sábado, 17 de março de 2018

1º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 12 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua palavra. De todo o coração Te busquei; não me deixes fugir aos Teus mandamentos. Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti” (Sl 119:9-11).

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Trechos em destaque extraídos dos originais 
e ausentes na versão física do comentário.

Sábado à tarde, 17 de março

O inimigo não pode vencer o humilde que aprende de Cristo, aquele que anda, orando, perante o Senhor. Cristo Se interpõe como uma proteção, um refúgio contra os assaltos do maligno. É-nos feita a promessa: "Vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a Sua bandeira." Isa. 59:19. [...]
Foi permitido a Satanás tentar o muito confiante Pedro, como lhe fora permitido tentar a Jó; mas uma vez feito isso, teve que retirar-se. Se houvesse sido permitido a Satanás prosseguir em sua tentativa, não teria havido esperança para Pedro. Ele teria fracassado na fé. Mas o inimigo não ousa avançar um milímetro além dos limites que lhe são permitidos. Não existe, em toda a capacidade satânica, poder algum que incapacite a pessoa que confia, com fé simples, na sabedoria que de Deus vem. 
Cristo é a nossa torre forte, e Satanás não pode exercer poder sobre a pessoa que anda com Deus em humildade de espírito. A promessa é: "Que se apoderem da Minha força e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo." Isa. 27:5. Em Cristo, há auxílio perfeito e completo para todo indivíduo tentado. Perigos nos assaltam a cada passo, mas todo o Universo celestial está a postos em guarda, para que ninguém possa ser tentado além do que é capaz de suportar. Alguns têm traços fortes de caráter, que precisarão ser constantemente refreados. Se mantidos sob o domínio do Espírito de Deus, esses traços serão uma bênção, mas se não, se tornarão em maldição. ... Se nos dedicarmos abnegadamente ao trabalho, não nos apartando no mínimo ponto dos princípios, o Senhor nos envolverá com Seus braços eternos e Se tornará um poderoso auxiliar. Se considerarmos a Jesus Alguém em quem podemos confiar, Ele nunca nos falhará em circunstância alguma (Minha Consagração Hoje [MM 1989/1953], p. 296). 

As palavras da verdade crescerão de importância e assumirão largueza e plenitude de significado com que jamais sonhamos. A beleza e a opulência da Palavra têm influência transformadora sobre a mente e o caráter. A luz do amor celeste incidirá sobre a alma, qual inspiração. A apreciação da Bíblia aumenta com o estudo. Para onde quer que se volte o aluno, achará manifestos a infinita sabedoria e o amor de Deus (Parábolas de Jesus, p. 132).

E cristãos que se ligam com associações mundanas estão se prejudicando a si mesmos da mesma maneira que desencaminhando a outros. Os que temem a Deus não podem escolher por companheiros os ímpios, e ficar eles próprios incólumes. Nessas sociedades eles são postos sob a influência de princípios e costumes mundanos, e mediante o poder da associação e do hábito a mente se torna mais e mais conformada às normas do mundo. Esfria seu amor para com Deus, e não têm nenhum desejo de comunhão com Ele. Tornam-se espiritualmente cegos. Não podem ver nenhuma diferença particular entre o transgressor da lei de Deus, e os que O temem e guardam os Seus mandamentos. Eles chamam ao mal bem, e ao bem mal. O esplendor das realidades eternas se esvaece. A verdade pode-lhes ser apresentada de maneira convincente, mas eles não têm fome do pão da vida, nem sede das águas da salvação. Bebem de cisternas rotas que não podem conservar as águas. Oh!, fácil coisa é, pela associação com o mundo, contagiar-se com seu espírito, ser moldado por suas maneiras de ver as coisas, de modo que não discirnamos a preciosidade de Jesus e da verdade. E justamente na medida em que o espírito do mundo habita em nosso coração, regerá ele nossa vida (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 129).

