sondar. A contemplação das incomparáveis profundidades do amor do Salvador, deve encher a mente, tocar e sensibilizar o coração, refinar e enobrecer as afeições, transformando inteiramente todo o caráter. Eis a linguagem do apóstolo: “Nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado.” 1 Coríntios 2:2. Também nós devemos olhar para o Calvário, e exclamar: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gálatas 6:14; Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 213).

Quinta, 3 de maio: Nosso Intercessor

Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de registro. Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de Sua solene obra - purificar o santuário (O Grande Conflito, p. 421).

A purificação, tanto no serviço típico como no real, deveria executar-se com sangue: no primeiro com sangue de animais, no último com o sangue de Cristo.
A purificação não era uma remoção de impurezas físicas, pois isso devia ser realizado com sangue e, portanto, devia ser uma purificação do pecado.
Mas, como poderia haver pecado em relação com o santuário, quer no Céu quer na Terra?
Como antigamente os pecados do povo eram transferidos, em figura, para o santuário terrestre mediante o sangue da oferta pelo pecado, assim nossos pecados são, de fato, transferidos para o santuário celestial, mediante o sangue de Cristo. E como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, consequentemente, a real purificação do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou apagamento, dos pecados que ali estão registrados. Isso necessita um exame dos livros de registro para determinar quem, pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação. 
No grande dia da paga final, ... pela virtude do sangue expiatório de Cristo, os pecados de todo o verdadeiro arrependido serão eliminados dos livros do Céu (A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 203). 

Vivemos hoje no grande dia da expiação. No cerimonial típico, enquanto o sumo sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de todos que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor, para que não acontecesse serem extirpados dentre o povo. De igual modo, todos quantos desejem seja seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro.* Deve haver um exame de coração, profundo e fiel. ... Há uma luta intensa diante de todos os que desejam subjugar as más tendências que insistem no predomínio. A obra de preparação é uma obra individual. Não somos salvos em grupos. A pureza e devoção de um, não suprirá a falta dessas qualidades em outro. ... Cada um deve ser provado, e achado sem mancha ou ruga, ou coisa semelhante. 
Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão acrescentado ao seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna. O Senhor declara: ... "Eu, Eu mesmo, sou O que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados Me não lembro" (Isa. 43:25; Maranata, O Senhor Vem [MM 1977], p. 91).

Sexta, 4 de maio: Estudo adicional

Olhando para o Alto [MM 1983], "Hoje", p. 192.
Nos Lugares Celestiais [MM 1968], "Cristo, nosso sacrifício e penhor", p. 38.

sábado, 21 de abril de 2018

2º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 4 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4:10).

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Atenção!
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Sábado à tarde, 21 de abril

Satanás está determinado a que os homens não vejam o amor de Deus, que O levou a dar Seu Filho unigênito para salvar a raça perdida; pois é a bondade de Deus que leva os homens ao arrependimento. Oh! como havemos de ser bem-sucedidos em pôr diante do mundo o profundo, precioso amor divino? De nenhuma outra maneira podemos abrangê-lo a não ser exclamando: "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." I João 3:1. Digamos aos pecadores: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. Mediante o apresentar a Jesus como representante do Pai, seremos habilitados a dissipar as sombras que Satanás tem lançado em nosso caminho, a fim de não podermos ver a misericórdia e o inexprimível amor de Deus tal como se manifesta em Jesus Cristo. Olhai à cruz do Calvário. Ela é permanente penhor do amor infinito, da incomensurável misericórdia do Pai celestial (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 156).

Não pense que Deus talvez lhe perdoe as transgressões e permita ir à Sua presença. Deus deu o primeiro passo. Enquanto você estava em rebelião contra Ele, saiu a sua procura. Com o terno coração de Pastor, deixou as noventa e nove e foi ao deserto para buscar a que se perdera. Envolve em Seus braços de amor a alma ferida e quebrantada, prestes a perecer e leva-a com alegria ao aprisco seguro.
Os judeus ensinavam que o pecador devia arrepender-se antes de lhe ser oferecido o amor de Deus. A seu parecer, o arrependimento é obra pela qual os homens ganham o favor do Céu. Foi esse pensamento que induziu os fariseus atônitos e irados a exclamarem: "Este recebe pecadores." Luc. 15:2. Conforme sua suposição, não devia permitir que pessoa alguma a Ele se achegasse sem se ter arrependido. Mas na parábola da ovelha perdida, Cristo ensina que a salvação não é alcançada por procurarmos a Deus, mas porque Deus nos procura. "Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram." Rom. 3:11 e 12. Não nos arrependemos para que Deus nos ame, porém Ele nos revela Seu amor para que nos arrependamos (Parábolas de Jesus, p. 188, 189).

