sábado, 26 de agosto de 2017

COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2017 - LIÇÃO 10 - 26 DE AGOSTO A 1º DE SETEMBRO


Verso para Memorizar:
“Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe” (Gl 4:26).

Sábado à tarde, 26 de Agosto 

O espírito de escravidão é gerado por se procurar viver de acordo com a religião legal, pelo esforço de cumprir as reivindicações da lei em nossa própria força. Há esperança para nós somente ao nos colocarmos sob a aliança abraâmica, que é a aliança da graça pela fé em Cristo Jesus. O evangelho pregado a Abraão, por meio do qual ele teve esperança, foi o mesmo que é pregado a nós hoje, por meio do qual temos esperança. Abraão olhou para Jesus, que é também o Autor e Consumador de nossa fé (CBASD, v. 6, p. 1198, 1199).

O Antigo e o Novo Testamento são inseparáveis, pois ambos contêm os ensinos de Cristo. A doutrina dos judeus, que aceitam apenas o Antigo Testamento, não leva à salvação, já que rejeita o Salvador cuja vida e ministério foram o cumprimento da Lei e dos Profetas. E a doutrina daqueles que descartam o Antigo Testamento também não leva à salvação, porque rejeita aquilo que constitui um testemunho direto de Cristo. Os céticos começam menosprezando o Antigo Testamento, e é preciso apenas mais um passo para negar a validade do Novo. Dessa forma, ambos são rejeitados (CBASD, v. 5, p. 1219).

Há milhares a cometer o mesmo erro dos fariseus a quem Cristo reprovou no banquete de Mateus. Em lugar de abandonar certa ideia nutrida, ou rejeitar algum ídolo de opinião, muitos recusam a verdade descida do Pai da luz. Confiam em si mesmos, e dependem da própria sabedoria, e não compreendem sua pobreza espiritual. Insistem em ser salvos por alguma maneira em que realizem alguma obra importante. Quando veem que não há nenhum modo de introduzirem o eu na obra, rejeitam a salvação provida.
Uma religião legal nunca poderá conduzir almas a Cristo; pois é destituída de amor e de Cristo. Jejuar ou orar quando imbuídos de um espírito de justificação própria, é uma abominação aos olhos de Deus. A solene assembleia para o culto, a rotina das cerimônias religiosas, a humilhação externa, o sacrifício imposto, mostram que o que pratica essas coisas se considera justo, e com títulos ao Céu, mas tudo é engano. Nossas próprias obras jamais poderão comprar a salvação (O Desejado de Todas as Nações, p. 280).
A Adão foi dado outro filho, para ser o herdeiro da promessa divina, herdeiro da primogenitura espiritual. O nome de Sete, dado a este filho, significava "designado", ou "compensação"; "porque", disse a mãe, "Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou". Gênesis. 4:25. Sete era de estatura mais nobre do que Caim ou Abel, e parecia-se muito mais com Adão do que os demais filhos. Tinha caráter digno, seguindo as pegadas de Abel. Contudo não herdou mais bondade natural do que Caim. Com referência à criação de Adão, acha-se dito: "À semelhança de Deus o fez"; mas o homem, depois da queda, "gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem." Gênesis. 5:1 e 3. Ao passo que Adão foi criado sem pecado, à semelhança de Deus, Sete, como Caim, herdou a natureza decaída de seus pais. Mas recebeu também conhecimento do Redentor, e instrução em justiça. Pela graça divina serviu e honrou a Deus; e trabalhou, como o teria feito Abel caso ele vivesse, para volver a mente dos homens pecadores à reverência e obediência a seu Criador (Patriarcas e Profetas, p. 80).

Notas de Jonath Soares da Silva

Parágrafo 1- Eu não sou salvo por guardar a lei, mas eu guardo a lei porque já sou salvo em Cristo Jesus. A disposição por guardar a lei de Deus precisa brotar do interior para fora, e não de fora para dentro. Essa disposição é um presente dado a nós pelo Espírito Santo quando aceitamos a Sua influência e Seu poder. Deus promete retirar de nós o coração de pedra e por um coração de carne, e isso prefigura uma transformação de dentro para fora. Quando esta transformação ocorrer, a promessa contida em Jeremias 31:33 e 34 se cumprirá. Bendito seja Deus por isso!
 
Parágrafo 3- O pensamento pós-moderno está sendo introduzido no meio cristão em grande medida. A relativização da verdade parece bela e agradável por seus resultados imediatos vistos em batismos, por exemplo; mas esta relativização do que é impossível relativizar traz consigo consequências terríveis. Quando a minha opinião (chamada no parágrafo de “ídolo de opinião”) passa a ser a base para minha atividade religiosa, minha pregação, meu estudo, meu proceder e etc..., eu terei minha vida destituída do Único que a pode transformar, pois Ele não aceita um servo dividido entre dois senhores. Eis o que é adoração: o Senhor diz para que eu faça, e eu faço; Ele diz o que devo comer, e eu como; também diz o que não devo comer, e eu não como; diz que tipo de música devo ouvir, e eu ouço; também adverte de que tipo de música devo me afastar, e eu me afasto; com quem devo andar, e eu ando; de quem devo me afastar, e eu me afasto (Salmo 1:1). Muitas questões podem surgir sobre os porquês desses pedidos, e todas serão devidamente respondidas quando a Palavra for aberta com coração sincero e humilde atitude.
 
Parágrafo 4- Aprendamos a fazer o bem por amor à Cristo. Que a legalidade deixe de existir no nosso meio, pois esta não possui a salvação de que precisamos. Façamos a vontade de Deus por amor.
 
Parágrafo 5- É interessante a explicação da natureza com que nasceu Sete. Tanto ele quanto Caim possuíam a mesma disposição pecaminosa, pois foram herdeiros da natureza de seu pai – a natureza pecaminosa. Adão foi criado à imagem e semelhança de Deus, enquanto que seu filho foi feito à sua imagem e semelhança. Então o argumento de que “todos somos a imagem e semelhança de Deus” é derrubado. Somos a imagem e semelhança dos nossos pais, mas, pelos méritos de Cristo, podemos ser tornados à imagem e semelhança de Deus.
Também é bom destacar que o que diferenciava os irmãos eram suas escolhas. “[Sete] não herdou mais bondade natural do que Caim”, mas este fez más escolhas enquanto aquele as entregou nas mãos de Deus e aceitou a graça oferecida. Assim podemos fazer hoje. Não é o pecado dos nossos pais que determina nossas escolhas em última instância. Estes pecados tem suas influências sobre nós no que se trata da índole herdada, mas ao final, a escolha para aceitar ou não o pecado sempre é individual.
Que a transformação oferecida pelo Céu seja aceita em minha vida e na sua vida, e que sejamos salvos dos nossos pecados em nome de Jesus.


Domingo, 27 de Agosto: Princípios de aliança 

Assim como a Bíblia apresenta duas leis, uma imutável e eterna, e outra provisória e temporária, assim há dois concertos. O concerto da graça foi feito primeiramente com o homem no Éden, quando, depois da queda, foi feita uma promessa divina de que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente. A todos os homens este concerto oferecia perdão, e a graça auxiliadora de Deus para a futura obediência mediante a fé em Cristo. Prometia-lhes também vida eterna sob condição de fidelidade para com a lei de Deus. Assim receberam os patriarcas a esperança da salvação (Patriarcas e Profetas, p. 370).

Cristo não diminui as exigências da lei. Em linguagem inconfundível apresenta a obediência a ela como condição da vida eterna - a mesma condição requerida de Adão antes da queda. O Senhor não espera agora menos de nós, do que esperava do homem no Paraíso, obediência perfeita, justiça irrepreensível. A exigência sob o pacto da graça é tão ampla quanto os requisitos ditados no Éden - harmonia com a lei de Deus, que é santa, justa e boa (Parábolas de Jesus, p. 391).

