sábado, 14 de outubro de 2017

COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2017 - 4º TRIMESTRE - LIÇÃO 3 - 14 A 20 DE OUTUBRO


 Verso para Memorizar:
 “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23).

Sábado à tarde, 14 de outubro

Satanás conseguiu levar o homem à queda, e desde esse tempo tem sido sua obra desfigurar no homem a imagem de Deus e estampar nos corações a sua própria imagem. ... Ele intercepta cada raio de luz que parte de Deus para o homem, e se apropria do culto que só é devido a Deus. ...
Mas o Filho unigênito de Deus olhou a cena e contemplou os sofrimentos e infelicidade do homem. ... Considerou os planos pelos quais Satanás atua para apagar da alma todo traço de semelhança com Deus; como ele os leva à intemperança, de modo que sejam destruídas as faculdades morais dadas por Deus ao homem como a dotação mais preciosa, acima de avaliação. Viu como, mediante a satisfação do apetite, as faculdades do cérebro eram destruídas, e o templo de Deus feito em ruínas. ... Os sentidos, os nervos, as paixões, os órgãos, eram trabalhados por agentes sobrenaturais na satisfação da mais grosseira e vil sensualidade. A própria marca de demônios era impressa na fisionomia dos homens, e suas faces refletiam a expressão das legiões do mal de que estavam possuídos. Tais eram as perspectivas que o Redentor do mundo contemplava. Que horrível espetáculo para ser visto pelos olhos de infinita pureza! ...
A grande condescendência da parte de Deus é um mistério que está além de nossa compreensão. A grandiosidade do plano não pode ser plenamente compreendida, e nem poderia a infinita sabedoria idear um plano que o superasse. Ele só poderia ser bem-sucedido ... tornando-Se Cristo um homem e sofrendo a ira que o pecado gerara em virtude da transgressão da lei de Deus. Por meio deste plano o grande, o impressionante Deus, pode ser justo e justificador de todo que crê em Jesus, e que O aceita como Salvador pessoal. Esta é a celestial ciência da redenção, a ciência de salvar os homens da ruína eterna. ...
Deus amou o mundo de tal maneira que Se deu em Cristo para o mundo, a fim de sofrer a penalidade da transgressão do homem. Deus sofreu com Seu Filho, como só o Ser divino podia sofrer, a fim de que o mundo pudesse ser reconciliado com Ele (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 159).

Os mandamentos de Deus abrangem muito e são de vasto alcance; em poucas palavras desdobram todo o dever do homem. "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças. ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mar. 12:30 e 31. Nessas palavras se compreendem o comprimento e a largura, a profundidade e a altura da lei de Deus; pois declara Paulo: "O cumprimento da lei é o amor." Rom. 13:10. A única definição de pecado, encontrada na Bíblia, é: "O pecado é a transgressão da lei." I João 3:4. A Palavra de Deus declara: "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." Rom. 3:23. "Não há quem faça o bem, não há nem um só." Rom. 3:12. Muitos se enganam acerca do estado de seu coração. Não entendem que o coração natural é enganoso mais que todas as coisas, e perverso. Envolvem-se em sua própria justiça, e satisfazem-se com alcançar sua própria norma humana de caráter; mas quão fatalmente fracassam quando não alcançam a norma divina, e por si mesmos não podem satisfazer as reivindicações de Deus!
Podemos medir-nos por nós mesmos, podemos comparar-nos uns aos outros, podemos dizer que procedemos tão bem como Fulano ou Sicrano, mas a pergunta para a qual o juízo exigirá resposta é: Satisfazemos as reivindicações dos altos Céus? Alcançamos o padrão divino? Está nosso coração em harmonia com o Deus do Céu? (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 320, 321)

Deus declara: "Não há um justo, nem um sequer." Rom. 3:10. Todos têm a mesma natureza pecaminosa. Todos são suscetíveis de cometer erros. Ninguém é perfeito. O Senhor Jesus morreu pelos que erram, a fim de que fossem perdoados. Não é nossa obra condenar. Cristo não veio para condenar, mas para salvar (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 301).

Nenhum dos apóstolos e profetas declarou jamais estar sem pecado. Homens que viveram o mais próximo de Deus, que sacrificariam a vida de preferência a cometer conscientemente um ato mau, homens a quem Deus honrou com divina luz e poder, confessaram a pecaminosidade de sua natureza. Eles não puseram a sua confiança na carne, nem alegaram possuir justiça própria, mas confiaram inteiramente na justiça de Cristo. Assim será com todos que contemplam a Cristo (Atos dos Apóstolos, p. 314).