O amor é o princípio básico do governo de Deus no Céu e na Terra, e deve ser o fundamento do caráter cristão. ... E o amor será revelado no sacrifício. O plano de salvação foi firmado em sacrifício - um sacrifício tão profundo, amplo e alto, que é incomensurável. Cristo entregou tudo por nós; e os que aceitam a Cristo estarão prontos para sacrificar tudo pela causa de seu Redentor. 
Quando o pecado de Adão imergiu a raça em desesperançada miséria, Deus Se poderia haver separado dos seres caídos. Poderia havê-los tratado como os pecadores merecem. Poderia haver ordenado aos anjos celestes que derramassem sobre o mundo os cálices de Sua ira. Ter removido esta negra mancha de Seu Universo. Não o fez, no entanto. Em vez de os banir de Sua presença, aproximou-Se ainda mais da raça caída. Deu Seu Filho para se tornar osso de nossos ossos e carne de nossa carne. ...
O dom de Deus ao homem excede a toda estimativa. Não foi retida coisa alguma. Deus não permitiria que se dissesse que Ele poderia haver feito mais ou revelado à humanidade maior amor. No dom de Cristo, deu Ele todo o Céu (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 174).

Domingo, 22 de abril: O amor do Pai

Aos olhos humanos, Cristo era simplesmente um homem, todavia o Homem perfeito. Em Sua humanidade, era personificação do caráter divino. Deus corporificou os próprios atributos em Seu Filho - o poder, a sabedoria, a bondade, a pureza, a veracidade, a espiritualidade e a benevolência. NEle, embora humano, habitava toda perfeição de caráter, toda excelência divina. E ao pedido de Seus discípulos: "Mostra-nos o Pai, o que nos basta", foi-Lhe possível responder: "Estou há tanto tempo convosco, e não Me tendes conhecido, Filipe? quem Me vê a Mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" João 14:8 e 9 "Eu e o Pai somos um" (João 10:30; Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 107).

Que amor, que incomparável amor, que, pecadores e estranhos como somos, possamos ser levados novamente a Deus e adotados em Sua família! A Ele nos podemos dirigir chamando-O pelo terno nome de “Pai nosso” (Mateus 6:9), o que é um sinal de nossa afeição por Ele, e um penhor de Sua terna consideração e parentesco para conosco. E o Filho de Deus, olhando aos herdeiros da graça, “não Se envergonha de lhes chamar irmãos”. Hebreus 2:11. Têm para com Deus uma relação ainda mais sagrada do que os anjos que jamais caíram. 
Todo o amor paternal que veio de geração em geração através do coração humano e toda fonte de ternura que se abriu na alma do homem não passam de tênue riacho em comparação com o ilimitado oceano, quando postos ao lado do infinito, inesgotável amor de Deus. A língua não o pode exprimir, nem a pena é capaz de o descrever. Pode-se meditar nele todos os dias de nossa vida; pode-se esquadrinhar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; pode-se reunir toda faculdade e poder a nós concedidos por Deus, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celeste; e todavia existe ainda um infinito para além. Pode-se estudar por séculos esse amor; não obstante jamais se poderá compreender plenamente a extensão, a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade nunca o poderá bem revelar (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 739, 740). 

Satanás tem representado a Deus como egoísta e opressor, como pretendendo tudo e não dando nada, como reclamando o serviço de Suas criaturas para Sua própria glória, e não fazendo nenhum sacrifício em favor delas. Mas o dom de Cristo revela o coração do Pai. Ele testifica que os pensamentos de Deus a nosso respeito são "pensamentos de paz, e não de mal". Jer. 29:11. Declara que, ao passo que o ódio de Deus para com o pecado é forte como a morte, Seu amor para com o pecador é ainda mais forte do que a morte. Havendo empreendido nossa redenção, não poupará coisa alguma, por cara que Lhe seja, se necessário for à finalização de Sua obra. Nenhuma verdade essencial à nossa salvação é retida, nenhum milagre de misericórdia negligenciado, nenhum instrumento divino deixado de ser posto em ação. Os favores amontoam-se aos favores, as dádivas acrescentam-se às dádivas. Todo o tesouro do Céu se acha franqueado àqueles que Ele busca salvar. Havendo coletado as riquezas do Universo, e aberto os recursos do infinito poder, entrega tudo nas mãos de Cristo, e diz: Tudo isso é para o homem. Serve-Te de tudo isso para lhe provar que não há amor maior que o Meu na Terra e no Céu. Sua maior felicidade se achará em Me amar ele a Mim (O Desejado de Todas as Nações, p. 57).

Segunda, 23 de abril: O amor de Cristo

Ao passo que a Palavra de Deus fala da humanidade de Cristo quando na Terra, fala também positivamente de Sua preexistência. A Palavra existia como um ser divino, mesmo como o Eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade fora o Mediador do concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra, tanto judeus como gentios, caso O aceitassem, seriam abençoados. "O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1. Antes que os homens ou os anjos fossem criados, o Verbo estava com Deus e era Deus (Evangelismo, p. 615, 616).

