sábado, 28 de outubro de 2017

4º TRIMESTRE - LIÇÃO 5 - 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2017


 Verso para Memorizar:
 “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma!
Antes, confirmamos a lei” (Rm 3:31).


Sábado à tarde, 28 de outubro

Visto a lei do Senhor ser perfeita, e portanto imutável, é impossível aos homens pecadores satisfazer, por si mesmos, a norma de sua exigência. Foi por isso que Jesus veio como nosso Redentor. Era Sua missão, mediante o tornar os homens participantes da natureza divina, pô-los em harmonia com os princípios da lei celestial. Quando abandonamos nossos pecados, e recebemos a Cristo como nosso Salvador, a lei é exaltada. Pergunta o apóstolo Paulo: "Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei." Rom. 3:31.
A promessa do novo concerto é: "Porei as Minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos." Heb. 10:16. Conquanto o sistema de símbolos que apontava para Cristo como o Cordeiro de Deus que devia tirar o pecado do mundo havia de passar com Sua morte, os princípios de justiça contidos no Decálogo são tão imutáveis como o trono eterno. Nenhum mandamento foi anulado, nem um jota ou um til foi mudado. Os princípios que foram dados a conhecer ao homem no Paraíso como a grande lei da vida, existirão, imutáveis, no Paraíso restaurado. Quando o Éden volver a florir na Terra, a lei divina do amor será obedecida por todos debaixo do Sol (O Maior Discurso de Cristo, p. 50).

A fé genuína se manifestará em boas obras, pois boas obras são frutos da fé. Ao operar Deus no coração, e entregar o homem sua vontade a Deus, e com Ele cooperar, ele manifesta na vida aquilo que Deus operou em seu íntimo pelo Espírito Santo, e há harmonia entre o propósito do coração e a prática da vida. Todo pecado deve ser renunciado como a coisa odiosa que crucificou o Senhor da vida e da glória, e o crente tem de ter uma experiência progressiva, fazendo continuamente as obras de Cristo. É pela contínua entrega da vontade, pela obediência contínua, que se retém a bênção da justificação.
Os que são justificados pela fé devem ter no coração o desejo de andar nos caminhos do Senhor. É uma prova de não estar o homem justificado pela fé, não corresponderem suas obras a sua profissão. Diz Tiago: "Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada." Tia. 2:22.
A fé que não produz boas obras não justifica a alma. "Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé." Tia. 2:24. "Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça" (Rom. 4:3; Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 397).

Como cristãos, comprometemo-nos a realizar e cumprir nossas responsabilidades e mostrar ao mundo que temos íntima ligação com Deus. Assim, por meio das piedosas palavras e obras de Seus discípulos, Cristo deve ser representado.
Deus requer de nós perfeita obediência a Sua lei - a expressão de Seu caráter. "Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei." Rom. 3:31. Esta lei é o eco da voz de Deus, dizendo a nós: Mais santos, sim, mais santos ainda (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 202).

Domingo, 29 de outubro: A lei

Os judeus volveram-se do Senhor Jesus, a quem os profetas haviam predito como o Messias vindouro, e não foram capazes de ver a finalidade daquilo que foi abolido. Anulando a lei de Deus, tendo aversão à verdade, o mundo cristão volveu costas a Cristo, tornando manifesto o fato de que não estavam acostumados a atentar para a verdade de origem celeste. As trevas se tornaram qual mortalha a cobrir a Terra toda. Não é agora o tempo de nos tornarmos débeis e doentios na fé. Não é tempo para permitir que o mundo converta a igreja de Deus. Levantem-se e resplandeçam agora os que possuem a luz, reunindo todos os raios de luz divina que lhes sejam comunicados (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 340).

Assim como a Bíblia apresenta duas leis, uma imutável e eterna, e outra provisória e temporária, assim há dois concertos. O concerto da graça foi feito primeiramente com o homem no Éden, quando, depois da queda, foi feita uma promessa divina de que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente. A todos os homens este concerto oferecia perdão, e a graça auxiliadora de Deus para a futura obediência mediante a fé em Cristo. Prometia-lhes também vida eterna sob condição de fidelidade para com a lei de Deus. Assim receberam os patriarcas a esperança da salvação.
Este mesmo concerto foi renovado a Abraão, na promessa: "Em tua semente serão benditas todas as nações da Terra." Gên. 22:18. Esta promessa apontava para Cristo. Assim Abraão a compreendeu (Gál. 3:8 e 16), e confiou em Cristo para o perdão dos pecados. Foi esta fé que lhe foi atribuída como justiça. O concerto com Abraão mantinha também a autoridade da lei de Deus. O Senhor apareceu a Abraão e disse: "Eu sou o Deus todo-poderoso, anda em Minha presença e sê perfeito." Gên. 17:1. O testemunho de Deus concernente a Seu fiel servo foi: "Abraão obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas leis." Gên. 26:5. E o Senhor lhe declarou: "Estabelecerei o Meu concerto entre Mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente depois de ti." Gên. 17:7.
Se bem que este concerto houvesse sido feito com Adão e renovado a Abraão, não poderia ser ratificado antes da morte de Cristo. Existira pela promessa de Deus desde que se fez a primeira indicação de redenção; fora aceito pela fé; contudo, ao ser ratificado por Cristo, é chamado um novo concerto. A lei de Deus foi a base deste concerto, que era simplesmente uma disposição destinada a levar os homens de novo à harmonia com a vontade divina, colocando-os onde poderiam obedecer à lei de Deus (Patriarcas e Profetas, p. 370, 371).

Ninguém jamais se torna melhor pela denúncia e recriminação. Falar de sua culpa a uma pessoa tentada, de modo algum lhe incute a resolução de ser melhor. Encaminhai os errantes, desanimados, para Aquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos os que vão a Ele. Mostrai-lhe o que ele se pode tornar. Dizei-lhe que não há nele coisa alguma que o recomende a Deus, mas que Cristo morreu por ele a fim de que ele possa ser aceito no Amado. Inspirai-lhe esperança, mostrando-lhe que na força de Cristo ele pode proceder melhor. Apresentai-lhe as possibilidades que lhe pertencem. Apontai-lhe as alturas que pode alcançar. Ajudai-o a apegar-se à misericórdia do Senhor, a confiar em Seu poder de perdoar. Jesus está à espera de tomá-lo pela mão, desejoso de dar-lhe poder para levar uma vida nobre, virtuosa (Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 453).

Segunda-feira, 30 de outubro: Dívida ou graça?

Não bastava aos discípulos de Jesus o serem instruídos quanto à natureza de Seu reino. O que necessitavam era uma mudança de coração que os pusesse em harmonia com seus princípios. Chamando a Si uma criancinha, Jesus a colocou no meio deles; e, envolvendo ternamente o pequenino nos braços, disse: "Em verdade vos digo que, se vos não converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos Céus." Mat. 18:3. A simplicidade, o esquecimento de si mesma e o confiante amor de uma criancinha, são os atributos estimados pelo Céu. São essas as características da verdadeira grandeza.
Jesus tornou a explicar aos discípulos que Seu reino não se caracteriza por terrena dignidade e ostentação. Junto a Jesus esquecem-se todas estas distinções. O rico e o pobre, o instruído e o ignorante se encontram, sem nenhuma idéia de classe ou mundana preeminência. Todos se aproximam como almas compradas por sangue, igualmente dependentes dAquele que as redimiu para Deus (O Desejado de Todas as Nações, p. 437).

