sábado, 27 de janeiro de 2018

1º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 5 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1Ts 2:4).

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Sábado à tarde, 27 de janeiro

Sob a maldição do pecado, a natureza toda devia testemunhar ao homem o caráter e resultado da rebelião contra Deus. Quando Deus fez o homem, Ele o fez governador sobre a Terra e todas as criaturas viventes. Enquanto Adão permanecesse fiel ao Céu, toda a natureza estaria sob a sua sujeição. Quando, porém, se rebelou contra a lei divina, as criaturas inferiores ficaram em rebelião contra o seu domínio. Assim o Senhor, em Sua grande misericórdia, mostraria aos homens a santidade de Sua lei, e os levaria por sua própria experiência a ver o perigo de a pôr de lado, mesmo no mínimo grau.
E a vida de labutas e cuidados que dali em diante deveria ser o quinhão do homem, foi ordenada com amor. Uma disciplina que se tornara necessária pelo seu pecado, foi o obstáculo posto à satisfação do apetite e paixão, e o desenvolvimento de hábitos de domínio próprio. Fazia parte do grande plano de Deus para a restauração do homem, da ruína e degradação do pecado. A advertência feita a nossos primeiros pais - "No dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gên. 2:17), não implicava que devessem eles morrer no próprio dia em que participassem do fruto proibido. Mas naquele dia a irrevogável sentença seria pronunciada. A imortalidade lhes era prometida sob condição de obediência; pela transgressão despojar-se-iam da vida eterna. Naquele mesmo dia estariam condenados à morte (Patriarcas e Profetas, p. 59, 60).

Deus deseja que Seus obreiros olhem para Ele como o Doador de tudo que possuem, que se lembrem de que tudo o que têm e são vem daquele que é maravilhoso em conselho e grande em obra. O delicado toque da mão do médico, seu poder sobre os nervos e os músculos, seu conhecimento do delicado organismo do corpo, são a sabedoria do poder divino, para ser usada em prol da humanidade sofredora. A habilidade com que o carpinteiro usa o martelo, a força com que o ferreiro faz retinir a bigorna, vêm de Deus. Ele tem confiado talentos aos homens, e deseja que O procurem em busca de conselho. Poderão assim usar-Lhe os dons com infalível aptidão, testificando que são coobreiros de Deus.
A propriedade é um talento. Deus envia a Seu povo a mensagem: "Vende tudo quanto tens" e dá esmolas. Luc. 18:22. Tudo que temos é, sem dúvida alguma, do Senhor. Ele nos pede que despertemos, para levar uma parte do fardo de Sua causa, a fim de que Sua obra possa prosperar. Todo cristão deve desempenhar sua parte como mordomo fiel. Os métodos de Deus são exatos e certos, e devemos negociar com nossas moedas e notas devolvendo-Lhe nossas ofertas voluntárias, para manter Sua obra, para levar almas a Cristo. Grandes e pequenas somas devem fluir para o tesouro do Senhor (Conselhos sobre Mordomia, p. 114).

Deus fez dos homens os Seus administradores. A propriedade que Ele pôs em suas mãos são os meios que Ele proveu para a propagação do evangelho. Àqueles que se mostrarem mordomos fiéis Ele confiará maiores bens. Diz o Senhor: "Aos que Me honram honrarei" (I Sam. 2:30; Patriarcas e Profetas, p. 529).

Tudo quanto de bom possuímos é um empréstimo a nós feito por nosso Salvador. Ele nos fez mordomos. Nossas menores ofertas, os mais humildes serviços que prestamos, apresentados com fé e amor, podem ser dádivas consagradas para granjear pessoas para o serviço do Mestre e promover-Lhe a glória. O interesse e a prosperidade do reino de Cristo deveriam estar acima de todas as outras considerações. Os que tornam seu prazer e interesse egoísta os principais objetivos de sua vida não são mordomos fiéis.
Os que se negam a si mesmos a fim de beneficiar a outros, e se consagram com tudo quanto têm ao serviço de Cristo, experimentarão a felicidade que o egoísta procura em vão. [...]
Os cristãos se esquecem de que são servos do Mestre; de que eles próprios, o tempo e tudo quanto lhes pertence são dEle (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 397, 398).

Domingo, 28 de janeiro: Mordomos no Antigo Testamento

Tudo que fizermos deve originar-se no amor de Deus, e ser consoante Sua vontade.
É tão importante fazer a vontade de Deus em estabelecer um edifício, como o é em tomar parte num culto religioso. E se os obreiros seguirem os justos princípios na formação do caráter, então na construção de cada edifício crescerão em graça e sabedoria.
Mas Deus não aceitará os maiores talentos nem os mais esplêndidos cultos, se o eu não for apresentado como sacrifício vivo a consumir-se sobre o altar. A raiz precisa ser santa, senão não haverá frutos aceitáveis a Deus.
O Senhor fez de Daniel e José administradores capazes. Podia por meio deles atuar porque não viviam para satisfazer às inclinações próprias, mas para agradar a Deus (Parábolas de Jesus, p. 350).

No momento em que o homem perde de vista o fato de que suas aptidões e posses pertencem ao Senhor, está ele dissipando os bens de seu Senhor. Faz a parte de um mordomo injusto, provocando o Senhor a transferir os Seus bens para mãos mais fiéis. Deus impele aqueles a quem confiou os Seus bens a administrá-los fielmente, mostrando ao mundo que estão trabalhando para a salvação dos pecadores. Ele roga aos que professam estar sob Sua supervisão, que não O representem mal no caráter (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 311). 

"E o Senhor estava com José, e foi varão próspero." Viu "o seu senhor que o Senhor estava com ele, e que tudo que ele fazia o Senhor prosperava em sua mão". Gên. 39:2 e 3. A confiança de Potifar em José aumentava diariamente, e finalmente o promoveu a seu mordomo, com amplo governo sobre todas as suas posses. "E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia." Gên. 39:6.
A assinalada prosperidade que acompanhava todas as coisas postas aos cuidados de José, não era resultado de um milagre direto; mas sim a sua operosidade, zelo e energia eram coroados pela bênção divina. José atribuía seu êxito ao favor de Deus, e mesmo seu senhor idólatra aceitava isto como o segredo de sua prosperidade sem-par. Sem um esforço perseverante e bem dirigido jamais poderia, entretanto, haver conseguido o êxito. Deus era glorificado pela fidelidade de Seu servo. Era Seu propósito que em pureza e correção o crente em Deus se mostrasse em assinalado contraste com os adoradores de ídolos - para que assim a luz da graça celestial pudesse resplandecer entre as trevas do paganismo (Patriarcas e Profetas, p. 216, 217).

Mas quando os homens desrespeitam as exigências de Deus, que lhe são claramente apresentadas, o Senhor lhes permite seguir seu próprio caminho, e colher o fruto de seus atos. Todo aquele que, para o seu próprio uso, se apropria da parte que Deus tem reservado, está-se demonstrando mordomo infiel. Não somente perderá o que reteve de Deus, mas também o que lhe fora confiado, como sendo seu mesmo (Conselhos sobre Mordomia, p. 88).

Segunda-feira, 29 de janeiro: Mordomos no Novo Testamento

No grande campo da ceifa, há abundância de trabalho para todos, e os que negligenciam fazer o que podem, serão achados em culpa perante Deus. Trabalhemos para o presente e para a eternidade. Trabalhemos com todas as forças que Deus nos concedeu, e Ele abençoará nossos esforços bem dirigidos (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 48).