Pensem no que a obediência de Cristo significa para nós! Significa que, em Sua força, nós também podemos obedecer. Cristo era um ser humano. Serviu a Seu Pai celestial com toda a força de Sua natureza humana. Ele tem uma dupla natureza, ao mesmo tempo humana e divina. É tanto Deus quanto homem.
Cristo veio a este mundo para nos mostrar o que Deus pode fazer e o que nós podemos fazer em cooperação com Deus. Em carne humana, Ele foi ao deserto para ser tentado pelo inimigo. Ele sabe o que é ter fome e sede. Conhece as fraquezas e enfermidades da carne. Foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança.
Nosso resgate foi pago por nosso Salvador. Ninguém precisa ser escravizado por Satanás. Cristo Se encontra diante de nós como nosso divino exemplo, nosso todo-poderoso ajudador. Fomos comprados com um preço que é impossível calcular. Quem pode medir a bondade e a misericórdia do amor redentor (Ms 76, 1903; Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1.195).

Na contemplação de Cristo demoramo-nos na praia de um amor sem limites. Procuramos falar deste amor, e a linguagem falha. Consideramos Sua vida sobre a Terra, Seu sacrifício por nós, Sua obra no Céu como nosso Advogado e as mansões que Ele está preparando para os que O amam; e não podemos mais que exclamar: Ó altura e profundidade do amor de Cristo! "Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho em propiciação pelos nossos pecados." I João 4:10. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus" (I João 3:1; Atos dos Apóstolos, p. 333, 334).

O amor de Cristo por Seus filhos é tão forte quanto terno. É amor mais forte que a morte, pois Ele morreu por nós. É amor mais verdadeiro do que o de uma mãe por seus filhos. O amor de uma mãe pode mudar; o amor de Cristo, porém, é imutável. ...
Em toda prova temos forte consolação. Não Se compadece nosso Salvador das nossas fraquezas? Não foi Ele tentado em todos os pontos, como nós o somos? E não nos convidou Ele a Lhe levarmos todas as nossas provas e perplexidades? Não nos tornemos, pois, infelizes por causa dos fardos de amanhã. Corajosa e valorosamente suportemos os fardos de hoje. Precisamos de confiança e fé hoje, sim. Não se nos pede, porém, que vivamos mais do que um dia por vez. Aquele que concede forças para hoje, dará forças para amanhã (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 276).

Terça, 24 de abril: O amor do Espírito

O Consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu, é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e creem em Cristo como um Salvador pessoal. Existem as três personalidades vivas no trio celestial, nas quais cada alma arrependida dos seus pecados, recebendo a Cristo por meio de fé viva, por eles são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo (Evangelismo, p. 615). 

Nunca deve a Bíblia ser estudada sem oração. Antes de abrir suas páginas, devemos pedir a iluminação do Espírito Santo, e ser-nos-á dada. Quando Natanael veio a Jesus, o Salvador exclamou: "Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo." Natanael volveu: "De onde me conheces Tu?" E Jesus respondeu: "Antes que Filipe te chamasse, te vi Eu estando tu debaixo da figueira." João 1:47 e 48. E Jesus ver-nos-á também nos lugares secretos de oração, se dEle buscarmos a luz para saber qual a verdade. Anjos do mundo da luz assistirão àqueles que, em humildade de coração, buscarem a guia divina.
O Espírito Santo exalta e glorifica o Salvador. É sua missão apresentar a Cristo, a pureza de Sua justiça e a grande salvação que por Ele nos pertence. Jesus disse: "Ele... há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar." João 16:14. O Espírito de verdade é o único mestre eficaz da verdade divina. Quanto não deve Deus ter estimado a raça humana, para que desse o Seu Filho a fim de por ela morrer, e designasse o Seu Espírito para ser o mestre e constante guia do homem! (Caminho a Cristo, p. 91).

Este agente divino (o Espírito Santo) vem ao mundo como representante de Cristo. Ele não é somente a testemunha fiel e verdadeira da Palavra de Deus, mas também o esquadrinhador dos pensamentos e desígnios do coração. Ele é a fonte a que devemos volver-nos em busca de eficiência na restauração da imagem moral de Deus no homem. O Espírito Santo era buscado ansiosamente nas escolas dos profetas; sua influência transformadora devia colocar até mesmo os pensamentos em harmonia com a vontade de Deus e estabelecer viva ligação entre a Terra e o Céu (Fundamentos da Educação Cristã, p. 526).

O Espírito veio sobre os discípulos, que expectantes oravam, com uma plenitude que alcançou cada coração. O Ser infinito revelou-Se em poder a Sua igreja. Era como se por séculos esta influência estivesse sendo reprimida, e agora o Céu se regozijasse em poder derramar sobre a igreja as riquezas da graça do Espírito. E sob a influência do Espírito, palavras de penitência e confissão misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados. Eram ouvidas palavras de gratidão e de profecia. Todo o Céu se inclinou na contemplação da sabedoria do incomparável e incompreensível amor. Absortos em admiração, os apóstolos exclamaram: "Nisto está a caridade!" I João 4:10. Eles se apossaram do dom que lhes era repartido. E que se seguiu? A espada do Espírito, de novo afiada com poder e banhada nos relâmpagos do Céu, abriu caminho através da incredulidade. Milhares se converteram num dia.
Disse Cristo a Seus discípulos: "Digo-vos a verdade, que vos convém que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se Eu for, enviar-vo-Lo-ei." "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir " (João 16:7 e 13; Atos dos Apóstolos, p. 38).