Apenas pela fé no nome de Cristo pode o pecador salvar-se. ... A fé em Cristo não é obra da natureza, mas, sim, atuação de Deus sobre o espírito humano, efetuada na vida pelo Espírito Santo, que revela a Cristo, como Cristo revelou o Pai. "A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem." Heb. 11:1. Com seu poder de justificar e santificar, está acima daquilo a que os homens chamam ciência. É a ciência das realidades eternas. A ciência humana é muitas vezes ilusória e desencaminhadora, mas essa ciência celestial jamais desencaminha. É tão simples que uma criança a pode compreender, e todavia os homens mais eruditos não a podem explicar. É inexplicável e imensurável, está além da capacidade humana expressá-la. 
Que inexprimível amor manifestou o Salvador para com os filhos dos homens! Não só afasta Ele o estigma do pecado, mas também limpa e purifica a alma, vestindo-a das roupagens de Sua própria justiça, que é imaculada, tecida nos teares do Céu. Ele não só alivia da maldição o pecador, mas leva-o à união consigo, fazendo incidir sobre ele os brilhantes raios de Sua justiça. O Universo celestial dá-lhe as boas-vindas, e ele é aceito no amado Filho de Deus. Que glória pode o homem caído, mediante arrependimento e fé, devolver a Deus! (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 48, 49).

Terça-feira, 31 de outubro: A promessa

Em uma visão da noite ouviu de novo a voz divina. "Não temas, Abraão", foram as palavras do Príncipe dos príncipes; "Eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão." Gên. 15:1-5. Mas sua mente estava tão oprimida com sinais que ele não pôde então apreender a promessa com implícita confiança, como antes fazia. Orou pedindo alguma prova palpável de que ela se cumpriria. E como deveria cumprir-se a promessa do concerto, enquanto o dom de um filho lhe era recusado? "Que me hás de dar", disse ele, "pois ando sem filhos?" Gên. 15:2. "E eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro." Gên. 15:3. Propôs fazer de seu fiel servo Eliézer seu filho adotivo, e herdeiro de suas posses. Mas foi-lhe assegurado que um filho dele mesmo seria o seu herdeiro. Levado para fora de sua tenda, foi-lhe dito que olhasse para as incontáveis estrelas a resplandecer nos céus; e, fazendo ele isto, foram proferidas estas palavras: "Assim será a tua semente." Gên. 15:5. "Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça" (Rom. 4:3; Patriarcas e Profetas, p. 136, 137).

Conquanto tenhamos de estar em harmonia com a lei de Deus, não somos salvos pelas obras da lei; contudo, não podemos ser salvos sem obediência. A lei é a norma pela qual é avaliada o caráter. Mas não podemos absolutamente guardar os mandamentos de Deus sem a graça regeneradora de Cristo. Só Jesus pode purificar-nos de todo pecado. Ele não nos salva pela lei, nem nos salvará na desobediência à lei.
Nosso amor a Cristo será proporcional à profundeza de nossa convicção do pecado. No entanto, ao vermos a nós mesmos, desviemos o olhar para Jesus, que a Si mesmo Se deu por nós para que pudesse remir-nos de toda iniqüidade. Pela fé apoderai-vos dos méritos de Cristo, e será aplicado o sangue que purifica a alma. Quão mais claramente discernirmos os males e os perigos a que temos estado expostos, tanto mais gratos seremos pela libertação por meio de Cristo. O evangelho de Cristo não dá licença aos homens para transgredirem a lei, pois foi pela transgressão que se abriram sobre o nosso mundo as comportas da aflição (Fé e Obras, p. 95, 96).

Há um tipo de crença que não é uma fé salvadora. A Palavra de Deus declara que os demônios crêem e tremem. A assim chamada fé que não opera por amor e purifica a alma, não justificará homem algum. Diz o apóstolo: "Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente." Tia. 2:24. Abraão cria em Deus. Como sabemos que ele cria? Suas obras testificavam do caráter de sua fé, e sua fé lhe foi imputada para justiça.
Precisamos da fé de Abraão em nossos dias, a fim de iluminar as trevas que nos cercam, impedindo a doce luz do amor de Deus e tolhendo o crescimento espiritual. Nossa fé deve ser fecunda em boas obras, pois a fé sem as obras é morta. Cada dever executado, cada sacrifício feito em nome de Jesus, resulta numa recompensa excelente. No próprio ato do dever Deus fala e dá a Sua bênção (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 71).

Quarta-feira, 1º de novembro: Lei e fé

É pela fé que os olhos espirituais contemplam a glória de Jesus. Esta glória está oculta até que o Senhor comunique a luz da verdade espiritual; pois os olhos da razão não a podem ver. A glória e mistério de Cristo permanecem incompreensíveis, enevoados por sua excessiva refulgência até que o Senhor faça resplandecer na vida sua significação. ... Pela fé, o homem apreende  luz divina de Cristo. Vemos incomparáveis atrativos em Sua pureza e humildade, em Sua abnegação, Seu assombroso sacrifício para salvar o homem caído. A contemplação de Cristo leva o homem a dar-se a si próprio o devido valor, pois compreende que o amor de Deus o fez grande. ... A possibilidade de ser semelhante a Jesus, a quem ama e adora, inspira-lhe aquela fé que opera por amor e purifica a alma.
Jesus é mais precioso à pessoa que O contempla com os olhos da fé, que tudo o mais; e o crente é mais precioso a Jesus que o fino ouro de Ofir. Cristo olha às próprias mãos - os sinais da crucifixão ali se encontram; e Ele diz: "Eis que, na palma das Minhas mãos, te tenho gravado; os teus muros estão continuamente perante Mim". Isa. 49:16. O cristão se acha murado pelas ricas, plenas promessas de um infinito Deus (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 56).

Temos Sua promessa. Temos o direito de posse à propriedade real no reino da glória. Nunca foi elaborado um título de propriedade mais estritamente de acordo com a lei, nem assinado de modo mais legível, do que o que dá ao povo de Deus o direito às mansões celestiais. "Não se turbe o vosso coração" - diz Cristo; - "credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também" (João 14:1-3; Visões do Céu, p. 35).

Todos os que quiserem podem ser incluídos na promessa do concerto. Precioso é o preço pago pela nossa redenção - o sangue do Filho unigênito de Deus. Cristo passou pela terrível prova da aflição. Sua natureza humana foi provada ao máximo. Ele sofreu a pena de morte da transgressão do homem. Tornou-Se o substituto e penhor do pecador. É poderoso para mostrar o fruto de Seus sofrimentos e morte, em Sua ressurreição dentre os mortos. Do fendido túmulo de José repercute a proclamação: "'Eu sou a ressurreição e a vida.' João 11:25. Os que crêem em Mim e fazem as obras de justiça que Eu faço, são justificados, santificados, embranquecidos e provados. Obtiveram piedade e vida eterna" (O Cuidado de Deus [MM 1995], p. 264).

No instante em que, pela fé, lançardes mão às promessas de Deus, e disserdes: Eu sou a ovelha perdida que Jesus veio salvar, nova vida tomará posse de vós, e recebereis força para resistir ao tentador. Mas a fé necessária para lançar mão das promessas não vem por intermédio dos sentimentos. "A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus." Rom. 10:17. Não deveis esperar que se efetue alguma grande mudança; não deveis esperar sentir maravilhosa emoção. O Espírito de Deus deve impressionar vossa mente. ...
Dai crédito à palavra de Deus, dizendo: Ele me ama; deu a vida por mim; e Ele me salvará (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 116).

Quinta-feira, 2 de novembro: A lei e o pecado

Somos pecaminosos, e incapazes por nós próprios de praticar as palavras de Cristo. Mas Deus fez uma provisão, através da qual o pecador condenado pode ficar livre de qualquer mancha. "Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo." I João 2:1. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." I João 1:9. Mas enquanto Cristo salva o pecador, Ele não remove a lei que condena o pecador. ... A lei nos mostra os pecados, da mesma maneira que um espelho nos mostra que nosso rosto não está limpo. O espelho não pode limpar o rosto; esta não é sua finalidade.
Assim também com a lei. Ela aponta nossos defeitos, e nos condena, mas não tem poder para salvar-nos. Precisamos ir a Cristo, a fim de obter perdão. Ele tomará nossa culpa sobre Si, e nos justificará perante Deus. E Ele não apenas nos libertará do pecado, mas nos dará poder para obedecer à vontade de Deus (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 47). 