As bênçãos da nova aliança estão fundamentadas puramente na misericórdia em perdoar a injustiça e os pecados. O Senhor especifica: Farei isso e isso a todos os que voltarem para Mim, abandonando o mal e escolhendo o bem. "Perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais Me lembrarei" [cf. Hebreus 8:12]. Todo que humilha o coração, confessando os pecados, encontrará misericórdia, graça e segurança. Deixou Deus de ser justo por mostrar misericórdia ao pecador? Ele honrou Sua santa lei. Então, passaria por alto as transgressões da lei? Deus é fiel. Ele não muda. As condições da salvação são sempre as mesmas. Vida, vida eterna, é para todos que obedecem à lei de Deus. [...]
Sob a nova aliança, as condições pelas quais a vida eterna pode ser alcançada são as mesmas da antiga aliança: perfeita obediência. Sob a antiga aliança, havia muitas ofensas de caráter atrevido e presunçoso, para as quais não havia expiação especificada na lei. Na nova e superior aliança, Cristo cumpriu a lei para o transgressor da lei, se ele O aceitar pela fé como seu Salvador pessoal. "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" [João 1:12]. A misericórdia e o perdão são a recompensa de todos os que vêm a Cristo, confiando em Seus méritos, para que Ele tire seus pecados. Na superior aliança, somos purificados do pecado pelo sangue de Cristo (CBASD, v. 7, p. 1037).


Notas de Jonath Soares da Silva


Parágrafo 1- A Verdade é como uma teia bem elaborada, interligada de diferentes maneiras, mas que é um todo. O Senhor prometeu à Adão que o Messias viria para redimir a raça caída. Esta era a graça que Adão e sua descendência receberam. Interessante que esta graça não aboliu a obrigatoriedade da fidelidade requerida pela lei. Eis um elo do emaranhado: a graça e a lei estão ligadas e se completam.
 
Parágrafo 2- Queremos ter a vida eterna? Pois o requisito a se cumprir se encontra em Êxodo 20. É necessário que a obediência seja perfeita, como o próprio texto da inspiração diz, e que a justiça do guardador da lei seja irrepreensível. É possível que o homem consiga por si só? É impossível. Mas ele pode receber as vestes da justiça de Cristo quando permitir que suas vestes sujas sejam retiradas (Zacarias 3:4).
 
Parágrafo 3- "pois o Senhor disciplina a quem ama, e educa todo aquele a quem recebe como filho”. Hebreus 12:6. "Eu repreendo e corrijo a todos quantos amo: sê pois diligente e arrepende-te". Apocalipse 3:19. Números 6:24 a 26 mostra a forma de tratamento que o Senhor busca ter conosco. Ele sendo nosso Pai, deixaremos de ouvir Sua repreensão e disciplina? Não ouviremos Sua voz nos dizendo o caminho por onde devemos andar (Isaías 30:21)?
 
Parágrafo 4- Que aceitemos o poder oferecido pelo Senhor para que sejamos capacitados para cumprir toda boa obra e sermos feitos filhos e filhas de Deus.


Segunda-feira, 28 de Agosto: A aliança abraâmica

 
Este mesmo concerto foi renovado a Abraão, na promessa: “Em tua semente serão benditas todas as nações da Terra.” Gênesis 22:18. Essa promessa apontava para Cristo. Assim Abraão a compreendeu (Gálatas 3:8, 16), e confiou em Cristo para o perdão dos pecados. Foi esta fé que lhe foi atribuída como justiça. O concerto com Abraão mantinha também a autoridade da lei de Deus. O Senhor apareceu a Abraão e disse: “Eu sou o Deus todo-poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.” Gênesis 17:1. O testemunho de Deus concernente a Seu fiel servo foi: “Abraão obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas leis.” Gênesis 26:5. E o Senhor lhe declarou: "Estabelecerei o Meu concerto entre Mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente depois de ti." Gênesis 17:7 (A Fé Pela Qual Eu Vivo, p. 72.9).

Se bem que este concerto houvesse sido feito com Adão e renovado a Abraão, não poderia ser ratificado antes da morte de Cristo. Existira pela promessa de Deus desde que se fez a primeira indicação de redenção; fora aceito pela fé; contudo, ao ser ratificado por Cristo, é chamado um novo concerto. A lei de Deus foi a base deste concerto, que era simplesmente uma disposição destinada a levar os homens de novo à harmonia com a vontade divina, colocando-os onde poderiam obedecer à lei de Deus (Patriarcas e Profetas, p. 370 e 371).

Se Abraão e Sara tivessem esperado em confiante fé no cumprimento da promessa de que teriam um filho, muita infelicidade teria sido evitada. Eles criam que seria tal como Deus havia prometido, mas não podiam crer que Sara, em sua idade avançada, pudesse ter um filho. Sara sugeriu um plano pelo qual pensava que a promessa de Deus pudesse ser cumprida. Ela suplicou a Abraão para tomar Hagar como esposa. Nisto ambos mostraram falta de fé e de perfeita confiança no poder de Deus. Por ter ouvido a voz de Sara e tomado Hagar como esposa, Abraão falhou em resistir à prova de sua fé no ilimitado poder de Deus, e atraiu sobre si e sobre Sara muita infelicidade. O Senhor intentava provar a firme fé e confiança de Abraão nas promessas que lhe fizera (História da Redenção, p. 77).

Por que é que somos tão fracos na fé? ... Somos tão destituídos de fé, tão descrentes, que o Senhor não pode fazer por nós aquilo que anseia fazer. Temos no espírito dúvidas que são motivo de muita tristeza, e muito difícil é expulsá-las.
Examinai-as [as dúvidas], porém, à luz da Palavra de Deus; então falai sobre elas com Jesus, tendo na mão Sua Palavra de promessa, e pedi em oração que sejam removidas. Dizei ao Senhor: "Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade." Mar. 9:24. Não deis à dúvida uma confortável cadeira preguiçosa. Ela é hóspede perigoso, quando deixada a infeccionar a mente e combater a fé (Para Conhecê-Lo, [MM], p. 227).


Notas de Jonath Soares da Silva


Parágrafo 1- O concerto com Abraão se estende a nós, bem como a ordem de Gênesis 17:1. Que seja dito de nós o mesmo que foi dito de Abraão em Gênesis 26:5.
 
Parágrafo 2- As pessoas que não sabem a diferença entre "perfeccionismo" e "perfeição cristã", costumam juntar as duas coisas num mesmo pacote e condenar os que pregam seja qual for das duas. Os que rotulam de perfeccionismo a verdade bíblica da perfeição cristã, costumam dizer que se o homem conseguir vencer o pecado, então o sacrifício de Cristo perde seu significado e a pessoa já não precisa de Jesus para ser redimida. Grande engano em todos os sentidos. Cristo disse que sem Ele nada podemos fazer (João 15:5), e Seu sacrifício foi para nos colocar em "harmonia com a vontade divina", permitindo que nós obtenhamos o Seu poder para "obedecer à lei de Deus". A verdade da perfeição cristã é totalmente associada à Cristo, pois ela só é possível pela graça Dele. Amém por isso.
 
Parágrafo 3- Este relato é um ótimo exemplo do que acontece quando nossa ligação com o Céu não é grande o suficiente para confiarmos nas palavras do Senhor exatamente da maneira que Ele as enviou para nós. O elemento humano tende a querer tomar as rédeas, quando é o Espírito Santo quem deve guiar o verdadeiro servo de Deus. A "perfeita confiança" na promessa divina faltou a Abraão e Sara, e nós caímos no mesmo engano inúmeras vezes. A falta de fé "no ilimitado poder de Deus" atraiu sobre eles grande infortúnio, pois incorria no pecado da bigamia. Toda história encontrada na Bíblia em que houve um caso de bigamia, é um relato cheio de tristezas. Nunca foi plano de Deus que o homem tivesse mais de uma mulher.
 