Domingo, 18 de março: Hábito: buscar a Deus em primeiro lugar

Quanto mais nossa fé se firmar em Cristo, em perfeita confiança, tanto mais paz teremos. A fé aumenta pelo exercício. A regra de Deus é: Um dia de cada vez. Dia a dia, fazei a obra correspondente com a consciência de que trabalhais à vista de anjos, querubins e serafins, e Deus e Cristo. Somos "espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens." I Cor. 4:9. "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje." Mat. 6:11. "A tua força será como os teus dias." Deut. 33:25. "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé." Heb. 12:2. Vivendo assim, o Espírito Santo ajuda a nossa memória, santifica todas as faculdades e nos mantém lembrados de que a cada dia e a toda hora dependemos do cuidado, da guarda, sabedoria e incessante amor de nosso Pai celestial.
Este é o espírito semelhante ao de criança, que Jesus declarou aos discípulos que deviam ter a fim de entrar no reino dos Céus: confiar como uma criancinha em Deus, nosso Pai celestial. Então as tentações de Satanás são discernidas e mais facilmente vencidas, pois há no coração um constante aproximar-se de Deus. O sentimento de presunção, que opera a ruína de tantas pessoas, não terá então ambiente em que crescer.
"Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas." (Mat. 6:33; Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 227, 228).

Deus será para nós tudo quanto Lhe permitirmos ser. Nossas orações fracas, com coração dividido, não nos trarão resposta do Céu. Oh, necessitamos insistir em nossas petições! Pedi com fé, esperai com fé, recebei com fé, regozijai-vos na esperança, pois todo aquele que busca encontra. Penetrai genuinamente no assunto. Buscai a Deus de todo o coração. O povo põe a alma e diligência em tudo quanto empreende, quanto às coisas temporais, até que seus esforços sejam coroados de êxito. Com intensa seriedade aprendei a ocupação de buscar as ricas bênçãos que Deus prometeu, e com perseverante e determinado esforço obtereis Sua luz e verdade e preciosa graça. 
Clamai a Deus em sinceridade, com fome de alma. Lutai com os poderes celestes até que alcanceis a vitória. Ponde todo o vosso ser nas mãos do Senhor, alma, corpo e espírito, e decidi ser instrumentos vivos, consagrados Seus, movidos por Sua vontade, regidos por Sua mente, possuídos por Seu Espírito.
Contai a Jesus vossas necessidades na sinceridade de vossa alma. Não se exige de vós que entretenhais longo debate com Deus ou Lhe pregueis um sermão, mas com o coração aflito pelos vossos pecados, dizei: "Salva-me, Senhor, senão pereço." Há esperança para tais pessoas. Elas buscarão, pedirão, baterão, e encontrarão. Quando Jesus houver tirado o fardo do pecado que está esmagando a pessoa, experimentareis a bem-aventurança da paz com Deus (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 126, 127).

Jesus foi nosso exemplo em tudo, e foi um diligente e constante obreiro. Começou a vida de utilidade desde a infância. Na idade de doze anos tratava dos negócios de Seu Pai. (Luc. 2:49.) Entre as idades de doze e trinta, antes de entrar em Seu ministério público, levou uma vida de ativo trabalho. Em Seu ministério, Jesus nunca estava ocioso. Disse: "Convém que Eu faça as obras dAquele que Me enviou." João 9:4. [...] Os sofredores que foram ter com Ele não foram mandados embora sem receber alívio. Ele estava relacionado com cada coração e sabia a maneira de atender-lhes as necessidades. Caíam de Seus lábios amoráveis palavras de conforto, animação e bênção; e os grandes princípios do reino do Céu eram expostos a grandes multidões em palavras tão simples que todos as compreendiam.
Jesus era um silencioso e abnegado obreiro. Não buscava fama, riquezas, ou aplausos; nem consultava a própria comodidade e prazer. [...] Não fugia das responsabilidades ou cuidados, como fazem muitos que professam ser Seus seguidores. [...]
Os direitos de Jesus a nosso serviço são novos a cada dia. Por mais completa que tenha sido nossa consagração quando nos convertemos, de nada nos valerá a menos que a renovemos dia a dia; mas uma consagração que abrange o presente é nova, genuína e aceitável a Deus (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 151).