Estamos autorizados a ter na mesma consideração indicada pelo discípulo amado os que alegam permanecer em Cristo ao mesmo tempo que vivem em transgressão da lei de Deus. Existem nestes últimos dias males semelhantes àqueles que ameaçavam a prosperidade da igreja primitiva; e os ensinos do apóstolo João sobre estes pontos deveriam ser cuidadosamente considerados. "Necessitais mostrar caridade", é o clamor que se ouve em todos os lugares, principalmente da parte daqueles que professam santificação. Mas a verdadeira caridade é demasiado pura para acobertar um pecado inconfessado. Conquanto devamos amar as almas por quem Cristo morreu, não nos devemos comprometer com o mal. Não nos podemos unir aos rebeldes e chamar a isto caridade. Deus requer de Seu povo nesta fase do mundo que permaneça firme pelo direito tanto quanto João, em oposição aos erros que arruínam a alma (Atos dos Apóstolos, p. 554, 555).

O desejo de uma religião fácil, que não exija esforço, renúncia, nem ruptura com as loucuras do mundo, tem tornado popular a doutrina da fé, e da fé somente; mas que diz a Palavra de Deus? Declara o apóstolo Tiago: "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? ... Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. ... Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé." Tia. 2:14-24.
O testemunho da Palavra de Deus é contra esta doutrina perigosa da fé sem as obras. Não é fé pretender o favor do Céu sem cumprir as condições necessárias para que a graça seja concedida: é presunção; pois que a fé genuína se fundamenta nas promessas e disposições das Escrituras.
Ninguém se engane com a crença de que pode tornar-se santo enquanto voluntariamente transgride um dos mandamentos de Deus. O cometer o pecado conhecido faz silenciar a voz testemunhadora do Espírito e separa a alma de Deus. "Pecado é o quebrantamento da lei." E "qualquer que peca [transgride a lei] não O viu nem O conheceu". I João 3:6. Conquanto João em suas epístolas trate tão amplamente do amor, não hesita, todavia, em revelar o verdadeiro caráter dessa classe de pessoas que pretende ser santificada ao mesmo tempo em que vive a transgredir a lei de Deus. "Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a Sua Palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado." I João 2:4 e 5. Essa é a pedra de toque de toda profissão de fé. Não podemos atribuir santidade a qualquer pessoa sem julgá-la pela medida da única norma divina de santidade, no Céu e na Terra. Se os homens não sentem o peso da lei moral, se amesquinham e consideram levianamente os preceitos de Deus, se violam o menor desses mandamentos, e assim ensinam os homens, não serão de nenhum apreço à vista do Céu, e podemos saber que suas pretensões são destituídas de fundamento (O Grande Conflito, p. 472, 473).

Sexta-feira, 3 de novembro: Estudo adicional


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sábado, 21 de outubro de 2017

4º TRIMESTRE - LIÇÃO 4 - 20 A 27 DE OUTUBRO - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2017


 Verso para Memorizar:
 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, 
independentemente das obras da lei” (Rm 3:28).


Sábado à tarde, 21 de outubro

O evangelho de boas-novas deve ser interpretado como se permitisse à humanidade viver em contínua rebelião contra Deus, transgredindo sua justa e santa lei. Por que é que aqueles que afirmam compreender as Escrituras não conseguem ver que a exigência de Deus sob a graça é exatamente a mesma que Ele fez no Éden: perfeita obediência a Sua lei? No juízo, Deus perguntará àqueles que professam ser cristãos: Por que você afirma crer em Meu Filho e continua a transgredir Minha lei? [...] O evangelho do Novo Testamento não é a norma do Antigo Testamento rebaixada para satisfazer o pecador e salvá-lo em seu pecado. Deus exige de todos os Seus súditos obediência, inteira obediência a todos os [Seus] mandamentos. Ele exige hoje, como sempre exigiu, perfeita justiça como o único título ao Céu. Cristo é nossa esperança e nosso refúgio. Sua justiça é imputada apenas ao obediente. Aceitemo-la pela fé, para que o Pai não encontre em nós nenhum pecado. Mas aqueles que pisaram a santa lei não terão direito a reivindicar essa justiça. Oh, se pudéssemos ver a imensidão do plano da salvação como filhos obedientes a todos os requisitos de Deus, crendo que temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo, nosso sacrifício expiatório! (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1.193).

Há dois erros contra os quais os filhos de Deus - particularmente os que só há pouco vieram a confiar em Sua graça - devem, especialmente, precaver-se. O primeiro, do qual já tratamos, é o de tomar em consideração as suas próprias obras, confiando em qualquer coisa que possam fazer, a fim de pôr-se em harmonia com Deus. Aquele que procura tornar-se santo por suas próprias obras, guardando a lei, tenta o impossível. Tudo que o homem possa fazer sem Cristo, está poluído de egoísmo e pecado. É unicamente a graça de Cristo, pela fé, que nos pode tornar santos.
O erro oposto e não menos perigoso é o de que a crença em Cristo isente o homem da observância da lei de Deus; que, visto como só pela fé é que nos tornamos participantes da graça de Cristo, nossas obras nada têm que ver com nossa redenção.
Mas notai aqui que a obediência não é mera aquiescência externa, mas sim o serviço de amor. A lei de Deus é uma expressão de Sua própria natureza; é uma corporificação do grande princípio do amor, sendo, daí o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra. Se nosso coração é renovado à semelhança de Deus, se o amor divino é implantado na alma, não será então praticado na vida a lei de Deus? Implantado no coração o princípio do amor, renovado o homem segundo a imagem dAquele que o criou, cumpre-se a promessa do novo concerto: "Porei as Minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos." Heb. 10:16. E se a lei está escrita no coração, não moldará ela a vida? A obediência - nosso serviço e aliança de amor - é o verdadeiro sinal de discipulado. Assim diz a Escritura: "Porque esta é a caridade [ou amor] de Deus: que guardemos os Seus mandamentos." I João 5:3. "Aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade." I João 2:4. É a fé, e ela só, que, em vez de dispensar-nos da obediência, nos torna participantes da graça de Cristo, a qual nos habilita a prestar obediência (Caminho a Cristo, p. 59-61).

Domingo, 22 de outubro: As obras da lei

Desde o início do grande conflito, tem sido o propósito de Satanás representar mal o caráter de Deus, e provocar a rebelião contra a Sua lei; e esta obra parece ser coroada de êxito. As multidões dão ouvidos aos enganos de Satanás, e dispõem-se contra Deus. Mas, em meio da operação do mal, os propósitos de Deus avançam perseverantemente ao seu cumprimento; a todos os seres criados está Ele a tornar manifestas Sua justiça e benevolência. Por meio das tentações de Satanás o gênero humano todo se tornou transgressor da lei de Deus; mas, pelo sacrifício de Seu Filho, abriu-se um caminho por onde podem voltar a Deus. Mediante a graça de Cristo, podem habilitar-se a prestar obediência à lei do Pai. Assim, em todos os séculos, do meio da apostasia e rebelião, Deus reúne um povo que Lhe é fiel, povo em cujo coração está a Sua lei (Isa. 51:7; Patriarcas e Profetas, p. 338).