Parágrafo 4- Todos temos algumas dúvidas. Estas sempre surgirão. Algumas serão sanadas, outras ficarão para a eternidade, quando Aquele que tudo sabe as sanará. Aquele que é ávido na busca das gemas escondidas na Palavra de Deus, encontrará muitas respostas, pois o Senhor não tem obrigação, mas as dá de bom grado quando sabe que estas fortalecerão a nossa fé. Caso não obtenha alguma, minha adoração precisa permanecer a mesma, pois Deus continua sendo Quem Ele é e nos amando da mesma maneira, seja respondendo, seja Se calando. Confiemos no Senhor. Ele sabe o que faz.


Terça-feira, 29 de agosto: Abraão, Sara e Hagar

 
O nascimento de um filho a Zacarias, como o do filho de Abraão, e o de Maria, visava ensinar uma grande verdade espiritual, verdade que somos tardios em aprender e prontos a esquecer. Somos por nós mesmos incapazes de fazer qualquer bem; mas o que não somos capazes de fazer, o poder de Deus há de operar em toda alma submissa e crente. Por meio da fé foi dado o filho da promessa. Mediante a fé é gerada a vida espiritual, e somos habilitados a realizar as obras da justiça (O Desejado de Todas as Nações, p. 98).

Quem dentre vós tem reunido todas as dúvidas e questões que poderia reunir e amontoar contra essa justiça de Cristo? Quem tem feito isso? De que lado vos encontrais?
Tendes aceito um ponto após o outro das preciosas verdades, à medida que têm sido apresentados? Ou tendes pensado que seguis vossas próprias ideias e opiniões, lendo e julgando a Palavra de Deus por vossas opiniões e teorias? Ou levareis vossas ideias e teorias à Palavra de Deus e deixareis que os oráculos vivos vos revelem onde se encontram as deficiências e os defeitos de vossas ideias e teorias? Não podemos adotar a posição de que julgaremos a Palavra de Deus porque críamos assim e assim. "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isaías. 8:20.
Se já houve um povo que necessitasse de luz, são os que estão vivendo nos dias finais da história terrestre. Precisamos saber o que diz a Escritura. Precisamos achegar-nos aos vivos oráculos de Deus. Precisamos daquela fé viva que se apega ao braço do Poder infinito, e precisamos confiar de todo o nosso ser em Jesus Cristo, justiça nossa. E podemos fazê-lo. Sim, nós o fazemos proveitosamente para o bem de nossa própria alma.
Podeis estar unidos à videira que vive. Cada membro de todo o vosso ser pode estar unido a essa Videira, e a seiva e nutrição provenientes da Videira nutrirão o ramo que está na Videira, até que sejais um com Cristo assim como Ele era um com o Pai. Deste modo ser-vos-ão transmitidas as Suas bênçãos. Mas, irmãos, não temos tido fé. Há bastante tempo temos desonrado a Deus com a descrença (Fé e Obras, p. 66, 67).

A religião de Cristo não é religião de meras emoções. Não podeis confiar em vossos sentimentos quanto a uma prova de aceitação para com Deus, pois os sentimentos são variáveis. Tendes de colocar os pés sobre as promessas da Palavra de Deus, deveis andar segundo o exemplo de Jesus, e aprender a viver pela fé.
Logo que alguém comece a dar atenção aos seus sentimentos, está ele em terreno perigoso. Se se sente alegre e feliz, fica muito confiante e tem emoções muito agradáveis. Mas vem a mudança. Ocorrem certas circunstâncias que trazem depressão e sentimentos tristes; então o espírito naturalmente começa a duvidar se o Senhor está com ele ou não.
Ora, os sentimentos não devem ser feitos a prova do estado espiritual, sejam eles bons ou sejam desanimadores. A palavra de Deus deve ser nossa prova quanto a nossa verdadeira situação perante Ele. Muitos neste ponto se confundem. ...
Se confessardes vossos pecados, crede que estão perdoados, pois a promessa é categórica. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." I João 1:9. Por que, então, desonrar a Deus duvidando de Seu amor e perdão? Tendo confessado vossos pecados, crede que a palavra de Deus não faltará, mas que é fiel O que prometeu. Exatamente como é vosso dever confessar vossos pecados, é-o também de crer que Deus cumprirá Sua palavra e vos perdoará. Deveis exercer fé em Deus como Alguém que fará justamente o que disse que faria - perdoar todas as vossas transgressões. ...
Oh, quantos e quantos andam se lamentando, pecando e arrependendo-se, mas sempre sob uma nuvem de condenação! Não creem na palavra do Senhor. Não creem que Ele fará justamente o que disse que faria. ...
Feris o coração de Cristo pela dúvida, quando Ele nos deu tais provas de Seu amor, entregando a própria vida para nos salvar - para não perecermos mas termos vida eterna.
Temos de confiar; temos de ensinar e educar nossa mente de modo a crer implicitamente na palavra de Deus (Nos Lugares Celestiais, [MM 1968].p. 126).


Notas de André Areia Santos


Parágrafo 1- Qualquer bem que fazemos não vem de nós mesmos. Sendo assim, se defino minha vida espiritual por algumas coisas que venci e outras não, jamais terei sucesso, pois a transformação do caráter é plena, não pela metade, pois Cristo é pleno. É a justiça de Cristo que deve imbuir minha vida, não alguns "pontos" que ganhei na caminhada cristã. Em resumo: Eu não posso fazer nada. Sendo assim, é Cristo 100% ou nada.
 
Parágrafo 3- Não há lugar para teorias e opiniões quando se trata da verdade contida na Palavra de Deus.
 
Parágrafo 4 e 5- Não há segurança senão no estudo profundo da Palavra de Deus, principalmente nestes últimos dias, quando milhões de lobos devoradores estão pelo mundo afora.
 
Parágrafo 6 a 8- O cristianismo não é movido por emoção, mas por razão. Um claro "assim diz o Senhor" deve ser nossa bússola.


Parágrafo 9 a 11-
Cristo nos perdoa totalmente, quando sinceramente confessamos e abandonamos nossos pecados [Pv 28:13]. Não é preciso desconfiar disso.


Quarta-feira, 30 de agosto: Hagar e o Monte Sinai (Gl 4:21-31)


Deus havia chamado Abraão para ser o pai dos fiéis, e sua vida devia ser um exemplo de fé para as gerações subsequentes. Mas sua fé não tinha sido perfeita. Mostrara falta de confiança em Deus, ocultando o fato de que Sara era sua esposa, e novamente com o seu casamento com Hagar. Para que atingisse a mais elevada norma, Deus o sujeitou a outra prova, a mais severa que o homem jamais foi chamado a suportar. Em uma visão da noite foi-lhe determinado que se dirigisse à terra de Moriá, e ali oferecesse seu filho em holocausto sobre um monte que lhe seria mostrado (Patriarcas e Profetas, 147).

Nossa maior necessidade é de fé em Deus. Ao olharmos para o lado escuro, perdemos nossa segurança no Senhor Deus de Israel. Quando abrimos o coração aos temores e conjeturas, o caminho do progresso é obstruído pela incredulidade. Não pensemos jamais que Deus tenha abandonado Sua obra.
Tem que falar menos de incredulidade, menos conjeturas de que isto ou aquilo está impedindo o caminho. Vamos avançar com fé; acreditar que o Senhor preparará o caminho para a Sua obra. Então encontraremos descanso em Cristo. Cultivando fé, e colocando-nos na devida relação para com Deus, e dispondo-nos, com fervorosa oração, a cumprir nosso dever, o Espírito Santo atuará em nós. Os muitos problemas que agora parecem misteriosos serão resolvidos, pela contínua confiança em Deus. Não temos de andar em penosa indecisão, pois estamos vivendo sob a guia do Espírito Santo. Podemos andar e trabalhar com confiança.
Se quisermos ter mãos limpas e coração puro, precisamos ter menos fé no que somos capazes de fazer, e mais no que o Senhor pode fazer por nós. Não estamos empenhados em nosso próprio trabalho; estamos fazendo a obra de Deus (Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 211, 212).

