sábado, 27 de outubro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 5 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At 2:42).

Sábado à tarde, 27 de outubro

Cristo tomou providência para que Sua igreja seja um corpo transformado, iluminado com a luz do Céu, possuindo a glória de Emanuel. É Seu desígnio que todo cristão esteja circundado de uma atmosfera espiritual de luz e paz. Não há limite para a utilidade de quem, pondo de parte o próprio eu, dá lugar à operação do Espírito Santo no coração, e vive vida inteiramente consagrada a Deus. 
Qual foi o resultado do derramamento do Espírito no dia de Pentecoste? — As alegres novas de um Salvador ressurreto foram levadas aos mais longínquos recessos do mundo habitado. O coração dos discípulos estava sobrecarregado de benevolência tão abundante, tão profunda, de alcance tão vasto, que os impelia a ir aos confins da Terra, testificando: “Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.” Gálatas 6:14. Ao proclamarem a verdade tal como é em Jesus, corações se rendiam ao poder da mensagem. A igreja viu conversos a ela afluírem de todas as direções. Pessoas apostatadas, de novo se converteram. 
Pecadores uniam-se aos cristãos em busca da pérola de grande preço. Os que haviam sido os mais fortes oponentes do evangelho tornaram-se os seus campeões. Cumpriu-se a profecia de que o fraco seria “como Davi”, e a casa de Davi “como o anjo do Senhor”. Zacarias 12:8. Cada cristão via em seu irmão a divina semelhança de amor e benevolência. Um só interesse prevalecia. Um só objeto de imitação absorvia todos os demais. A única ambição dos crentes era revelar a semelhança do caráter de Cristo e trabalhar pelo engrandecimento de Seu reino (Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 19, 20).

Depois de receberem o Espírito Santo, os discípulos saíram a proclamar um Salvador ressurgido, sendo seu desejo único a salvação das pessoas. Regozijavam-se na doce comunhão com os santos. Eram ternos, corteses, abnegados, dispostos a fazer qualquer sacrifício pela causa da verdade. Em sua diária associação mútua, revelavam o amor que Cristo lhes ordenara revelar. Por palavras e atos abnegados, procuravam acender esse amor noutros corações. 
Os crentes devem sempre acariciar o amor que enchia o coração dos apóstolos depois de receberem o Espírito Santo. Devem avançar em obediência voluntária ao novo mandamento. “Como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” João 13:34. Tão intimamente devem achar-se ligados a Cristo que serão capacitados para cumprir Suas exigências. O poder de um Salvador capaz de os justificar por Sua justiça deve ser engrandecido (Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 241). 

Alguns de nós somos de temperamento nervoso, e somos naturalmente quase como um relâmpago para pensar e agir; mas não permitamos a alguém pensar que não podemos aprender a paciência. A paciência é uma planta que fará rápido crescimento se cuidadosamente cultivada. Tornando-nos inteiramente familiarizados conosco mesmos, e então combinando com a graça de Deus uma firme determinação de nossa parte, podemos tornar-nos vencedores, e tornar-nos perfeitos em todas as coisas, de nada necessitados. 
A paciência flui um bálsamo de paz e amor à vida do lar. ... A paciência produzirá unidade na igreja, na família, e na sociedade. Esta graça deve ser estampada em nossa vida (Minha Consagração Hoje [MM 1989], p. 89).

Domingo, 28 de outubro: Dias de preparação

[Após a ascensão de Cristo,] quando [os discípulos] voltaram a Jerusalém, o povo olhava para eles com espanto. Pensava-se que, depois do julgamento e crucifixão de Cristo, se mostrariam abatidos e envergonhados. Seus inimigos esperavam ver-lhes no rosto uma expressão de tristeza e derrota. Ao invés disso, havia simplesmente alegria e triunfo. Sua fisionomia era iluminada por uma felicidade que não provinha da Terra. Não lamentavam malogradas esperanças, mas estavam cheios de louvor e ações de graças a Deus. Com regozijo contavam a maravilhosa história da ressurreição de Cristo e de Sua ascensão ao Céu, e seu testemunho foi recebido por muitos. 
Não mais tinham os discípulos qualquer desconfiança do futuro. Sabiam que Jesus estava no Céu e que continuavam a ser o objeto de Seu compassivo interesse. Sabiam que tinham um amigo junto ao trono de Deus e estavam ansiosos por apresentar ao Pai suas petições em nome de Jesus. Em solene respeito curvavam-se em oração, repetindo a firme Promessa: "Tudo quanto pedirdes a Meu Pai, em Meu nome, Ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em Meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra." João 16:23 e 24. Estenderam mais e mais alto a mão da fé, com o poderoso argumento: "Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós." Rom. 8:34. E o Pentecoste lhes trouxe plenitude de alegria na presença do Consolador, exatamente como Cristo prometera (O Desejado de Todas as Nações, p. 832, 833).

Devemos orar tão fervorosamente pela descida do Espírito Santo como os discípulos oraram no dia de Pentecoste. Se eles precisaram disso naquele tempo, nós, hoje, mais ainda. Trevas morais, como um manto fúnebre, cobrem a Terra. Toda espécie de doutrinas falsas, heresias e satânicos enganos estão desviando a mente das pessoas. Sem o Espírito e o poder de Deus, será em vão trabalharmos pela verdade presente. 
É pelo contemplar a Cristo, por exercer fé nEle, por experimentar em nós mesmos Sua graça salvadora, que somos qualificados a apresentá-Lo ao mundo. Se aprendermos dEle, Jesus será nosso tema; Seu amor, ardendo sobre o altar de nosso coração, alcançará o coração das pessoas. A verdade será apresentada, não como uma teoria fria e sem vida, mas em demonstração do Espírito (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 158).

Segunda, 29 de outubro: De Babel ao Pentecostes

É importante notar que só depois de haverem os discípulos entrado em união perfeita, quando não mais contendiam pelas posições mais elevadas, foi o Espírito derramado. Estavam unânimes. Todas as divergências haviam sido postas de lado. E o testemunho dado a seu respeito depois de derramado o Espírito é o mesmo. Note a expressão: “Era um o coração e a alma da multidão dos que criam.” Atos dos Apóstolos 4:32. O Espírito dAquele que morreu para que os pecadores vivessem dirigia a inteira congregação de crentes.
Os discípulos não pediram uma bênção para si. Arcavam sob o peso da preocupação pelos perdidos. O evangelho devia ser levado aos confins da Terra, e reclamaram a dotação de poder que Cristo prometera. Foi então derramado o Espírito Santo e milhares se converteram num dia. 
O mesmo pode acontecer agora. Ponham de parte os cristãos toda dissensão, e entreguem-se a Deus para a salvação dos perdidos. Com fé peçam a bênção prometida, e virá (Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 20, 21).

Deus está disposto a nos dar uma bênção semelhante, quando a buscarmos com o mesmo fervor. O Senhor não fechou o reservatório do Céu depois de haver derramado Seu Espírito sobre os primeiros discípulos. Nós também podemos compartilhar da plenitude de Sua bênção. O Céu está repleto das riquezas de Sua graça, e os que se achegam a Deus com fé podem reivindicar tudo o que Ele prometeu. Se não temos Seu poder, é por causa de nossa letargia, indiferença e indolência espirituais. Saiamos dessa formalidade e apatia (Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1.172).

Todos os que professam o nome de Cristo devem aguardar, vigiar e orar com um só coração. Toda diferença deve ser posta de lado, e a unidade e terno amor de uns para com os outros permear o todo. Então nossas orações poderão subir juntas ao nosso Pai celestial com vigorosa, fervorosa fé. Então poderemos aguardar com paciência e esperança o cumprimento da promessa.
A resposta pode vir com súbita velocidade e sobrepujante poder, ou pode demorar dias e semanas, e nossa fé receber uma prova. Deus, porém, sabe como e quando responder à nossa oração. É nossa parte do trabalho colocarmo-nos a nós mesmos em associação com o divino canal. Deus é responsável por Sua parte do trabalho. Ele é fiel ao que prometeu. A grande e importante questão conosco é ser um só coração e uma só mente, colocando de lado toda a inveja e maldade e, como humildes suplicantes, vigiarmos e aguardarmos. Jesus, nosso Representante e Cabeça, está pronto para fazer por nós o que fez pelos suplicantes e vigilantes no dia de Pentecoste (História da Redenção, p. 246, 247).

Deus pode soprar nova vida em toda pessoa que sinceramente deseje servi-Lo, pode tocar os lábios com uma brasa viva do altar e fazer com que se tornem eloquentes para louvá-Lo. Milhares de vozes serão imbuídas com o poder de proclamar as maravilhosas verdades da Palavra de Deus. A língua hesitante será destravada, e os tímidos serão fortalecidos para dar corajoso testemunho da verdade. Que o Senhor ajude os que fazem parte de Seu povo a purificar o templo da alma de toda contaminação e a permanecer em ligação tão íntima com Ele que possam ser participantes da chuva serôdia quando esta for derramada (Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1.172). 

Terça, 30 de outubro: Unidade de comunhão

A união entre Cristo e Seu povo deve ser viva, verdadeira, infalível, assemelhando-se à união que existe entre o Pai e o Filho. Essa união é o fruto da permanência interior do Espírito Santo. Todos os verdadeiros filhos de Deus revelarão ao mundo sua união com Cristo e com seus irmãos. Aqueles em cujo coração Cristo habita, produzirão os frutos do amor fraternal. Compreenderão que, como membros da família de Deus, acham-se comprometidos a cultivar, nutrir e perpetuar o amor e o companheirismo cristãos em espírito, palavras e ações.
Ser filhos de Deus, membros da família real, significa mais do que muitos supõem. Os que são considerados por Deus como Seus filhos revelarão uns pelos outros amor idêntico ao de Cristo. Viverão e trabalharão por um único objetivo - a devida apresentação de Cristo perante o mundo. Por Seu amor e unidade, mostrarão ao mundo que apresentam as credenciais divinas. Pela nobreza do amor e da abnegação, mostrarão aos que os rodeiam que são verdadeiros seguidores do Salvador. "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (João 13:35; Filhos e Filhas de Deus [MM 1956/2005], p. 293).