A recusa de Deus em permitir que Seu povo pereça tem sido a razão de tão longa demora. Mas a chegada da manhã para os fiéis, e da noite para os infiéis, está às portas. Ao esperar e vigiar, o povo de Deus deve manifestar seu caráter peculiar, sua separação do mundo. Por meio de nossa atitude de vigilância devemos demonstrar que realmente somos “estrangeiros e peregrinos na Terra”. Hebreus 11:13. A diferença entre os que amam o mundo e os que amam a Cristo é tão clara que se torna inconfundível. Enquanto as pessoas mundanas manifestam extrema diligência e ambição para adquirir o tesouro terrestre, o povo de Deus não se conforma com o mundo; por sua atitude fervorosa, vigilante e de espera, revela, porém, que foram transformados; que seu lar não está neste mundo, mas que estão buscando uma pátria “melhor, isto é, a celestial” (Hebreus 11:16; Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 194).

Os princípios que nos devem nortear como obreiros na causa de Deus foram expostos pelo apóstolo Paulo. Ele disse: “Porque nós somos cooperadores de Deus.” 1 Coríntios 3:9. “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens.” Colossences 3:23. Pedro exorta os crentes: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre.” 1 Pedro 4:10, 11.
Há grandes leis que governam o mundo da natureza, e as coisas espirituais são controladas por princípios igualmente definidos. Os meios para determinado fim têm de ser empregados, se é que se quer de fato alcançar os resultados desejados. Deus designou a todo homem a sua obra, de acordo com sua habilidade. É pela educação e a prática que as pessoas devem ser habilitadas a enfrentar qualquer emergência que possa surgir, e é necessário um planejamento sábio para colocar cada um em sua própria esfera para que possa obter uma experiência que o faça apto a assumir responsabilidades (Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 223).

O Senhor virá em breve, e precisamos estar preparados para nos encontrarmos com Ele em paz. Tomemos a resolução de fazer tudo o que está ao nosso alcance para comunicar a luz aos que se acham ao nosso redor. Não devemos estar tristes, mas bem dispostos, e conservar sempre o Senhor Jesus diante de nós. ... Devemos estar prontos e à espera de Seu aparecimento. Oh! quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como Seus remidos! Temos esperado por muito tempo, mas nossa fé não deve enfraquecer-se (Maranata, o Senhor Vem [MM 1977], p. 104).

Terça-feira, 30 de janeiro: Mordomos dos mistérios de Deus

Deus tem o intuito de que ao pesquisador fervoroso as verdades de Sua Palavra sempre estejam a desdobrar-se.
Enquanto "as coisas encobertas são para o Senhor, nosso Deus, ... as reveladas são para nós e para os nossos filhos". Deut. 29:29. A ideia de que certas porções da Bíblia não podem ser compreendidas, tem ocasionado negligenciarem-se algumas de suas mais importantes verdades. Necessita ser encarecido e muitas vezes repetido o fato de que os mistérios da Bíblia não são tais porque Deus tenha desejado ocultar a verdade, mas porque nossa própria fraqueza ou ignorância nos tornam incapazes de compreender a verdade, ou delas nos apropriarmos. Esta limitação não é no Seu propósito, mas sim em nossa capacidade. Dessas mesmas porções das Escrituras, muitas vezes consideradas como impossíveis de se compreenderem, Deus deseja que compreendamos tanto quanto nossa mente possa receber. É "toda Escritura divinamente inspirada" a fim de que possamos ser perfeitamente instruídos "para toda a boa obra". II Tim. 3:16 e 17.
É impossível a qualquer mente humana esgotar mesmo uma única verdade ou promessa da Bíblia. Um apanha a glória sob um ponto de vista, outro sob outro ponto; contudo, podemos divisar apenas lampejos. O brilho completo está além de nossa visão.
Ao contemplarmos as grandes coisas da Palavra de Deus, olhamos para uma fonte que se alarga e se aprofunda sob a nossa admiração. Sua largura e profundidade ultrapassam o nosso conhecimento. Contemplando, amplia-se a nossa visão; estendido diante de nós vemos um mar ilimitado e sem praias (Educação, p. 170, 171).

Aumenta no mundo o crime de toda espécie, e a Terra está contaminada por seus habitantes. Os planos eternos de Deus estão prestes a cumprir-se, e às portas está o fim de todas as coisas. Achamo-nos em um tempo em que os que têm o conhecimento da verdade de Deus devem estar-se enfileirando ao lado da ensanguentada bandeira do Príncipe Emanuel. Devem postar-se como defensores da fé que uma vez foi dada aos santos e manifestar ao mundo o que seja observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus. Devem fazer sua luz brilhar em raios fortes e vívidos sobre o caminho dos que andam em trevas. Os soldados de Cristo devem estar ao lado uns dos outros, leais à verdade, reivindicadores da lei de Jeová (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956/2005], p. 269).

Quarta-feira, 31 de janeiro: Mordomos da verdade espiritual

Deus não pretende que a vossa luz brilhe a fim de que vossas palavras ou atos atraiam o louvor dos homens para vós mesmos, e sim, para que o Autor de toda boa obra seja glorificado e exaltado. Jesus, em Sua vida, deu aos homens um modelo de caráter. Quão pequena foi a influência que o mundo teve sobre Ele, para tentar modelá-Lo segundo o seu padrão! Toda a sua influência foi em vão. Disse Ele: "A Minha comida consiste em fazer a vontade dAquele que Me enviou e realizar a Sua obra." João 4:34. Se tivéssemos tal devoção pela obra de Deus, realizando-a com o olhar voltado exclusivamente para a Sua glória, seríamos capazes de dizer com Cristo: "Eu não procuro a Minha própria glória." João 8:50. Sua vida era cheia de boas obras, e é nosso dever viver como nosso grande Exemplo viveu. Nossa vida deve estar escondida com Cristo em Deus, e então a luz será refletida de Jesus para nós, e nós a refletiremos sobre os que nos cercam, não apenas no falar e no professar, mas em boas obras, e no manifestar o caráter de Cristo. Os que estão refletindo a luz de Deus manifestarão uma disposição amável. Serão joviais, bem dispostos, obedientes a todos os requisitos divinos. Serão mansos e abnegados, e trabalharão com amor dedicado em favor da salvação de pessoas (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 33).

Satanás vigia cuidadosamente para encontrar cristãos fora de guarda. Ah, se os seguidores de Cristo se lembrassem de que o preço da vida eterna é a eterna vigilância! Muitos têm uma fé vacilante. A menos que sejam revigorados, revividos, despertados à ação, suas almas se perderão.
O eu deve morrer, e Cristo deve ser entronizado no coração como tudo em todos. Os pensamentos devem demorar-se nEle. Então a vida será uma honra para o Seu nome. A alma receberá poder do alto para resistir aos ilusórios ardis de Satanás.
Esqueceram-se os adventistas do sétimo dia da advertência dada no sexto capítulo de Efésios? Estamos empenhados numa guerra contra os exércitos das trevas. A menos que sigamos nosso Líder, bem de perto, Satanás obterá vitória sobre nós.
"Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus" (Efés. 6:13-17; Olhando para o Alto [MM 1983], p. 216).

Se nossos olhos se abrissem, veríamos em nosso redor os anjos maus procurando inventar alguma nova maneira de molestar-nos e destruir-nos. E também veríamos anjos de Deus guardando-nos do poder daqueles; pois os olhos vigilantes de Deus estão sempre sobre Israel, para o seu bem; e Ele protegerá e salvará Seu povo, se este nEle puser sua confiança. Quando o inimigo vier como uma inundação, o Espírito do Senhor levantará uma bandeira contra ele.
Disse o anjo: "Lembra-te de que estás em terreno encantado." Vi que devemos vigiar e cingir-nos de toda a armadura, tomar o escudo da fé, e então estaremos aptos para ficar em pé, e os dardos inflamados do maligno não nos poderão ferir (Primeiros Escritos, p. 60).