Segunda, 19 de março: Hábito: aguardar o retorno de Jesus

As glórias que aguardam o fiel vencedor estão além de qualquer descrição. O Senhor honrará grandemente e exaltará Seus fiéis. Eles crescerão como o cedro, e sua compreensão certamente aumentará. E a cada passo de avanço no conhecimento sua expectativa se revelará bem aquém da realidade. "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam." I Cor. 2:9. Nossa obra agora é preparar-nos para aquelas mansões que Deus está preparando para aqueles que O amam e guardam os Seus mandamentos. [...] O Senhor Jesus ampliará toda mente e coração para o recebimento do Espírito Santo (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 159). 

Deus deseja que Seu povo mantenha os olhos fixos no Céu, aguardando “o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”. Tito 2:13. Enquanto a atenção dos mundanos se volta para seus vários empreendimentos, a nossa deve ser posta no Céu; nossa fé deve atingir mais e mais distante, os gloriosos mistérios do tesouro celestial, extraindo os preciosos e divinos raios de luz do santuário celeste para brilharem em nosso coração, como brilham da face de Jesus. Os escarnecedores zombam dos que esperam e vigiam e lhes perguntam: “‘Onde está a promessa de Sua vinda?’ 2 Pedro 3:4. Vocês foram decepcionados. Venham conosco e prosperarão nas coisas mundanas. Lucrem, ganhem dinheiro e sejam honrados pelo mundo.” Os fiéis olham para cima e respondem: “Estamos vigiando.” E tornando-se dos prazeres, da fama e do engano das riquezas, mostram estar vigiando. Na vigilância, tornam-se fortes, vencem a indolência, o egoísmo e o amor à comodidade. O fogo da aflição arde sobre eles e o tempo de espera parece longo. Algumas vezes se entristecem e a fé vacila; mas, voltam ao combate, suplantando seus temores e dúvidas, e enquanto seus olhos estão dirigidos ao céu, dizem aos adversários: “Estou vigiando e esperando o retorno de meu Senhor. Gloriar-me-ei na tribulação, na aflição, nas necessidades.”
O desejo de nosso Senhor é que estejamos vigilantes, para que, quando Ele vier e bater, possamos abrir imediatamente a porta. Uma bênção é pronunciada sobre aqueles servos a quem Ele encontrar vigiando: Ele “Se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-Se, os servirá”. Lucas 12:37. Quem dentre nós, nesses últimos dias, será assim especialmente honrado pelo Senhor dos Exércitos? Estaremos preparados para sem demora abrir-Lhe a porta e saudá-Lo? Vigiem, vigiem, vigiem. Quase todos cessaram sua vigilância e espera; nós não estamos prontos para imediatamente abrir-Lhe a porta. O amor ao mundo tem ocupado tanto nossos pensamentos, que os olhos não estão postos no alto, mas na Terra. Estamos ansiosos por envolver-nos com zelo e dedicação em diferentes empreendimentos, mas Deus é esquecido e o tesouro celeste não é valorizado. Não estamos em atitude de espera e vigilância. O amor ao mundo e o engano das riquezas obscurecem nossa fé, e não mais ansiamos e amamos o retorno de nosso Salvador. Tentamos arduamente cuidar de nós mesmos. Estamos inquietos e precisamos grandemente de uma firme confiança em Deus. Muitos se afligem e trabalham, imaginando e planejando, temendo passar necessidades. Não se permitem tempo para orar ou assistir aos cultos e, no cuidado de si mesmos, não dão chance para que Deus cuide deles. E o Senhor não pode fazer muito por eles, pois não Lhe dão oportunidade. Fazem demasiado por si mesmos e creem e confiam muito pouco em Deus (Testemunhos para a Igreja, v.2 , p. 194, 195). 