Quarta, 25 de abril: Certeza da salvação

Não há ocasião para a humildade? Não é necessário sentirmos nossa inteira dependência de Cristo cada dia, cada hora? ... Ele tomou sobre Si a nossa natureza, e tornou-se pecado por nós, para que tivéssemos a "remissão dos pecados dantes cometidos" (Rom. 3:25), e pela Sua divina força e graça, cumpríssemos as justas exigências da lei. Quem quer que assuma a atitude de que hão faz diferença se guardamos ou não os mandamentos de Deus, não está relacionado com Cristo. Jesus diz: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e permaneço no Seu amor" (João 15:10), e aqueles que seguem a Jesus farão segundo Ele faz. ...
Satanás procurará instigar-vos a entrar na estrada do pecado, prometendo algum maravilhoso bem em resultado da transgressão da lei de Deus; mas ele é um enganador. Só produziria a vossa ruína. ... Cristo veio quebrar o domínio do maligno, ... e trazer liberdade aos cativos. Tão enfraquecido pela transgressão estava o homem, que não possuía suficiente força moral para se desviar do serviço de Satanás para o do único Deus, verdadeiro; mas Jesus, o Príncipe da vida, a quem está entregue "todo o poder no Céu e na Terra" (Mat. 28:18), comunicará a toda pessoa que deseja salvação, a necessária força para vencer o inimigo de toda justiça (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 121).

Com fé, atirou-se a mulher fenícia contra as barreiras que se tinham elevado entre judeus e gentios. Apesar de não ser animada, a despeito das aparências que a poderiam ter levado a duvidar, confiou no amor do Salvador. É assim que Cristo deseja que nEle confiemos. As bênçãos da salvação destinam-se a toda alma. Coisa alguma, a não ser sua própria escolha, pode impedir qualquer homem de tornar-se participante da promessa dada em Cristo, pelo evangelho.
Qualquer discriminação é aborrecível a Deus. É-Lhe desconhecida qualquer coisa dessa natureza. Aos Seus olhos, a alma de todos os homens é de igual valor (Vidas que Falam [MM 1971], p. 299).

Nos tribunais do Céu, Cristo está a interceder por Sua igreja - advogando a causa daqueles cujo preço da redenção Ele pagou com o Seu sangue. Séculos e eras nunca poderão diminuir a eficácia de Seu sacrifício expiatório. Nem a morte, nem a vida, altura ou profundidade, nada nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus; não porque a Ele nos apeguemos com firmeza, mas porque Ele nos segura com Sua forte mão. Se nossa salvação dependesse de nossos próprios esforços não nos poderíamos salvar; mas ela depende de Alguém que está por trás de todas as promessas. Nosso apego a Ele pode ser débil, mas Seu amor é como de um irmão mais velho; enquanto nos mantivermos em união com Ele, ninguém nos pode arrancar de Sua mão. Atos dos Apóstolos, pág. 553.
Jesus, o precioso Jesus, "misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente". Êxo. 34:6 e 7. Oh, como somos privilegiados em poder vir a Jesus assim como estamos e lançar-nos sobre o Seu amor! Não temos nenhuma esperança a não ser em Jesus. Só Ele nos pode alcançar com Sua mão para erguer-nos das profundezas do desânimo e da desesperança, e colocar-nos os pés sobre a Rocha. Se bem que o ser humano possa agarrar-se a Jesus com todo o desesperado senso de sua grande necessidade, Jesus Se apegará às pessoas compradas por Seu sangue com mais firme apego do que o faz a Ele o pecador (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 76).

Quinta, 26 de abril: O evangelho eterno

O convite do evangelho deve ser dado a todo o mundo - "a toda nação, e tribo, e língua, e povo". Apoc. 14:6. A última mensagem de advertência e misericórdia deve iluminar com sua glória toda a Terra. Deve alcançar todas as classes sociais - ricos e pobres, elevados e humildes. "Sai pelos caminhos e atalhos", diz Cristo, "e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha." Luc. 14:23.
O mundo perece pela carência do evangelho. Há fome da Palavra de Deus. Poucos pregam a Palavra não misturada com tradições humanas. Embora tenham os homens nas mãos a Bíblia, não recebem as bênçãos que, para eles, Deus nela colocou. O Senhor chama Seus servos para levar a mensagem ao povo. A Palavra da vida eterna deve ser dada aos que perecem em seus pecados.
Na ordem de ir pelos caminhos e valados, Cristo apresenta a tarefa, a todos os que chama, de ministrar em Seu nome. Todo o mundo é o campo para os ministros de Cristo. Toda a família humana está compreendida em sua congregação. O Senhor deseja que Sua Palavra de misericórdia seja levada a toda pessoa.
Isso deve ocorrer principalmente pelo serviço pessoal. Era o método de Cristo. Sua obra consistia grandemente em entrevistas pessoais. Tinha fiel consideração pelo auditório de uma só pessoa. Por esse único ouvinte, a mensagem, muitas vezes, era proclamada a milhares.
Não devemos esperar que as pessoas venham a nós; precisamos procurá-las onde estiverem. Quando a Palavra é pregada do púlpito, o trabalho apenas começou. Há multidões que nunca serão alcançadas pelo evangelho se ele não lhes for levado (Parábolas de Jesus, p. 229).