Quinta-feira, 1º de fevereiro: Nossa responsabilidade como mordomos

Daniel e seus companheiros tinham a consciência livre de ofensa para com Deus. Mas isto não se consegue sem luta. Que prova foi a que sobreveio aos três companheiros, de Daniel quando lhes foi exigido que adorassem a grande imagem erguida pelo rei Nabucodonosor nas planícies de Dura! Seus princípios lhes proibiam prestar homenagem ao ídolo; pois era um rival do Deus do Céu. Sabiam que deviam a Deus todas as faculdades que possuíam, e conquanto tivessem o coração cheio de generosa simpatia para com todos os homens, tinham também a elevada aspiração de demonstrar-se inteiramente leais ao seu Deus. [...]
Assim aqueles jovens, imbuídos do Espírito Santo, declararam a toda a nação a sua fé, que Aquele que adoravam era o único Deus vivo, e verdadeiro. Esta demonstração de sua fé foi a mais eloquente apresentação de seus princípios. Para impressionar os idólatras com o poder e grandeza do Deus vivo, devem Seus servos revelar sua reverência para com Deus. Têm de tornar manifesto que é Ele o único objeto de sua honra e culto, e que consideração alguma, nem mesmo a preservação da vida, os pode induzir a fazer a menor concessão à idolatria. Essas lições têm influência direta e vital sobre nossa experiência nestes últimos dias (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 150, 151). 

Todos nós estamos decidindo nosso destino eterno, e depende inteiramente de nós ganharmos ou não a vida eterna. Viveremos em conformidade com as lições dadas na Palavra de Deus, o grande livro de Cristo? Ela é o livro mais grandioso e no entanto o mais simplesmente arranjado e mais facilmente compreendido já preparado para instruir quanto ao devido comportamento, ao modo de falar, às maneiras, e ao afeto. É o único livro que preparará os seres humanos para a vida que se mede pela vida de Deus.
Jesus Cristo é o único juiz da aptidão dos instrumentos humanos para receberem a vida eterna. As portas da Cidade Santa se abrirão aos que são humildes, mansos, submissos seguidores Seus, tendo dEle aprendido suas lições, e dEle recebido sua apólice de seguro de vida, formando caráter à semelhança divina (Minha Consagração Hoje [MM 1989/1953], p. 318).

Sexta-feira, 2 de fevereiro: Estudo adicional

"Salvar do pecado e guiar no serviço", eis o nosso lema. Nenhum sacrifício jamais será maior que o de nosso Salvador. 
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sábado, 20 de janeiro de 2018

1º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 4 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte […]. Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem” (Pv 11:4, 28).

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Sábado à tarde, 20 de janeiro

Satanás se aproximará de vós, dizendo: Sois pecador. Não deixeis, porém, que ele vos encha a mente com a ideia, de que, por serdes pecador, Deus vos rejeitou. Dizei-lhe: Sim, sou pecador, e por esta razão preciso de um Salvador. Preciso de perdão e remissão, e Cristo diz que, se eu for a Ele, não perecerei. Em Sua carta para mim, leio: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça." I João 1:9. Hei de crer na palavra que Ele me deixou. Obedecerei aos Seus mandamentos. Quando Satanás vos disser que estais perdidos, respondei: Sim; mas Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Quanto maior meu pecado, tanto maior minha necessidade de um Salvador.
No instante em que, pela fé, lançardes mão às promessas de Deus, e disserdes: Eu sou a ovelha perdida que Jesus veio salvar, nova vida tomará posse de vós, e recebereis força para resistir ao tentador. Mas a fé necessária para lançar mão das promessas não vem por intermédio dos sentimentos. "A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus." Rom. 10:17. Não deveis esperar que se efetue alguma grande mudança; não deveis esperar sentir maravilhosa emoção. O Espírito de Deus deve impressionar vossa mente. (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 116).

Temos de crer que somos escolhidos de Deus, ser salvos pelo exercício da fé mediante a graça de Cristo e a atuação do Espírito Santo; e cumpre-nos louvar e glorificar a Deus por tão maravilhosa manifestação de Seu imerecido favor. É o amor de Deus que atrai a pessoa a Cristo, para ser graciosamente recebida e apresentada ao Pai. Pela obra do Espírito renova-se a relação divina entre Deus e o pecador. O Pai diz: "Eu serei para eles Deus, e eles Me serão um povo. Exercerei amor perdoador, e lhes concederei Minha alegria. 'Eles serão para Mim particular tesouro' (Mal. 3:17); pois esse povo que formei para Mim manifestará o Meu louvor." (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 72).

As riquezas vêm do Senhor e Lhe pertencem. “Riquezas e glória vêm de diante de Ti.” 1 Crônicas 29:12. “Minha é a prata, e Meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos.” Ageu 2:8. “Porque Meu é todo animal da selva e as alimárias sobre milhares de montanhas.” Salmos 50:10. “Do Senhor é a Terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” Salmos 24:1. É o Senhor seu Deus que lhe dá forças para obter riquezas.
As riquezas são em si mesmas efêmeras e insatisfatórias. Somos advertidos a não confiar em riquezas incertas. “Certamente, a riqueza fará para si asas” e voará. Provérbios 23:5. “Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.” (Mateus 6:19; Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 549).

Há constantes batalhas a enfrentar, e nem por um instante estamos seguros, a menos que nos coloquemos sob a guarda dAquele que deu Sua vida preciosa, a fim de tornar possível a todos os que crerem nEle como Filho de Deus, ao mesmo tempo que sofrem as pressões de Satanás, escapar das corrupções que pela concupiscência da carne há no mundo. Ele é perfeitamente capaz de, em resposta à nossa fé, unir nossa natureza humana com a Sua, divina (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 117).


Domingo, 21 de janeiro: Relacionamento com Cristo

Nosso espírito toma o nível daquilo em que nossos pensamentos se demoram, e se pensamos em coisas terrenas, deixaremos de receber a marca do celestial. Seríamos grandemente beneficiados por contemplar a misericórdia, a bondade e o amor de Deus; mas sofremos grande perda por deter-nos nas coisas terrenas e temporais. Permitimos que a aflição e o cuidado e a perplexidade nos atraiam a mente à Terra, e fazemos com que um montinho de terra tome as proporções de uma montanha. ... As coisas temporais não devem... absorver nossa mente a ponto de nossos pensamentos serem inteiramente da Terra e do terreno. Cumpre-nos exercitar, disciplinar e educar a mente de maneira que pensemos no sentido espiritual, para que nos detenhamos nas coisas invisíveis e eternas, que se discernirão por meio de visão espiritual. É vendo Aquele que é invisível que podemos obter força mental e vigor espiritual (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 337).

O Senhor é misericordioso e bom. Quero que minha oferta de gratidão ascenda constantemente a Deus. Anseio ter uma intuição mais profunda de Sua bondade, e de Seu amor imutável. Todos os dias anseio pelas águas da vida. ... Preciso constantemente pôr em Deus minha força. Minha confiança nEle não pode vacilar. Nenhum agente humano deve interpor-se entre minha vida e meu Deus. O Senhor é nossa única esperança. NEle confio, e Ele nunca, não, nunca me faltará. Até aqui me tem ajudado, quando sob grande desânimo. [...]
Darei graças ao Senhor e louvarei Seu santo nome. Louvarei o Senhor pois nEle posso confiar em todos os tempos. Ele é a salvação de minha face e minha torre forte, para a qual posso correr e estar segura. Ele compreende minhas necessidades e me concederá a luz de Seu semblante, para que eu possa refletir luz sobre outros. Não falharei nem ficarei desanimada. Para Ti levanto os olhos, meu Pai celestial, para receber força e graça. ... Louvarei o Senhor em todo tempo, e não esperarei por um êxtase feliz de sentimento. Louva, pois, ao Senhor, porque Ele é bom, e Suas misericórdias me socorrerão de manhã, ao meio-dia e à noite. Uma feliz manifestação de sentimento não é prova; Sua Palavra é que é minha segurança (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 263).

"Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede", nunca mais desejará as vantagens nem as atrações do mundo; "pelo contrário, a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna" (Carta 5, 1900).
Vocês precisam ter um Salvador morando em vocês, que será como uma fonte a jorrar para a vida eterna. A água da vida que flui do coração sempre rega o coração de outros (Ms 69, 1912; (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1267).


Segunda-feira, 22 de janeiro: Na Palavra

Dia a dia você deve aprender alguma coisa nova das Escrituras. Pesquise-as como se buscasse tesouros escondidos, pois contêm as palavras da vida eterna. Ore pedindo sabedoria e entendimento a fim de compreender esses santos escritos. Se isso fizer, você encontrará novas belezas na Palavra de Deus; sentirá que recebeu nova e preciosa luz sobre assuntos relacionados com a verdade, e a Bíblia será cada vez mais valorizada em seu apreço (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 266).

Cristo tem direito sobre toda pessoa; muitos, porém, preferem uma vida de pecado. Alguns não irão a Jesus para que lhes dê vida. Alguns dizem ao Seu convite: "Eu vou, Senhor"; mas não vão; não fazem completa entrega para permanecerem só em Cristo, que é vida e paz e alegria indizíveis, e cheio de glória. [...]
Deus vos deu o direito de apoderar-vos dEle pela oração da fé. A oração do que crê é a própria essência da religião pura, o segredo do poder para todo cristão. [...]
Consagrai tempo a orar, a examinar as Escrituras, a pôr o eu sob a disciplina de Jesus Cristo. Vivei em contato com o Cristo vivo, e assim que isto fizerdes, Ele vos segurará firmemente com mão forte que jamais afrouxará (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 97).

As mentes que se têm entregue a pensamentos frouxos, precisam transformar-se. “Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo.” 1 Pedro 1:13-16. Os pensamentos têm de centralizar-se em Deus. É agora a ocasião de fazer um fervoroso esforço a fim de vencer as tendências naturais do coração carnal (Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 315).

Em Cristo está, para todo o sempre a plenitude da alegria. Os desejos, prazeres e divertimentos do mundo nunca satisfazem ou curam a alma. Mas Jesus diz: "Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna." João 6:54.
A graciosa presença de Cristo em Sua Palavra está sempre falando à alma, apresentando-O como a fonte de água viva a refrescar a alma sedenta. É nosso privilégio ter um Salvador vivo e permanente. Ele é a fonte de todo o poder implantado dentro de nós, e Sua influência fluirá em palavras e ações, refrigerando a todos os que estiverem dentro da esfera de nossa influência, neles criando desejos e aspirações de força e pureza, de santidade e de paz, e daquela alegria que não traz consigo a tristeza. Esse é o resultado de um Salvador que em nós mora (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 390).


Terça-feira, 23 de janeiro: Vida de oração

Em Sua oração ao Pai, deu Cristo ao mundo uma lição que deve ser gravada na mente e na alma. "A vida eterna", disse, "é esta: Que conheçam a Ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Isto é verdadeira educação. Comunica-nos poder. O conhecimento experimental de Deus e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou, transforma o homem na semelhança de Deus. Dá ao homem o domínio próprio, submetendo todos os impulsos e paixões da natureza inferior ao domínio das faculdades superiores da mente. Faz de seu possuidor filho de Deus e herdeiro do Céu. Leva-o à comunhão com a mente do Infinito e lhe abre os ricos segredos do Universo (Parábolas de Jesus, p. 114).

Comunhão com Deus é a vida da alma. Não é algo que não possamos interpretar ou que possamos revestir com belas palavras, mas que não nos concede a genuína experiência que realmente valoriza nossas palavras. A comunhão com Deus concede-nos uma experiência diária que verdadeiramente torna nossa alegria plena.
Aqueles que têm esta união com Cristo, assim demonstrarão em espírito, palavras e atitude. A profissão nada é, a menos que bons frutos sejam demonstrados através de palavra e obra. Unidade, comunhão de uns com outros e com Cristo - este é o fruto produzido em todo o ramo da videira viva. A pessoa purificada, nascida de novo, tem um testemunho claro e distinto para dar. [...]
Conhecer a Deus é, no sentido bíblico da expressão, ser um com Ele em coração e mente, tendo um conhecimento experimental dEle, mantendo reverente comunhão com Ele como Redentor. Essa comunhão só pode ser obtida mediante sincera obediência. Onde esta comunhão está faltando, o coração não é, de modo algum, o templo de Deus, mas é controlado pelo inimigo que está realizando seus próprios objetivos mediante o instrumento humano. Tal homem, seja qual for a profissão que alegue ter, não é um templo do Espírito Santo (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 326).

"Sem fé é impossível agradar-Lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam". Heb. 11:6.
Mas a fé não é de maneira nenhuma aliada à presunção. Somente o que tem verdadeira fé está garantido contra a presunção. Pois presunção é a falsificação da fé, operada por Satanás. A fé reclama as promessas de Deus, e produz frutos de obediência. A presunção também reclama as promessas, mas serve-se delas como fez Satanás, para desculpar a transgressão. A fé teria levado nossos primeiros pais a confiar no amor de Deus, e obedecer-Lhe aos mandamentos. A presunção os levou a transgredir-Lhe a lei, crendo que Seu grande amor os salvaria da consequência de seu pecado. Não é ter fé pretender o favor do Céu, sem cumprir as condições sob as quais é concedida a misericórdia. A fé genuína baseia-se nas promessas e providências das Escrituras (O Desejando de Todas as Nações, p. 126).

Tenho visto frequentemente que os filhos do Senhor negligenciam a oração, especialmente a oração secreta, e isto muito; que muitos não exercem aquela fé que têm o privilégio e o dever de exercer, esperando muitas vezes receber aquele sentir que unicamente a fé pode trazer. Sentimento não é fé; ambos são coisas distintas. Cabe a nós exercitar a fé; mas aquele sentimento de alegria e as bênçãos, Deus é quem os dá. A graça de Deus vem à alma pelo conduto da fé viva, e está ao nosso alcance exercitar semelhante fé (Primeiros Escritos, p. 72).