Seja cortês, bondoso e perdoador para com os outros. Que o eu mergulhe no amor de Jesus, para que você possa honrar o Seu Redentor e realizar a obra que Ele lhe designou. Quão pouco você sabe das aflições das pobres almas que têm estado presas nas cadeias das trevas e que têm falta de determinação e poder moral. Empenhe-se para entender a fraqueza dos outros. Ajude os necessitados, crucifique o eu e permita que Jesus tome posse de sua alma a fim de que tenha condições de pôr em prática os princípios da verdade em seu viver diário. Então você será, como nunca antes, uma bênção para a igreja e para todos aqueles com quem entra em contato (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 133, 134).

Pela graça de Cristo os apóstolos foram feitos o que eram. Foi sincera devoção, humildade e fervente oração o que os levou a íntima comunhão com Ele. Assentaram-se com Ele nos lugares celestiais. Compreenderam a enormidade do débito para com Ele. Mediante perseverante e fervorosa oração obtiveram a dotação do Espírito Santo, e saíram, carregados com o fardo da salvação de almas, cheios de zelo para estender os triunfos da cruz. E com seus esforços muitas pessoas foram trazidas das trevas para a luz, e diversas igrejas foram estabelecidas (Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 32).

As palavras: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15), são dirigidas a cada um dos seguidores de Cristo. Todos os que estão destinados a participar da vida de Cristo, estão destinados para trabalhar pela salvação de seus semelhantes. O mesmo anelo de alma que Ele sentiu pela salvação dos perdidos deve ser neles manifesto. Nem todos podem ocupar o mesmo cargo, mas para todos há um lugar e um trabalho. Todos sobre quem foram derramadas as bênçãos de Deus devem corresponder por meio de serviço fiel. Cada dom deve ser empregado para o progresso do Seu reino (Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 16).

Quarta, 31 de outubro: Generosidade e ganância

Contraste flagrante com o exemplo de generosidade manifestada pelos crentes, foi a conduta de Ananias e Safira, cuja experiência, traçada pela pena da Inspiração, deixou uma escura nódoa na história da igreja primitiva. Com outros, esses professos discípulos haviam participado do privilégio de ouvir o evangelho pregado pelos apóstolos. Haviam eles estado presentes com outros crentes, quando, após haverem os apóstolos orado, "moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo". Atos 4:31. Profunda convicção havia-se apossado de todos os presentes, e sob a direta influência do Espírito de Deus, Ananias e Safira haviam feito o voto de dar ao Senhor o produto da venda de certa propriedade.
Depois, Ananias e Safira ofenderam o Espírito Santo cedendo a sentimentos de cobiça. Começaram a lamentar o haverem feito aquela promessa e logo perderam a suave influência da bênção que lhes havia aquecido o coração com o desejo de fazer grandes coisas em benefício da causa de Cristo. Julgaram haverem-se precipitado e sentiam ser necessário reconsiderar sua decisão. Falaram entre si sobre o caso e resolveram não cumprir a promessa. Viam, porém, que os que entregavam seus bens para suprir as necessidades de seus irmãos mais pobres, eram tidos em alta estima pelos crentes; e, com vergonha de que os irmãos viessem a saber que sua mesquinhez de alma regateara aquilo que haviam solenemente dedicado a Deus, resolveram deliberadamente vender sua propriedade e fingir que davam todo o produto para o fundo comum, guardando, porém, para si mesmos, grande parte. Deste modo garantiriam para si o pão do depósito comum, ao mesmo tempo que alcançariam a alta estima de seus irmãos (Atos dos Apóstolos, p. 71, 72).

Beneficência constante e abnegada é o remédio que Deus propõe para os ulcerosos pecados do egoísmo e da avareza. Deus dispôs o plano de doação sistemática para o sustento de Sua causa e para aliviar as necessidades dos pobres e dos sofredores. Ele ordenou que o dar deve tornar-se um hábito, para que possa contrapor-se ao perigoso e enganador pecado da avareza. O dar continuamente faz com que a avareza morra de inanição. A doação sistemática destina-se no plano de Deus a arrancar tesouros dos avarentos tão depressa são ganhos, e a consagrá-los ao Senhor a quem pertencem.
Este sistema é organizado de tal modo que as pessoas podem separar algo de seu salário cada dia e pôr de lado para seu Senhor uma parte dos lucros de todo investimento. A constante prática do plano divino de doação sistemática enfraquece a avareza e estimula a liberalidade. Se as riquezas aumentam, os homens, mesmo os que professam piedade, põem nelas o coração; e quanto mais têm, menos dão para o tesouro do Senhor. Assim a riqueza torna egoístas os homens, e o entesouramento estimula a avareza; e esses males se fortalecem pelo exercício ativo. Deus conhece o perigo que nos rodeia, e nos protegeu com meios para evitar nossa ruína. Ele requer o constante exercício da beneficência, a fim de que a força do hábito em boas obras quebre a força do hábito no sentido contrário (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 548).

À medida que o amor de Cristo nos enche o coração e nos rege a vida, a cobiça, o egoísmo e o amor da comodidade serão vencidos, e nosso prazer consistirá em fazer a vontade de Cristo, de quem professamos ser servos. Nossa felicidade será então proporcional a nossas obras abnegadas, inspiradas pelo amor de Jesus. 
No plano da salvação, a sabedoria divina designou a lei da ação e reação, tornando a obra de beneficência em todos os seus ramos duplamente bendita. O que dá aos necessitados beneficia a outros, e é ele próprio beneficiado em grau ainda maior. Deus poderia haver conseguido Seu objetivo na salvação dos pecadores sem o auxílio do homem; sabia, porém, que o homem não podia ser feliz sem desempenhar uma parte na grande obra em que cultivaria a abnegação e a beneficência. 
Para que o homem não perdesse os benditos resultados da beneficência, nosso Redentor elaborou o plano de alistá-lo como Seu cooperador. Mediante uma cadeia de circunstâncias que lhe despertaria a caridade, concede ao homem os melhores meios de cultivar a beneficência e conserva-o dando habitualmente para ajudar os pobres e promover Sua causa. Envia Seus pobres como representantes dEle. Através das necessidades deles, o mundo arruinado está a extrair de nós talentos em forma de recursos e influência a fim de apresentar-lhes a verdade, por falta da qual estão a perecer. E ao atendermos a esses pedidos por meio de trabalho e de atos de beneficência, somos transformados à imagem dAquele que por amor de nós Se tornou pobre. Dando, beneficiamos a outros, acumulando assim verdadeiras riquezas (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 382).

Quinta, 1 de outubro: Assistência aos pobres

Em cada igreja deveria ser estabelecido um tesouro para os pobres. Então cada membro apresente a Deus uma oferta de gratidão uma vez por semana ou uma vez por mês, conforme for mais conveniente. Essa oferta exprimirá nossa gratidão pelas dádivas da saúde, do alimento e do vestuário. E segundo Deus nos tenha abençoado com esses confortos, poremos de parte para os pobres, sofredores e aflitos. Desejo chamar a atenção de nossos irmãos especialmente para este ponto. Lembrem-se dos pobres. Renunciem a alguns dos supérfluos, sim, os próprios confortos, e ajudem àqueles que apenas conseguem o mais escasso alimento e vestuário. Fazendo isso por eles, vocês o estão fazendo por Jesus na pessoa de Seus santos. Ele identifica-Se com a humanidade sofredora. Não esperem até que estejam satisfeitas todas as suas necessidades imaginárias. Não confiem em seus sentimentos, dando quando estão inclinados a fazê-lo, e retendo quando não têm desejo. Deem regularmente, dez, vinte ou cinquenta centavos por semana, como desejariam ver escrito no registro celestial no dia de Deus (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 150, 151).

A norma da regra áurea é a verdadeira norma do cristianismo; tudo que a deixa de cumprir, é um engano. Uma religião que induz os homens a estimarem em pouco os seres humanos, avaliados por Cristo em tão alto valor que por eles Se deu; uma religião que nos leve a negligenciar as necessidades humanas, seus sofrimentos ou direitos, é religião falsa. Menosprezando os direitos do pobre, do sofredor e do pecador, estamo-nos demonstrando traidores a Cristo. É porque os homens usam o nome de Cristo ao passo que Lhe negam o caráter na vida que vivem, que o cristianismo tem no mundo tão pouco poder. O nome do Senhor é blasfemado por causa dessas coisas (O Maior Discurso de Cristo, p. 135, 136).

Sexta, 2 de outubro: Estudo adicional

Atos dos Apóstolos, "Pentecostes", p. 35-46.

Se preferir, baixe este estudo em PDF: 4º Trimestre 2018 - Lição 5 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

sábado, 20 de outubro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 4 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 Deus "nos revelou o mistério da Sua vontade, de acordo com o Seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos" (Efésios 1:9,10, NVI).

Sábado à tarde, 20 de outubro

Ele orou para que Seus discípulos fossem um, como Ele e o Pai eram um; e esta união entre os crentes deve ser como testemunho ao mundo de que Ele nos enviou, e para que demonstremos a evidência de Sua graça.
Devemos ser conduzidos a uma comunhão sagrada com o Redentor do mundo. Temos que ser um com Cristo, assim como Ele e o Pai são um. Que maravilhosa mudança experimenta o povo do Senhor, ao entrar em comunhão com o Filho de Deus! Temos que ter nosso gosto, nossas inclinações, ambições e paixões, tudo isso subjugado e em harmonia com a mente e o espírito de Cristo. Esta é a própria obra que o Senhor deseja que façamos em benefício dos que creem nEle. Nossa vida e a atitude que assumirmos devem ter um poder transformador no mundo (Minha Consagração Hoje [MM 1953, 1989], p. 236).