Foram tomadas medidas, no concílio do Céu, para que os homens, embora transgressores, não houvessem de perecer em sua desobediência, mas, mediante a fé em Cristo como seu substituto e fiador, se pudessem tornar eleitos de Deus. ... Deus quer que todos os homens se salvem; pois amplas providências foram tomadas ao dar Seu Filho unigênito para pagar o resgate do homem. Os que perecem perecerão por haverem recusado ser adotados como filhos de Deus por meio de Cristo Jesus. O orgulho do homem impede-o de aceitar as providências da salvação. O mérito humano, porém, não introduzirá uma pessoa à presença de Deus. O que tornará o homem aceitável a Deus é a graça de Cristo comunicada por meio da fé em Seu nome. Não se pode pôr nenhuma confiança em obras ou em felizes arrebatamentos dos sentidos como demonstração de que os homens são escolhidos de Deus; pois os eleitos são escolhidos por meio de Cristo.
Diz Jesus: “E o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. João 6:37. Quando o pecador penitente vai a Cristo, consciente de sua culpa e indignidade, compreendendo que merece o castigo; mas descansando na misericórdia e amor de Cristo, não será mandado embora. Ele se apodera do amor perdoador de Deus, e feliz reconhecimento lhe brota do coração pela infinita compaixão e amor de seu Salvador. Que fosse tomada providência em seu favor nos conselhos do Céu antes da fundação do mundo, que Cristo tomasse sobre Si a pena da transgressão do homem, e lhe imputasse Sua justiça, enche-o de assombro (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 73).

Sexta, 27 de abril: Estudo adicional

Refletindo a Cristo [MM 1986], "Jesus nos mostrou como viver", p. 332.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

2º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 3 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em Meu trono, assim como Eu também venci e sentei-Me com Meu Pai em Seu trono” (Ap 3:21, NVI).

Se preferir, baixe este estudo em PDF: 2º Trimestre 2018 - Lição 3 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Sábado à tarde, 14 de abril

A Palavra de Deus é a nossa conselheira; porque nos subjuga através dos séculos, dando seu testemunho da imutabilidade da verdade. Nenhuma das antigas defesas da Palavra de Deus, destinadas para tempos especiais, ficou fora de uso. Nenhuma parte da Bíblia morreu de velha. Toda a história passada do povo de Deus precisa ser estudada por nós hoje, a fim de nos beneficiarmos com as experiências registradas (Este Dia Com Deus [MM 1980], p. 21).

Que ninguém pense que, por não poder explicar o significado de cada símbolo do Apocalipse, seja-lhe inútil pesquisar esse livro numa tentativa de conhecer o significado da verdade que ele contém. Aquele que revelou estes mistérios a João dará ao diligente pesquisador da verdade um antegozo das coisas celestiais. Aqueles cujo coração está aberto à recepção da verdade serão capacitados a compreender seus ensinos, e lhes será garantida a bênção prometida àqueles que “ouvem as palavras da profecia, e guardam as coisas nela escritas” (Ap 1:3).

No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ali está o complemento do livro de Daniel. Um é uma profecia; o outro uma revelação (Atos dos Apóstolos, p. 584, 585).

Os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e pelo nosso trabalho devemos advertir o povo do perigo em que se encontra. Não deixemos que as cenas solenes que a profecia tem revelado sejam deixadas intocadas. Se nosso povo estivesse meio desperto, se reconhecesse a proximidade dos acontecimentos descritos no Apocalipse, seria realizada uma reforma em nossas igrejas, e muitos mais creriam na mensagem. … Deixemos que Daniel fale, que fale o Apocalipse e digam a verdade. Mas seja qual for o aspecto do assunto apresentado, elevemos Jesus como o centro de toda a esperança, “a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da Manhã” (Ap 22:16; Testemunhos Para Ministros, p. 118).

Cristo está no meio dos sete candeeiros de ouro, andando de igreja em igreja, de congregação em congregação, de coração a coração. Aquele que guarda Israel nunca dorme nem cochila. Se os candeeiros fossem deixados ao cuidado de instrumentos humanos, quão frequentemente a luz iria, falhar e apagar-se! Mas Deus não confiou Sua igreja às mãos de homens. Cristo, Aquele que deu Sua vida pelo mundo, para que todos quantos Nele crerem não pereçam, mas tenham a vida eterna, é o verdadeiro Vigia da casa. Ele é o Mordomo, fiel e verdadeiro, das cortes do templo de Deus. Temos razão para agradecer a Deus por não dependermos da presença de sacerdotes ou pastores terrenos. Somos guardados pelo poder de Deus. A presença e graça de Cristo é o segredo de toda vida e luz (Olhando Para o Alto [MM 1983], p. 224).