Quarta-feira, 24 de janeiro: Vida sábia

A linguagem usada por Salomão quando em oração a Deus diante do antigo altar de Gibeom, revela sua humildade e forte desejo de honrar a Deus. Ele sentia que sem o divino auxílio para desincumbir-se das responsabilidades impendentes sobre si, estaria tão ao desamparo como uma criancinha. Sabia que lhe faltava discernimento, e foi o senso de sua grande necessidade que o levou a buscar de Deus sabedoria. Em seu coração não havia aspiração egoísta de conhecimento para que se pudesse exaltar sobre outros. Ele desejava desempenhar fielmente os deveres que lhe foram impostos, e escolheu o dom que seria o meio de levar seu reino a glorificar a Deus. Salomão nunca foi tão rico ou tão sábio ou tão verdadeiramente grande como quando confessou: "Não passo de uma criança, não sei como conduzir-me". I Reis 3:7.
Os que ocupam hoje posições de responsabilidade devem procurar aprender a lição ensinada pela oração de Salomão. Quanto mais alta a posição que um homem ocupa, quanto maior a responsabilidade que tem de levar, mais ampla será a influência que exerce e maior sua necessidade de dependência de Deus. Deve lembrar-se sempre que com o chamado para o trabalho, vem o chamado para andar circunspectamente perante seus companheiros. Deve ele permanecer ante Deus na atitude de um discípulo. A posição não dá santidade de caráter. É por honrar a Deus e obedecer a Seus mandamentos que o homem se torna verdadeiramente grande. Profetas e Reis, págs. 30 e 31.
Far-nos-ia bem estudar cuidadosamente a oração de Salomão, e considerar cada um dos pontos dos quais dependia receber ele as ricas bênçãos que o Senhor estava disposto a lhe conceder. ...
Deus aprovou a oração de Salomão. E Ele ainda hoje ouvirá e aprovará a oração dos que, com fé e humildade, a Ele clamarem pedindo auxílio. Por certo atenderá à fervorosa oração em que a pessoa pede um preparo para o serviço. Em resposta Ele dirá: Eis-Me aqui. Que queres que faça por ti? ... Aquele que dirigiu a mente de Salomão ao fazer essa oração, hoje ensinará Seus servos a orar pedindo aquilo que necessitam.
O Deus que servimos não faz acepção de pessoas. Aquele que deu a Salomão o espírito de sábio discernimento, está desejoso de repartir as mesmas bênçãos a Seus filhos hoje. ... Quando o que leva um fardo opressivo deseja sabedoria mais que riquezas, poder, ou fama, não ficará desapontado. Tal pessoa aprenderá do grande Mestre não somente o que fazer, mas como fazê-lo de maneira a alcançar a divina aprovação.
Por todo o tempo em que permanecer consagrado, o homem a quem Deus dotou com discernimento e habilidade não manifestará anseios por alta posição, nem procurará dirigir ou governar. Necessariamente os homens precisam assumir responsabilidades; mas em vez de disputar a supremacia, aquele que é verdadeiro líder orará por um coração entendido, a fim de poder discernir entre o bem e o mal.
A vereda dos homens que estão colocados como líderes não é fácil. Mas devem eles ver em cada dificuldade um chamado à oração. Jamais devem deixar de consultar a grande Fonte de toda a sabedoria. Fortalecidos e iluminados pelo Obreiro-Mestre, serão capacitados a permanecer firmes contra pecaminosas influências, e a discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal. Aprovarão o que Deus aprova, e empenhar-se-ão com todo o fervor contra a introdução de princípios errôneos em Sua causa.
A sabedoria que Salomão desejou acima de riquezas, honra, ou vida prolongada, Deus lhe deu. Sua petição por acuidade mental, largueza de coração e brandura de espírito foi satisfeita.

Nossas petições a Deus não devem proceder de um coração cheio de aspirações egoístas. Deus nos exorta a escolher os dons que redundem em Sua glória. Deseja Ele que escolhamos o celestial em vez do terreno. Abre completamente diante de nós as possibilidades e vantagens de um trato com o Céu. Ele concede encorajamento para alcançarmos os mais elevados alvos, segurança ao nosso mais precioso tesouro. Desaparecidas as posses mundanas, o crente regozijar-se-á na posse de seu tesouro celestial - riquezas que não se podem perder em nenhum desastre terrestre (Vidas que Falam [MM 1971], p. 188, 190).

Ninguém que verdadeiramente ame e tema a Deus continuará a transgredir a lei, seja em que forma for. Quando o homem transgride, fica sob a condenação da lei e esta se torna para ele um jugo de escravidão. Seja qual for sua profissão, ele não está justificado, isto é, perdoado.
"A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma." Sal. 19:7. Mediante a obediência vem a santificação do corpo, alma e espírito. Esta santificação é um processo progressivo e uma subida de um nível de perfeição para outro.
Que uma fé viva se entreteça como fios de ouro na execução dos menores deveres. Então, a labuta diária toda promoverá o crescimento cristão. Contemplaremos então a Cristo continuamente. O amor a Ele dará força vital a tudo quanto empreendermos. Assim podemos, pelo bom uso de nossos talentos, ligar-nos por uma cadeia áurea ao mundo superior. Esta é a verdadeira santificação; porque a santificação consiste na realização alegre de nossos deveres cotidianos em obediência perfeita à vontade de Deus (Minha Consagração Hoje [MM 1989/1953], p. 234).

Não ganhamos a salvação por nossa obediência; pois a salvação é dom gratuito de Deus, e que obtemos pela fé. Mas a obediência é fruto da fé. "Bem sabeis que Ele Se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado. Qualquer que permanece nEle não peca: qualquer que peca não O viu nem O conheceu". I João 3:5 e 6. Aí é que está a verdadeira prova. Se habitamos em Cristo, se o amor de Deus habita em nós, nossos sentimentos, nossos pensamentos, nossas ações estão em harmonia com a vontade de Deus tal como se expressa nos preceitos de Sua santa lei. "Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como Ele é justo." I João 3:7. A justiça está definida no padrão da santa lei de Deus, expressa nos dez preceitos dados no Sinai.
A chamada fé em Cristo que professa desobrigar os homens da obediência a Deus, não é fé, mas presunção. "Pela graça sois salvos, por meio da fé." Efés. 2:8. Mas "a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma". Tia. 2:17. Jesus disse de Si mesmo, antes de descer à Terra: "Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu coração." Sal. 40:8. E justamente antes de ascender para o Céu, declarou: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e permaneço no Seu amor." João 15:10. Diz a Escritura: "Nisto sabemos que O conhecemos: se guardarmos os Seus mandamentos. Aquele que diz que está nEle também deve andar como Ele andou." I João 2:3 e 6. "Pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as Suas pisadas." I Ped. 2:21.

A condição de vida eterna é hoje justamente a mesma que sempre foi - exatamente a mesma que foi no paraíso, antes da queda de nossos primeiros pais - perfeita obediência à lei de Deus, perfeita justiça. Se a vida eterna fosse concedida sob qualquer condição inferior a essa, correria perigo a felicidade do Universo todo. Estaria aberto o caminho para que o pecado, com todo o seu cortejo de infortúnios e misérias, se imortalizasse (Caminho a Cristo, p. 61, 62).

Quinta-feira, 25 de janeiro: O Espírito Santo

Muito descrédito tem acarretado à obra do Espírito Santo o erro de certa gente que, presumindo-se iluminada por Ele, declara não mais necessitar das instruções da palavra divina. Tais pessoas agem sob impulsos que reputam como a voz de Deus às suas almas. Entretanto o espírito que as rege não é de Deus. Essa docilidade às impressões de momento, com desprezo manifesto do que ensina a Bíblia, só pode resultar em confusão e ruína, favorecendo os desígnios do maligno. Como o ministério do Espírito tem importância vital para a igreja de Cristo, é o decidido empenho de Satanás, por meio dessas excentricidades de gente desequilibrada e fanática, cobrir de opróbrio a obra do Espírito Santo e induzir o povo a negligenciar a fonte de virtude que Deus proveu para o Seu povo (O Grande Conflito, p. 7).

A função do Espírito Santo é distintamente especificada nas palavras de Cristo: "E quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo." João 16:8. É o Espírito Santo que convence do pecado. Se o pecador atende à vivificadora influência do Espírito, será levado ao arrependimento e despertado para a importância de obedecer aos reclamos divinos.
Ao pecador arrependido, faminto e sedento de justiça, o Espírito Santo revela o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. "Ele... há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar", disse Cristo. João 16:14. "Esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." João 14:26.
O Espírito é dado como agente de regeneração, para tornar eficaz a salvação operada pela morte de nosso Redentor. O Espírito está constantemente buscando atrair a atenção dos homens para a grande oferta feita na cruz do Calvário, a fim de desvendar ao mundo o amor de Deus, e abrir às almas convictas as preciosidades das Escrituras (Atos dos Apóstolos, p. 52).

São de suma importância os temas de redenção, e só os de mente espiritual podem discernir sua profundeza e significado. É nossa segurança, nossa alegria, demorar sobre as verdades do plano da salvação. Fé e oração são necessários para podermos contemplar as coisas profundas de Deus. Nosso espírito acha-se tão ligado a ideias estreitas que apanhamos apenas pontos de vista limitados, da experiência que é nosso privilégio possuir. ...
Por que será que muitos que professam ter fé em Cristo não têm força para resistir às tentações do inimigo? - É porque não são fortalecidos com poder, por Seu Espírito, no homem interior. O apóstolo ora para que, "estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus". Efés. 3:17-19. Se tivéssemos esta experiência, saberíamos alguma coisa da cruz do Calvário. Saberíamos o que significa ser participantes dos sofrimentos de Cristo. O amor de Cristo nos constrangeria, e embora não fôssemos capazes de explicar como o amor de Cristo nos aquece o coração, manifestaríamos Seu amor em fervente devoção a Sua causa (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 364).