O Senhor tem homens designados por Ele, aos quais usará em Sua obra, contanto que permitam serem usados de acordo com Sua boa vontade. Jamais poderá usar alguém que está procurando humilhar alguma outra pessoa. Humilhai-vos a vós mesmos, irmãos. Quando fazeis isto, é possível que santos anjos se comuniquem convosco e vos coloquem em terreno vantajoso. Então vossa experiência, em vez de ser defeituosa, estará repleta de felicidade. Procurai relacionar-vos em harmonia com a direção de Deus, e sereis então suscetíveis às impressões de Seu Santo Espírito (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 30).

Tudo que lhes posso dizer é: Tomem a luz que Deus lhes deu e a sigam a qualquer preço. Esta é sua única segurança. Vocês têm um trabalho a fazer no promover a harmonia, e que o Senhor os ajude a fazê-lo mesmo com a crucifixão do eu. Reúnam os raios de luz que têm menosprezado e rejeitado. Levantem esses raios com mansidão, com temor e tremor. O pecado do antigo Israel foi desconsiderar a expressa vontade de Deus e seguir o próprio caminho segundo as tendências do coração não santificado. O moderno Israel está depressa seguindo-lhe os passos, e o desprazer do Senhor seguramente repousando sobre ele. 
Nunca é difícil fazer aquilo que gostamos de fazer, mas seguir um rumo diretamente contrário a nossas inclinações é como arrastar uma cruz. Cristo orou para que Seus discípulos fossem um como Ele era um com o Pai. Essa união é a credencial de Cristo ao mundo comprovando que Deus O enviou. Quando a vontade própria for renunciada em relação a questões, haverá união dos crentes com Cristo. Todos devemos orar e trabalhar determinadamente para isso, assim respondendo tanto quanto for possível à oração de Cristo por união em Sua igreja (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 94).

Domingo, 21 de outubro: Bênçãos em Cristo

Foram tomadas medidas, no concílio do Céu, para que os homens, embora transgressores, não houvessem de perecer em sua desobediência, mas, mediante a fé em Cristo como seu substituto e fiador, se pudessem tornar eleitos de Deus. ... Deus quer que todos os homens se salvem; pois amplas providências foram tomadas ao dar Seu Filho unigênito para pagar o resgate do homem. Os que perecem perecerão por haverem recusado ser adotados como filhos de Deus por meio de Cristo Jesus. O orgulho do homem impede-o de aceitar as providências da salvação. O mérito humano, porém, não introduzirá uma pessoa à presença de Deus. O que tornará o homem aceitável a Deus é a graça de Cristo comunicada por meio da fé em Seu nome. Não se pode pôr nenhuma confiança em obras ou em felizes arrebatamentos dos sentidos como demonstração de que os homens são escolhidos de Deus; pois os eleitos são escolhidos por meio de Cristo (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 73).

Antes que os fundamentos da Terra fossem lançados foi feito o concerto, segundo o qual, todos os que fossem obedientes, todos os que mediante a abundante graça provida se tornassem santos no caráter e sem mácula diante de Deus por se apropriarem dessa graça, deviam ser filhos de Deus. [...]
Ao crermos plenamente que somos Seus por adoção, podemos ter um antegozo do Céu. ... Temos afinidade com Ele, e com Ele podemos manter doce comunhão. Obtemos clara visão de Sua compaixão e bondade, e nosso coração é quebrantado e abrandado pela contemplação do amor que nos é concedido. Sentimos de fato um Cristo permanente na vida. E nós permanecemos nEle, e sentimo-nos em família com Jesus. ... Temos um compreensivo senso do amor de Deus, e repousamos em Seu amor. Nenhuma linguagem pode descrevê-lo, pois está além do entendimento. Somos um com Cristo, nossa vida está escondida com Cristo em Deus. Temos a garantia de que quando Aquele que é a nossa vida Se manifestar, também nós nos manifestaremos com Ele em glória. Com forte confiança podemos chamar a Deus de nosso Pai (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 48). 

A aceitação de Cristo proporciona valor ao ser humano. Seu sacrifício leva vida e luz a todos os que tomam a Cristo como seu Salvador pessoal. O amor de Deus, por meio de Jesus Cristo é derramado no coração de todo membro de Seu corpo, levando consigo a vitalidade da lei de Deus, o Pai. Assim pode Deus habitar com o homem, e o homem habitar com Deus (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 300).

Segunda, 22 de outubro: Derrubando a parede

Para os que creem, Cristo é o firme Fundamento. Sobre esta Pedra viva podem edificar igualmente judeus e gentios. Ela é suficientemente grande para todos, e forte bastante para sustentar o peso e o fardo de todo o mundo. Este é um fato plenamente reconhecido pelo próprio Paulo. Nos dias finais de seu ministério, quando, dirigindo-se a um grupo de crentes gentios que tinham permanecido firmes em seu amor pela verdade do evangelho, o apóstolo escreve: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal Pedra da esquina" (Efés. 2:20; Atos dos Apóstolos, p. 175, 176).

Relatou os eventos de seu primeiro encontro com os gentios, dizendo: "Quando, comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio. E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água: mas vós sereis batizados com o Espírito Santo. Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando havemos crido no Senhor Jesus Cristo, quem era então eu, para que pudesse resistir a Deus?" Atos 11:15-17.
Os discípulos, ouvindo esse relato, foram silenciados e se convenceram de que a conduta de Pedro estava em direto cumprimento ao plano de Deus, e que seus velhos preconceitos e exclusivismo deviam ser inteiramente destruídos pelo evangelho de Cristo. "E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida" (Atos 11:18; História da Redenção, p. 290, 291).

Como Cristo enviou Seus discípulos, assim envia Ele hoje os membros de Sua igreja. Está-lhes reservado o mesmo poder que os apóstolos possuíam. Se fizerem de Deus sua força, Ele cooperará com eles, e não hão de trabalhar em vão. Compreendam que a obra em que se acham empenhados tem sobre si impresso o sinete de Deus. O Senhor disse a Jeremias: "Não digas: eu sou uma criança; porque aonde quer que Eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás. Não temas diante deles; porque Eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor." Então o Senhor estendeu a mão e tocou nos lábios de Seu servo, dizendo: "Eis que ponho as Minhas palavras na tua boca." Jer. 1:7-9. E Ele nos ordena que vamos e falemos as palavras que nos dá, sentindo Seu santo contato em nossos lábios.
Cristo confiou à igreja um sagrado encargo. Cada membro deve ser um conduto através do qual Deus possa comunicar ao mundo os tesouros de Sua graça, as insondáveis riquezas de Cristo. Não há nada que o Salvador deseje tanto como agentes que representem ao mundo Seu Espírito e Seu caráter. Nada existe que o mundo necessite mais do que a manifestação do amor do Salvador através da humanidade. Todo o Céu está à espera de homens e mulheres por cujo intermédio possa Deus revelar o poder do cristianismo.
A igreja é o instrumento de Deus para a proclamação da verdade, por Ele dotada de poder para fazer uma obra especial; e se ela for leal ao Senhor, obediente a todos os Seus mandamentos, nela habitará a excelência da graça divina. Se for fiel a sua missão, se honrar ao Senhor Deus de Israel, não haverá poder capaz de a ela se opor (Atos dos Apóstolos, p. 599, 600). 

Terça, 23 de outubro: Unidade em um corpo

Cristo está conduzindo Seu povo, levando-os à unidade de fé para que possam ser um, como Ele é com o Pai. Diferenças de opinião devem ser evitadas, para que todos possam se unir num só corpo e ser um em mente e discernimento. “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer.” 1 Coríntios 1:10. “Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Romanos 15:5, 6. “Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa” (Filipenses 2:2; Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 324).

Posto que tenhamos uma obra individual, e individual responsabilidade perante Deus, não devemos seguir nosso próprio critério independentemente, sem tomar em consideração as opiniões e sentimentos de nossos irmãos; pois tal proceder acarretaria a desordem na igreja. É dever dos pastores respeitarem o discernimento de seus irmãos; mas suas relações mútuas, assim como as doutrinas que ensinam, deveriam ser submetidas à prova da lei e do testemunho; se, então, os corações forem dóceis, não haverá divisão entre nós. Alguns se inclinam a ser desordenados, e apartam-se dos grandes marcos da fé; mas Deus está atuando em Seus pastores para que sejam um na doutrina e no espírito (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 30).

Cristo os chamou para serem Seus seguidores, imitarem Sua vida de sacrifício próprio e abnegação; para estarem interessados na grande obra de redenção da raça decaída. Vocês não têm ideia exata da obra que Cristo requer que façam. Cristo é nosso padrão. O que lhes falta é amor. Esse princípio puro e santo é o que faz distinção entre o caráter e a conduta do cristão e os dos mundanos. O amor divino tem uma influência poderosa e purificadora. É encontrado apenas em corações renovados e flui naturalmente para os semelhantes. 
“Que vos ameis uns aos outros”, disse nosso Salvador, “assim como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” João 15:12, 13. Cristo nos deu o exemplo do puro e desinteressado amor. Vocês não têm percebido sua deficiência a esse respeito e a grande necessidade dessa celeste aquisição, sem a qual todos os bons propósitos e zelo, mesmo que sejam de natureza que possam dar seus bens “para sustento dos pobres”, e entregar o próprio “corpo para ser queimado”, nada significam. Vocês precisam do amor que “tudo sofre”, “não se irrita” facilmente, “tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. 1 Coríntios 13:3, 5, 7. Sem o espírito de amor, ninguém pode ser semelhante a Cristo. Com esse princípio vivo na mente, ninguém pode ser como o mundo (Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 169).