Domingo, 15 de outubro: O poder de Deus

Estudai a Cristo. Estudai Seu caráter, aspecto após aspecto. Ele é o nosso Modelo que nos é requerido imitar em nossa vida e em nosso caráter, senão deixaremos de representar a Jesus, e apresentaremos ao mundo um modelo falso. Não imiteis a homem algum, pois os homens são imperfeitos nos hábitos, na linguagem, nas maneiras, no caráter. Eu vos apresento o Homem Cristo Jesus. Precisais conhecê-Lo individualmente como vosso Salvador, antes que possais estudá-Lo como vosso modelo e exemplo.
Paulo disse: "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. ... Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou." (Rom. 1:16-19; Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 170)

Afugentemos tudo quanto seja desconfiança e falta de fé em Jesus. Comecemos uma vida de confiança simples, infantil, não confiando no sentimento, mas na fé. Não desonreis a Cristo duvidando de Suas preciosas promessas. Ele quer que acreditemos nEle com fé inabalável.
Existe uma classe que diz: "Eu creio, eu creio", e reivindica todas as promessas dadas sob condição de obediência; mas não fazem as obras de Cristo. Deus não é honrado por uma fé assim. Ela é falsa. Outra classe está buscando cumprir todos os mandamentos de Deus, mas muitos deles não chegam a seu exaltado privilégio no suplicar as promessas que lhes foram dadas. As promessas de Deus são para aqueles que observam Seus mandamentos, e fazem o que é agradável aos Seus olhos.
Verifico que tenho de combater o bom combate todo dia. Tenho de exercer toda a minha fé, e não descansar no sentimento; tenho de agir como se soubesse que o Senhor me ouve, e me responde e abençoa. A fé não é feliz impulso de sentimento; é simplesmente pegar a Deus na Palavra - crer que Ele cumprirá Suas promessas por que disse que o faria.
Esperai em Deus, nEle confiai e descansai em Suas promessas, quer vos sintais contentes quer não. Uma boa emoção não é prova de serdes filhos de Deus, nem os sentimentos inquietos, perturbados, desconcertantes são indício de que não o sois. Ide às Escrituras e pegai inteligentemente a Deus em Sua Palavra. Cumpri as condições e crede que Ele vos aceitará por filhos. Não sejais incrédulos, mas crentes (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 115).

Era nas ocasiões de maior fraqueza que assaltavam a Cristo as mais cruéis tentações. Assim pensava Satanás prevalecer. Por esse método obtivera a vitória sobre os homens. Quando a resistência desfalecia, a força de vontade se debilitava e a fé deixava de repousar em Deus, então eram vencidos os que se haviam valorosamente mantido ao lado direito. Moisés achava-se fatigado pelos quarenta anos da peregrinação de Israel, quando, por um momento, sua fé deixou de se apoiar no infinito poder. Fracassou exatamente no limiar da terra prometida. O mesmo quanto a Elias, que se mantivera diante do rei Acabe; que enfrentara toda a nação de Israel, com os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal a sua frente. Depois daquele terrível dia sobre o Carmelo, em que os falsos profetas haviam sido mortos, e o povo declarara sua fidelidade a Deus, Elias fugiu para salvar a vida diante das ameaças da idólatra Jezabel. Assim se tem Satanás aproveitado da fraqueza da humanidade. E continuará a operar deste modo. Sempre que uma pessoa se encontra rodeada de nuvens, perplexa pelas circunstâncias, ou aflita pela pobreza e a infelicidade, Satanás se acha a postos para tentar e aborrecer. Ataca nossos pontos fracos de caráter. Procura abalar nossa confiança em Deus, que permite existirem tais condições. Somos tentados a desconfiar de Deus, pôr em dúvida Seu amor. Frequentemente o tentador vem a nós como foi a Cristo, apresentando nossas fraquezas e enfermidades. Espera desanimar-nos a alma, e romper nossa ligação com Deus. Então está seguro de sua presa. Se o enfrentássemos como Jesus fez, haveríamos de escapar a muita derrota. Parlamentando com o inimigo, damos-lhe vantagem (O Desejado de Todas as Nações, p. 74, 75).