Cristo está a par de tudo quanto é mal interpretado e desfigurado pelos homens. Seus filhos podem esperar com serena paciência e confiança, por mais que sofram malignidade e desprezo; pois nada há oculto que não haja de manifestar-se, e aqueles que honram a Deus hão de por Ele ser honrados na presença dos homens e dos anjos. [...]

Em todos os séculos os escolhidos mensageiros de Deus têm sido ofendidos e perseguidos; não obstante, mediante seus sofrimentos foi o conhecimento de Deus disseminado no mundo. Todo discípulo de Cristo tem de ingressar nas fileiras e levar avante a mesma obra, sabendo que seu inimigo nada pode fazer contra a verdade, senão pela verdade. Deus pretende que a verdade seja posta pela frente, se torne objeto de exame e consideração, a despeito do desprezo que lhe votem. O espírito do povo deve ser agitado; toda polêmica, toda crítica, todo esforço para restringir a liberdade de consciência, é um instrumento de Deus para despertar as mentes que, do contrário, ficariam sonolentas.
Quantas vezes se têm observado esses resultados na história dos mensageiros de Deus! Quando o nobre e eloquente Estêvão foi apedrejado por instigação do conselho do Sinédrio, não houve nenhum prejuízo para a causa do evangelho. A luz do Céu a iluminar-lhe o semblante, a divina compaixão que transpirava de sua oração quando moribundo, foram qual penetrante seta de convicção para os fanáticos membros do Sinédrio ali presentes, e Saulo, o fariseu perseguidor, tornou-se um vaso escolhido para levar diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel, o nome de Cristo. E muito depois Paulo, já envelhecido, escreveu de sua prisão em Roma: "Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, ... não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade." Filip. 1:15, 17 e 18. Por meio da prisão de Paulo o evangelho foi difundido, e almas ganhas para Cristo no próprio palácio dos Césares. Pelos esforços de Satanás para a destruir, a "incorruptível" semente da Palavra de Deus, "viva e que permanece para sempre" (I Ped. 1:23), é semeada no coração dos homens; mediante o sofrimento e a perseguição de Seus filhos, o nome de Cristo é magnificado, e almas são salvas.
Grande é no Céu o galardão dos que testemunham em favor de Cristo por meio de perseguição e opróbrio. Enquanto o povo está esperando bens terrenos, Jesus os encaminha a uma recompensa celestial. Não a coloca, entretanto, inteiramente na vida futura; ela começa aqui. O Senhor apareceu na antiguidade a Abraão, dizendo: "Eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão." Gên. 15:1. Esta é a recompensa de todos quantos seguem a Cristo. Jeová Emanuel - Aquele "em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência", em quem habita "corporalmente toda a plenitude da divindade" (Col. 2:3 e 9) - ser levado a sentir em correspondência com Ele, conhecê-Lo, possuí-Lo, à medida que o coração se abre mais e mais para receber-Lhe os atributos; conhecer-Lhe o amor e o poder, possuir as insondáveis riquezas de Cristo, compreender mais e mais "qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus" (Efés. 3:18 e 19) - "esta é a herança dos servos do Senhor e a sua justiça que vem de Mim, diz o Senhor". (Isa. 54:17; O Maior Discurso de Cristo, p. 32-35).

Terça, 20 de março: Hábito: usar o tempo com sabedoria

É o dever de todo cristão adotar hábitos de ordem, perfeição e presteza. Não há desculpa para a morosidade e imperfeição em trabalho de qualquer natureza. Quando alguém está sempre trabalhando, e a tarefa nunca está concluída, é porque a mente e o coração não estão na obra. Os vagarosos, e que trabalham sem o competente preparo, deveriam reconhecer que essas são faltas para serem corrigidas. Precisam exercitar a mente em planejar como utilizar o tempo para alcançar os melhores resultados. Com tino e método alguns conseguirão em cinco horas o mesmo trabalho que outros em dez. Muitos que são encarregados de tarefas domésticas estão sempre labutando, não porque tenham tanto para fazer, mas por não planejarem como poupar tempo. Por causa de suas maneiras morosas e lerdas fazem do pouco trabalho muito. Mas todos quantos quiserem podem vencer estes hábitos falhos e lentos. Devem ter um alvo definido em sua ocupação. Decidam quanto tempo requer certo trabalho, e então se esforcem para executá-lo no dado tempo. O exercício da força de vontade tornará as mãos mais ágeis (Parábolas de Jesus, p. 344).