Quarta, 24 de outubro: Líderes da igreja e da unidade

Deus quer que Seu povo seja unido pelos laços mais íntimos da fraternidade cristã; confiança em nossos irmãos é essencial para a prosperidade da igreja; unidade de ação é importante numa crise religiosa. Um passo imprudente, uma ação descuidada, pode lançar a igreja em dificuldades e provas das quais pode não recuperar-se em anos. Um membro da igreja cheio de descrença pode dar uma vantagem ao grande inimigo que afetará a prosperidade de toda a igreja, e muitas almas podem ser perdidas como resultado. Cristo gostaria que Seus seguidores fossem sujeitos uns aos outros; então Deus pode usá-los como instrumentos para salvarem uns aos outros; porque uma pessoa pode não discernir os perigos que os olhos de outra percebem de relance; mas, se os que não discernem confiantemente obedecerem à advertência, podem poupar a si mesmos grandes perplexidades e provações (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 446).

Andai humildemente diante de Deus, reconhecendo-O como vosso Mestre. É um grande infortúnio ser incapaz de ver nos outros virtudes mais elevadas e faculdades de maior utilidade do que em si mesmo. [...]
Se não fossem os generosos dons e bênçãos de Deus, estaríamos perdidos por toda a eternidade. Que ninguém entoe, portanto, os seus próprios louvores, acalentando sua pretensa sabedoria. Caso seus talentos fossem de fabricação própria, haveria alguma coerência no autoelogio. Mas o homem nada tem de si mesmo. Não revelemos nossa falta de verdadeira sabedoria exaltando o próprio eu. Prostremo-nos com humildade aos pés dAquele que nos confiou os nossos talentos. Usemos e desenvolvamos esses talentos, restituindo ao Doador o capital e os juros.
Como encargo sagrado, todo talento deve ser empregado corretamente. Aqueles a quem Deus tornou Seus mordomos devem examinar diligentemente as Escrituras, para que possam transmitir suas verdades a outros, conduzindo-os ao caminho preparado para os resgatados do Senhor. Por preceito e exemplo devemos ensinar aos outros que pela graça de Cristo eles podem ser obedientes a todos os mandamentos de Deus e revestidos com a justiça de Cristo (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 208). 

Deus está guiando um povo do mundo para a exaltada plataforma da verdade eterna — os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Disciplinará e habilitará Seu povo. Eles não estarão em divergência, um crendo uma coisa e outro tendo fé e opiniões inteiramente opostas, e agindo cada qual independentemente do conjunto. Pela diversidade dos dons e governos que Ele pôs em Sua igreja, todos alcançarão a unidade da fé. Se alguém forma o próprio conceito no tocante à verdade bíblica, sem atender à opinião de seus irmãos, e justifica seu procedimento alegando que tem o direito de pensar livremente, impondo suas ideias então aos outros, como poderá ser cumprida a oração de Cristo? E se outro e outro ainda se levantam, cada qual afirmando seu direito de crer e falar o que lhe aprouver, sem atentar para a fé comum, onde estará aquela harmonia que existia entre Cristo e Seu Pai, e para cuja existência, entre Seus irmãos, Cristo orou? (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 446).

Quinta, 25 de outubro: Relacionamentos humanos em Cristo

Deus é glorificado por hinos de louvor provindos de um coração puro e pleno de amor e devoção a Ele. Quando crentes consagrados se reúnem, sua conversação não será sobre as imperfeições dos outros nem trará vestígios de murmuração e queixumes. Caridade, ou amor, o vínculo da perfeição, os circundará. O amor a Deus e a seus irmãos flui naturalmente em palavras de afeição, simpatia e estima por seus irmãos. A paz de Deus reina no coração deles. Suas palavras não são fúteis, vazias e frívolas, mas para o conforto e edificação de uns para com os outros (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 509).  

O Senhor Jesus age pelo Espírito Santo; pois Ele é Seu representante. Por Seu intermédio, Ele infunde vida espiritual na pessoa, avivando-lhe as energias para o bem, purificando-a de contaminação moral, e fazendo-a apta para o Seu reino. Jesus tem grandes bênçãos a conceder, ricos dons a distribuir entre os homens. Ele é o Conselheiro maravilhoso, infinito em sabedoria e força; e se reconhecermos o poder do Espírito Santo, e nos entregarmos para ser moldados por Ele, ficaremos completos nEle. Que pensamento este! Em Cristo "habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nEle". Col. 2 :9 e 10.
O coração humano não conhecerá felicidade enquanto não se submeter a ser moldado pelo Espírito de Deus. O Espírito afeiçoa a mente renovada ao modelo, Jesus Cristo. Mediante Sua influência, a inimizade para com Deus é mudada em fé e amor, e o orgulho em humildade. A pessoa percebe a beleza da verdade, e Cristo é honrado em excelência e perfeição de caráter. À medida que se efetuam essas mudanças, anjos irrompem em cântico arrebatador, e Deus e Cristo Se regozijam nas vidas moldadas segundo a semelhança divina (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 147). 

Há um círculo sagrado em torno de cada família, que deve ser preservado. Nenhuma outra pessoa tem o direito de entrar nesse círculo. Nem o marido nem a esposa permitam que outro partilhe das confidências que somente a eles pertencem.
Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É um admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula a propósitos mais nobres.
Nem o marido nem a esposa deve imergir sua individualidade na do outro. Cada qual tem uma relação pessoal para com Deus; e a Ele cada um deve perguntar: "Que é direito?" "Que não é direito?" "Como posso cumprir melhor o propósito de minha vida?" Que a abundância de vosso afeto flua para Aquele que deu a vida por vós. Fazei com que Cristo seja o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Ao aprofundar-se e fortalecer-se vosso amor para com Ele, vosso recíproco amor será purificado e fortalecido (A Ciência do Bom Viver, p. 361).

Os que nunca experimentaram o amor terno e cativante de Cristo não podem guiar outros à fonte da vida. Seu amor no coração é um poder que constrange e que leva os homens a revelarem-nO na conversação, no espírito misericordioso e terno, no reerguimento da vida daqueles com quem se associam. Para ter êxito em seus esforços devem os obreiros cristãos conhecer a Cristo; e para conhecê-Lo, precisam conhecer Seu amor. No Céu sua aptidão como obreiros é medida por sua habilidade em amar como Cristo amou e trabalhar como Ele trabalhou (Atos dos Apóstolos, p. 550, 551).

Sexta, 26 de outubro: Estudo adicional

Testemunhos para a Igreja, "Espírito de Unidade", v. 9, p. 179-188.


Se preferir, baixe este estudo em PDF: 4º Trimestre 2018 - Lição 4 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

sábado, 13 de outubro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 3 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra, a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste" (Jo 17:20, 21).

Sábado à tarde, 13 de outubro

Quando Jesus estava para deixar Seus discípulos, orou por eles da maneira mais tocante e solene para que eles todos fossem um “como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu, em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste. E Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como Nós somos um. Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim e que tens amado a eles como Me tens amado a Mim.” João 17:21-23. O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos coríntios exorta-os à unidade: “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1 Coríntios 1:10; Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 446).

Para que sejam um, como Nós somos um. João 17:22.
Temos nestas palavras uma declaração muitíssimo convincente para provar o fato de que a unidade, a bondade, existirão entre os que são realmente cristãos. O Redentor do mundo é exaltado, glorificado no caráter de quantos creem. ... Que tremendas consequências para o mundo dependem da unidade dos que pretendem ser cristãos, que professam crer que a Bíblia é a Palavra de Deus! [...]
Eu vos rogo em nome de Jesus de Nazaré que afasteis de vós qualquer coisa como o orgulho espiritual e o amor da supremacia. Tornai-vos como criancinhas, se quereis, ao findar a peleja, tornar-vos membros da família real, filhos do celeste Rei. Lede repetidamente João 17. Aquela oração que nosso Salvador dirigiu ao Pai em favor de Seus discípulos, merece ser muitas vezes repetida, e posta em prática na vida. Isto erguerá homens caídos; pois o Senhor prometeu que se mantivermos esta unidade, Deus nos amará como amou a Seu Filho; os pecadores serão salvos, e Deus eternamente glorificado (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956, 2005], p. 295).

Hoje, Aquele que proferiu esta oração está intercedendo perante o Pai em favor dos seres humanos que Ele redimiu. Ele os apresenta a Jeová, dizendo: "Eis que nas palmas das Minhas mãos te gravei." Isa. 49:16.
A santificação deve vir mediante a verdade; unidade com Cristo - este é o propósito de Deus para nós. Por Sua santificação e unidade os cristãos devem dar evidência ao mundo de que uma obra perfeita foi realizada por eles, em e mediante Cristo. Assim, devem dar testemunho de que Deus enviou Seu Filho para salvar pecadores.
Não permitireis que Cristo leve avante essa obra de santificação em vossos corações? Podeis todos ser completos nEle. Tendes a garantia de que mediante a santificação da verdade podeis ser perfeitos (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 21).