Por ordem divina o povo de Israel foi levado a Refidim, um lugar desprovido de água. Aquele que estava encoberto pela coluna de nuvem os estava guiando, e fora por Sua ordem expressa que eles acamparam nesse lugar. Deus sabia da falta de água em Refidim, e levou o Seu povo para lá a fim de provar sua fé; mas quão indignos da confiança divina eles se demonstraram!
Repetidas vezes Ele Se havia manifestado. Havia matado os primogênitos no Egito para efetuar sua libertação, e os tirara da terra de seu cativeiro de braço erguido; Ele os havia alimentado com alimento dos anjos, e Se comprometera a trazê-los à Terra Prometida. Mas agora, quando a dificuldade surgiu diante deles, rebelaram-se, não confiaram em Deus, e reclamaram dizendo que Moisés havia tirado a eles e a seus filhos do Egito para que morressem de sede no deserto. ...
Muitos hoje pensam que ao iniciarem sua vida cristã serão libertados de toda carência e dificuldade. Mas todo aquele que toma a sua cruz para seguir a Cristo chega ao Refidim de sua experiência. A vida não é toda composta de pastagens verdejantes e riachos refrescantes. Somos surpreendidos por desapontamentos, sobrevêm privações, e apresentam-se circunstâncias que nos levam a situações difíceis. Ao seguirmos pelo caminho estreito, fazendo o nosso melhor, segundo pensamos, verificamos que nos sobrevêm cruéis provações. ... Com a consciência ferida, arrazoamos que se tivéssemos andado com Deus, jamais teríamos sofrido isso. ...
Mas na antiguidade o Senhor conduziu o Seu povo a Refidim, e Ele poderá decidir levar-nos para lá também, a fim de provar nossa fidelidade e lealdade para com Ele. Em misericórdia para conosco, Ele nem sempre nos coloca nos lugares mais fáceis, pois se o fizesse, nós, em nossa autossuficiência nos esqueceríamos de que o Senhor é o nosso auxílio em tempo de necessidade. Ele, porém, anela manifestar-Se a nós em nossas emergências, e revelar as abundantes provisões que se acham à nossa disposição, independentemente das circunstâncias; e permite que decepções e provações nos sobrevenham para que possamos perceber nossa própria incapacidade, e aprendamos a invocar o auxílio do Senhor, como uma criança faminta e sedenta que chama por seu pai.
Nosso Pai celestial tem o poder de transformar a dura rocha em torrentes vivificantes e refrescantes. Jamais o saberemos, enquanto não nos encontrarmos face a face com Deus, ... quantos fardos Ele carregou em nosso lugar, e quantos outros estaria disposto a suportar se, com uma fé infantil, os tivéssemos trazido a Ele (Refletindo a Cristo, [MM 1986], p. 345).


Notas de André Areia Santos


Parágrafo 1- Deus provou Abraão para que Lhe demonstrasse perfeita fé.
 
Parágrafo 3- Devemos considerar que, se vivermos uma vida piedosa, todos os problemas e dificuldades que tivermos serão para nosso próprio bem presente e futuro. Nada mais são que provações para crescermos em graça.
 
Parágrafo 4- Só obteremos sucesso quando entendermos de uma vez por todas que nada podemos fazer sem Cristo.
 
Parágrafo 5- Deus conduziu Seu povo a Refidim de propósito, para que pudessem ter sua fé provada.


Parágrafo 7-
Muitos acreditam que sua vida será um mar de rosas se estiverem sempre com Deus no comando. Quanto engano! Quanto mais avançarmos na caminhada, mais o caminho se tornará estreito. Mas isso acontece justamente por Deus nos amar, e querer que cresçamos em graça e fé.


Quinta-feira, 31 de agosto: Ismael e Isaque hoje


Quando Abraão tinha quase cem anos de idade, a promessa de um filho foi-lhe repetida, com a informação de que o futuro herdeiro seria filho de Sara. Mas Abraão ainda não compreendeu a promessa. Sua mente de pronto volveu para Ismael, apegando-se à crença de que por meio dele os propósitos graciosos de Deus deveriam cumprir-se. Em sua afeição para com o filho, exclamou: "Oxalá que viva Ismael diante de Teu rosto". Gênesis. 17:18-20. De novo foi feita a promessa, com palavras que não poderiam ser mal compreendidas: "Na verdade, Sara tua mulher te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei o Meu concerto." Deus, contudo, não Se esqueceu da oração do pai. "E quanto a Ismael", disse Ele, "também te tenho ouvido; eis aqui o tenho abençoado, ... e dele farei uma grande nação" (Patriarcas e Profetas, p. 146).

Jesus continuou: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito".  João 3:6. O coração, por natureza, é mau, e "quem do imundo tirará o puro? Ninguém". Jó 14:4. Invenção alguma humana pode encontrar o remédio para a alma pecadora. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser". Romanos. 8:7. "Do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias". Mateus. 15:19. A fonte do coração se deve purificar para que a corrente se possa tornar pura. Aquele que se esforça para alcançar o Céu por suas próprias obras em observar a lei, está tentando o impossível. Não há segurança para uma pessoa que tenha religião meramente legal, uma forma de piedade. A vida cristã não é uma modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e uma vida toda nova. Essa mudança só se pode efetuar mediante a eficaz operação do Espírito Santo (O Desejado de Todas as Nações, p. 172).

Em cada século e em cada terra, os mensageiros de Deus têm sido chamados a enfrentar amarga oposição dos que deliberadamente escolhem rejeitar a luz do Céu. Não raro, pela mistificação e falsidade, têm os inimigos do evangelho aparentemente triunfado, cerrando assim as portas por onde os mensageiros de Deus poderiam ter acesso ao povo. Mas essas portas não podem permanecer para sempre fechadas; e, muitas vezes, ao voltarem os servos de Deus para reassumir suas atividades, o Senhor tem obrado poderosamente em favor deles, habilitando-os a estabelecerem monumentos para a glória de Seu nome (Atos dos Apóstolos, p. 179).

Disse Cristo aos discípulos: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.” Mateus 10:16.
Os ataques de Satanás contra os advogados da verdade se tornarão cada vez mais implacáveis e resolutos, até ao próprio fim do tempo. Como nos dias de Cristo os principais sacerdotes e príncipes instigavam contra Ele o povo, assim hoje os guias religiosos provocarão oposição e preconceito contra a verdade para este tempo. O povo será levado a atos de violência e oposição nos quais nunca teriam pensado se não tivessem sido imbuídos do rancor de professos cristãos contra a verdade.
Que procedimento devem seguir os defensores da verdade? Possuem eles a imutável, eterna Palavra de Deus, e devem revelar o fato de que possuem a verdade tal como é em Jesus. Suas palavras não devem ser ásperas e incisivas. Em sua apresentação da verdade devem manifestar o amor, a mansidão e a amabilidade de Cristo. Que a verdade por si mesma produza efeito; a Palavra de Deus é aguda espada de dois gumes, e abrirá caminho até ao coração. Os que sabem que possuem a verdade não devem, pelo emprego de expressões ásperas e severas, dar a Satanás ocasião de interpretar falsamente sua intenção.
Como um povo, devemos portar-nos como o Redentor do mundo. Quando em controvérsia com Satanás acerca do corpo de Moisés, Cristo não ousou apresentar contra ele uma acusação injuriosa. Judas 9. Recebera provocações bastantes para isso fazer, e Satanás ficou desapontado por não ter podido despertar em Cristo um espírito de vingança. Satanás estava pronto para interpretar mal qualquer coisa feita por Jesus; e o Salvador não lhe deu ocasião, nem ao menos a sombra de uma desculpa. Não Se desviava do caminho reto da verdade a que Se propusera, para seguir pelos atalhos, perversões, distrações e prevaricações de Satanás (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 239).


