sábado, 14 de julho de 2018

3º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 3 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo” (At 2:46, 47).

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Sábado à tarde, 14 de julho

Nos dias em que a glória do Cristo ressurgido resplandecia sobre ela, foi dito da igreja apostólica que ninguém dizia "que coisa alguma do que possuía era sua própria". Atos 4:32. "Não havia, pois, entre eles necessitado algum." Atos 4:34. "E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça." Atos 4:33. "E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." Atos 2:46 e 47.
Rebuscai o céu e a Terra, e não existe aí, revelada, uma verdade mais poderosa do que aquela que se manifesta em obras de misericórdia aos que necessitam de nossa simpatia e auxílio. Esta é a verdade tal como se encontra em Jesus. Quando os que professam o nome de Cristo praticarem os princípios da regra áurea, o evangelho será apoiado pelo mesmo poder que o acompanhava na era apostólica (O Maior Discurso de Cristo, p. 137).

Quando o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja primitiva, os irmãos amavam-se uns aos outros. “Comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos dos Apóstolos 2:46, 47. Aqueles cristãos primitivos eram poucos em número, sem riquezas ou honras, mas exerciam poderosa influência. Deles irradiava a luz do mundo. Eram um terror aos malfeitores, onde quer que eram conhecidos seu caráter e doutrinas. Por isso eram odiados pelos ímpios e perseguidos até à morte. 
A norma de santidade é hoje a mesma que nos dias dos apóstolos. Nem as promessas nem as reivindicações de Deus perderam coisa alguma de sua força. Mas qual é o estado do professo povo do Senhor, em comparação com a igreja primitiva? Onde está o Espírito e o poder de Deus que, naquele tempo, acompanhava a pregação do Evangelho? Ai, “como se escureceu o ouro! como se mudou o ouro fino e bom!” (Lamentações 4:1; Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 239, 240).

Quando a graça de Cristo é expressa em palavras e obras por parte dos crentes, a luz brilhará para os que estão em trevas; pois enquanto os lábios estão proferindo louvores a Deus, as mãos estão estendidas em beneficência para ajudar aos que estão perecendo. Lemos que no dia do Pentecoste, quando o Espírito Santo desceu sobre os discípulos, ninguém dizia que seus bens eram exclusivos. Todos os seus bens eram para a propagação da maravilhosa reforma. E milhares foram convertidos num dia. Quando o mesmo espírito atuar nos crentes de hoje, e eles derem a Deus suas propriedades com a mesma liberalidade, será realizada obra ampla e de vasto alcance (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 262).

Domingo, 15 de julho: Ensino e comunhão

Depois do derramamento do Espírito Santo, os discípulos, vestidos da armadura divina, saíram como testemunhas, para contar a maravilhosa história da manjedoura e da cruz. Eram homens humildes, mas saíram com a verdade. Após a morte de seu Senhor eram um grupo indefeso, desapontado e desanimado - como ovelhas sem pastor; mas agora saem como testemunhas da verdade, sem outra arma senão a Palavra e o Espírito de Deus para triunfar sobre toda a oposição.
Seu Salvador fora rejeitado e condenado, e pregado na ignominiosa cruz. Os sacerdotes judeus e príncipes haviam declarado com escárnio: "Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se. Se é o rei de Israel, desça, agora, da cruz, e creremos nEle." Mat. 27:42. Mas essa cruz, esse instrumento de vergonha e tortura, trouxe esperança e salvação ao mundo. A igreja se reuniu; seu desespero e consciente inutilidade os abandonara. Seu caráter fora transformado e eles se uniram pelos laços do amor cristão. Embora não tivessem riquezas, embora fossem contados pelo mundo como meros pescadores ignorantes, foram feitos pelo Espírito Santo testemunhas de Cristo. Sem honras ou reconhecimento terrenos, eram os heróis da fé. De seus lábios saíram palavras de eloquência e poder divino que abalaram o mundo.
O terceiro, quarto e quinto capítulos de Atos, dão um relato de seu testemunho. Os que rejeitaram e crucificaram o Salvador esperavam ver os discípulos desanimados, abatidos e prontos para negar a seu Senhor. Com espanto ouviram o testemunho claro e ousado, dado sob o poder do Espírito Santo. As palavras e obras dos discípulos representaram as palavras e obras de seu Mestre; e todos os que os ouviam diziam: Estes aprenderam de Jesus. Eles falam como Ele falava. "E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça" (Atos 4:33; Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 66, 67).