Domingo, 14 de outubro: Jesus orou por Si mesmo

Cristo concluíra a obra que Lhe fora dada a fazer. Glorificara a Deus na Terra. Manifestara o nome do Pai. Reunira os que haviam de continuar Sua obra entre os homens. E disse: "E, neles, Eu sou glorificado." João 17:10. "E Eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um assim como Nós." [...]
Assim, na linguagem de quem possui autoridade divina, Cristo entrega Sua igreja eleita nos braços do Pai. Como consagrado sumo sacerdote, intercede por Seu povo. Como fiel pastor, reúne Seu rebanho à sombra do Todo-poderoso, no forte e seguro refúgio. Quanto a Si, aguarda-O a derradeira batalha com Satanás, e Ele sai a enfrentá-la (O Desejado de Todas as Nações, p. 680).

[O] conhecimento de Deus [...] é a base de toda educação e serviço verdadeiros. É a única salvaguarda real contra a tentação; e isto é a única coisa que pode tornar alguém semelhante a Deus no caráter. Mediante o conhecimento de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo, é dado ao crente "tudo o que diz respeito à vida e piedade". II Ped. 1:3. Nenhuma boa dádiva é retida daquele que sinceramente deseja obter a justiça de Deus.
"E a vida eterna é esta", disse Jesus, "que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. E o profeta Jeremias declarou: "Não se glorie o sábio na sua sabedoria; nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." Jer. 9:23 e 24. Apenas de maneira vaga pode a mente humana compreender a largura e a profundidade e a altura das realizações espirituais de quem alcança este conhecimento (Atos dos Apóstolos, p. 530, 531).

Jesus, o resplendor da glória do Pai, "não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens". Filip. 2:6 e 7. Consentiu em passar por todas as humildes experiências da vida, andando entre os filhos dos homens, não como rei, exigindo homenagens, mas como Alguém cuja missão era servir aos outros. Não havia em Sua maneira de ser nenhum traço de beatice ou de fria austeridade. O Redentor do mundo tinha uma natureza superior à dos anjos, todavia, unidas a Sua divina majestade achavam-se a mansidão e a humildade que atraíam todos a Ele.
Jesus Se esvaziou a Si mesmo e, em tudo quanto fez, o próprio eu não aparecia. Subordinava todas as coisas à vontade de Seu Pai. Quando Sua missão na Terra estava prestes a terminar, foi-Lhe possível dizer: "Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer." João 17:4. Ele nos pede: "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração." Mat. 11:29. "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo" (Mat. 16:24); que o próprio eu seja destronado e nunca mais possua a supremacia da alma (O Maior Discurso de Cristo, p. 14, 15).

Segunda, 15 de outubro: Jesus orou por Seus discípulos

Jesus não viveu para Se agradar a Si mesmo. Deu-Se a Si próprio em sacrifício vivo, para ser consumido para o bem dos outros. Veio para levantar, enobrecer, fazer felizes todos aqueles com quem entrasse em contato. Os que recebem a Cristo removerão de si tudo que seja descortês, áspero e rude, e revelarão a afabilidade e a bondade que habitavam em Jesus, porque Cristo lhes habita no coração, pela fé. Cristo era a luz que alumiava nas trevas, e Seus seguidores devem também ser a luz do mundo. Devem acender sua vela na luz do altar divino. O caráter santificado pela verdade aumenta o seu brilho.
Cristo é nosso Modelo; mas, a menos que O contemplemos, a menos que contemplemos o Seu caráter, não refletiremos esse caráter em nossa vida prática. Era Ele manso e humilde de coração. Nunca perpetrou uma ação rude, jamais pronunciou palavra descortês. O Senhor não Se agrada com nossas maneiras rústicas, ásperas e destituídas de simpatia para com os outros. Todo este egoísmo deve ser apagado de nosso caráter, e temos de tomar o jugo de Cristo. Então... estaremos nos habilitando para a sociedade dos anjos celestes. Estamos no mundo, mas não devemos ser do mundo. Cumpre-nos ser representantes de Jesus Cristo. Assim como o Senhor da vida e da glória veio ao nosso mundo para representar o Pai, devemos nós ir ao mundo para representar a Jesus (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 303). 

A igreja de Cristo precisa estar no mundo, mas não deve ser do mundo. Reunindo Seu povo na qualidade de igreja, é desígnio de Deus que formem uma família cristã, e diariamente se estejam habilitando para ser membros da família de cima.
Deus assim constitui em um corpo os que creem em Sua Palavra, para que sua influência seja uma bênção, a eles mutuamente, e ao mundo. Cada membro convertido revela uma transformação de caráter, e é fortalecido e sustido pelo ânimo e fé do conjunto. [...]
A igreja é objeto do mais terno amor e solicitude de Deus. Se os membros Lhe permitirem, Ele revelará o Seu caráter por meio deles. Diz-lhes Ele: "Vós sois a luz do mundo." Mat. 5:14. Os que andam e falam com Deus, praticam a afabilidade de Cristo. Em sua vida, a paciência, mansidão e domínio próprio se unem ao santo fervor e diligência. À medida que caminham rumo do Céu, desgastam-se as arestas agudas e ásperas do caráter, e vê-se a piedade (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 290). 

Somente enquanto estivessem unidos com Cristo podiam os discípulos esperar possuir o poder acompanhante do Espírito Santo e a cooperação dos anjos do Céu. Com o auxílio desses divinos instrumentos, apresentariam ao mundo uma frente unida, e seriam vencedores no conflito que eram forçados a manter incessantemente contra os poderes das trevas. Enquanto persistissem em trabalhar unidos, mensageiros celestiais iriam adiante deles, abrindo-lhes o caminho; corações seriam preparados para a recepção da verdade, e muitos seriam ganhos para Cristo. Enquanto permanecessem unidos, a igreja avançaria "formosa como a Lua, brilhante como o Sol, formidável como um exército com bandeiras" (Cant. 6:10; Atos dos Apóstolos, p. 90, 91). 

Terça, 16 de outubro: "Por aqueles que vierem a crer em Mim"

Extraordinário poder divino precisa apossar-se das igrejas adventistas do sétimo dia. Precisa haver reconversão entre os membros, para que, como testemunhas de Deus, testifiquem do autorizado poder da verdade que santifica a vida. A igreja tem de ser renovada, purificada e santificada, do contrário a ira de Deus incidirá sobre eles com muito mais intensidade do que sobre os que nunca alegaram ser santos.
Os que são santificados pela verdade manifestarão que a verdade efetuou uma reforma em sua vida, que ela os está preparando para a trasladação ao mundo celestial. Mas, enquanto predominam na vida o orgulho, a inveja e ruins suspeitas, Cristo não reina no coração. Seu amor não está no coração. Na vida dos que são participantes da natureza divina há a crucifixão do espírito altivo e autossuficiente que conduz à exaltação do próprio eu. Em seu lugar habita o Espírito de Cristo e na vida se manifestam os frutos do Espírito. Tendo a mente de Cristo, os Seus seguidores revelam as virtudes de Seu caráter (Exaltai-O [MM 1992], p. 347).

O Senhor chama homens de fé genuína e mente sadia, homens que reconheçam a distinção existente entre o verdadeiro e o falso. Cada qual deve estar de sobreaviso, estudando e pondo em prática as lições ministradas no capítulo dezessete de João, e mantendo fé viva na verdade para este tempo. Precisamos desse domínio próprio que nos habilita a pôr os hábitos em harmonia com a oração de Cristo. 
Segundo as instruções que me foram dadas por um Ser que tem autoridade, devemos aprender a atender à oração registrada no capítulo dezessete de João. Devemos fazer dessa oração o nosso estudo principal. Todo ministro do evangelho, todo médico-missionário, deve aprender a ciência dessa oração. Meus irmãos e irmãs, peço-lhes que levem a sério essas palavras, e façam seu estudo com espírito calmo, humilde e contrito, além das energias salutares da mente que se acha sob a direção de Deus. Os que deixam de aprender as lições contidas nessa oração estão em perigo de apresentar um desenvolvimento unilateral, que nenhum preparo futuro há de plenamente corrigir. [...]
É propósito de Deus que haja unidade entre Seus filhos. Não esperam viver juntos no mesmo Céu? Está Cristo dividido contra Si mesmo? Dará Ele êxito ao Seu povo antes de removerem eles o lixo da suspeita e da discórdia, antes que os obreiros, em unidade de propósitos, dediquem coração e mente à obra que é tão santa aos olhos de Deus? A união faz a força; a desunião enfraquece. Unidos uns aos outros, trabalhando juntos, em harmonia, pela salvação dos homens, seremos na verdade “cooperadores de Deus”. 1 Coríntios 3:9. Os que se recusam a trabalhar em boa harmonia desonram grandemente a Deus. O inimigo deleita-se em vê-los trabalhando para fins mutuamente contrários (Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 239, 240).

Nada pode aperfeiçoar a unidade na igreja, a não ser um espírito de tolerância cristã. Satanás pode semear a discórdia; unicamente Cristo pode harmonizar os elementos discordantes. ... Quando, como obreiros individuais da igreja, amardes supremamente a Deus, e ao próximo como a vós mesmos, não haverá penosos esforços para estar em união, pois haverá unidade em Cristo, os ouvidos estarão fechados às denúncias, e ninguém levantará acusações contra o seu próximo. Os membros da igreja nutrirão amor e união e serão como que uma grande família. Então ostentaremos perante o mundo as credenciais que testificarão que Deus enviou o Seu Filho ao mundo. Cristo disse: "Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35; Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 192).

Quarta, 17 de outubro: Unidade entre cristãos

As palavras que o Senhor enviou serão rejeitadas por muitos, e as palavras que o ser humano fala serão recebidas como luz e verdade. A sabedoria humana levará para longe da negação própria e da consagração, e planejará muitas coisas que tenderão a invalidar as mensagens de Deus. Não podemos, com segurança, confiar em pessoas que não estão em íntima ligação com Deus. Elas aceitam a opinião humana, mas não conseguem discernir a voz do verdadeiro Pastor, e sua influência desviará a muitos, ainda que se acumule diante de seus olhos evidência após evidência que testifique sobre a verdade que o povo de Deus tem para este tempo (Carta 1f, 1890; Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1.263).

Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor. João 10:16.
A verdade deve ser apresentada com divino tato, delicadeza e ternura. Ela deve provir de um coração que foi abrandado e se tornou compassivo. ... Sejam nossas palavras delicadas ao procurarmos conquistar pessoas. Deus será sabedoria para aquele que busca sabedoria de uma fonte divina. Devemos procurar oportunidades em toda parte; devemos vigiar em oração e estar sempre preparados para dar a razão da esperança que há em nós, com mansidão e temor. Para que não causemos uma impressão desfavorável numa pessoa por quem Cristo morreu, devemos manter o coração elevado a Deus, de modo que quando surgir a oportunidade tenhamos as palavras certas para serem proferidas no tempo certo. Se assim empreenderdes a obra para Deus, o Espírito de Deus será vosso ajudador. O Espírito Santo aplicará ao coração a palavra proferida com amor. A verdade terá poder vivificante ao ser proferida sob a influência da graça de Cristo (Exaltai-O [MM 1992], p. 239).

Sede cautelosos em vossos esforços, irmãos, não ataqueis com demasiado vigor os preconceitos do povo. Não se deve sair do caminho para investir contra outras denominações; pois isto só cria um espírito combativo, e cerra ouvidos e corações à entrada da verdade. Temos nossa obra a fazer, a qual não é derrubar, mas construir. Temos de reparar a brecha feita na lei de Deus. A obra mais nobre, é edificar, apresentar a verdade em seu vigor e poder, e deixar que ela abra caminho através de preconceitos e revele o erro em contraste com a verdade. [...]
É nossa obra falar a verdade em amor, e não misturar com a verdade os elementos não santificados do coração natural, e falar coisas que se assemelhem ao mesmo espírito possuído por nossos inimigos. Todas as ásperas acusações recairão sobre nós em medida dupla, quando o poder estiver nas mãos dos que o podem exercer para nosso dano. Muitas e muitas vezes me foi dada a mensagem de que não devemos, a menos que isso seja positivamente necessário para vindicar a verdade, dizer, especialmente em relação a pessoas, uma palavra nem publicar uma sentença que possa instigar nossos inimigos contra nós, e despertar suas paixões até à incandescência (Evangelismo, p. 574, 575).

Quinta, 18 de outubro: Uma fé compartilhada em amor

Um dos últimos mandamentos de Cristo aos discípulos, foi: "Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós." João 13:34. Obedecemos a este mandamento, ou cultivamos rudes traços de caráter diferentes dos de Cristo? Se causarmos de qualquer maneira dores e tristezas a outros, é nosso dever confessar nossa falta e procurar reconciliação. Esta é uma preparação essencial para nos podermos achegar pela fé a Deus para Lhe solicitar as bênçãos (Parábolas de Jesus, p. 144).

Muitos pensam que é impossível amar ao próximo como a si mesmos; mas este é o único fruto genuíno do cristianismo. Amar aos outros é revestir-se do Senhor Jesus Cristo; é andar e trabalhar com os olhos fixos no mundo invisível. Devemos, pois, conservar os olhos em Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé. [...]
Nosso Senhor nos deixou lição após lição a fim de afastar a todos do egoísmo, e estabelecer laços íntimos de comunhão e fraternidade entre homem e homem. Ele queria que o coração dos crentes estivesse intimamente ligado por fortes laços de simpatia, a fim de que houvesse unidade nEle. Eles juntamente se regozijariam na esperança da glória de Deus, aguardando a vida eterna graças aos méritos de Jesus Cristo. Se Cristo habita no coração, Seu amor se difundirá a outros por intermédio de seu possuidor, e ligará coração a coração.
Onde o amor é aperfeiçoado, a lei é observada e o eu não encontra lugar. Os que amam supremamente a Deus trabalham, sofrem e vivem por Ele, que deu a Sua vida por eles. Só poderemos guardar a lei se nos apossarmos da justiça de Cristo. Ele diz: "Sem Mim nada podeis fazer." João 15:5. Quando recebemos o dom celestial, a justiça de Cristo, veremos que a graça divina nos foi providenciada, e que os recursos humanos são impotentes (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 95).

O amor aos homens é a manifestação do amor de Deus em direção à Terra. Foi para implantar esse amor, fazer-nos filhos de uma família, que o Rei da Glória Se tornou um conosco. E quando se cumprirem as palavras que disse ao partir: "Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei" (João 15:12); quando amarmos o mundo assim como Ele o amou, então Sua missão por nós está cumprida. Estamos aptos para o Céu; pois o temos no coração (O Desejado de Todas as Nações, p. 641).

A vida daquele em cujo coração Cristo habita, revelará a piedade prática. O caráter será purificado, elevado, enobrecido e glorificado. A doutrina pura estará entretecida com as obras de justiça; os preceitos celestiais misturar-se-ão com as práticas santas.
Os que desejam alcançar a bênção da santificação têm de primeiro aprender o que seja a abnegação. A cruz de Cristo é a coluna central sobre que repousa o "peso eterno de glória mui excelente". II Cor. 4:17. "Se alguém quiser vir após Mim", disse Jesus, "renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mat. 16:24. É o perfume de nosso amor aos semelhantes o que revela nosso amor a Deus. É a paciência no serviço, o que traz repouso à alma. É pelo humilde, diligente e fiel labor que se promove o bem-estar de Israel. Deus sustém e fortalece aquele que está disposto a seguir o caminho de Cristo (Atos dos Apóstolos, p. 560).

Sexta, 19 de outubro: Estudo adicional

O Grande Conflito, "A Imutável Lei de Deus", p. 433-450.


sábado, 6 de outubro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 2 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência" (Pv 9:10).

Sábado à tarde, 6 de outubro

Grande coisa é ser sábio à vista de Deus. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Isto é educação do coração, e é de maior importância do que a educação obtida de livros unicamente. É bom, e mesmo necessário obter conhecimento do mundo no qual vivemos, mas se deixarmos a eternidade fora de cálculo, sofreremos um fracasso do qual jamais nos recuperaremos. Será como o conhecimento obtido de comer do fruto da árvore proibida.
Que pode o mais versado em conhecimento intelectual saber ao certo sem um conhecimento da Palavra de Deus? Sem a educação encontrada na Bíblia, como alcançaremos o mundo vindouro, onde entraremos à presença de Deus e veremos Sua face? Coisa alguma da sabedoria deste mundo, do conhecimento recebido de livros, oferece um verdadeiro e seguro fundamento sobre o qual pudéssemos construir para a eternidade. Coisa alguma senão o pão que vem do Céu satisfaz a fome espiritual. "Porque o pão de Deus é Aquele que desce do Céu e dá vida ao mundo. O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:33 e 63. Qual luz confortadora esta promessa brilha em meio das trevas morais. Ao comermos as palavras de Cristo, comemos o pão da vida, que proporciona vitalidade espiritual.
A palavra do único Deus verdadeiro é infalível. Infinita sabedoria, santidade, poder e amor unem-se em nos encaminhar para a norma pela qual Deus mede o caráter. A Palavra de Deus define tão claramente as leis de Seu reino que ninguém precisa andar em trevas. Sua lei é a transcrição de Seu caráter. É a norma que todos têm de alcançar, se quiserem entrar no reino de Deus. Ninguém precisa andar em incerteza. ... A lei de Deus não foi abolida. Viverá através dos séculos eternos. Pela morte de Cristo foi ela engrandecida, e o pecado exposto em sua luz verdadeira (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 139).

Se guardassem os mandamentos, Deus lhes prometeu dar o mais belo trigo e tirar-lhes mel da rocha. Com longa vida os havia de satisfazer e havia de mostrar-lhes Sua salvação.
Por desobediência a Deus, Adão e Eva perderam o Éden, e por causa do pecado toda a Terra foi amaldiçoada. Mas se o povo de Deus seguisse as instruções, sua terra seria restaurada à fertilidade e beleza. Deus mesmo lhes dera ensinos quanto à cultura do solo, e deveriam cooperar em sua restauração. Assim, toda a Terra, sob a direção de Deus, se tornaria uma lição objetiva da verdade espiritual. Assim como, em obediência às leis naturais, a terra deve produzir seus tesouros, da mesma forma, como em obediência à Sua lei moral o coração do povo deveria refletir os atributos de Seu caráter em obediência à Sua lei moral. Até os pagãos reconheceriam a superioridade dos que servem e adoram o Deus vivo (Parábolas de Jesus, p. 288, 289).

Sejam essas palavras muitas vezes repetidas, e toda pessoa exercite suas idéias e espírito e ação diariamente para que possa cumprir esta oração de Jesus Cristo. Ele não pede a Seu Pai coisas impossíveis. Ora pelas coisas que justamente se devem achar em Seus discípulos em relação a sua unidade um com o outro e sua unidade com Deus e Jesus Cristo. Qualquer coisa menos que isto não é atingir à perfeição do caráter cristão. A áurea cadeia do amor, ligando o coração dos crentes em unidade, em laços de companheirismo e amor, e em unidade com Cristo e o Pai, torna perfeita a ligação e dá ao mundo um testemunho do poder do cristianismo, que não pode ser contestado. ...
Então será destruído o egoísmo e a infidelidade não existirá. Não haverá então contendas e divisões. Não haverá obstinações em ninguém que se ache ligado a Cristo. Nenhum agirá na obstinada independência da criança desobediente que larga a mão que a está conduzindo e prefere andar sozinha (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 169).