Notas de André Areia Santos

Parágrafo 2- Nossa natureza pecaminosa é inclinada a fazer o mal. Por isso não há solução para o pecado quaisquer que sejam nossas obras. Apenas o eu morrendo e Cristo vivendo em nosso lugar será eficaz na vitória contra o pecado. Por nós mesmos só faríamos o que é mal, pois está escrito: "Não há um justo. Nenhum sequer".
 
Parágrafo 3 a 6- Lobos têm adentrado o rebanho, atrapalhando a obra de fiéis obreiros, instigando o povo contra a verdade que proferem. Por isso não devemos dar razão a eles. Devemos proferir a verdade com humildade e mansidão, para que não interpretam maldosamente nossas palavras. O próprio Cristo não deu ocasião para Satanás interpretar mal Suas palavras por ocasião da ressurreição de Moisés. Devemos fazer o mesmo.
 
Sexta-feira, 1º de Setembro: Leitura adicional

Patriarcas e Profetas, "A Lei e os Concertos", p. 363-373.

"Adão e Eva, ao serem criados, tinham conhecimento da lei de Deus; estavam familiarizados com os reclamos da mesma relativamente a si; seus preceitos estavam escritos em seu coração. Quando o homem caiu pela transgressão, a lei não foi mudada, mas estabelecido um plano que remediasse a situação trazendo novamente o homem à obediência. Foi feita a promessa de um Salvador e prescritas ofertas sacrificais que apontavam ao futuro, para a morte de Cristo como a grande oferta pelo pecado. Mas, se a lei de Deus nunca houvesse sido transgredida, não teria havido morte, tampouco haveria necessidade de um Salvador; conseqüentemente não teria havido necessidade de sacrifícios.
Adão ensinou a seus descendentes a lei de Deus, e esta foi transmitida de pai a filho através de gerações sucessivas. Mas apesar das graciosas providências para a redenção do homem, poucos houve que as aceitaram e lhes prestaram obediência. Pela transgressão o mundo se envileceu tanto que foi necessário, pelo dilúvio, limpá-lo de suas corrupções. A lei foi preservada por Noé e sua família, e Noé ensinou a seus descendentes os Dez Mandamentos. Como os homens de novo se afastassem de Deus, o Senhor escolheu Abraão, a respeito de quem declarou: "Abraão obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandamento, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas leis." Gên. 26:5. A ele foi dado o rito da circuncisão, que era um sinal de que os que o recebiam eram dedicados ao serviço de Deus - garantia de que permaneceriam separados da idolatria e obedeceriam à lei de Deus. O fracasso dos descendentes de Abraão para manterem este compromisso, conforme se revela em sua disposição para formar alianças com os gentios e adotar-lhes os costumes, foi a causa de sua peregrinação e cativeiro no Egito. Mas, em seu intercâmbio com os idólatras e forçada submissão aos egípcios, os preceitos divinos tornaram-se ainda mais corrompidos com os ensinos vis
Pág. 364
e cruéis do paganismo. Portanto, quando o Senhor os tirou do Egito, desceu sobre o Sinai, cercado de glória e rodeado de Seus anjos, e com terrível majestade proferiu Sua lei aos ouvidos de todo o povo". [...]

Continue lendo ➡
https://goo.gl/dUKQKZ

Curta: fb.com/voceperguntaDeusresponde
Siga:
twitter.com/voceperDeusres
Siga:
instagram.com/voceperguntaDeusresponde

Inscreva-se:
youtube.com/voceperguntaDeusres

sábado, 19 de agosto de 2017

COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2017 - LIÇÃO 9 - 19 A 25 DE AGOSTO

Curta nossa página no Facebook.

Sábado à tarde, 19 de Agosto 

Paulo e Barnabé tinham aprendido a confiar no poder libertador de Deus. O coração deles estava cheio de fervente amor pelas almas a perecer. Como fiéis pastores na busca da ovelha perdida, não abrigavam o pensamento de facilidades ou conveniências próprias. Esquecidos de si mesmos, não fraquejavam quando cansados, famintos ou com frio. Eles tinham em vista um único objetivo - a salvação dos que vagueavam distantes do redil (Vidas que Falam, [MM 1971], p. 348).

O coração do Salvador está posto em Seus seguidores que cumprem o propósito de Deus em toda a sua altura e profundidade. Devem eles ser um nEle, embora se achem espalhados por todo o mundo. Mas Deus não os pode fazer um em Cristo, a menos que estejam dispostos a renunciar a sua vontade pela vontade dEle.
Quando o povo de Deus crer plenamente na oração de Cristo, quando praticar na vida diária as instruções nela contidas, a unidade de ação será um fato em nossas fileiras. Irmão estará ligado a irmão, pelos laços áureos do amor de Cristo. O Espírito de Deus, unicamente, é que pode efetuar essa unidade. Aquele que santificou a Si mesmo pode santificar também a Seus discípulos. Unidos a Ele, estaremos também unidos entre nós, na mais santa fé. Quando buscarmos essa unidade com o empenho que Deus deseja, iremos alcançá-la (Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 243).

O povo foi tomado de admiração pela fervente e lógica apresentação feita por Paulo dos atributos do verdadeiro Deus - Seu poder criador e a existência de Sua soberana providência. Com ardente e férvida eloquência, o apóstolo declarou: "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tão pouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas." Atos 17:24 e 25. Os Céus não eram grandes o bastante para conter Deus, quanto mais os templos feitos por mãos humanas.
Nesse século de tantas diferenças sociais, quando os direitos dos homens não eram muitas vezes reconhecidos, Paulo expôs a grande verdade da fraternidade humana, declarando que Deus "de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra". À vista de Deus, todos são iguais; e cada ser humano deve ao Criador suprema obediência. Então o apóstolo mostrou como, mediante todo o trato de Deus com o homem, Seu propósito de graça e misericórdia corre como um fio de ouro (Atos dos Apóstolos, p. 238).

Em cada esforço para alcançar as mais altas classes, o obreiro de Deus necessita de forte fé. As aparências podem parecer desoladoras, mas na hora mais escura há luz do alto. A força dos que amam a Deus e a Ele servem será renovada cada dia. A mente do infinito está posta a seu serviço, para que ao executarem Seu propósito não cometam erro. Mantenham esses obreiros firme até o fim, o princípio de sua confiança, lembrando-se de que a luz da verdade de Deus deve brilhar em meio às trevas que envolvem nosso mundo. Não deve haver nenhum desalento em relação com o trabalho de Deus. A fé do consagrado obreiro deve resistir a cada prova que o alcance. Deus pode e está disposto a outorgar a Seus servos toda a fortaleza de que precisem e a dar-lhes a sabedoria que suas variadas necessidades imponham. Ele fará mais que cumprir as mais altas expectativas dos que nEle põem sua confiança (Atos dos Apóstolos, p. 242).

Notas de Jonath Soares da Silva

Parágrafo 1- Eis dois exemplos de altruísmo a serem copiados.
 
Parágrafo 2- Cristo opera em nós o querer e o efetuar (Filipenses 2:13), porém, nada contra nossa própria vontade. É preciso que o humano se conecte ao divino para a vontade de Deus seja real na vida.
 