Sexta-feira, 26 de janeiro: Estudo adicional

"Salvar do pecado e guiar no serviço", eis o nosso lema. Nenhum sacrifício jamais será maior que o de nosso Salvador. 
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sábado, 13 de janeiro de 2018

1º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 3 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


 Verso para Memorizar:
 “Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:9-11).

Se preferir, baixe este estudo em PDF: 1º Trimestre 2018 - Lição 3 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Atenção!
Trechos em destaque extraídos dos originais 
e ausentes na versão física do comentário.

Sábado à tarde, 13 de janeiro

O amor ao mundo tem terrível controle sobre o povo a quem o Senhor ordenou vigiar e orar sempre, para que Ele não viesse repentinamente e os encontrasse dormindo. “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” 1 João 2:15-17.
Foi-me mostrado que o povo de Deus que professa crer na verdade presente, não está em atitude de espera e vigilância. Estão aumentando as riquezas e acumulando tesouros na Terra. Estão se tornando ricos nas coisas da Terra, mas não ricos para com Deus. Não creem na brevidade do tempo; não creem que o fim de todas as coisas está próximo, e que Cristo está às portas. Podem professar possuir muita fé, mas enganam a si mesmos, pois agirão de acordo com a medida da fé que realmente possuem. Suas obras mostram o caráter de sua fé, e testificam àqueles que os cercam de que a vinda de Cristo não deve ocorrer nesta geração. As obras serão de acordo com sua fé. Seu preparo é feito para longa permanência neste mundo. Acrescentam casa a casa, terreno a terreno, e são cidadãos deste mundo (Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 196).

Domingo, 14 de janeiro: Cristo, o Criador

O mundo material está sob o controle de Deus. As leis que governam toda a Natureza são obedecidas pela Natureza. Tudo exprime e executa a vontade do Criador. As nuvens, a chuva, o orvalho, a luz solar, os aguaceiros, o vento, a tempestade - tudo está sob a supervisão de Deus, e presta implícita obediência Àquele que os utiliza. A pequenina haste de relva irrompe através da terra, primeiro a erva, depois a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. O Senhor usa estes Seus servos obedientes para fazerem Sua vontade. O fruto primeiro é visto no botão, que contém o futuro pêssego, pêra ou maçã, e o Senhor os desenvolve em sua estação própria, porque eles não resistem a Sua atuação. Não se opõem à ordem de Suas providências. Suas obras, segundo podem ser vistas no mundo natural, não são compreendidas e apreciadas como deveriam ser. Esses pregadores silenciosos ensinarão suas lições aos seres humanos, se tão somente forem ouvintes atentos (Exaltai-O [MM 1992], p. 63).

Precisamos estar mais em audiência com Deus. Há necessidade de vigiar nossos próprios pensamentos. Certamente estamos vivendo entre os perigos dos últimos dias. Precisamos andar mansamente diante de Deus, com profunda humildade; pois só pessoas dessa espécie é que serão exaltadas.
Oh! quão pouco o homem compreende da perfeição de Deus, de Sua onipresença unida com Seu poder onipotente! [...]
O Senhor Deus ordena e traz as coisas à existência. Ele foi o primeiro planejador. Não depende do homem, mas solicita bondosamente sua atenção e coopera com ele em projetos progressivos e mais elevados. Então o homem toma toda a glória para si, e é enaltecido pelos semelhantes como um notável gênio. Ele não olha acima do homem. A causa primordial é esquecida. [...]
Infelizmente, temos ideias demasiado vulgares e comuns. "Eis que os céus, e até o Céu dos céus, não Te podem conter." I Reis 8:27. Que ninguém se aventure a limitar o poder do Santo de Israel. Há conjeturas e perguntas acerca da obra de Deus. "Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa." (Êxo. 3:5; Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 311)

Os pássaros, trinando seus cantos livres de cuidado, as flores do vale vicejando em sua beleza - o lírio que descansava, em sua formosura, no fundo do lago, as árvores altaneiras, a terra cultivada, as ondulantes espigas, o solo estéril, a árvore infrutífera, os montes eternos, a borbulhante corrente, o Sol poente a tingir e dourar o firmamento - tudo isso empregou Ele para impressionar os ouvintes com a verdade divina. Relacionava a obra da mão de Deus nos céus e na Terra com a Palavra da vida. Dessas coisas tirava Ele Suas lições de instrução espiritual. Apanhava os lírios, as flores do vale, e colocava-as nas mãos das criancinhas, como instrutores a proclamarem a verdade de Sua palavra. ...
As belezas da natureza possuem uma linguagem que nos fala sem cessar. O coração aberto pode ser impressionado com o amor e a glória de Deus, tais como se revelam nas obras de Suas mãos. O ouvido atento pode ouvir e compreender as comunicações de Deus mediante as coisas da natureza. Há uma lição no raio solar, e nas várias coisas da natureza que Deus apresenta ao nosso olhar. Os campos verdes, as grandes árvores, os brotos e as flores, as nuvens movediças, a chuva a cair, a rumorejante fonte, o Sol, a Lua e as estrelas no céu - tudo nos convida à atenção e meditação, ordenando-nos que nos familiarizemos com Aquele que a todas elas fez (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 140).

Segunda-feira, 15 de janeiro: Filho de Deus / Filho do homem

Havia apenas uma esperança para a humanidade: a de que fosse lançado um novo fermento naquela massa de elementos discordantes e corruptores; de que se trouxesse o poder de uma nova vida; de que o conhecimento de Deus fosse restaurado no mundo.
Cristo veio para restaurar este conhecimento. Veio para remover o falso ensino pelo qual os que pretendiam conhecer a Deus O haviam representado de uma maneira errônea. Veio para manifestar a natureza de Sua lei, para revelar em Seu caráter a beleza da santidade.
Cristo veio ao mundo com um amor que se fora acrescendo durante a eternidade. Varrendo aquelas cobranças que tinham atravancado a lei de Deus, mostrou Ele que esta é uma lei de amor, uma expressão da bondade divina. Mostrou que na obediência a seus princípios se acha envolvida a felicidade da humanidade, e com ela a estabilidade, o próprio fundamento e arcabouço da sociedade humana (Educação, p. 76).