O egoísmo e o orgulho impedem o amor puro que nos une em espírito a Jesus Cristo. Se este amor é verdadeiramente cultivado, o finito se une ao Infinito. A humanidade se unirá à humanidade, e todos se ligarão ao coração do Infinito Amor. O santificado amor de uns pelos outros é sagrado. Nesta grande obra o mútuo amor cristão - incomparavelmente mais elevado, mais constante, mais cortês, mais abnegado do que se tem visto - conserva a brandura cristã, bem como a beneficência, a polidez, e envolve a fraternidade humana no abraço de Deus, reconhecendo a dignidade que Ele conferiu aos direitos do homem (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 169).

Domingo, 7 de outubro: "Volta, ó rebelde Israel"

Nas Escrituras, o caráter sagrado e permanente da relação entre Cristo e Sua igreja é representado pela união matrimonial. O Senhor uniu a Si o Seu povo, por meio de um concerto solene, prometendo-lhe ser seu Deus, enquanto o povo se comprometia a ser unicamente dEle. Disse o Senhor: "E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias." Osé. 2:19. E noutro lugar: "Eu vos desposarei." Jer. 3:14. E Paulo emprega a mesma figura no Novo Testamento, quando diz: "Porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo." II Cor. 11:2.
A infidelidade da igreja para com Cristo, permitindo que sua confiança e afeição dEle se desviem, e consentindo que o amor às coisas mundanas ocupe a alma, é comparada com a violação do voto conjugal (O Grande Conflito, p. 381). 

O coração de Deus anseia por Seus filhos terrestres com amor mais forte que a morte. Entregando Seu Filho, nesse único Dom derramou sobre nós todo o Céu. A vida, morte e intercessão do Salvador, o ministério dos anjos, o pleitear do Espírito, o Pai operando acima de tudo e por tudo, o interesse incessante dos seres celestiais - tudo se empenha em favor da redenção do homem.
Oh! consideremos o maravilhoso sacrifício que foi feito por nós! Procuremos avaliar o esforço e energia que o Céu dedica para reivindicar os perdidos e reconduzi-los ao lar paterno. Motivos mais fortes e instrumentos mais poderosos não poderiam jamais ser postos em operação; as excelentes recompensas de fazer o bem, a alegria do Céu, a sociedade dos anjos, a comunhão e o amor de Deus e Seu Filho, o enobrecimento e dilatação de todas as nossas faculdades através dos séculos da eternidade - acaso não são, estes, poderosos incentivos e encorajamentos para nos impelir a consagrar ao nosso Criador e Redentor os mais amantes serviços do coração? (Caminho a Cristo, p. 21).

Foi-me apontado o antigo Israel. Apenas dois dos adultos, dentre o vasto exército que deixou o Egito, entraram em Canaã. Seus cadáveres ficaram espalhados no deserto por causa de suas transgressões. O Israel moderno está em maior perigo de esquecer-se de Deus e ser levado à idolatria do que o antigo povo de Deus. Adoram-se muitos ídolos, mesmo entre os professos observadores do sábado. Deus advertiu Seu antigo povo a guardar-se da idolatria, pois se se desviassem do Deus vivo, Sua maldição recairia sobre eles, enquanto que se O amassem “de todo o coração, e de toda a alma, e de todas as forças” (Marcos 12:33), Ele abençoaria abundantemente o seu cesto e a sua amassadeira e removeria do meio deles toda enfermidade. 
A bênção ou a maldição estão agora diante do povo de Deus — a bênção se saírem do mundo, se se apartarem dele e andarem nos caminhos da humilde obediência; a maldição, se se unirem aos idólatras e desprezarem os altos reclamos do Céu. Os pecados e iniquidades do rebelde Israel foram registrados e se apresentam diante de nós como advertência, mostrando-nos que se imitarmos seu exemplo transgressor e nos afastarmos de Deus, certamente cairemos como eles (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 609).

Segunda, 8 de outubro: Reto aos seus próprios olhos

Os israelitas "se misturaram com as nações, e aprenderam as suas obras". Ligaram-se matrimonialmente com os cananeus, e a idolatria espalhou-se como uma praga por toda a terra. "Serviram os seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço. Demais disso, sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios. ... E a terra foi manchada com sangue." "Pelo que se acendeu a ira do Senhor contra Seu povo, de modo que abominou a Sua herança." Sal. 106:34, 38 e 40.
Antes que se extinguisse a geração que recebera instruções de Josué, a idolatria fez pequeno avanço; mas os pais haviam preparado o caminho para a apostasia de seus filhos. O desacato às restrições do Senhor por parte daqueles que entraram na posse de Canaã, disseminou sementes de males, as quais continuaram a produzir amargos frutos por muitas gerações. Os hábitos simples dos hebreus lhes haviam assegurado saúde física; mas a associação com os gentios determinou a condescendência com o apetite e paixão, o que diminuiu gradualmente a força física e enfraqueceu as capacidades mentais e morais. Pelos seus pecados os israelitas foram separados de Deus; Sua força foi removida deles, e não mais podiam prevalecer contra seus inimigos. Assim foram levados sob a sujeição das mesmas nações que por intermédio de Deus haviam subjugado (Patriarcas e Profetas, p. 544, 545).

Há alguns que não atendem prontamente ao convite para abandonarem seu próprio caminho e colocarem-se em harmonia com a vontade de Deus. Preferem seguir um caminho de sua própria escolha. Os que desejam fazê-lo, têm o privilégio de continuar andando em seu próprio caminho não consagrado, mas o fim desse caminho é tristeza e destruição.
O Senhor tem homens designados por Ele, aos quais usará em Sua obra, contanto que permitam serem usados de acordo com Sua boa vontade. Jamais poderá usar alguém que está procurando humilhar alguma outra pessoa. Humilhai-vos a vós mesmos, irmãos. Quando fazeis isto, é possível que santos anjos se comuniquem convosco e vos coloquem em terreno vantajoso. Então vossa experiência, em vez de ser defeituosa, estará repleta de felicidade. Procurai relacionar-vos em harmonia com a direção de Deus, e sereis então suscetíveis às impressões de Seu Santo Espírito (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 30).

Nunca vos envergonheis de vosso estandarte; tomai-o e desfraldai-o à vista dos homens e dos anjos. ... O mundo tem o direito de saber justamente o que se pode esperar de todo ser humano inteligente. Quem for um conjunto vivo de princípios firmes, decididos e justos, será uma influência viva sobre os companheiros; e influenciará os outros pelo seu cristianismo. Muitos não discernem nem apreciam quão grande é a influência de cada um para o bem ou para o mal. 
Sua felicidade, tanto nesta vida como na futura, depende de que fixem a mente em coisas animadoras (Minha Consagração Hoje [MM 1953/1989], p. 111). 

Terça, 9 de outubro: A divisão da nação hebraica

As tribos vinham há muito sofrendo cruéis injustiças sob as medidas opressivas do governante anterior. A extravagância do reinado de Salomão durante sua apostasia levara-o a tributar o povo pesadamente, e a requerer dele muito trabalho servil. Antes de levar avante a coroação de um novo monarca, os líderes dentre as tribos determinaram assegurar-se se era ou não propósito do filho de Salomão aliviar aquelas cargas. "Veio, pois, Jeroboão com todo o Israel, e falaram a Roboão, dizendo: Teu pai fez duro o nosso jugo; alivia tu, pois, agora a dura servidão de teu pai, e o pesado jugo que nos tinha imposto, e servir-te-emos".
Desejoso de aconselhar-se com seus auxiliares, antes de expor sua política, Roboão respondeu: "Daqui a três dias tornai a mim. Então o povo se foi". [...]
Inflado pela perspectiva de exercer suprema autoridade, Roboão determinou desconsiderar o conselho dos homens mais idosos do seu reino, e fazer dos jovens seus conselheiros. Sucedeu então que no dia aprazado, quando "Jeroboão, e todo o povo", veio a Roboão em busca de uma resposta concernente ao programa que ele pretendia pôr em prática, Roboão "lhes respondeu asperamente... dizendo: Meu pai agravou o vosso jugo, porém eu lhe acrescentarei mais; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões" (I Reis 12:12-14; Profetas e Reis, p. 88-90).

Resolve alcançar uma norma alta e santa; põe na altura a tua meta; procede com sincero propósito, como fez Daniel, constante e perseverantemente; e assim coisa alguma que o inimigo possa fazer, impedirá teu progresso diário. Não obstante as inconveniências, mudanças, perplexidades, poderás avançar constantemente no vigor mental e no poder moral.
Ninguém precisa ser ignorante, a menos que o prefira. O conhecimento deve ser adquirido constantemente; é alimento para a mente. Nós, que aguardamos a vinda de Cristo, devemos ter a resolução de não viver esta vida constantemente do lado da derrota nessa questão, mas na compreensão das realizações espirituais. Sê homem de Deus, do lado da vitória. O conhecimento está ao alcance de todos os que o desejam. É propósito de Deus que a mente se torne forte, o pensamento mais profundo, mais cheio e claro. Anda com Deus, como andou Enoque. Faze de Deus o teu Conselheiro, e não poderás deixar de progredir (Mente, Caráter e Personalidade, p. 104, 105). 

"Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada." Tia. 1:5.
É privilégio de todo crente primeiro falar com Deus em sua câmara secreta, e depois, como porta-voz de Deus, falar com os outros. A fim de termos alguma coisa para comunicar aos outros, temos de receber diariamente luz e bênção. Homens e mulheres que comungam com Deus, que têm Cristo a habitar no íntimo, que, por cooperar com santos anjos, são circundados de santas influências, estes são necessários hoje. A causa carece de pessoas que têm poder para puxar o jugo ao lado de Cristo, poder para expressar o amor de Deus em palavras de animação e compaixão (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 65).