Parágrafo 3- Sempre me aguça o interesse textos que tratam sobre a unidade em Cristo, pois sempre me vem à memória as divisões que vemos na igreja. Se pararmos pra analisar essas divisões, levando em consideração que o povo de Deus sempre foi minoria e lembrando que o mundo jaz no maligno (1 João 5:19), é possível constatar, após uma sincera e séria reflexão, que não é o erro que causa a divisão, mas a proclamação da verdade. Os poucos atalaias que buscam tocar as trombetas no sonido certo são escrachados do meio do seu próprio povo. Vale à pena refletir nestas palavras.
 
Parágrafo 5- Por qual motivo devemos à Deus suprema obediência? Porque é Ele quem nos dá tudo e mantém a todos (Atos 17:24 e 25). Simples assim. Ele primeiro nos dá o motivo, só depois nos faz o chamado para cumprir o Seu querer.


Domingo, 20 de Agosto: O coração de Paulo

O homem não se pode transformar pelo exercício de sua vontade. Não possui faculdade por cujo meio esta mudança possa ser efetuada. O fermento - algo totalmente externo - precisa ser introduzido na farinha, antes de a alteração desejada efetuar-se. Assim a graça de Deus precisa ser recebida pelo pecador antes de ele ser tornado apto para o reino da glória. Toda cultura e educação que o mundo pode oferecer, fracassarão em fazer de um degradado filho do pecado, um filho do Céu. A energia renovadora precisa vir de Deus. A mudança só pode ser efetuada pelo Espírito Santo (Parábolas de Jesus, p. 96).

Os que esperam contemplar uma transformação mágica em seu caráter sem resoluto esforço de sua parte, para vencer o pecado, esses serão decepcionados. Não temos motivo para temer, enquanto olharmos a Jesus; razão alguma para duvidar de que Ele seja capaz para salvar perfeitamente a todos os que a Ele se chegam; mas podemos, sim, temer constantemente que nossa velha natureza de novo alcance a supremacia, que o inimigo elabore alguma cilada pela qual nos tornemos outra vez cativos seus. Devemos operar nossa salvação com temor e tremor, pois é Deus que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. Com nossas faculdades limitadas, devemos ser tão santos em nossa esfera, como Deus é santo na Sua. Na medida de nossa capacidade, devemos tornar manifesta a verdade e o amor e a excelência do caráter divino. Como a cera toma a impressão do sinete, assim deve a alma tomar a impressão do Espírito de Deus e reter a imagem de Cristo.
Devemos crescer diariamente em amabilidade espiritual. Havemos de falhar muitas vezes em nossos esforços por copiar o Modelo divino. Muitas vezes havemos de prostrar-nos em pranto aos pés de Jesus, por motivo de nossas faltas e erros; mas não nos devemos desanimar; cumpre orar mais fervorosamente, crer mais plenamente, e de novo tentar, com mais constância, crescer na semelhança de nosso Senhor. À medida que desconfiarmos de nossa capacidade, confiaremos na capacidade de nosso Redentor, e renderemos louvor a Deus, que é a salvação de nossa face, e nosso Deus (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 336 e 337).

A promessa de Deus é: "Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração." Jer. 29:13.
O coração inteiro tem de render-se a Deus, ou do contrário não se poderá jamais operar a transformação pela qual é restaurada em nós a Sua semelhança. Por natureza estamos alienados de Deus. O Espírito Santo descreve nossa condição em palavras como estas: "Mortos em ofensas e pecados" (Efés. 2:1); "toda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco", "não há nele coisa sã." Isa. 1:5 e 6. Somos retidos nos laços de Satanás, "em cuja vontade" (II Tim. 2:26) estamos presos. Deus deseja curar-nos, libertar-nos. Mas como isto requer uma completa transformação, uma renovação de nossa natureza toda, é necessário rendermo-nos inteiramente a Ele (Caminho à Cristo, p. 43).


Notas de Jonath Soares da Silva


Parágrafo 1- Jesus já disse que é Ele que faz o querer e o efetuar (Filipenses 2:13), então não há como o homem buscar vencer o mal que há em si sem a ajuda do Redentor. É preciso que Cristo, que antes estava apartado de nós por conta do nosso pecado (Isaías 59:2), passe a nos regenerar ao ter em Seus braços a nossa vida, nossa mente, nosso coração. É impossível vencer o pecado? Ao homem é impossível. Mas se este estiver unido à Cristo, é impossível o pecado vencê-lo, pois tudo podemos nAquele que nos fortalece (Filipenses 4:13).


Parágrafo 2 e 3- É uma labuta diária. A santificação é obra de uma vida inteira. Mas tenhamos ânimo, pois Quem nos deu esta missão já mostrou que é possível concluí-la (João 16:33), e prometeu dar o galardão ao vencedor (Apocalipse 3:21). Vamos falhar sim, várias vezes, assim como uma criança falha bastante até que aprenda a escrever seu nome corretamente. Mas chegará o momento em que as falhas cessarão, pelo poder de Cristo, e faremos somente o correto, pois é o Seu Espírito que estará nos guiando, e quem é guiado por Deus não anda errando.
 
Segunda-feira, 21 de Agosto: O desafio da transformação

 
Jesus ajudou o mundo todo a obter um conhecimento inteligente de Sua missão e obra divinas. Ele veio para representar o caráter do Pai ao nosso mundo, e ao estudarmos a vida, as palavras e obras de Jesus Cristo, seremos auxiliados de todas as maneiras no aprendizado da obediência a Deus; ao imitarmos o exemplo que Ele nos deixou, seremos cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. Somos instrumentos humanos vivos para representar no caráter a Jesus Cristo perante o mundo.
Cristo deu não apenas regras explícitas mostrando como podemos nos tornar filhos obedientes, mas também nos mostrou através de Sua própria vida e caráter como fazer as coisas que são corretas e aceitáveis diante de Deus, de modo a não haver desculpa para não fazermos as coisas que são agradáveis a Sua vista. ...
O Grande Mestre veio ao nosso mundo para estar à testa da humanidade, e desse modo erguê-la e santificá-la por meio de Sua santa obediência a todos os requisitos divinos, mostrando que é possível obedecer a todos os mandamentos de Deus. Ele demonstrou que uma vida toda de obediência é possível. Como o Pai deu o Seu Filho, assim Ele dá ao mundo homens escolhidos, representativos, para exemplificarem em sua vida a vida de Jesus Cristo. Manuscrito 1, 1892 (Refletindo a Cristo, [MM 1986], p. 332).

Ouvi-o [Paulo] na corte de Festo, quando o rei Agripa, convencido da verdade do evangelho, exclama: "Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!" Atos 26:28. Com que gentil cortesia, apontando para suas próprias cadeias, Paulo responde: "Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias." Atos 26:29.
Assim transcorreu sua vida, descrita em suas próprias palavras, "em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez." II Cor. 11:26 e 27 (História da Redenção, p. 313).

Hoje os seres humanos se acham diante de Deus com vestes sujas. Toda a sua justiça é "como trapo da imundícia". Isa. 64:6.
Satanás usa contra eles seu magistral poder acusador, apontando para suas imperfeições como evidência de sua fraqueza. Ele aponta desdenhosamente para as faltas dos que afirmam estar realizando o serviço de Deus. Eles têm sido enganados por Satanás, e ele pede permissão para destruí-los.
Mas eles confiam em Cristo, e Cristo não os abandonará. Ele veio a este mundo para tirar os seus pecados e imputar-lhes Sua justiça. Declara que mediante a fé em Seu nome podem obter perdão e caracteres perfeitos semelhantes ao de Cristo. Confessaram-Lhe seus pecados e pediram perdão, e Cristo declara que em virtude de olharem para Ele e nEle crerem, dar-lhes-á o poder de se tornarem filhos de Deus (Este Dia Com Deus, [MM 1980], p. 224)
.