Aos que insistiam em que "a pregação do evangelho responde a todos os fins da lei", Wesley replicava: "Isto negamos expressamente. Não corresponde ao primeiro objetivo da própria lei, a saber: convencer os homens do pecado, despertar aos que ainda dormem às bordas do inferno." O apóstolo Paulo declara que "pela lei vem o conhecimento do pecado"; "e antes que o homem esteja convicto do pecado, não sentirá verdadeiramente a necessidade do sangue expiatório de Cristo. ... 'Não necessitam de médico os que estão sãos', como nosso Senhor mesmo observa, 'mas, sim, os que estão enfermos'. É absurdo, portanto, oferecer médico aos que estão sãos, ou que ao menos se imaginam assim. Deveis primeiramente convencê-los de que estão doentes; de outra maneira não vos agradecerão o trabalho. É igualmente absurdo oferecer Cristo àqueles cujo coração está são, não tendo ainda sido quebrantado." 
Assim, enquanto pregava o evangelho da graça de Deus, Wesley, a exemplo de seu Mestre, procurava engrandecer a lei e torná-la gloriosa. Fielmente cumpriu a obra que Deus lhe confiara, e gloriosos foram os resultados que lhe foi permitido contemplar (O Grande Conflito, p. 264).

Nossa aceitação por Deus só é segura por meio de Seu Filho amado, e as boas obras são apenas o resultado da atuação de Seu amor que perdoa o pecado. Não constituem um crédito para nós, e nada nos é atribuído pelas nossas boas obras que possamos usar para reivindicar uma parte de nossa salvação. A salvação é o dom gratuito de Deus para o crente, que lhe é concedido unicamente por amor a Cristo. A pessoa perturbada pode encontrar paz pela fé em Cristo, e sua paz será proporcional à sua fé e confiança. O crente não pode apresentar suas boas obras como argumento para sua salvação (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.252).

Segunda-feira, 23 de outubro: A justiça de Deus

Paulo frisou especialmente os profundos reclamos da lei de Deus. Mostrou como ela alcança os íntimos segredos da natureza moral do homem, derramando um dilúvio de luz sobre aquilo que tem estado oculto à vista e ao conhecimento dos seres humanos. O que as mãos podem fazer ou a língua proferir - isso que a vida exterior revela - mostra, imperfeitamente embora, o caráter moral do homem. A lei esquadrinha seus pensamentos, motivos e propósitos. As perigosas paixões que permanecem ocultas à vista dos homens, a inveja, o ódio, o sensualismo, a ambição, as propostas perversas nos profundos recessos do coração, ainda não executadas por falta de oportunidade - tudo isso a lei de Deus condena.
Paulo procurou dirigir a mente de seus ouvintes para o grande sacrifício pelo pecado. Apontou aos sacrifícios que constituíam sombra dos bens futuros, e apresentou então a Cristo como o antítipo de todas essas cerimônias - o objeto para o qual elas apontavam como a única fonte de vida e esperança para o homem caído. Santos homens do passado foram salvos pela fé no sangue de Cristo. Ao contemplarem as agonias de morte das vítimas sacrificais, olhavam através da voragem dos séculos para o Cordeiro de Deus que devia tirar o pecado do mundo.
Deus com justiça reclama o amor e obediência de todas as Suas criaturas. Deu-lhes em Sua lei uma perfeita norma de retidão. Muitos, porém, se esquecem de seu Criador, e escolhem seguir seus próprios caminhos, em oposição à vontade de Deus. Pagam com inimizade o amor que é tão alto quanto o Céu e tão amplo quanto o Universo. Deus não pode baixar os reclamos de Sua lei a fim de corresponder à norma de homens ímpios; nem pode o homem em sua própria capacidade, cumprir as exigências da lei. Só pela fé em Cristo pode o pecador ser purificado da culpa e capacitado a prestar obediência à lei de seu Criador (Atos dos Apóstolos, p. 424, 425).

Oh! Que incomparável condescendência vir o Rei da glória a este mundo entenebrecido e suportar as agonias da fome e as ferozes tentações de um astuto inimigo, para que pudesse obter uma infinita vitória para o homem. Aqui está o amor sem paralelo. ...
Não foram apenas as torturas da fome que tornaram os sofrimentos de nosso Redentor tão inexprimivelmente severos. Foi o senso da culpa que resultara da indulgência para com o apetite que trouxera ao mundo tão terríveis ais, o que pesou opressivamente sobre Sua divina alma. ...
Com a natureza do homem, e o terrível peso dos pecados deste caindo sobre Si, nosso Redentor sustou o poder de Satanás em relação a esta preeminente tentação, a qual põe em perigo a vida do homem. Se o homem vencesse esta tentação, poderia vencer em todos os outros pontos.
A intemperança jaz na base de todos os males morais conhecidos do homem. Cristo iniciou o trabalho da redenção precisamente onde começara a ruína. A queda de nossos primeiros pais pela indulgência para com o apetite. Na redenção, a negação do apetite é a primeira obra de Cristo. Que estupendo amor Cristo manifestou ao vir ao mundo para levar nossos pecados e enfermidades, e palmilhar a trilha do sofrimento, a fim de que nos pudesse mostrar Sua vida de imaculado mérito, como devemos andar, e vencer como Ele venceu, para que pudéssemos ser reconciliados com Deus. [...]

O mundo havia perdido o padrão original da bondade e se afundara em universal apostasia e corrupção moral; e a vida de Jesus foi de laborioso e abnegado esforço para trazer de volta o homem ao seu primeiro estado mediante o infundir-lhe o espírito de divina benevolência e amor. Conquanto estivesse no mundo, Ele não era do mundo. Era-lhe uma constante pena ser posto em contato com a inimizade, a depravação e impureza que Satanás havia suscitado; mas Ele tinha um trabalho a fazer - pôr o homem em harmonia com o plano divino, e a Terra em conexão com o Céu - e não considerava nenhum sacrifício como demasiado grande para alcançar o Seu objetivo (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 240).

A fé que opera salvação, não é mero assentimento espiritual à verdade. Aquele que espera inteiro conhecimento antes de exercer fé, não pode receber bênção de Deus. Não basta crer no que se diz acerca de Cristo; devemos crer nEle. A única fé que nos beneficiará, é a que O abraça como Salvador pessoal; que se apropria de Seus méritos. Muitos têm a fé como uma opinião. A fé salvadora é um ajuste pelo qual aqueles que recebem a Cristo se unem a Deus em concerto. Fé genuína é vida. Uma fé viva significa acréscimo de vigor, segura confiança pela qual a alma se torna uma força vitoriosa (O Desejado de Todas as Nações, p. 240).

Terça-feira, 24 de outubro: Por Sua graça

O reino da graça foi instituído imediatamente depois da queda do homem, quando fora concebido um plano para a redenção da raça culpada. Existiu ele então no propósito de Deus e pela Sua promessa; e mediante a fé os homens podiam tornar-se súditos seus. [...]
Tão logo houve pecado, houve um Salvador. Cristo sabia que teria de sofrer, e contudo tornou-Se o substituto do homem. Tão logo Adão pecou, o Filho de Deus Se apresentou como garantia para a humanidade apenas com tanto poder para desviar a maldição pronunciada sobre o culpado como quando morreu sobre a cruz do Calvário.
Que amor! Que prodigiosa condescendência! O Rei da glória Se dispõe a humilhar-Se pela humanidade caída! Ele colocaria os Seus pés nos passos de Adão. Tomaria a natureza do homem caído e empenhar-Se-ia em luta com o forte inimigo que triunfou sobre Adão. Ele venceria a Satanás, e assim abriria o caminho para libertar da infelicidade oriunda da falha e queda de Adão, a todos que nEle cressem (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 16, 17). 