A verdade da livre graça de Deus fora quase perdida de vista pelos judeus. Os rabinos ensinavam que o favor de Deus devia ser alcançado por merecimento. Esperavam ganhar pelas próprias obras o galardão dos justos. Por isto seu culto todo era induzido por um espírito ávido e mercenário. Até os discípulos de Cristo não estavam totalmente livres deste espírito, e o Salvador aproveitava toda oportunidade para mostrar-lhes seu erro. Justamente antes de dar a parábola dos trabalhadores ocorreu um evento que Lhe ofereceu a oportunidade para apresentar os justos princípios.
Indo Seu caminho, um jovem príncipe correu-Lhe ao encontro e, ajoelhando-se, saudou-O reverentemente. "Bom Mestre", disse, "que bem farei, para conseguir a vida eterna?" Mat. 19:16.
O príncipe dirigiu-se a Cristo meramente como a um rabino honrado, não reconhecendo nEle o Filho de Deus. O Salvador disse: "Por que Me chamas bom? Não há bom, senão um só que é Deus." Mat. 19:17. Em que sentido Me chamas bom? Deus unicamente é bom. Se Me reconheces como tal, precisas receber-Me como Seu Filho e representante.
"Se queres, porém, entrar na vida", acrescentou, "guarda os mandamentos." Mat. 19:17. O caráter de Deus é expresso em Sua lei; e se queres estar em harmonia com Deus, os princípios de Sua lei devem ser o motivo de todas as tuas ações.
Cristo não diminui as exigências da lei. Em linguagem inconfundível apresenta a obediência a ela como condição da vida eterna - a mesma condição requerida de Adão antes da queda. O Senhor não espera agora menos de nós, do que esperava do homem no Paraíso, obediência perfeita, justiça irrepreensível. A exigência sob o pacto da graça é tão ampla quanto os requisitos ditados no Éden - harmonia com a lei de Deus, que é santa, justa e boa.
Às palavras: "Guarda os mandamentos", o jovem respondeu: "Quais?" Mat. 19:17 e 18. Supôs que fossem alguns preceitos cerimoniais; mas Cristo falava da lei dada no Sinai. Mencionou diversos mandamentos da segunda tábua do decálogo, e resumiu-os todos no preceito: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mat. 19:19.
O jovem respondeu sem hesitação: "Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?" Mat. 19:20. Sua compreensão da lei era externa e superficial. Julgado segundo o padrão humano, preservara caráter irrepreensível. Em grande parte sua vida exterior fora isenta de culpa; acreditara realmente que sua obediência fora sem falha. Contudo tinha um receio íntimo de que nem tudo estava direito entre seu coração e Deus. Isso originou a pergunta: "Que me falta ainda?"
"Se queres ser perfeito", disse Cristo, "vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no Céu; e vem e segue-Me. E o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades." Mat. 19:21 e 22.
O amante de si mesmo é transgressor da lei. Isto quis Jesus revelar ao jovem, e submeteu-o a uma prova de modo tal, que manifestaria o egoísmo de seu coração. Mostrou-lhe a nódoa do caráter. O jovem não desejou mais esclarecimento. Nutrira na alma um ídolo - o mundo era o seu deus. Professava ter guardado os mandamentos, porém estava destituído do princípio que é o próprio espírito e vida de todos eles. Não possuía verdadeiro amor a Deus e ao homem. Esta falta era a carência de tudo quanto o qualificaria para entrar no reino do Céu. Em seu amor ao próprio eu e ao ganho terrestre, estava em desarmonia com os princípios do Céu (Parábolas de Jesus, p. 390-392).

A influência do amor ao dinheiro sobre o espírito humano é quase paralisador. As riquezas transtornam e levam muitos dos que as possuem a agirem como se tivessem perdido a razão. Quanto mais possuem bens deste mundo, tanto mais desejam. Seu medo de passarem necessidade aumenta com a riqueza que possuem. Têm a tendência de acumular bens para o futuro. São avaros e egoístas, temendo que Deus não lhes proveja o necessário. Essa classe é realmente pobre para com Deus. Ao se acumularem suas riquezas, nelas puseram a sua confiança e perderam a fé em Deus e nas Suas promessas (Conselhos Sobre Mordomia, p. 150).

Terça-feira, 16 de janeiro: Cristo, o Redentor

"Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo." I João 2:1. Mas Deus não dedicou Seu Filho a uma vida de sofrimento e ignomínia, e a uma morte vergonhosa, para livrar o homem da obediência à lei divina. Tão grande é o poder enganador de Satanás que muitos têm sido levados a considerar a expiação de Cristo como não tendo valor real. Cristo morreu porque não havia outra esperança para o transgressor. Este poderia procurar guardar a lei de Deus no futuro; mas a dívida que ele contraiu no passado continuava a existir, e a lei teria de condená-lo à morte. Cristo veio pagar para o pecador essa dívida que lhe era impossível pagar por si mesmo. Assim, por meio do sacrifício expiatório de Cristo, concedeu-se outra oportunidade ao homem pecaminoso.
O engano de Satanás é que a morte de Cristo introduziu a graça para tomar o lugar da lei. A morte de Jesus de maneira alguma modificou, anulou ou diminuiu a lei dos Dez Mandamentos. Essa preciosa graça oferecida aos homens por meio do sangue do Salvador estabelece a lei de Deus. Desde a queda do homem, o governo moral de Deus e Sua graça são inseparáveis. Andam de mãos dadas através de todas as dispensações. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Sal. 85:10.
Jesus, nosso Substituto, consentiu em sofrer pelo homem a penalidade da lei transgredida. Ele revestiu Sua divindade com a humanidade, tornando-Se assim o Filho do homem, o Salvador e Redentor. O próprio fato da morte do amado Filho de Deus para remir o homem revela a imutabilidade da lei divina. Quão facilmente, do ponto de vista do transgressor, Deus poderia ter abolido Sua lei, provendo assim um meio pelo qual o homem pudesse ser salvo e Cristo permanecesse no Céu! A doutrina que ensina a liberdade, pela graça, para transgredir a lei é uma ilusão fatal. Todo transgressor da lei de Deus é um pecador, e ninguém pode ser santificado enquanto vive em pecado conhecido. (Fé e Obras, p. 30)

E à medida que nos aproximamos mais de Jesus, e nos regozijamos na plenitude de Seu amor, nossas dúvidas e obscuridades hão de desaparecer ante a luz de Sua presença.
Diz o apóstolo Paulo que Deus "nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor". Col. 1:13. E todo aquele que passou da morte para a vida é capaz de confirmar "que Deus é verdadeiro". João 3:33. Pode testificar: "Necessitava de auxílio, e encontrei-o em Jesus. Toda necessidade foi suprida, a fome de minha alma foi satisfeita; e agora a Bíblia é para mim a revelação de Jesus Cristo. Perguntais por que creio em Jesus. - Porque é para mim um divino Salvador. Por que creio na Bíblia? - Porque achei que ela é a voz de Deus falando à minha alma." Podemos ter em nós mesmos o testemunho de que a Bíblia é verdadeira, de que Cristo é o Filho de Deus. Sabemos que não temos estado a seguir fábulas artificialmente compostas (Caminho a Cristo, p. 112).

Quando Jó ouviu do redemoinho, a voz do Senhor, exclamou: "Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza. Jó 42:6. Foi quando Isaías viu a glória do Senhor e ouviu os querubins a clamar - "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos" - que exclamou: "Ai de mim, que vou perecendo!" Isa. 6:3 e 5. Arrebatado ao terceiro Céu, Paulo ouviu coisas que não era possível ao homem proferir e fala de si mesmo como "o mínimo de todos os santos". II Cor. 12:2-4; Efés. 3:8. Foi o amado João, que se reclinou ao peito de Jesus, e Lhe contemplou a glória, que caiu como morto aos pés de um anjo (Apoc. 1:17).
Não pode haver exaltação própria, jactanciosa pretensão à libertação do pecado, por parte dos que andam à sombra da cruz do Calvário. Sentem eles que foi seu pecado o causador da agonia que quebrantou o coração do Filho de Deus, e este pensamento os levará à humilhação própria. Os que mais perto vivem de Jesus, mais claramente discernem a fragilidade e pecaminosidade do ser humano, e sua única esperança está nos méritos de um Salvador crucificado e ressurgido (O Grande Conflito, p. 471).