Notas de Jonath Soares da Silva

Parágrafo 1- O que seria um conhecimento inteligente da missão e obra de Jesus? Seria ter todas as evidências de que a graça que nos basta (2 Coríntios 12:9) traz consigo requisitos de vida que são marcos que mostram quem são os verdadeiros servos e filhos de Deus, que guardam os Seus mandamentos por amor a Ele (João 14:15)? A graça barata pregada amplamente em nossos dias não cabe nas grandiosas promessas do Redentor. Os que aceitam Seu exemplo e permitem que Seu Espírito os habilite para a vida prática, este serão os servos escolhidos por Deus para mostrar ao mundo as maravilhas que Ele pode fazer através de Seus servos (Filipenses 4:13).


Parágrafo 4 a 6- Nossas falhas, pecados, ideias, atos, são representação da nossa justiça, e esta não passa de trapo de imundícia (Isaías 64:6). Satanás sabe da nossa incapacidade e nos acusa por conta das vezes que consegue nos derrubar. Mas nosso Salvador é mais poderoso, e enquanto confiamos em Sua justiça e pedimos sua proteção e poder, estaremos seguros de que Ele nos limpará de toda mácula maligna. Todo pecado pode ser abandonado. Todo defeito pode ser vencido. Os atributos do Céu podem ser realidade em nossa vida se a entregarmos inteiramente nas mãos do Salvador. Confessemos nossos pecados, aceitemos as vezes brancas de Cristo, e seremos filhos de Deus.

Terça-feira, 22 de agosto: Eu me tornei como vocês

 
A experiência do apóstolo Paulo ao defrontar-se com os filósofos de Atenas encerra uma lição para nós. Ao apresentar o evangelho no Areópago, Paulo enfrentou a lógica com a lógica, ciência com ciência, filosofia com filosofia. Os mais sábios de seus ouvintes ficaram atônitos e emudecidos. Suas palavras não podiam ser controvertidas. Pouco fruto, porém, produziu seu esforço. Poucos foram levados a aceitar o evangelho. Daí em diante Paulo adotou uma diversa maneira de trabalhar. Evitava os argumentos elaborados e as discussões de teorias e, em simplicidade, encaminhava homens e mulheres a Cristo como o Salvador dos pecadores.
Escrevendo aos coríntios acerca de sua obra entre eles, disse: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e Este crucificado. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Coríntios 2:1, 2, 4-5; A Ciência do Bom Viver, p. 214, 215).

O próprio Jesus jamais comprou a paz mediante transigências. O coração transbordava-Lhe de amor por toda a raça humana, mas nunca era condescendente para com seus pecados. Era muito amigo deles para permanecer em silêncio, enquanto prosseguiam numa direção que seria a sua ruína — daqueles que Ele comprara com o próprio sangue. Trabalhava para que o homem fosse leal para consigo mesmo, leal para com seus mais altos e eternos interesses. Os servos de Cristo são chamados a realizar a mesma obra, e devem estar apercebidos para que, buscando evitar desarmonia, não transijam contra a verdade. Devem seguir “as coisas que servem para a paz” (Romanos 14:19); mas a verdadeira paz jamais será obtida com transigência de princípios. E ninguém pode ser fiel aos princípios sem despertar oposição. Um cristianismo espiritual sofrerá oposição da parte dos filhos da desobediência. Mas Jesus recomendou aos discípulos: “Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma.” Os que são fiéis a Deus não têm a temer o poder dos homens nem a inimizade de Satanás. Em Cristo lhes está garantida a vida eterna. Seu único temor deve ser atraiçoar a verdade, traindo assim a confiança com que Deus os honrou (O Desejado de Todas as Nações, 356).

Preciso apresentar a nossos irmãos mensagem positiva. Não haja transigência com o mal. Enfrentai ousadamente as influências perigosas que surgirem. Não temais os resultados de resistir às forças do inimigo.
Nestes dias estão sendo ensinados muitos enganos como sendo verdades. Alguns de nossos irmãos têm ensinado pontos de vista que não podemos endossar. Ideias fantasiosas, interpretações forçadas e peculiares das Escrituras, estão-se introduzindo. Alguns desses ensinos talvez não pareçam agora senão jotas e tis, mas crescerão e se tornarão laços para os inexperientes.
Temos decidida obra a fazer. Não nos faça o inimigo desviar da proclamação da verdade definida para nossos dias, e nos encaminhe a atenção a ideias fantasiosas.
A menos que estejamos, individualmente, de todo alerta para discernir a operação do Espírito Santo, certamente havemos de tropeçar e cair nos satânicos laços da incredulidade. Rogo a meus irmãos que vigiem como pastores fiéis e guardiões sobre os inexperientes, os quais se acham expostos aos ardis de influências sedutoras. Mantende contínua vigilância quanto aos recifes e areias movediças que ameaçam destruir a fé nas mensagens que Deus nos tem dado para este tempo. Velai por almas como quem tem de dar contas [delas a Deus] (Mensagens Escolhidas, v. 1, 169). 


Notas de André Areia Santos

Parágrafo 1 e 2- Paulo não teve tanto sucesso com ciência, filosofia e lógica. Teve sucesso com uma mensagem simples e plenamente espiritual. O mundo está infestado de pregadores que desejam ser aplaudidos por sua forma bonita de falar, por seu conhecimento ou graduação acadêmica.


Parágrafo 3- Amar não significa ficar calado enquanto vemos nosso irmão afundando em pecados. Não devemos evitar a desarmonia transigindo contra a verdade. Não é verdadeira paz transigir.

Parágrafo 4- Muitos que enfrentam ousadamente as influências perigoas desses últimos dias são ferozmente atacados pelos filhos da desobediência, idólatras que confiam em outros homens. Mesmo assim graças a Deus não se deixam desanimar, e continuam firmes lutando contra lobos vestidos de ovelhas.


Parágrafo 5- Há mais de cem anos já ensinavam enganos como sendo verdades. Ideias fantasiosas e interpretações forçadas estão introduzidas. Antes pensavam ser pequeno, e hoje é um monstro. Quem tem olhos para ver, veja.

Parágrafo 7- Devemos vigiar como pastores fiéis e guardiões sobre os inexperientes, aqueles que ainda tem um conhecimento superficial das Escrituras. Aqueles que têm o dom do conhecimento, não deixe os lobos devorarem as ovelhas sem qualquer resistência. Deus há de cobrar!

Quarta-feira, 23 de agosto: Naquele tempo e agora


“O Senhor não retarda a Sua promessa.” 2 Pedro 3:9. Ele não Se esquece de Seus filhos, nem os negligencia; mas permite que os ímpios revelem seu verdadeiro caráter, para que ninguém que deseje fazer a Sua vontade possa ser iludido com relação a eles. Outrossim, os justos são postos na fornalha da aflição para que eles próprios possam ser purificados, para que seu exemplo possa convencer a outros da realidade da fé e piedade, e também para que sua coerente conduta possa condenar os ímpios e incrédulos.
Deus permite que os ímpios prosperem e revelem inimizade para com Ele, a fim de que, quando encherem a medida de sua iniquidade, todos possam, em sua completa destruição, ver a justiça e misericórdia divinas. Apressa-se o dia de Sua vingança, no qual todos os que transgrediram a lei divina e oprimiram o povo de Deus receberão a justa recompensa de suas ações; em que todo ato de crueldade e injustiça para com os fiéis será punido como se fosse feito ao próprio Cristo.
Há outra questão mais importante que deveria ocupar a atenção das igrejas de hoje. O apóstolo Paulo declara que “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” 2 Timóteo 3:12. Por que é, pois, que a perseguição, em grande parte, parece adormentada? A única razão é que a igreja se conformou com a norma do mundo, e portanto não suscita oposição. A religião que em nosso tempo prevalece não é do caráter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de Cristo e Seus apóstolos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da Palavra de Deus tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo, é aparentemente tão popular no mundo. Haja um reavivamento da fé e poder da igreja primitiva, e o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se as fogueiras da perseguição (O Grande Conflito, p. 48).