Há o perigo de considerar que a justificação pela fé concede algum mérito à fé. Quando aceitamos a justiça de Cristo como um dom gratuito somos justificados gratuitamente por meio da redenção de Cristo. Que é fé? "O firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem." Heb. 11:1. É uma aprovação do entendimento às palavras de Deus que leva o coração a uma voluntária consagração e serviço a Deus, o qual deu o entendimento, o qual sensibilizou o coração, o qual primeiro levou a mente a contemplar a Cristo na cruz do Calvário. Fé é entregar a Deus as faculdades intelectuais, submeter-Lhe a mente e a vontade e fazer de Cristo a única porta de entrada no reino dos Céus.
Quando os homens aprendem que não podem obter a justiça pelo mérito de suas próprias obras e olham com firme e inteira confiança para Jesus Cristo como sua única esperança, não haverá tanto do próprio eu e tão pouco de Jesus. Almas e corpos são maculados e poluídos pelo pecado, o coração é alienado de Deus, contudo muitos estão-se debatendo, em sua própria força finita, para conquistar a salvação por boas obras. Jesus, pensam eles, efetuará uma parte da salvação, e eles precisam fazer o resto. Necessitam ver pela fé a justiça de Cristo como sua única esperança para o tempo e para a eternidade (Fé e Obras, p. 22).

Nossa maior necessidade é de fé em Deus. Ao olharmos para o lado escuro, perdemos nossa segurança no Senhor Deus de Israel. Quando abrimos o coração aos temores e conjeturas, o caminho do progresso é obstruído pela incredulidade. Não pensemos jamais que Deus tenha abandonado Sua obra.
Tem que falar menos de incredulidade, menos conjeturas de que isto ou aquilo está impedindo o caminho. Vamos avançar com fé; acreditar que o Senhor preparará o caminho para a Sua obra. Então encontraremos descanso em Cristo (Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 211).

Quarta-feira, 25 de outubro: A justiça de Cristo

O Senhor Jesus tomou sobre Si a forma do homem pecaminoso, revestindo de humanidade a Sua divindade. Mas Ele era santo, assim como Deus é santo. Caso não fosse sem mácula ou mancha de pecado, não poderia ter sido o Salvador da humanidade. Era o Portador de pecados, e não necessitava de expiação. Sendo um com Deus em pureza e santidade de caráter, Ele podia fazer uma propiciação pelos pecados do mundo inteiro. [...]
Quando a verdade controla a vida, há pureza e libertação do pecado. A glória, a plenitude, a inteireza do plano do evangelho é cumprida na vida. A luz da verdade dimana do templo da alma. O entendimento apodera-se de Cristo (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 374).

E que é crer? É aceitar plenamente que Jesus Cristo morreu como nosso sacrifício; que Ele Se tornou maldição por nós, tomou nossos pecados sobre Si e imputou-nos Sua própria justiça. Por isso reivindicamos essa justiça de Cristo, cremos nela, e ela é nossa justiça. Ele é nosso Salvador. Ele nos salva porque disse que o faria. Ocupar-nos-emos em fazer todas as explanações sobre como Ele pode salvar-nos? Possuímos a virtude em nós mesmos que nos torne melhores e nos purifique das manchas e máculas do pecado, habilitando-nos então a aproximar-nos de Deus? Simplesmente não podemos fazer isso. [...]

Pois bem, ele (o jovem rico) não havia absolutamente guardado os mandamentos. Devia ter aceito a Jesus Cristo como seu Salvador e se apoderado de Sua justiça. Então, tendo a justiça de Cristo, poderia guardar a lei de Deus. O jovem príncipe não podia pisotear essa lei. Precisava respeitá-la; precisava amá-la. Então Cristo combinaria o poder divino com os esforços humanos. 
Cristo tomou sobre Si a humanidade, por nós. Cobriu Sua divindade, e a divindade e a humanidade foram combinadas. Ele mostrou que era possível observar aquela lei que Satanás declarou não se poder observar. Cristo assumiu a forma humana para estar aqui em nosso mundo e mostrar que Satanás havia mentido. Tomou sobre Si a natureza humana para demonstrar que, com a divindade e a humanidade combinadas, o homem podia guardar a lei de Jeová. Separai a humanidade da divindade, e podereis procurar desenvolver vossa própria justiça desde agora até que Cristo venha, e isso não passará de um fracasso (Fé e Obras, p. 61, 62).

O coração de Deus anseia por Seus filhos terrestres com amor mais forte que a morte. Entregando Seu Filho, nesse único Dom derramou sobre nós todo o Céu. A vida, morte e intercessão do Salvador, o ministério dos anjos, o pleitear do Espírito, o Pai operando acima de tudo e por tudo, o interesse incessante dos seres celestiais - tudo se empenha em favor da redenção do homem. [...]
Não deveríamos considerar a misericórdia divina? Que mais poderia Deus fazer? Relacionemo-nos, pois, devidamente com Aquele que nos amou com maravilhoso amor. Prevaleçamo-nos dos meios que nos foram providos, para sermos transformados à Sua semelhança e restaurados à comunhão com os anjos ministradores, à harmonia e comunhão com o Pai e o Filho (Caminho a Cristo, p. 21, 22).

Quinta-feira, 26 de outubro: Independentemente das obras da lei

Não podemos compreender que a coisa mais dispendiosa no mundo é o pecado? Ele ocorre à custa da pureza de consciência, ao preço de perder o favor de Deus e dEle separar a alma, perdendo afinal o Céu. O pecado de entristecer o Santo Espírito de Deus e de andar em desacordo com Ele tem custado a muitos indivíduos a perda de sua alma. [...]
Reiteradas vezes me tem sido apresentado o perigo de nutrir, como um povo, falsas idéias da justificação pela fé. Durante anos tem-me sido mostrado que Satanás trabalharia de maneira especial para confundir a mente quanto a esse ponto. Tem-se alongado sobre a lei de Deus e ela tem sido apresentada às congregações quase de modo tão destituído do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relação para com a lei como a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da fé devido às idéias embaralhadas e confusas acerca da salvação, e porque os pastores têm trabalhado de maneira errônea para alcançar os corações. O ponto que durante anos tem sido recomendado com insistência à minha mente é a justiça imputada de Cristo. Tenho estranhado que este assunto não se tenha tornado o tema de sermões em nossas igrejas em todas as partes do país, sendo que tão constantemente é realçado perante mim e eu o tenho tornado o assunto de quase todo sermão e palestra que hei proferido para o povo. [...]
Muitos jovens são enviados a trabalhar, embora não compreendam o plano da salvação e o que é verdadeira conversão; na realidade, precisam converter-se. Precisamos ser esclarecidos sobre este ponto, e os pastores têm de ser ensinados a alongar-se mais pormenorizadamente sobre os assuntos que explicam a verdadeira conversão. Todos os que são batizados devem tornar evidente que se converteram. Não há um ponto que necessite ser realçado com mais diligência, repetido com mais freqüência ou estabelecido com mais firmeza na mente de todos, do que a impossibilidade de o homem caído merecer alguma coisa por suas próprias e melhores boas obras. A salvação é unicamente pela fé em Jesus Cristo (Fé e Obras, p. 17-19).

Freqüentemente, a melhor evidência que podemos ter de que estamos no caminho certo é que o menor avanço nos custa esforço e as trevas envolvem nossa vereda. Tem sido minha experiência que as mais elevadas alturas da fé só podem ser alcançadas por entre trevas e nuvens. [...]
Os obstáculos que nos impedem de aperfeiçoar caracteres cristãos encontram-se em nós mesmos. Jesus pode removê-los. A cruz que Ele requer que levemos produzirá em nós mais força do que consome, e removerá nossos fardos mais pesados para que levemos o fardo de Cristo, o qual é leve. No desempenho do dever teremos de enfrentar conflitos e aflições. Cristo nos chamou para a glória e para a virtude. A vida que por Seu próprio sofrimento e morte Ele preparou para levarmos, jamais nos teria custado alguma dor ou desgosto se nunca a houvéssemos abandonado. Toda abnegação e todo sacrifício que fazemos em seguir a Cristo são outros tantos passos da ovelha perdida retornando ao aprisco (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 220). 