Segunda, 16 de outubro: Todos pecaram

Minha alma se tem curvado em angústia, ao ser mostrada a débil condição do professo povo de Deus. A iniquidade é abundante e o amor de muitos esfria. Não há senão poucos professos cristãos que consideram esse assunto em seu devido aspecto, e que mantêm sobre si mesmos o justo governo quando a opinião pública e o costume não os condena. Quão poucos refreiam suas paixões por se sentirem sob obrigação moral de fazê-lo, e porque o temor de Deus está diante de seus olhos! As faculdades mais elevadas do homem são escravizadas pelo apetite e por paixões corruptas.
Alguns reconhecerão o mal das condescendências pecaminosas, todavia se desculparão dizendo que não lhes é possível vencer as paixões. Isso é coisa terrível de ser admitida por qualquer pessoa que profere o nome de Cristo. “Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” 2 Timóteo 2:19. Por que essa fraqueza? É porque as propensões sensuais têm sido fortalecidas pelo exercício, até que tomaram ascendência sobre as faculdades superiores. Homens e mulheres carecem de princípios. Estão morrendo espiritualmente, por haverem tão longamente nutrido seus apetites naturais, que sua capacidade de governar-se parece haver desaparecido. As paixões inferiores de sua natureza têm tomado as rédeas, e o que devia ser o poder dirigente se tem tornado o servo da paixão corrupta. A mente é mantida na mais baixa servidão. A sensualidade tem extinguido o desejo de santidade, e ressecado o viço espiritual (Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 347, 348).

A pessoa que se acha possuída do amor de Jesus... gosta de pensar em Jesus, e contemplando-O será transformada à Sua semelhança. Cristo é formado no interior, a esperança da glória. Sua confiança aumenta... e seu amor aprofunda-se e amplia-se à medida que ele tem a certeza de que permanece em Cristo, e Cristo nele. ... E podemos olhar a Jesus em busca da mais terna simpatia, e ser animados a perseverar, pondo toda a confiança nAquele que disse: "Tende bom ânimo; Eu venci o mundo." (João 16:33; Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 310).

Cristo é a nossa única esperança. Podemos olhar para Ele, pois é o nosso Salvador. Devemos pegar-Lhe na palavra, e nEle pôr a nossa confiança. Ele sabe justamente o auxílio de que necessitamos, e nEle podemos depositar seguramente a nossa confiança. Se dependermos meramente de que a sabedoria humana nos guie, encontrar-nos-emos do lado que perde. Mas podemos ir diretamente ao Senhor Jesus, pois Ele disse: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” É nosso privilégio ser ensinados por Aquele que disse: “Se não comerdes da carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.”
Temos um ouvinte divino ao qual apresentar os nossos pedidos. Então nada nos impeça de fazer nossas petições em nome de Jesus, crendo com fé inabalável que Deus nos ouve, e que nos atenderá. Levemos nossas dificuldades a Deus, humilhando-nos diante dEle. Há uma grande obra a fazer, e embora seja nosso privilégio buscar o conselho uns dos outros, devemos estar bem certos em cada questão, de buscar o conselho de Deus, pois Ele nunca nos desencaminhará. Não devemos fazer da carne o nosso braço. Se o fizermos, dependendo principalmente do auxílio humano, da orientação humana, a incredulidade entrará furtivamente, e nossa fé fenecerá (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 486, 487).

Terça, 17 de outubro: Progresso?

Muitos existem que todos os dias testificam: Não me transformei no caráter, mas apenas na teoria. ... Todos podem, mediante a fé, alcançar a coroa do vencedor, mas muitos não estão dispostos a empenhar-se em luta corpo-a-corpo com suas disposições imperfeitas. Retêm atributos que os tornam ofensivos a Deus. Todos os dias transgridem os princípios de Sua santa lei. Se todos tão-somente aprendessem a simples lição de que devem tomar e usar o jugo de Cristo, e aprender do Grande Mestre a Sua mansidão e humildade, melhor haveriam de cumprir seu concerto de amar a Deus supremamente e ao próximo como a si mesmos. ... Devem começar mesmo no princípio. Cristo diz: Tomai sobre vós Meu jugo de restrições e obediência, e aprendei de Mim. ... O coração então se tornará reto para com Deus, mediante o poder criador de Cristo. Participantes da natureza divina, são eles transformados. ...
A obra renovadora e transformadora tem de começar no coração, do qual procedem as saídas da vida. Oh, como poderá então ser considerado suficiente o serviço de lábios?! Rogo-te, por amor de Cristo, não te detenhas em qualquer lugar no meio do caminho, mas marcha, marcha! Prossegue para o aperfeiçoamento das realizações cristãs. Não deixes coisa nenhuma na incerteza. Vigia sobre ti mesmo com toda a diligência. Lembra-te de que és responsável no sentido de não representares falsamente a Cristo no caráter. Não se dê o caso de que nós, por nossos defeitos, levemos outros a praticar os mesmos pecados (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 164, 165).