Estudai a história de José e de Daniel. O Senhor não impediu as maquinações dos homens que procuravam fazer-lhes mal; mas conduziu todos os planos para o bem de Seus servos, que no meio de provas e lutas mantiveram sua fé e lealdade.
Enquanto estivermos no mundo, encontraremos influências adversas. Haverá provocações para ser provada a nossa têmpera; e é enfrentando-as com espírito reto que as virtudes cristãs são desenvolvidas. Se Cristo habitar em nós, seremos pacientes, bondosos e indulgentes, alegres no meio das contrariedades e irritações. Dia após dia, e ano após ano, vencer-nos-emos a nós próprios e cresceremos num nobre heroísmo. Tal é a tarefa que sobre nós impende; mas não pode ser cumprida sem o auxílio de Jesus, firme decisão, um alvo bem determinado, contínua vigilância e oração incessante. Cada um tem suas lutas pessoais a travar. Nem o próprio Deus pode tornar nosso caráter nobre e nossa vida útil, se não colaborarmos com Ele. Quem renuncia à luta perde a força e a alegria da vitória.
Não precisamos guardar nosso próprio registro das provas e dificuldades, dos desgostos e tristezas. Todas essas coisas estão escritas nos livros, e o Céu tomará o cuidado delas. Enquanto relembramos as coisas desagradáveis, passam da memória muitas que são gratas à reflexão, como a misericordiosa bondade de Deus que nos rodeia a cada instante e o amor, de que os anjos se maravilham, com que deu Seu Filho para morrer por nós. Se como obreiros de Cristo sentis que tendes maiores cuidados e provas que os outros, lembrai-vos de que há para vós uma paz desconhecida dos que evitam estes fardos. Há conforto e alegria no serviço de Cristo. Mostremos ao mundo que não há insucesso na vida com Deus (A Ciência do Bom Viver, 287).


Notas de André Areia Santos

Parágrafo 1 e 2- Porque os ímpios prosperam e os justos são tão afligidos? Líderes e povo que afligem os leais pregadores da verdade presente e aclamam lobos vestidos de ovelha, arrependam-se antes que seja tarde.


Parágrafo 3- Porque não há tão feroz perseguição como no passado? Porque o "cristianismo" é tão popular? A igreja se conformou com o mundo.

Parágrafo 4- Estudar a história de José e Daniel.


Parágrafo 5- Os ímpios nos provocarão para provar nossa paciência. As virtudes cristãs se desenvolvem enfrentando isso com retidão. Ser alegre no meio de contrariedades e irritação não é fácil. Vencer a si mesmo deve ser o nosso ideal, mas sem Cristo nada conseguiremos. Deus não pode mudar nosso caráter sem nosso consentimento. Renunciar à luta é perder a força e a alegria da vitória.

Parágrafo 6- Ficar remoendo as desventuras passadas faz com que as bênçãos sejam esquecidas. Um nobre e afligido obreiro de Deus tem paz que os covardes não possuem.

Quinta-feira, 24 de agosto: Falando a verdade


Muitos estão vigorosamente convencidos da verdade, mas ou o marido ou a esposa impedem-nos de dar o passo à frente. Como pode alguém que está em comunhão com Cristo em Seus sofrimentos se recusar a obedecer-Lhe à vontade e fazer Sua obra? ... É seguindo o caminho da obediência com fé simples que o caráter atinge à perfeição. ...
Cristo nos promete poder suficiente para alcançar Sua elevada norma. Ele diz: "E tudo quanto pedirdes em Meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu o farei. Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber." João 14:13-17.
Considerai um momento esta declaração. Por que "não pode" o mundo receber a verdade? "Porque não O vê, nem O conhece." João 14:17. O mundo está mancomunado contra a verdade, porque não deseja obedecer-lhe. Hei de eu, que percebo a verdade, cerrar os olhos e o coração a seu poder salvador porque o mundo prefere as trevas à luz? Hei de eu ligar-me com os molhos de joio porque meus vizinhos recusam ser atados com o trigo? Hei de eu recusar a luz, a prova da verdade que me leva à obediência, porque meus parentes e amigos preferem seguir a estrada da desobediência, que os desvia de Deus? Cerrarei a mente ao conhecimento da verdade porque meus vizinhos e amigos não abrem o entendimento para discernir a verdade tal como ela é em Jesus? Recusarei crescer na graça e no conhecimento de meu Senhor e Salvador Jesus Cristo porque meus vizinhos consentem em permanecer anões? ...
Não podemos estimar em demasia o valor da fé simples e da obediência incondicional (Para Conhecê-Lo, [MM 1965], p. 116).

O povo de Deus, nestes últimos dias, não deve preferir as trevas à luz. Devem buscar a luz, esperar luz. ... A luz continuará a brilhar em raios mais e mais brilhantes, revelando cada vez mais distintamente a verdade tal qual é em Jesus, para que corações e caracteres humanos possam aperfeiçoar-se, e ser espancada a treva moral, que Satanás procura trazer sobre o povo de Deus. ... Ao nos aproximarmos do fim do tempo, haverá necessidade de mais profundo e mais claro discernimento, mais firme conhecimento da Palavra de Deus, uma experiência viva, e a santidade de coração e de vida que temos de possuir para servi-Lo (Para Conhecê-Lo, [MM 1965], p. 347).

Espíritos não consagrados colocarão obstáculos no caminho da obra de Deus, como fizeram no passado. Mas não vos detenhais a entrar em controvérsia e suscitar questões desagradáveis. Se impedidos de certo modo, estai dispostos a honrar a Deus trabalhando de um modo que se ache desimpedido. No devido tempo, serão removidos obstáculos que agora parecem ser insuperáveis. Deus pode remover empecilhos de maneira mui inesperada quando vê que ao fazê-lo pode melhor glorificar o Seu nome. ...
Virão aflições, pois há muitos que estão andando em oposição a Deus. Certificai-vos de estar andando diante dEle com mansidão e humildade. Podereis ser, sim, sereis julgados mal, mas os difamadores ficarão envergonhados se constantemente revelardes a suavidade do caráter de Cristo (Este Dia Com Deus, [MM 1980], p. 219).

Notas de André Areia Santos

Parágrafo 1- Obediência simples leva à perfeição.


Parágrafo 2- Deus é fiel em cumprir Suas promessas. Se Ele prometeu, cumprirá. Ele disse que nós podemos ser perfeitos, e se pedirmos, Ele o fará. Nos prometeu poder suficiente para tal. Infelizmente muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora motivando as pessoas a permanecerem fracassadas, animando a derrota. Mas todo aquele que é firmado na verdade não precisa ser refém desses impostores.

Parágrafo 3- A influência de qualquer ser humano não me pode demover de meu propósito de ser perfeito em Cristo. O mundo inteiro está macomunado contra a verdade.


Parágrafo 5- Hoje mais que nunca é necessário discernimento e santificação. A luz brilhará cada vez mais forte, espancando a treva moral que o inimigo coloca sobre o povo de Deus.

Parágrafo 6- Sempre que você vê um pregador da verdade presente ser proibido de pregar em certas igrejas, pode ter certeza que é o cumprimento dessa profecia. Sempre o inimigo põe obstáculos no caminho da obra de Deus. Mas não podemos entrar em controvérsia e suscitar questões desagradáveis. Deus no momento certo, para glória de Seu Nome, envergonhará esses agentes de Satanás.

Parágrafo 7-
A oposição existe por causa dos filhos da desobediência. Andar com humildade e mansidão é o segredo para envergonhar esses agentes de Satanás que julgam mal e difamam os fiéis pregadores da verdade presente.

Sexta-feira, 25 de agosto: Leitura adicional

CBASD, v. 6, "O ouro da fé é imperecível", p. 1211.