A guerra contra a lei divina, começada no Céu, continuará até ao fim do tempo. Todo homem será provado. Obediência ou desobediência, eis a questão a ser assentada por todo o mundo. Todos serão chamados a escolher entre a lei divina e as humanas. Aí se traçará a linha divisória. Não existirão senão duas classes. Todo caráter será plenamente desenvolvido; e todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião. [...]
Então o pecado terá patenteado sua natureza, Satanás o seu caráter. Então o extermínio do pecado reivindicará o amor de Deus, e estabelecerá Sua honra perante um Universo de seres que se deleitam em fazer Sua vontade, e em cujo coração está a Sua lei (O Desejado de Todas as Nações, p. 763, 764).

Sexta-feira, 27 de outubro: Leitura adicional


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sábado, 14 de outubro de 2017

COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2017 - 4º TRIMESTRE - LIÇÃO 3 - 14 A 20 DE OUTUBRO


 Verso para Memorizar:
 “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23).

Sábado à tarde, 14 de outubro

Satanás conseguiu levar o homem à queda, e desde esse tempo tem sido sua obra desfigurar no homem a imagem de Deus e estampar nos corações a sua própria imagem. ... Ele intercepta cada raio de luz que parte de Deus para o homem, e se apropria do culto que só é devido a Deus. ...
Mas o Filho unigênito de Deus olhou a cena e contemplou os sofrimentos e infelicidade do homem. ... Considerou os planos pelos quais Satanás atua para apagar da alma todo traço de semelhança com Deus; como ele os leva à intemperança, de modo que sejam destruídas as faculdades morais dadas por Deus ao homem como a dotação mais preciosa, acima de avaliação. Viu como, mediante a satisfação do apetite, as faculdades do cérebro eram destruídas, e o templo de Deus feito em ruínas. ... Os sentidos, os nervos, as paixões, os órgãos, eram trabalhados por agentes sobrenaturais na satisfação da mais grosseira e vil sensualidade. A própria marca de demônios era impressa na fisionomia dos homens, e suas faces refletiam a expressão das legiões do mal de que estavam possuídos. Tais eram as perspectivas que o Redentor do mundo contemplava. Que horrível espetáculo para ser visto pelos olhos de infinita pureza! ...
A grande condescendência da parte de Deus é um mistério que está além de nossa compreensão. A grandiosidade do plano não pode ser plenamente compreendida, e nem poderia a infinita sabedoria idear um plano que o superasse. Ele só poderia ser bem-sucedido ... tornando-Se Cristo um homem e sofrendo a ira que o pecado gerara em virtude da transgressão da lei de Deus. Por meio deste plano o grande, o impressionante Deus, pode ser justo e justificador de todo que crê em Jesus, e que O aceita como Salvador pessoal. Esta é a celestial ciência da redenção, a ciência de salvar os homens da ruína eterna. ...
Deus amou o mundo de tal maneira que Se deu em Cristo para o mundo, a fim de sofrer a penalidade da transgressão do homem. Deus sofreu com Seu Filho, como só o Ser divino podia sofrer, a fim de que o mundo pudesse ser reconciliado com Ele (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 159).

Os mandamentos de Deus abrangem muito e são de vasto alcance; em poucas palavras desdobram todo o dever do homem. "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças. ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mar. 12:30 e 31. Nessas palavras se compreendem o comprimento e a largura, a profundidade e a altura da lei de Deus; pois declara Paulo: "O cumprimento da lei é o amor." Rom. 13:10. A única definição de pecado, encontrada na Bíblia, é: "O pecado é a transgressão da lei." I João 3:4. A Palavra de Deus declara: "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." Rom. 3:23. "Não há quem faça o bem, não há nem um só." Rom. 3:12. Muitos se enganam acerca do estado de seu coração. Não entendem que o coração natural é enganoso mais que todas as coisas, e perverso. Envolvem-se em sua própria justiça, e satisfazem-se com alcançar sua própria norma humana de caráter; mas quão fatalmente fracassam quando não alcançam a norma divina, e por si mesmos não podem satisfazer as reivindicações de Deus!
Podemos medir-nos por nós mesmos, podemos comparar-nos uns aos outros, podemos dizer que procedemos tão bem como Fulano ou Sicrano, mas a pergunta para a qual o juízo exigirá resposta é: Satisfazemos as reivindicações dos altos Céus? Alcançamos o padrão divino? Está nosso coração em harmonia com o Deus do Céu? (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 320, 321)

Deus declara: "Não há um justo, nem um sequer." Rom. 3:10. Todos têm a mesma natureza pecaminosa. Todos são suscetíveis de cometer erros. Ninguém é perfeito. O Senhor Jesus morreu pelos que erram, a fim de que fossem perdoados. Não é nossa obra condenar. Cristo não veio para condenar, mas para salvar (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 301).

Nenhum dos apóstolos e profetas declarou jamais estar sem pecado. Homens que viveram o mais próximo de Deus, que sacrificariam a vida de preferência a cometer conscientemente um ato mau, homens a quem Deus honrou com divina luz e poder, confessaram a pecaminosidade de sua natureza. Eles não puseram a sua confiança na carne, nem alegaram possuir justiça própria, mas confiaram inteiramente na justiça de Cristo. Assim será com todos que contemplam a Cristo (Atos dos Apóstolos, p. 314).

Domingo, 15 de outubro: O poder de Deus

Estudai a Cristo. Estudai Seu caráter, aspecto após aspecto. Ele é o nosso Modelo que nos é requerido imitar em nossa vida e em nosso caráter, senão deixaremos de representar a Jesus, e apresentaremos ao mundo um modelo falso. Não imiteis a homem algum, pois os homens são imperfeitos nos hábitos, na linguagem, nas maneiras, no caráter. Eu vos apresento o Homem Cristo Jesus. Precisais conhecê-Lo individualmente como vosso Salvador, antes que possais estudá-Lo como vosso modelo e exemplo.
Paulo disse: "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. ... Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou." (Rom. 1:16-19; Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 170)

Afugentemos tudo quanto seja desconfiança e falta de fé em Jesus. Comecemos uma vida de confiança simples, infantil, não confiando no sentimento, mas na fé. Não desonreis a Cristo duvidando de Suas preciosas promessas. Ele quer que acreditemos nEle com fé inabalável.
Existe uma classe que diz: "Eu creio, eu creio", e reivindica todas as promessas dadas sob condição de obediência; mas não fazem as obras de Cristo. Deus não é honrado por uma fé assim. Ela é falsa. Outra classe está buscando cumprir todos os mandamentos de Deus, mas muitos deles não chegam a seu exaltado privilégio no suplicar as promessas que lhes foram dadas. As promessas de Deus são para aqueles que observam Seus mandamentos, e fazem o que é agradável aos Seus olhos.
Verifico que tenho de combater o bom combate todo dia. Tenho de exercer toda a minha fé, e não descansar no sentimento; tenho de agir como se soubesse que o Senhor me ouve, e me responde e abençoa. A fé não é feliz impulso de sentimento; é simplesmente pegar a Deus na Palavra - crer que Ele cumprirá Suas promessas por que disse que o faria.
Esperai em Deus, nEle confiai e descansai em Suas promessas, quer vos sintais contentes quer não. Uma boa emoção não é prova de serdes filhos de Deus, nem os sentimentos inquietos, perturbados, desconcertantes são indício de que não o sois. Ide às Escrituras e pegai inteligentemente a Deus em Sua Palavra. Cumpri as condições e crede que Ele vos aceitará por filhos. Não sejais incrédulos, mas crentes (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 115).