Os que pensam poder obter um conhecimento de Deus à margem de Seu Representante, a quem a Palavra declara ser "a expressa imagem da Sua Pessoa" (Heb. 1:3), terão de tornar-se loucos em sua própria estima antes de ser sábios. É impossível alcançar um perfeito conhecimento de Deus, da natureza tão-somente; pois a natureza mesma é imperfeita. Em sua imperfeição não pode representar a Deus; não pode revelar o caráter de Deus em sua perfeição moral. Mas Cristo veio ao mundo como um Salvador pessoal. Representou um Deus pessoal. Como Salvador pessoal, subiu ao alto; e virá de novo tal qual subiu ao Céu - como Salvador pessoal. É Ele a expressa imagem da pessoa do Pai. "NEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade." (Col. 2:9; Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 295).

Quarta, 18 de outubro: O que os judeus e gentios têm em comum

Não façais de vossas opiniões, vossos pontos de vista quanto ao dever, vossas interpretações da Escritura, um critério para outros, condenando-os em vosso coração se não atingem vosso ideal. Não critiqueis a outros, conjeturando os seus motivos, e formando juízos. "Nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações." I Cor. 4:5. Não nos é possível ler o coração. Faltosos nós mesmos, não nos achamos capacitados para assentar-nos como juízes dos outros. Os homens finitos não podem julgar se não pelas aparências. Unicamente Àquele que conhece as ocultas fontes da ação, e que trata terna e compassivamente, pertence decidir o caso de cada alma (O Maior Discurso de Cristo, p. 124).

Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós. Rom. 2:23 e 24.
Aqueles que se unem à igreja mas não se unem ao Senhor, a tempo revelarão seu verdadeiro caráter. "Pelos seus frutos os conhecereis." Mat. 7:20. O precioso fruto da piedade, temperança, paciência, bondade, amor e caridade não aparecem em sua vida. Produzem somente espinhos e abrolhos. Deus é desonrado perante o mundo por tais professadores. ...
Satanás sabe que eles são seus agentes que atuam por não apresentarem mudança no coração e na vida, e suas obras estão em tão marcante contraste com o que professam, que se constituem numa pedra de tropeço para os descrentes e uma grande prova para os crentes. ...
Que contas terão que prestar no dia do acerto final os que professam guardar os mandamentos de Deus ao passo que a sua vida contradiz a crença que têm, porque não produzem os preciosos frutos! (A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 88).

Um dia de cada vez nos pertence, e durante o mesmo cumpre-nos viver para Deus. Por esse dia devemos colocar na mão de Cristo, em solene serviço, todos os nossos desígnios e planos, depondo sobre Ele toda a nossa solicitude, pois tem cuidado de nós. "Eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais." Jer. 29:11. "Em vos converterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança, estaria a vossa força." Isa. 30:15.
Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e felizes em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo - o jugo da obediência e do serviço - todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão (O Maior Discurso de Cristo, p. 101).

Quinta, 19 de outubro: O evangelho e o arrependimento

Os judeus ensinavam que o pecador devia arrepender-se antes de lhe ser oferecido o amor de Deus. A seu parecer, o arrependimento é obra pela qual os homens ganham o favor do Céu. Foi esse pensamento que induziu os fariseus atônitos e irados a exclamarem: "Este recebe pecadores." Luc. 15:2. Conforme sua suposição, não devia permitir que pessoa alguma a Ele se achegasse sem se ter arrependido. Mas na parábola da ovelha perdida, Cristo ensina que a salvação não é alcançada por procurarmos a Deus, mas porque Deus nos procura. "Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram." Rom. 3:11 e 12. Não nos arrependemos para que Deus nos ame, porém Ele nos revela Seu amor para que nos arrependamos.
Quando a ovelha extraviada é recolhida afinal, o júbilo do pastor se exprime em cânticos melodiosos de regozijo. Convoca seus amigos e vizinhos e lhes diz: "Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida." Luc. 15:6. Igualmente o Céu e a Terra unem-se em ações de graças e júbilo quando um pecador é achado pelo grande Pastor de ovelhas (Parábolas de Jesus, p. 95).