Todas as providências foram tomadas para que alcancemos em Cristo Jesus uma estatura que satisfaça a norma divina. Deus não Se agrada de Seus representantes se se satisfazem em serem pigmeus, quando poderiam crescer até à plena estatura de homens e mulheres em Cristo. ... Ele quer que tenhais pensamentos grandiosos, nobres aspirações, claras percepções da verdade, elevados propósitos de ação. Cada ano que passa deve aumentar o anseio da alma por pureza e perfeição do caráter cristão. E se esse conhecimento aumentar dia a dia, mês a mês, ano a ano, não será isso uma obra que se consuma como feno, madeira e restolho; mas será como que pôr sobre a pedra fundamental, ouro, prata e pedras preciosas - obras que não perecem, mas que resistirão ao fogo do último dia.
Está nossa obra terrestre sendo executada de modo cabal e com tal fidelidade que resista a inquirição? Haverá os que tenhamos ofendido e que testificarão contra nós no dia de Deus? Neste caso, o registro foi feito no Céu, e o encontraremos de novo. Devemos trabalhar à vista do grande Senhor da tarefa, quer nossos penosos esforços sejam vistos e apreciados pelos homens, quer não. Nenhum homem, mulher ou criança pode servir a Deus aceitavelmente, trabalhando de modo negligente, a esmo, hipocritamente, quer se trate de serviço secular ou religioso. O verdadeiro cristão terá em vista a glória de Deus em todas as coisas, animando seus propósitos e fortalecendo os princípios com este pensamento: "Faço isto por Cristo." (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 368) .

Aconselhava aos que eram seguidores de Jesus em comunidades pagãs, a não andarem como andavam "também os outros gentios, na vaidade do seu sentido, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus... pela dureza do seu coração" (Efés. 4:14, 13, 17 e 18), mas "como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus". Efés. 5:15 e 16. Animava os crentes a olharem ao tempo em que Cristo, o qual "amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela", haveria de a "apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível". Efés. 5:25 e 27.
Essas mensagens, escritas não com o poder do homem mas de Deus, contêm lições que deviam ser estudadas por todos, e que podem com proveito ser muitas vezes repetidas. Nelas é esboçada a piedade prática, são assentados princípios que deviam ser seguidos em todas as igrejas, e é esclarecido o caminho que leva à vida eterna (Atos dos Apóstolos, p. 470,471).

Quarta, 21 de março: Hábito: manter a mente, o corpo e o espírito saudáveis

Temos a obrigação de controlar os nossos pensamentos e de sujeitá-los à lei de Deus. As nobres faculdades da mente nos foram dadas pelo Senhor a fim de que as possamos empregar na contemplação de coisas celestes. Deus fez abundante provisão para que a pessoa possa fazer contínuo progresso na vida divina. Por toda parte colocou Ele instrumentos para nos ajudarem no desenvolvimento quanto ao conhecimento e a virtude. Contudo, quão pouco esses instrumentos são apreciados ou aproveitados! Quão frequentemente a mente é dada à contemplação daquilo que é terreno, sensual e vil! Dedicamos o tempo e os pensamentos às coisas triviais e comuns do mundo e negligenciamos os grandes interesses que dizem respeito à vida eterna. As nobres faculdades da mente se encolhem e se enfraquecem por não serem exercitadas em temas dignos de sua concentração (Review and Herald, 12/06/1888, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1297).

A força é um talento, e deve ser usada para glorificar a Deus. Nosso corpo Lhe pertence. Ele pagou o preço da redenção tanto pelo corpo como pela alma. ... Melhor podemos servir a Deus no vigor da saúde do que na apatia da doença; portanto, no cuidado de nosso corpo precisamos cooperar com Ele. Amor a Deus é essencial para a vida e saúde. A fé em Deus é necessária para que tenhamos saúde. A fim de que tenhamos saúde perfeita, deve nosso coração estar cheio de amor, esperança e alegria no Senhor (Conselhos Sobre Mordomia, p. 115).