Era nas ocasiões de maior fraqueza que assaltavam a Cristo as mais cruéis tentações. Assim pensava Satanás prevalecer. Por esse método obtivera a vitória sobre os homens. Quando a resistência desfalecia, a força de vontade se debilitava e a fé deixava de repousar em Deus, então eram vencidos os que se haviam valorosamente mantido ao lado direito. Moisés achava-se fatigado pelos quarenta anos da peregrinação de Israel, quando, por um momento, sua fé deixou de se apoiar no infinito poder. Fracassou exatamente no limiar da terra prometida. O mesmo quanto a Elias, que se mantivera diante do rei Acabe; que enfrentara toda a nação de Israel, com os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal a sua frente. Depois daquele terrível dia sobre o Carmelo, em que os falsos profetas haviam sido mortos, e o povo declarara sua fidelidade a Deus, Elias fugiu para salvar a vida diante das ameaças da idólatra Jezabel. Assim se tem Satanás aproveitado da fraqueza da humanidade. E continuará a operar deste modo. Sempre que uma pessoa se encontra rodeada de nuvens, perplexa pelas circunstâncias, ou aflita pela pobreza e a infelicidade, Satanás se acha a postos para tentar e aborrecer. Ataca nossos pontos fracos de caráter. Procura abalar nossa confiança em Deus, que permite existirem tais condições. Somos tentados a desconfiar de Deus, pôr em dúvida Seu amor. Frequentemente o tentador vem a nós como foi a Cristo, apresentando nossas fraquezas e enfermidades. Espera desanimar-nos a alma, e romper nossa ligação com Deus. Então está seguro de sua presa. Se o enfrentássemos como Jesus fez, haveríamos de escapar a muita derrota. Parlamentando com o inimigo, damos-lhe vantagem (O Desejado de Todas as Nações, p. 74, 75).

Segunda, 16 de outubro: Todos pecaram

Minha alma se tem curvado em angústia, ao ser mostrada a débil condição do professo povo de Deus. A iniquidade é abundante e o amor de muitos esfria. Não há senão poucos professos cristãos que consideram esse assunto em seu devido aspecto, e que mantêm sobre si mesmos o justo governo quando a opinião pública e o costume não os condena. Quão poucos refreiam suas paixões por se sentirem sob obrigação moral de fazê-lo, e porque o temor de Deus está diante de seus olhos! As faculdades mais elevadas do homem são escravizadas pelo apetite e por paixões corruptas.
Alguns reconhecerão o mal das condescendências pecaminosas, todavia se desculparão dizendo que não lhes é possível vencer as paixões. Isso é coisa terrível de ser admitida por qualquer pessoa que profere o nome de Cristo. “Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” 2 Timóteo 2:19. Por que essa fraqueza? É porque as propensões sensuais têm sido fortalecidas pelo exercício, até que tomaram ascendência sobre as faculdades superiores. Homens e mulheres carecem de princípios. Estão morrendo espiritualmente, por haverem tão longamente nutrido seus apetites naturais, que sua capacidade de governar-se parece haver desaparecido. As paixões inferiores de sua natureza têm tomado as rédeas, e o que devia ser o poder dirigente se tem tornado o servo da paixão corrupta. A mente é mantida na mais baixa servidão. A sensualidade tem extinguido o desejo de santidade, e ressecado o viço espiritual (Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 347, 348).

A pessoa que se acha possuída do amor de Jesus... gosta de pensar em Jesus, e contemplando-O será transformada à Sua semelhança. Cristo é formado no interior, a esperança da glória. Sua confiança aumenta... e seu amor aprofunda-se e amplia-se à medida que ele tem a certeza de que permanece em Cristo, e Cristo nele. ... E podemos olhar a Jesus em busca da mais terna simpatia, e ser animados a perseverar, pondo toda a confiança nAquele que disse: "Tende bom ânimo; Eu venci o mundo." (João 16:33; Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 310).

Cristo é a nossa única esperança. Podemos olhar para Ele, pois é o nosso Salvador. Devemos pegar-Lhe na palavra, e nEle pôr a nossa confiança. Ele sabe justamente o auxílio de que necessitamos, e nEle podemos depositar seguramente a nossa confiança. Se dependermos meramente de que a sabedoria humana nos guie, encontrar-nos-emos do lado que perde. Mas podemos ir diretamente ao Senhor Jesus, pois Ele disse: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” É nosso privilégio ser ensinados por Aquele que disse: “Se não comerdes da carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.”
Temos um ouvinte divino ao qual apresentar os nossos pedidos. Então nada nos impeça de fazer nossas petições em nome de Jesus, crendo com fé inabalável que Deus nos ouve, e que nos atenderá. Levemos nossas dificuldades a Deus, humilhando-nos diante dEle. Há uma grande obra a fazer, e embora seja nosso privilégio buscar o conselho uns dos outros, devemos estar bem certos em cada questão, de buscar o conselho de Deus, pois Ele nunca nos desencaminhará. Não devemos fazer da carne o nosso braço. Se o fizermos, dependendo principalmente do auxílio humano, da orientação humana, a incredulidade entrará furtivamente, e nossa fé fenecerá (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 486, 487).

Terça, 17 de outubro: Progresso?

Muitos existem que todos os dias testificam: Não me transformei no caráter, mas apenas na teoria. ... Todos podem, mediante a fé, alcançar a coroa do vencedor, mas muitos não estão dispostos a empenhar-se em luta corpo-a-corpo com suas disposições imperfeitas. Retêm atributos que os tornam ofensivos a Deus. Todos os dias transgridem os princípios de Sua santa lei. Se todos tão-somente aprendessem a simples lição de que devem tomar e usar o jugo de Cristo, e aprender do Grande Mestre a Sua mansidão e humildade, melhor haveriam de cumprir seu concerto de amar a Deus supremamente e ao próximo como a si mesmos. ... Devem começar mesmo no princípio. Cristo diz: Tomai sobre vós Meu jugo de restrições e obediência, e aprendei de Mim. ... O coração então se tornará reto para com Deus, mediante o poder criador de Cristo. Participantes da natureza divina, são eles transformados. ...
A obra renovadora e transformadora tem de começar no coração, do qual procedem as saídas da vida. Oh, como poderá então ser considerado suficiente o serviço de lábios?! Rogo-te, por amor de Cristo, não te detenhas em qualquer lugar no meio do caminho, mas marcha, marcha! Prossegue para o aperfeiçoamento das realizações cristãs. Não deixes coisa nenhuma na incerteza. Vigia sobre ti mesmo com toda a diligência. Lembra-te de que és responsável no sentido de não representares falsamente a Cristo no caráter. Não se dê o caso de que nós, por nossos defeitos, levemos outros a praticar os mesmos pecados (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 164, 165).

Os que pensam poder obter um conhecimento de Deus à margem de Seu Representante, a quem a Palavra declara ser "a expressa imagem da Sua Pessoa" (Heb. 1:3), terão de tornar-se loucos em sua própria estima antes de ser sábios. É impossível alcançar um perfeito conhecimento de Deus, da natureza tão-somente; pois a natureza mesma é imperfeita. Em sua imperfeição não pode representar a Deus; não pode revelar o caráter de Deus em sua perfeição moral. Mas Cristo veio ao mundo como um Salvador pessoal. Representou um Deus pessoal. Como Salvador pessoal, subiu ao alto; e virá de novo tal qual subiu ao Céu - como Salvador pessoal. É Ele a expressa imagem da pessoa do Pai. "NEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade." (Col. 2:9; Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 295).