Muitos desses primeiros crentes foram imediatamente separados da família e dos amigos pelo zeloso fanatismo dos judeus, sendo portanto necessário prover-lhes alimento e abrigo.
O relato declara: "Não havia pois entre eles necessitado algum." Atos 4:34. E diz como as necessidades eram supridas. Aqueles dentre os crentes que tinham dinheiro e bens, alegremente sacrificavam-nos para socorrer na emergência. Vendendo suas casas ou suas terras, eles levavam o dinheiro e o depositavam aos pés dos apóstolos. "E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que cada um tinha." Atos 4:35.
Esta liberalidade da parte dos crentes foi o resultado do derramamento do Espírito. "Era um o coração e a alma" (Atos 4:32) dos conversos ao evangelho. Um comum interesse os guiava - o êxito da missão a eles confiada; e a avareza não tinha lugar em sua vida. Seu amor aos irmãos e à causa que haviam abraçado, era maior do que o amor ao dinheiro e às posses. Suas obras testificavam que eles tinham a salvação dos homens em maior apreço que as riquezas terrestres.
Assim será sempre, quando o Espírito de Deus toma posse da vida. Aqueles cujo coração transborda do amor de Cristo, seguirão o exemplo dAquele que por amor de nós, Se tornou pobre, para que por Sua pobreza enriquecêssemos. Dinheiro, tempo, influência - todos os dons que receberam das mãos de Deus - só serão por eles apreciados quando usados como meio de fazer avançar a obra evangélica. Assim foi na igreja primitiva; e, ao ver-se na igreja de hoje que, pelo poder do Espírito os membros retiraram suas afeições das coisas do mundo, e se dispõem a fazer sacrifícios a fim de que seus semelhantes possam ouvir o evangelho, as verdades proclamadas terão poderosa influência sobre os ouvintes (Atos dos Apóstolos, p. 70, 71).

A Providência, embora invisível, está sempre em ação nos negócios humanos. A mão de Deus pode fazer prosperar ou reter, e Ele frequentemente retém de um enquanto parece fazer outro prosperar. Tudo isto é para testar e provar o homem a fim de revelar o coração. Ele permite que sobrevenham revezes sobre um irmão enquanto faz prosperar a outro, a fim de ver se aqueles a quem Ele favorece têm o Seu temor diante dos olhos, e se cumprirão o dever que lhes foi designado em Sua Palavra, de amarem ao seu próximo como a si mesmos e ajudarem seu irmão mais pobre, motivados pelo amor à prática do bem. Atos de generosidade e bondade foram designados por Deus para manter brandos e compassivos os corações dos filhos dos homens, e incentivá-los a demonstrar interesse e afeto uns pelos outros, a exemplo do Mestre, que por nossa causa Se fez pobre, para que através de Sua pobreza pudéssemos nos tornar ricos. A lei do dízimo foi estabelecida sobre um princípio duradouro, e se destinava a ser uma bênção para o homem (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 547).

Segunda, 16 de julho: A cura de um coxo

Com grande poder os discípulos pregaram sobre o crucificado e ressurgido Salvador. Sinais e maravilhas foram operados por eles em nome de Jesus; os enfermos foram curados, e um homem que havia sido coxo desde o nascimento foi restaurado a perfeita saúde e entrou com Pedro e João no templo, andando e saltando e louvando a Deus à vista de todo o povo. As novas se espalharam, e o povo começou a se comprimir em torno dos discípulos. Muitos se ajuntaram, grandemente atônitos, em face da cura que se havia operado (Primeiros Escritos, p. 192).

A mensagem de salvação é comunicada aos homens por intermédio de instrumentos humanos. Mas os judeus haviam procurado monopolizar a verdade, que é a vida eterna. Entesouraram o vivo maná, que se corrompera. A religião que tinham buscado guardar só para si, tornara-se um tropeço. Roubavam a Deus de Sua glória, e prejudicavam o mundo por uma falsificação do evangelho. Haviam recusado entregar-se a Deus para a salvação do mundo, e tornaram-se instrumento de Satanás para sua destruição.
O povo a quem Deus chamara para ser a coluna e fundamento da verdade, transformara-se em representante de Satanás. Faziam a obra que este queria que fizessem, seguindo uma conduta em que apresentavam mal o caráter de Deus, fazendo com que o mundo O considerasse um tirano. Os próprios sacerdotes que ministravam no templo haviam perdido de vista a significação do serviço que realizavam. Deixaram de olhar, para além do símbolo, àquilo que ele significava. Apresentando as ofertas sacrificais, eram como atores num palco. As ordenanças que o próprio Deus indicara, tinham-se tornado o meio de cegar o espírito e endurecer o coração. Deus não poderia fazer nada mais pelo homem por meio desses veículos. Todo o sistema devia ser banido (O Desejado de Todas as Nações, p. 36).