O devido emprego de si mesmo é a mais valiosa lição que se possa aprender. Não devemos fazer trabalho mental, e parar aí, ou fazer exercício físico e nisto ficar; temos de fazer o melhor uso das várias partes que compõem o organismo humano - o cérebro, os ossos, músculos, cabeça e coração. 
O correto emprego do próprio eu inclui todo o círculo de obrigações para consigo mesmo, para com o mundo e para com Deus. Depois usar as faculdades físicas proporcionalmente com as mentais. Toda ação deriva sua qualidade do motivo que a inspira, e se os motivos não são elevados e puros e abnegados, a mente e o caráter nunca ficarão bem equilibrados. [...] Vós pertenceis ao Senhor; pois Ele vos criou. Sois dEle pela redenção; pois deu a vida por vós. [...] Conservai cada parte do organismo vivo, a fim de o empregardes para o serviço de Deus. Conservai-o para Ele. Vossa saúde depende do devido uso de vosso organismo físico. Não empregueis mal nenhuma parte das faculdades que vos foram dadas por Deus, físicas, mentais ou morais. Todos os vossos hábitos devem ser postos sob a orientação de uma mente por sua vez regida por Deus.
Caso os jovens de ambos os sexos hajam de crescer até à plena estatura de Cristo Jesus, devem-se tratar inteligentemente. ... Os hábitos nocivos à saúde sejam de que espécie forem - dormir tarde, levantar tarde pela manhã, comer depressa - devem ser vencidos. Mastigai bem vossa comida. Não haja precipitação na comida. Ventilai bem o quarto de dormir dia e noite, e fazei trabalho físico útil. ... Usando com propriedade nossas faculdades ao máximo na mais útil ocupação, mantendo com saúde todo órgão do corpo, e assim conservando todo órgão, a mente, os nervos e os músculos hão de trabalhar harmoniosamente, e podemos realizar o mais precioso serviço para Deus. (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956/2005], p. 171).

Deus pede de cada membro da igreja que dedique sem reservas sua vida ao serviço do Senhor. Ele pede decidida reforma. Toda a criação geme sob a maldição. O povo de Deus deve colocar-se onde cresça na graça, sendo santificado no corpo, na alma e no espírito, pela verdade. Quando romperem com toda ruinosa tolerância em matéria de saúde, terão mais clara percepção do que significa verdadeira piedade. Maravilhosa mudança será vista na experiência religiosa. [...]

"E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada e o dia é chegado. Rejeitemos pois as obras das trevas; e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne com suas concupiscências." (Rom. 13:11-14; Conselhos Sobre Saúde, p. 579).

Quinta, 22 de março: Hábito: moderação

Clamai a Deus em sinceridade, com fome de alma. Lutai com os poderes celestes até que alcanceis a vitória. Ponde todo o vosso ser nas mãos do Senhor, alma, corpo e espírito, e decidi ser instrumentos vivos, consagrados Seus, movidos por Sua vontade, regidos por Sua mente, possuídos por Seu Espírito (Filhos e Filhas de Deus [Meditações Matinais, 1956/2005], pág. 105).