Domingo, 15 de abril: A estrutura do Apocalipse

Dediquemos mais tempo ao estudo da Bíblia. Não compreendemos a Palavra como devemos. O livro de Apocalipse abre com uma ordem para compreendermos a instrução que ele contém. “Bem-aventurado aquele que lê, e bem-aventurados aqueles que ouvem as palavras da profecia”, declara Deus, “e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap 1:3). Quando nós, como um povo, compreendermos o que esse livro significa para nós, será visto entre nós grande reavivamento. Não compreendemos plenamente as lições que ele ensina, não obstante a ordem que nos é dada é de examiná-lo e estudá-lo.

No passado, mestres declararam que Daniel e Apocalipse são livros selados, e o povo deles se tem afastado. O véu, cujo aparente mistério tem impedido que muitos o levantem, a própria mão de Deus tem retirado dessas partes de Sua Palavra. O próprio nome “Apocalipse” (Revelação), contradiz a declaração de que seja um livro selado. “Revelação” significa que algo de importante é dado a conhecer. As verdades desse livro dirigem-se aos que vivem nesses últimos dias. Estamos com o véu removido no lugar santo das coisas sagradas. Não devemos ficar de fora. Não devemos entrar com pensamentos descuidados e irreverentes, nem com passos impetuosos, mas com reverência e piedoso temor. Aproximamo-nos do tempo em que se devem cumprir as profecias do livro do Apocalipse (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 113).

Vocês devem orar a Deus por si mesmos, crendo que Ele ouve cada palavra que pronunciam. Exponham seu coração para que Ele o examine; confessem seus pecados pedindo-Lhe que os perdoe, invocando os méritos da expiação, e então contemplem pela fé o grande plano de redenção, e o Consolador trará todas as coisas à sua memória.

Quanto mais estudarem o caráter de Cristo, mais atraente Ele lhes parecerá. Ele Se tornará mais próximo de vocês, em íntima companhia com vocês. Suas afeições se projetarão para Ele. Se a mente é moldada pelos objetos com os quais está mais relacionada, então pensar e falar em Jesus os capacitará para que sejam semelhantes a Ele em Espírito e em caráter. Vocês refletirão Sua imagem naquilo que é grandioso, puro e espiritual. Terão a mente de Cristo, e Ele os enviará ao mundo como Seu representante espiritual (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 57).

A questão todo-importante é servir ao Senhor com inteiro propósito de coração, procurando tornar-se do Senhor de coração e mente. Todos os que vão ter com o Salvador em busca de conselho receberão o devido auxílio de que necessitam, se a Ele forem com humildade e se apegarem com firmeza à promessa: “Peçam e lhes será dado; busquem e acharão; batam, e a porta será aberta para vocês” (Mt 7:7; Este Dia Com Deus [MM, 1980], p. 130).

Segunda, 16 de abril: Representações de Jesus

A pessoa que se entregou a Cristo é mais preciosa a Seus olhos do que todo o mundo. O Salvador teria passado pela agonia do Calvário para que uma única pessoa fosse salva no Seu reino. Jamais abandonará alguém por quem morreu. A menos que Seus seguidores O queiram deixar, Ele os há de segurar firmemente.

Em meio de todas as nossas provações, temos um infalível Ajudador. Não nos deixa lutar sozinhos com a tentação, combater o mal, e ser afinal esmagados ao peso dos fardos e das dores. Conquanto Se ache agora oculto aos olhos mortais, o ouvido da fé pode ouvir-Lhe a voz, dizendo: Não temas; Eu estou contigo. “Eu sou… Aquele que vive. Estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre” (Ap 1:18). Suportei as suas dores, experimentei as suas lutas, enfrentei as suas tentações. Conheço as suas lágrimas; também Eu chorei. Aqueles pesares demasiado profundos para serem desafogados em algum ouvido humano, Eu os conheço. Não pensem que estão perdidos e abandonados. Ainda que a dor que sentem não encontre eco em nenhum coração na Terra, olhem para Mim e vivam. “Mesmo que os montes se retirem e as colinas sejam removidas, a Minha misericórdia não se afastará de você, e Minha aliança de paz não será removida, diz o Senhor, que Se compadece de você” (Is 54:10; O Desejado de Todas as Nações, p. 482, 483).

Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio contemplam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar uma grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso Vencedor. Agora, não como “Homem de dores”, para sorver o amargo cálice da ignomínia e miséria; Ele vem vitorioso no Céu e na Terra para julgar os vivos e os mortos. “Fiel e verdadeiro”, Ele “julga e combate com justiça”. E “os exércitos no Céu O seguiam” (Ap 19:11, 14). Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-No em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes – milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma palavra humana pode descrever esta cena, mente mortal nenhuma é apta para conceber seu esplendor. “A Sua glória cobre os céus, e a Terra se enche do Seu louvor. O Seu resplendor é como a luz” (Hc 3:3, 4). Aproximando-se ainda mais a nuvem viva, todos os olhos contemplam o Príncipe da vida. Nenhuma coroa de espinhos agora desfigura a sagrada cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa fronte. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol meridiano. “No seu manto e na Sua coxa está escrito um nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19:16; O Grande Conflito, p. 640, 641).

Terça, 17 de abril: O tema do santuário no Apocalipse

Os sacrifícios e ofertas do ritual mosaico deviam sempre apontar para um serviço melhor, celestial mesmo. O santuário terrestre era “uma parábola para a época presente, na qual se oferecem dons e sacrifícios”; seus dois lugares santos eram “figuras das coisas que estão nos Céus”; pois Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é hoje “Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” (Hb 9:9, 23; 8:2; Exaltai-O [MM 1992], p. 15).

Mediante esta porta aberta para o templo de Deus, vemos a lei real, depositada dentro da arca do concerto. Por essa porta aberta, a luz resplandece daquela lei santa, justa e boa, apresentando ao homem a verdadeira norma da justiça, para que ele não cometa nenhum erro na formação de um caráter que satisfaça as reivindicações de Deus. O pecado é condenado por essa lei; precisamos afastá-lo. O orgulho e o egoísmo não podem encontrar lugar no caráter sem expulsar Aquele que era manso e humilde de coração.

A lei de Deus é a norma pela qual o caráter tem que ser provado; se erguermos uma norma que se adapte a nós mesmos, e tentarmos seguir um critério criado por nós mesmos, havemos de falhar completamente em obter por fim o Céu. …

Foi o amor de Deus pelo homem que O levou a expressar Sua vontade nos dez preceitos do Decálogo. … Deus deu ao homem uma completa regra de vida em Sua lei. Obedecida, ele viverá por ela, pelo méritos de Cristo. Transgredida, tem poder para condenar. A lei dirige os homens a Cristo, e Cristo os encaminha de volta à lei (Nossa Alta Vocação [MM 1962] p. 133, 134).

Ao nos aproximarmos da cruz do Calvário, veremos um amor sem paralelo. Quando, pela fé, aprendermos o significado do sacrifício, veremos a nós mesmos como pecadores, condenados por uma lei quebrantada. Isso é arrependimento. Ao nos chegarmos, coração humilde, encontraremos perdão, pois Cristo Jesus é representado como estando continuamente junto ao altar, oferecendo a cada momento o sacrifício pelos pecados do mundo. Ele é Ministro do verdadeiro tabernáculo, do qual o Senhor é Construtor, e não o homem. As prefigurações simbólicas do tabernáculo judeu não mais possuem qualquer virtude. Não mais tem que ser feita a diária e anual expiação simbólica, mas o sacrifício expiatório por meio de um Mediador é necessário, por causa do constante cometimento de pecado. Jesus está oficiando na presença de Deus, oferecendo Seu sangue derramado, como de um cordeiro morto. Jesus apresenta a oblação oferecida por toda ofensa e toda fraqueza do pecador (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 343, 344).

Quarta, 18 de abril: Cristo no Apocalipse: Parte 1

Ao descer, passo a passo, de Seu trono, Sua divindade foi coberta pela humanidade; mas em Seus milagres, doutrinas, sofrimentos, traição, zombaria, julgamento, morte por crucifixão, sepultura entre os ricos, ressurreição, quarenta dias sobre a Terra, ascensão, triunfo, sacerdócio, há inexauríveis tesouros de sabedoria, registrados para nós por inspiração na Palavra de Deus. As águas da vida ainda fluem em copiosas torrentes de salvação. Os mistérios da redenção, a fusão do divino e do humano em Cristo, Sua encarnação, sacrifício e mediação serão suficientes para abastecer mentes, corações, línguas e penas [canetas] de assuntos para reflexão e expressão por todo o tempo; e o tempo não será suficiente para esgotar as maravilhas da salvação; mas, pelos séculos eternos, Cristo será a ciência e o cântico da pessoa redimida. Novas manifestações da perfeição e da glória de Deus na face de Jesus Cristo estarão se desdobrando incessantemente. E agora precisa haver perfeita confiança no Seu mérito e graça; deve haver desconfiança de si mesmo e viva fé Nele (Exaltai-O[MM 1992], p. 32).

O Senhor viu que estávamos em lamentável condição, e enviou ao nosso mundo o único Mensageiro a quem podia confiar Seu grande tesouro de perdão e graça. Cristo, o Filho unigênito de Deus, foi o Mensageiro delegado. Ele foi incumbido de realizar uma obra que até os anjos do Céu não podiam efetuar. Só Ele podia ser encarregado de fazer a obra requerida para a redenção de um mundo todo cauterizado e arruinado pela maldição. E nessa dádiva o Pai deu todo o Céu ao mundo (Exaltai-O[MM 1992], p. 236).