Quarta-feira, 17 de janeiro: Um Deus zeloso

"As coisas encobertas são para o Senhor, nosso Deus; porém as reveladas são para nós e para nossos filhos, para sempre." Deut. 29:29. A revelação que Deus de Si mesmo deu em Sua Palavra é para nosso estudo. Esta, podemos procurar compreender. Mas além disto não devemos penetrar. O mais elevado intelecto pode esforçar-se até à exaustão em conjeturas concernentes à natureza de Deus, mas infrutíferos serão os esforços. Esse problema não nos foi dado a solver. Nenhuma mente humana pode compreender a Deus. Ninguém se deve entregar a especulações com referência a Sua natureza. A esse respeito, o silêncio é eloquente. O Onisciente está acima de discussão.
Mesmo os anjos não tiveram permissão de partilhar nos conselhos entre o Pai e o Filho quando foi delineado o plano da salvação. E as criaturas humanas não se devem intrometer nos segredos do Altíssimo. Somos tão ignorantes acerca de Deus como criancinhas; mas, como criancinhas, é-nos dado amá-Lo e obedecer-Lhe. Em lugar de especular quanto a Sua natureza ou Suas prerrogativas, demos ouvidos às palavras que falou:

"Porventura, alcançarás os caminhos de Deus
Ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso?
Como as alturas dos céus é a Sua sabedoria; que poderás tu fazer?
Mais profunda é ela do que o inferno; que poderás tu saber?
Mais comprida é a sua medida do que a Terra;
E mais larga do que o mar." Jó 11:7-9.

"Mas onde se achará a sabedoria?
E onde está o lugar da inteligência?
O homem não lhe conhece o valor;
Não se acha na Terra dos viventes.
O abismo diz: Não está em mim;
E o mar diz: Ela não está comigo.
Não se dará por ela ouro fino,
Nem se pesará prata em câmbio dela.
Nem se pode comprar por ouro fino de Ofir,
Nem pelo precioso ônix, nem pela safira.
Com ela não se pode comparar o ouro ou o cristal;
Nem se trocará por jóia de ouro fino.
Ela faz esquecer o coral e as pérolas;
Porque a aquisição da sabedoria é melhor que a dos rubis.
Não se lhe igualará o topázio da Etiópia,
Nem se pode comprar por ouro puro.
De onde, pois, vem a sabedoria,
E onde está o lugar da inteligência?
A perdição e a morte dizem:
Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama.
Deus entende o seu caminho,
E Ele sabe o seu lugar.

"Porque Ele vê as extremidades da Terra;
E vê tudo o que há debaixo dos céus.
Quando prescreveu uma lei para a chuva
E caminho para o relâmpago dos trovões,
Então, a viu e a manifestou;
Estabeleceu-se e também a esquadrinhou.
Mas disse ao homem:
Eis que o temor do Senhor é a sabedoria,
E apartar-se do mal é a inteligência." Jó 28:12-20, 22-24, 26-28.
Nem sondando os recessos da Terra, nem mediante vãos esforços para penetrar os mistérios do divino Ser, se encontra a sabedoria. Ela é antes encontrada no humilde recebimento da revelação que Lhe tem parecido bem conceder-nos, e na conformação da vida com a Sua vontade.
Os homens de mais poderoso intelecto não podem compreender os mistérios de Jeová, segundo se revelam em a natureza. A inspiração divina faz muitas perguntas que o mais profundo erudito não sabe responder. Essas perguntas não foram feitas para que as respondêssemos, mas para chamar nossa atenção para os profundos mistérios de Deus, e ensinar-nos a limitação de nossa sabedoria. No que nos rodeia na vida diária, existem muitas coisas além da compreensão de seres finitos.
Os céticos recusam-se a crer em Deus, porque não podem compreender o infinito poder pelo qual Ele Se revela. Mas Deus deve ser reconhecido, tanto pelo que não revela de Si mesmo como por aquilo que é franqueado à nossa limitada compreensão. Tanto na divina revelação como na natureza, Ele deixou mistérios a fim de reclamar a nossa fé. Assim deve ser. Devemos estar sempre indagando, sempre pesquisando, sempre aprendendo, e resta todavia um infinito para o além (A Ciência do Bom Viver, p. 429-431).

"O trato de Deus para com Seu povo, sempre parece misterioso. Seus caminhos não são os nossos caminhos, nem os Seus pensamentos os nossos pensamentos. Muitas vezes Seu modo de tratar é tão contrário aos nossos planos e expectativas, que ficamos admirados e confundidos. Nós não compreendemos nossa perversa natureza; e, frequentemente, quando estamos satisfazendo ao eu, seguindo as nossas próprias inclinações, gabamo-nos de estar seguindo os pensamentos de Deus. E assim devemos examinar as Escrituras e orar muito, para que segundo Sua promessa o Senhor nos possa dar sabedoria (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 503).

A mão de obra de Deus em a natureza não é o próprio Deus em a natureza. As coisas da natureza são uma expressão do caráter e do poder de Deus; não devemos, porém, considerá-la como Deus. A habilidade artística das criaturas humanas produz obras muito belas, coisas que deleitam a vista; e essas coisas nos revelam algo de seu autor; a obra feita não é, no entanto, seu autor. Não é a obra, mas o obreiro, que é considerado digno de honra. Assim, ao passo que a natureza é uma expressão do pensamento de Deus, não é a natureza, mas o Deus da natureza que deve ser exaltado (A Ciência do Bom Viver, p. 413).

Quinta-feira, 18 de janeiro: Prosperidade verdadeira

O Espírito Santo declara, por intermédio do profeta Isaías: "A quem pois fareis semelhante a Deus? ou com que O comparareis? ... Porventura não sabeis? porventura não ouvis? ou desde o princípio se vos não notificou isto mesmo? ou não atentastes para os fundamentos da Terra? Ele é o que está assentado sobre o globo da Terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos; Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar. ... A quem pois Me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o Seu exército, quem a todas chama pelos seus nomes; por causa da grandeza das Suas forças, e pela fortaleza do Seu poder, nenhuma faltará. Por que pois dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu juízo passa de largo pelo meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da Terra, nem Se cansa nem Se fatiga? ... Dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor." (Isa. 40:18-29; O Desejado de Todas as Nações, p. 282, 283).

Para os anjos, o rumo que os seres humanos tomam, afigura-se como um curso inexplicavelmente incoerente. Eles veem como a degradação é exposta de forma tão patente ao lado da descrença e condescendência com o apetite. Veem como Satanás está operando incansavelmente para destruir a imagem de Deus no homem. Ficam admirados de ver como seres dependentes em seu Criador para cada respiro, podem agir tão irracional e incoerentemente; indagam-se por que os homens escolhem aliar-se àquele que crucificou a Cristo e que encheu o mundo de disputa, inveja, e ciúme. ...
Cristo é o Senhor, nossa justiça. Tomemos posição ao Seu lado agora, neste instante. Que ninguém se envergonhe de reconhecer a Cristo como seu Salvador, seu conselheiro, seu guia e seu galardão. Será que isso representa algum sacrifício? Será que é honroso estar incluído no exército de Satanás? Aqueles que fazem essa escolha nada lucram. Somente a morte, a morte eterna, os aguarda (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 315).

Homens de posses olham muitas vezes para sua riqueza e dizem: “Por minha capacidade adquiri para mim essa riqueza.” Mas quem lhes deu poder para adquirir riquezas? Deus concedeu-lhes a habilidade que possuem, mas em vez de dar-Lhe glória, eles a tomam para si mesmos. O Senhor os provará e experimentará e lançará sua glória ao pó. Ele suprimirá suas forças e espalhará seus bens. Em vez de bênção, eles lhes serão uma maldição. Um ato de injustiça ou opressão, um desvio do reto proceder, não seria mais tolerado num homem de posses do que naquele que nada possui. Todas as riquezas que o mais rico dos homens possa ter não é de valor suficiente para cobrir o menor pecado diante de Deus; elas não serão aceitas como resgate da transgressão. Unicamente arrependimento, verdadeira humildade, coração contrito e espírito abatido serão aceitos por Deus. Ninguém pode ter verdadeira humildade diante de Deus a menos que seja demonstrada diante de outros. Nada menos que arrependimento, confissão e abandono do pecado são aceitáveis a Deus (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 536, 537).

Sexta-feira, 19 de janeiro: Estudo adicional

"Salvar do pecado e guiar no serviço", eis o nosso lema. Nenhum sacrifício jamais será maior que o de nosso Salvador. 
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