Quarta, 18 de outubro: O que os judeus e gentios têm em comum

Não façais de vossas opiniões, vossos pontos de vista quanto ao dever, vossas interpretações da Escritura, um critério para outros, condenando-os em vosso coração se não atingem vosso ideal. Não critiqueis a outros, conjeturando os seus motivos, e formando juízos. "Nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações." I Cor. 4:5. Não nos é possível ler o coração. Faltosos nós mesmos, não nos achamos capacitados para assentar-nos como juízes dos outros. Os homens finitos não podem julgar se não pelas aparências. Unicamente Àquele que conhece as ocultas fontes da ação, e que trata terna e compassivamente, pertence decidir o caso de cada alma (O Maior Discurso de Cristo, p. 124).

Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós. Rom. 2:23 e 24.
Aqueles que se unem à igreja mas não se unem ao Senhor, a tempo revelarão seu verdadeiro caráter. "Pelos seus frutos os conhecereis." Mat. 7:20. O precioso fruto da piedade, temperança, paciência, bondade, amor e caridade não aparecem em sua vida. Produzem somente espinhos e abrolhos. Deus é desonrado perante o mundo por tais professadores. ...
Satanás sabe que eles são seus agentes que atuam por não apresentarem mudança no coração e na vida, e suas obras estão em tão marcante contraste com o que professam, que se constituem numa pedra de tropeço para os descrentes e uma grande prova para os crentes. ...
Que contas terão que prestar no dia do acerto final os que professam guardar os mandamentos de Deus ao passo que a sua vida contradiz a crença que têm, porque não produzem os preciosos frutos! (A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 88).

Um dia de cada vez nos pertence, e durante o mesmo cumpre-nos viver para Deus. Por esse dia devemos colocar na mão de Cristo, em solene serviço, todos os nossos desígnios e planos, depondo sobre Ele toda a nossa solicitude, pois tem cuidado de nós. "Eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais." Jer. 29:11. "Em vos converterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança, estaria a vossa força." Isa. 30:15.
Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e felizes em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo - o jugo da obediência e do serviço - todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão (O Maior Discurso de Cristo, p. 101).

Quinta, 19 de outubro: O evangelho e o arrependimento

Os judeus ensinavam que o pecador devia arrepender-se antes de lhe ser oferecido o amor de Deus. A seu parecer, o arrependimento é obra pela qual os homens ganham o favor do Céu. Foi esse pensamento que induziu os fariseus atônitos e irados a exclamarem: "Este recebe pecadores." Luc. 15:2. Conforme sua suposição, não devia permitir que pessoa alguma a Ele se achegasse sem se ter arrependido. Mas na parábola da ovelha perdida, Cristo ensina que a salvação não é alcançada por procurarmos a Deus, mas porque Deus nos procura. "Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram." Rom. 3:11 e 12. Não nos arrependemos para que Deus nos ame, porém Ele nos revela Seu amor para que nos arrependamos.
Quando a ovelha extraviada é recolhida afinal, o júbilo do pastor se exprime em cânticos melodiosos de regozijo. Convoca seus amigos e vizinhos e lhes diz: "Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida." Luc. 15:6. Igualmente o Céu e a Terra unem-se em ações de graças e júbilo quando um pecador é achado pelo grande Pastor de ovelhas (Parábolas de Jesus, p. 95).

Seja qual for a espécie de vosso pecado, confessai-o. Se for contra Deus apenas, confessai-o a Ele só. Se cometestes algum erro ou ofensa contra outros, confessai-o a eles, e a bênção do Senhor repousará sobre vós. Desta maneira morreis para vós mesmos, e Cristo é formado em vós [Gál. 4:19]. ...
Quando, sob as tentações de Satanás, os homens caem em erro, e suas palavras e conduta não são cristãos, podem não reconhecer sua situação, pois que o pecado é enganoso, e tende a amortecer as percepções morais. Mas mediante o exame próprio, o estudo das Escrituras e humilde oração, eles, pelo auxílio do Espírito Santo, serão habilitados a reconhecer seu erro. Se então confessam seus pecados e volvem costas a eles, o tentador já não lhes aparecerá como anjo de luz, mas sim como enganador. ...
Os que reconhecem a repreensão e correção como vindas de Deus, tornando-se assim habilitados a ver e corrigir seus erros, aprendem lições preciosas, mesmo de seus erros. Sua aparente derrota transforma-se em vitória. Resistem, não porque confiem em suas próprias forças, mas no poder de Deus. Possuem eles fervor, zelo e afeição, unidos à humildade, e presididos pelos preceitos da Palavra de Deus. ... O Senhor pode ensinar-lhes Sua vontade. ... Não andam cambaleantes, mas firmes, num caminho em que incide a luz do Céu (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 235, 236).

Há pecadores no pastorado. Não estão eles porfiando por entrar pela porta estreita. Deus não trabalha com eles, pois não pode suportar a presença do pecado. Essa é a coisa que Sua alma aborrece. Mesmo aos anjos que estavam ao redor do Seu trono, a quem Ele amava, mas que não conservaram seu primeiro estado de lealdade, expulsou Deus do Céu com seu guia rebelde. A santidade é o fundamento do trono de Deus; o oposto da santidade é o pecado; o pecado crucificou o Filho de Deus. Pudessem os homens ver quão odioso é o pecado e não o tolerariam nem nele se educariam. Reformariam sua vida e caráter. As faltas secretas seriam vencidas. Se quiserdes ser santos nos Céus primeiramente precisais ser santos na Terra (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 145).

Sexta, 20 de outubro: Leitura adicional

Perdão Através do Sangue de Cristo
Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. Rom. 3:23 e 24.
Necessitamos de Jesus a cada instante. Perder o Seu amor de nosso coração significa muito. No entanto, é Ele próprio quem diz: "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor." Apoc. 2:4. ...
A religião de muitos é semelhante a um pingente de gelo - extremamente fria. O coração de não poucos continua insensível e rebelde. Eles não conseguem tocar o coração de outros porque o seu coração não se acha repleto do bem-aventurado amor que procede do coração de Cristo. ...
A religião genuína se baseia na crença nas Escrituras. A Palavra de Deus deve ser crida sem reservas. Nenhuma parte dela deve ser cortada e moldada a fim de se ajustar a certas teorias. Os homens não devem exaltar a sabedoria humana assumindo a posição de juízes em relação à Palavra de Deus. A Bíblia foi escrita por homens santos do passado, ao serem movidos pelo Espírito Santo; e este Livro contém tudo o que sabemos com certeza, e tudo o que podemos jamais aprender com respeito a Deus e Cristo, a menos que, como Paulo, sejamos arrebatados ao terceiro Céu. ... Esta revelação ao apóstolo não prejudicou sua humildade.
A vida do cristão é regulada pela Palavra de Deus, tal e qual está escrito.Todas as verdades do Antigo e Novo Testamentos formam um todo, completo em si. Devemos nutrir, crer e obedecer a tais verdades. Para o verdadeiro discípulo, a fé na Palavra de Deus é um princípio vivo e ativo, "porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação." Rom. 10:10. Pela fé o homem crê receber a justiça de Cristo.
A fé, em si mesma, é uma ação mental. O próprio Jesus é o Autor e Consumador de nossa fé. Ele deu Sua vida por nós, e Seu sangue dá um melhor testemunho em nosso favor do que o sangue de Abel, que clamou a Deus contra Caim, o assassino. O sangue de Cristo foi derramado para perdoar os nossos pecados.
Muitos cometem o erro de tentar definir minuciosamente os pequenos pontos de diferença entre justificação e santificação. E eles frequentemente trazem para as definições destes dois termos suas próprias ideias e especulações. Por que procurar ser mais minucioso do que a Inspiração na questão vital da justificação pela fé?
Os que se acham unidos com Cristo através do exercício diário e constante da fé que opera por amor e purifica a alma, recebem o perdão de seus pecados, e são santificados para a vida eterna (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 69).

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