Seja qual for a espécie de vosso pecado, confessai-o. Se for contra Deus apenas, confessai-o a Ele só. Se cometestes algum erro ou ofensa contra outros, confessai-o a eles, e a bênção do Senhor repousará sobre vós. Desta maneira morreis para vós mesmos, e Cristo é formado em vós [Gál. 4:19]. ...
Quando, sob as tentações de Satanás, os homens caem em erro, e suas palavras e conduta não são cristãos, podem não reconhecer sua situação, pois que o pecado é enganoso, e tende a amortecer as percepções morais. Mas mediante o exame próprio, o estudo das Escrituras e humilde oração, eles, pelo auxílio do Espírito Santo, serão habilitados a reconhecer seu erro. Se então confessam seus pecados e volvem costas a eles, o tentador já não lhes aparecerá como anjo de luz, mas sim como enganador. ...
Os que reconhecem a repreensão e correção como vindas de Deus, tornando-se assim habilitados a ver e corrigir seus erros, aprendem lições preciosas, mesmo de seus erros. Sua aparente derrota transforma-se em vitória. Resistem, não porque confiem em suas próprias forças, mas no poder de Deus. Possuem eles fervor, zelo e afeição, unidos à humildade, e presididos pelos preceitos da Palavra de Deus. ... O Senhor pode ensinar-lhes Sua vontade. ... Não andam cambaleantes, mas firmes, num caminho em que incide a luz do Céu (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 235, 236).

Há pecadores no pastorado. Não estão eles porfiando por entrar pela porta estreita. Deus não trabalha com eles, pois não pode suportar a presença do pecado. Essa é a coisa que Sua alma aborrece. Mesmo aos anjos que estavam ao redor do Seu trono, a quem Ele amava, mas que não conservaram seu primeiro estado de lealdade, expulsou Deus do Céu com seu guia rebelde. A santidade é o fundamento do trono de Deus; o oposto da santidade é o pecado; o pecado crucificou o Filho de Deus. Pudessem os homens ver quão odioso é o pecado e não o tolerariam nem nele se educariam. Reformariam sua vida e caráter. As faltas secretas seriam vencidas. Se quiserdes ser santos nos Céus primeiramente precisais ser santos na Terra (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 145).

Sexta, 20 de outubro: Leitura adicional

Perdão Através do Sangue de Cristo
Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. Rom. 3:23 e 24.
Necessitamos de Jesus a cada instante. Perder o Seu amor de nosso coração significa muito. No entanto, é Ele próprio quem diz: "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor." Apoc. 2:4. ...
A religião de muitos é semelhante a um pingente de gelo - extremamente fria. O coração de não poucos continua insensível e rebelde. Eles não conseguem tocar o coração de outros porque o seu coração não se acha repleto do bem-aventurado amor que procede do coração de Cristo. ...
A religião genuína se baseia na crença nas Escrituras. A Palavra de Deus deve ser crida sem reservas. Nenhuma parte dela deve ser cortada e moldada a fim de se ajustar a certas teorias. Os homens não devem exaltar a sabedoria humana assumindo a posição de juízes em relação à Palavra de Deus. A Bíblia foi escrita por homens santos do passado, ao serem movidos pelo Espírito Santo; e este Livro contém tudo o que sabemos com certeza, e tudo o que podemos jamais aprender com respeito a Deus e Cristo, a menos que, como Paulo, sejamos arrebatados ao terceiro Céu. ... Esta revelação ao apóstolo não prejudicou sua humildade.
A vida do cristão é regulada pela Palavra de Deus, tal e qual está escrito.Todas as verdades do Antigo e Novo Testamentos formam um todo, completo em si. Devemos nutrir, crer e obedecer a tais verdades. Para o verdadeiro discípulo, a fé na Palavra de Deus é um princípio vivo e ativo, "porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação." Rom. 10:10. Pela fé o homem crê receber a justiça de Cristo.
A fé, em si mesma, é uma ação mental. O próprio Jesus é o Autor e Consumador de nossa fé. Ele deu Sua vida por nós, e Seu sangue dá um melhor testemunho em nosso favor do que o sangue de Abel, que clamou a Deus contra Caim, o assassino. O sangue de Cristo foi derramado para perdoar os nossos pecados.
Muitos cometem o erro de tentar definir minuciosamente os pequenos pontos de diferença entre justificação e santificação. E eles frequentemente trazem para as definições destes dois termos suas próprias ideias e especulações. Por que procurar ser mais minucioso do que a Inspiração na questão vital da justificação pela fé?
Os que se acham unidos com Cristo através do exercício diário e constante da fé que opera por amor e purifica a alma, recebem o perdão de seus pecados, e são santificados para a vida eterna (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 69).

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