Quarta, 10 de outubro: Divisão em Corinto

"Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer." I Cor. 1:10. Paulo não teria apelado para eles a fim de que fizessem o impossível. A união é o resultado certo da perfeição cristã (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 90). 

Paulo estava certo de que as mais altos ideais cristãos só podem ser alcançadas mediante muita oração e permanente vigia, e isto procurava ele incutir-lhes na mente. Mas ele sabia também que em Cristo crucificado lhes era oferecido poder suficiente para converter a alma, e divinamente adaptado para habilitá-los a resistir a todas as tentações para o mal. Com fé em Deus como sua armadura, e com Sua Palavra como arma de guerra, eles seriam supridos com poder íntimo que os capacitaria a rechaçar os ataques do inimigo.
Os crentes coríntios necessitavam de mais profunda experiência nas coisas de Deus. Eles não sabiam exatamente o que significa contemplar Sua glória, e ser transformado de glória em glória. Haviam visto apenas os primeiros raios do alvorecer desta glória. O desejo de Paulo por eles era que eles fossem cheios de toda plenitude de Deus, conhecendo e prosseguindo em conhecer Aquele cuja saída é como a alva, e continuassem a aprender dEle até que chegasse a pleno meio-dia de uma perfeita fé evangélica (Atos dos Apóstolos, p. 307, 308).

Cristo está dividido? - Não. O Cristo que habita na alma não contenderá com o Cristo noutra alma. Precisamos aprender a suportar as peculiaridades dos que nos rodeiam. Se nossa vontade está sob o controle da vontade de Cristo, como podemos estar em desavença com nossos irmãos? Se estamos em desavença, podemos saber que é porque o próprio eu precisa ser crucificado. Aquele a quem Cristo liberta realmente é livre. Não somos perfeitos em Cristo se não nos amamos uns aos outros como Cristo nos amou. Quando fazemos isso, segundo o mandamento que nos foi dado por Cristo, evidenciamos que somos perfeitos nEle (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 274).

Haverá um renhido conflito entre os que são leais a Deus e os que desprezam a Sua lei. A reverência à lei de Deus tem sido subvertida. Os líderes religiosos estão ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Assim como ocorreu nos dias do antigo Israel, acontece nesta era do mundo. Em virtude da prevalência da deslealdade e transgressão, haverão de aqueles que acariciaram a lei de Deus demonstrar agora menor respeito a ela? Será que vão unir-se aos poderes da Terra para ignorá-la? Os fiéis não serão arrastados pela corrente do mal. Não se envolverão em controvérsia em relação àquilo que Deus colocou à parte como sagrado. Não seguirão o exemplo de esquecimento de Israel; trarão antes à lembrança o modo como Deus lidou com Seu povo em todas as épocas, e trilharão o caminho dos Seus mandamentos. 
A prova sobrevirá a cada um. Existem apenas dois lados. Em qual deles se posicionará você? (Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 120).

Quinta, 11 de outubro: "Aparecerão lobos ferozes"

Mesmo que sejam ímpios os homens que falam da verdade, alguns a recebem; mas isto não leva os que falaram a maior favor de Deus. Ímpios são sempre ímpios, e segundo o engano praticado para com os que eram amados de Deus e à confusão levada à igreja, terão a sua punição; seus pecados não permanecerão cobertos, mas serão expostos no dia da ardente ira de Deus.
Esses mensageiros enviados de moto-próprio são uma maldição para a Causa. Almas honestas neles põem sua confiança, pensando que se estão movendo no conselho de Deus e estão em união com a igreja, aceitando portanto que administrem as ordenanças, e ao se lhes tornar claro o seu dever de praticar as primeiras obras, permitem ser por eles batizados. Mas o fazer-se a luz, como geralmente sucede, e ao serem alertados de que esses homens não são o que eles pensavam ser, isto é, mensageiros chamados e escolhidos por Deus, entram em provação e em dúvida quanto à verdade que haviam recebido e sentem que precisam aprendê-la completamente de novo. Sentem-se desassossegados e são levados à perplexidade pelo inimigo sobre a sua experiência, se Deus os tem guiado ou não, e não ficam satisfeitos até que sejam de novo batizados e recomecem tudo. É muito mais penoso para o espírito dos mensageiros de Deus irem a lugares onde têm estado os que exercem esta má influência do que iniciar o trabalho em campos novos. Os servos de Deus precisam tratar com clareza, agir abertamente, e não ocultar erros; pois estão colocados entre os vivos e os mortos, e precisam dar conta de sua fidelidade, de sua missão e da influência que exercem sobre o rebanho do qual o Senhor os constituiu bispos.
Os que recebem a verdade e são conduzidos a tais provações teriam recebido a verdade da mesma forma se esses homens tivessem permanecido afastados e ocupado o humilde lugar que o Senhor lhes designara. Os olhos de Deus estavam sobre as Suas joias, e Deus lhes teria dirigido Seus chamados e escolhidos mensageiros - homens que teriam agido inteligentemente. A luz da verdade teria mostrado e descoberto a essas almas a sua verdadeira posição, e teriam recebido a verdade com entendimento, ficando satisfeitos com sua beleza e clareza. E ao sentirem os seus poderosos efeitos, teriam se fortalecido e derramado santa influência.
De novo foi-me mostrado o perigo desses viajantes a quem Deus não chamou. Mesmo que tenham algum sucesso, as qualificações que lhes faltam serão sentidas. Atitudes imprudentes serão tomadas, e pela falta de sabedoria algumas almas preciosas serão conduzidas aonde jamais poderão ser alcançadas. Vi que a igreja devia sentir sua responsabilidade e vigiar cuidadosa e atentamente a vida, as qualificações e a conduta geral dos que professam ser ensinadores. Se não houver inequívoca evidência de que Deus os chamou, de que sobre eles está o "ai" se não abraçarem o chamado, é dever da igreja agir e permitir seja sabido que essas pessoas não são reconhecidas como ensinadores pela igreja. Este é o único procedimento que a igreja pode adotar para estar livre nesta questão, pois o fardo está sobre ela.
Vi que esta porta pela qual o inimigo entra para perturbar e levar à perplexidade o rebanho, pode ser fechada. Indaguei do anjo como poderia ser ela fechada. Disse ele: "A igreja precisa acorrer para a Palavra de Deus e estabelecer-se na ordem evangélica que tem sido subestimada e negligenciada." Isto é necessariamente indispensável para levar a igreja à unidade da fé. Vi que nos dias dos apóstolos a igreja esteve em perigo de ser enganada e iludida por falsos mestres. Portanto os irmãos escolheram homens que tinham dado boa demonstração de que eram capazes de governar bem a sua própria casa e preservar a ordem em sua própria família, e que podiam esclarecer os que estavam em trevas. Foi feita indagação a Deus com respeito a esses, e então, em harmonia com a mente da igreja e o Espírito Santo, foram separados pela imposição das mãos. Havendo recebido sua comissão da parte de Deus e tendo a aprovação da igreja, saíram batizando no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e administrando as ordenanças da casa do Senhor, muitas vezes servindo os santos na apresentação do corpo partido e do sangue derramado do crucificado Salvador, a fim de conservar sempre na memória dos amados filhos de Deus os Seus sofrimentos e morte.
Vi que não estamos mais seguros contra os falsos ensinadores agora do que estavam eles nos dias dos apóstolos; e, se mais não fizermos, devemos tomar especiais medidas como eles o fizeram, a fim de garantir a paz, a harmonia e união do rebanho. Temos o seu exemplo, e devemos segui-lo. Irmãos de experiência e de mente saudável devem congregar-se, e seguindo a Palavra de Deus e sanção do Espírito Santo, devem, com fervente oração, impor as mãos sobre aqueles que tenham dado plena prova de que receberam o chamado de Deus, sendo então separados para se devotarem inteiramente a Sua obra. Esse ato mostraria a sanção da igreja a sua saída como mensageiros para levarem a mais solene mensagem já dada aos homens (Primeiros Escritos, p. 99-101).

Falo ao nosso povo. Se vocês se aproximarem de Jesus e procurarem honrar sua profissão de fé mediante uma vida bem ordenada e conversação santa, seus pés serão guardados de se desviarem para caminhos proibidos. Se tão somente vigiarem continuamente em oração, se fizerem tudo como se estivessem na presença imediata de Deus, então estarão livres de ceder à tentação, e poderão esperar ser conservados puros, imaculados e incontaminados até o fim. Se retiverem “firmemente o princípio da” sua “confiança até ao fim” (Hebreus 3:14), seus caminhos serão estabelecidos em Deus, e aquilo que a graça começou, a glória coroará no reino de nosso Deus. “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gálatas 5:22, 23. Se Cristo estiver em nós, crucificaremos a carne com suas paixões e concupiscências (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 148).

Ao nos aproximarmos do fim do tempo, a falsidade estará tão misturada com a verdade, que somente os que têm a direção do Espírito Santo serão capazes de distinguir a verdade do erro. Precisamos fazer todo esforço para guardar o caminho do Senhor. De modo nenhum devemos afastar-nos de Sua orientação e pôr a confiança no homem. O Senhor determina que os anjos mantenham estrita vigilância sobre os que põem sua fé no Senhor, e esses anjos são nossa especial ajuda em todo tempo de necessidade. Cada dia devemos ir ao Senhor em plena certeza de fé, e d Ele esperar sabedoria. [...] Os que são guiados pela Palavra do Senhor distinguirão com certeza entre a falsidade e a verdade, entre o pecado e a justiça (Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], 199; Comentário de Ellen G. White no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1.007, 1.008).

Sexta, 12 de outubro: Estudo adicional

Profetas e Reis, "O Reino é Rasgado", p. 87-98.
Atos dos Apóstolos, "Mensagem de Advertência e de Apelo", p. 298-308.



Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.