Na esperança de imprimir vividamente no espírito dos crentes coríntios a importância de firme autocontrole, estrita temperança e persistente zelo no serviço de Cristo, Paulo em sua carta a eles faz saliente comparação entre a milícia cristã e as celebradas maratonas que se realizavam em intervalos fixos, próximo de Corinto. [...]
As competições eram regidas por regulamentos estritos, dos quais não havia apelação. Os que desejavam ter seus nomes inscritos como competidores ao prêmio, tinham que primeiro submeter-se a severo treino preparatório. Prejudicial condescendência no apetite, ou qualquer outra concessão que pudesse diminuir o vigor físico ou mental, eram estritamente proibidas. Para alguém ter alguma esperança de sucesso nessas competições de força e ligeireza, os músculos tinham de ser fortes e flexíveis e os nervos estar sob controle. Cada movimento tinha de ser exato, cada passo rápido e bem orientado; as faculdades físicas precisavam alcançar o mais alto ponto.
Nestas competições havia grandes riscos. Alguns jamais se refaziam do terrível esforço físico. Não era incomum pessoas caírem no percurso, sangrando pela boca e nariz, e algumas vezes um competidor caía morto quando estava para alcançar o prêmio. Mas a possibilidade de dano para o resto da vida, ou a própria morte, não eram olhados como risco grande demais por amor da honra reservada ao vencedor. [...]
Referindo-se a essas corridas como uma figura da milícia cristã, Paulo deu ênfase à preparação necessária para o sucesso dos contendores na maratona - a disciplina preliminar, o regime de abstenção alimentar, a necessidade de temperança. "E todo aquele que luta", declarou Paulo, "de tudo se abstém." I Cor. 9:25. Os corredores punham de lado toda a condescendência que tendesse a diminuir-lhes as faculdades físicas, e mediante severa e contínua disciplina, treinavam os músculos para se tornarem fortes e resistentes, para que ao chegar o dia da competição pudessem exigir de suas forças o máximo de rendimento. Quão mais importante é que o cristão, cujos eternos interesses estão em jogo, coloquem os apetites e as paixões em sujeição à razão e à vontade de Deus! Jamais deve ele permitir seja sua atenção desviada por entretenimentos, luxos ou comodidades. Todos os seus hábitos e paixões devem ser postos sob a mais estrita disciplina. A razão, iluminada pelos ensinos da Palavra de Deus e guiada por Seu Espírito, tem de tomar as rédeas do controle.
E havendo feito isso, precisa o cristão esforçar-se ao máximo para alcançar a vitória. Nos jogos coríntios, as derradeiras passadas dos contendores eram dadas sob agonizante esforço para conservar a velocidade. Assim o cristão, ao aproximar-se do alvo, prosseguirá com ainda maior zelo e determinação que no início da carreira.
Paulo apresenta a diferença entre a coroa de louros fenecíveis recebida pelo vencedor nas corridas, e a coroa de glória imortal que será dada ao que corre vitoriosamente a carreira cristã. "Eles o fazem", declara, "para alcançar uma coroa corruptível." I Cor. 9:25. Para alcançar um prêmio perecível, os corredores gregos não fugiam a qualquer esforço ou disciplina. Nós estamos lutando por um prêmio infinitamente mais valioso, a própria coroa da vida eterna. Quão mais cuidadosa deveria ser nossa luta, e quão maior nossa disposição para o sacrifício e renúncia!
Na epístola aos hebreus se salienta a inteireza de propósito que deve caracterizar a carreira do cristão para a vida eterna: "Deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé." Heb. 12:1 e 2. Inveja, malícia, ruins suspeitas, maledicências, cobiça - são embaraços que o cristão deve pôr de lado, se quiser correr com êxito a carreira para a imortalidade. Cada hábito ou prática que conduz ao pecado e leva a desonra a Cristo, precisa ser posto de lado, seja qual for o sacrifício. A bênção do Céu não pode acompanhar qualquer homem em violação dos eternos princípios de justiça. Um pecado acariciado é bastante para promover a degradação do caráter e desviar a outros (Atos dos Apóstolos, p. 311, 312).

Com que cuidado devem os cristãos reger os seus hábitos, a fim de que possam conservar o pleno vigor de cada faculdade para entregar ao serviço de Cristo! Se estivermos santificados em alma, corpo e espírito, devemos viver em conformidade com a lei divina. O coração não pode manter a consagração a Deus enquanto se condescende com os apetites e paixões a expensas da saúde e da vida (Conselhos Sobre Saúde, p. 69).

Sexta, 23 de março: Estudo adicional

Refletindo a Cristo, "A Avenida da Saúde", p. 153.

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