Cristo está disposto a receber todos os que a Ele vão ter, com sinceridade. Não tolerará, porém, nenhuma partícula de pretensão ou hipocrisia. É Ele nossa única esperança. É nosso Alfa e Ômega. É nosso Sol e escudo, nossa sabedoria, nossa santificação, nossa justiça. Por Seu poder, unicamente, nosso coração pode ser diariamente guardado no amor de Deus (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 46).

Quando Cristo voltar de novo à Terra, não como Preso rodeado pela plebe, os homens haverão de vê-Lo. Hão de vê-Lo então como o Rei do Céu. Cristo virá em Sua própria glória, na glória do Pai e na dos santos anjos. Milhares de milhares de anjos, os belos e triunfantes filhos de Deus, tendo extrema formosura e glória, hão de acompanhá-Lo. Então Se assentará no trono de Sua glória, e diante Dele se congregarão as nações. Então todo olho O verá, e também os que O traspassaram. Em lugar de uma coroa de espinhos, terá uma de glória – uma coroa dentro de outra. Em lugar do velho vestido real de púrpura, trajará vestes “de um branco muito intenso como nenhum lavandeiro no mundo as poderia alvejar” (Mc 9:3). E no manto e na Sua coxa estará escrito um nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (O Desejado de Todas as Nações, p. 739).

Quinta, 19 de abril: Cristo no Apocalipse: Parte 2

João, exilado na ilha de Patmos, … ouve uma voz que diz: “Eu sou o Alfa e o Ômega” (Ap 1:8). Ao som da voz, João, tomado de assombro, cai por terra como morto. Não suporta a vista da glória divina. Mas João é levantado por uma mão, e reconhece a voz como tendo sido a de seu Senhor. É então fortalecido, e suporta falar com o Senhor Jesus.

Assim se dará com o povo remanescente de Deus. estará espalhado, alguns nas fortalezas das montanhas, outros exilados, outros perseguidos. Quando se ouve a voz de Deus, e se revela o brilho da glória, passada a prova, removida a palha, eles sabem que estão na presença de Alguém que os redimiu por Seu sangue. Justamente aquilo que Cristo foi para João em seu exílio, Ele será ao Seu povo, que sentirá a mão da opressão, por amor da fé e do testemunho de Jesus Cristo. … e não há lugar onde Seus olhos não possam penetrar, nenhuma tristeza e sofrimento de Seu povo onde não chegue a simpatia de Cristo (Para Conhecê-Lo [MM 1965] p. 358).

Nunca devemos esquecer que o amor – o amor de Cristo – é a única força que pode abrandar o coração e levar à obediência.

Todas as grandes verdades das Escrituras se centralizam em Cristo; devidamente compreendidas, todas levam a Ele. Seja Cristo apresentado como o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim do grande plano da redenção. Apresentem ao povo assuntos tais que lhes robusteçam a confiança em Deus e em Sua Palavra, e o levem a pesquisar por si mesmos Seus ensinos. E, à medida que eles avançam, passo a passo, no estudo da Bíblia, ficarão mais bem preparados para apreciar a beleza e harmonia de suas preciosas verdades (Review and Herald, 13 de junho de 1912; Evangelismo, p. 484, 485).

Diz Jesus: “Sem Mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15:5). Nosso crescimento na graça, nossa felicidade, nossa utilidade – tudo depende de nossa união com Cristo. É pela comunhão com Ele, todo dia, toda hora – permanecendo Nele – que devemos crescer na graça. Ele é não somente o Autor mas também o Consumador de nossa fé. É Cristo primeiro, por último e sempre. Deve estar conosco, não só ao princípio e ao fim de nossa carreira, mas a cada passo do caminho. …

Consagre-se a Deus pela manhã; faça disso sua primeira tarefa. Seja sua a oração: “Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti.” Esta é uma questão diária. Cada manhã consagre-se a Deus para esse dia. Submeta-Lhe todos os seus planos, para que se executem ou deixem de se executar, conforme o indicar a Sua providência. Assim, dia a dia, você poderá entregar às mãos de Deus a sua vida, e assim ela se moldará mais e mais segundo a vida de Cristo.

A vida em Cristo é de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas deve existir uma constante, serena confiança. Sua esperança não está em si mesmos; está em Cristo. Sua fraqueza se acha unida à Sua força, sua ignorância à Sua sabedoria, sua fragilidade ao Seu eterno poder. Você não deve, pois, olhar para si mesmo, nem permitir que o pensamento demore no próprio eu, mas olhe para Cristo. Que o pensamento demore em Seu amor, na formosura e perfeição de Seu caráter (Caminho a Cristo, p. 69, 70).

Sexta, 20 de abril: Estudo adicional

Para Conhecê-Lo [MM 1965], “Preparando-se para o Céu”, p. 165.
Caminho a Cristo, “Crescimento em Cristo”, p. 67 (Capítulo 8).