O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e afastamento do mesmo. Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos a sua malignidade; enquanto dele não nos afastarmos sinceramente, não haverá em nós uma mudança real da vida.
Muitos há que não compreendem a verdadeira natureza do arrependimento. Multidões de pessoas se entristecem pelos seus pecados, efetuando mesmo exteriormente uma reforma, porque receiam que seu mau procedimento lhes traga sofrimentos. Mas não é este o arrependimento segundo o sentido que lhe dá a Bíblia. Lamentam antes os sofrimentos, do que o próprio pecado. Tal foi a tristeza de Esaú quando viu que perdera para sempre o direito da primogenitura. Balaão, aterrado à vista do anjo que se lhe pusera no caminho com a espada alçada, reconheceu seu pecado porque temia que devesse perder a vida; não teve, porém, genuíno arrependimento do pecado, nem mudança de propósito ou aborrecimento do mal. Judas Iscariotes, depois de haver traído seu Senhor, exclamou: "Pequei, traindo sangue inocente." Mat. 27:4.
A confissão foi arrancada de sua alma culpada, por uma horrível consciência de condenação e temerosa expectação do juízo. As conseqüências que o aguardavam enchiam-no de terror; mas não houve em sua alma uma profunda e dolorosa tristeza por haver traído o imaculado Filho de Deus e negado o Santo de Israel. Faraó, quando sofria sob os juízos de Deus, reconheceu seu pecado, para escapar a castigos posteriores; mas voltava a desafiar o Céu apenas suspensas as pragas. Todos esses lamentaram as conseqüências do pecado, mas não se entristeceram pelo próprio pecado.
Quando, porém, o coração cede à influência do Espírito de Deus, a consciência é despertada, e o pecador discerne alguma coisa da profundeza e santidade da lei de Deus, base de Seu governo no Céu e na Terra. A "luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo" (João 1:9), ilumina também os secretos escaninhos da alma, e as coisas ocultas das trevas se põem a descoberto. A convicção se apodera do espírito e da alma. O pecador tem então uma intuição da justiça de Jeová e experimenta horror ante a ideia de aparecer, em sua própria culpa e impureza, perante o Perscrutador dos corações. Vê o amor de Deus, a beleza da santidade, a exaltação da pureza; anseia por ser purificado e reintegrado na comunhão do Céu (Caminho a Cristo, p. 23, 24).

O poder de condenação da lei de Deus estende-se não só às coisas que praticamos, mas às coisas que deixamos de praticar. Não nos devemos justificar ao omitirmos a prática das coisas que Deus requer. Devemos não só cessar de fazer o mal, mas também aprender a fazer o bem. Concedeu-nos Deus faculdades que devem ser exercitadas em boas obras; e se essas faculdades não forem postas em uso, certamente seremos considerados servos maus e negligentes. Podemos não ter cometido pecados graves; essas ofensas podem não estar registradas contra nós no livro de Deus; mas o fato de que nossos atos não estão registrados como puros, bons, elevados e nobres, demonstrando que não usamos os talentos que nos foram confiados, isso nos coloca sob condenação (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 220).

Terça, 17 de julho: O surgimento da oposição

No dia seguinte ao da cura do coxo, Anás e Caifás, com os outros dignitários do templo, reuniram-se para o julgamento, e os prisioneiros foram trazidos perante eles. No mesmo recinto, e diante de alguns dos mesmos homens, Pedro tinha vergonhosamente negado seu Senhor. Isto lhe veio claramente à memória, ao comparecer ele próprio para ser julgado. Agora tinha oportunidade para reparar sua covardia. ...
Mas o Pedro que negara a Cristo na hora de sua maior necessidade, era impulsivo e cheio de confiança própria, diferindo grandemente do Pedro que fora trazido perante o Sinédrio para ser interrogado. Depois de sua queda ele se havia convertido. Não era mais orgulhoso e jactancioso, mas modesto e sem confiança em si mesmo. Estava cheio do Espírito Santo, e pelo auxílio deste poder estava resolvido a remover a mancha de sua apostasia, honrando o nome que repudiara (Vidas que Falam [MM 1971], p. 331).

O mundo tem de ser advertido, e nenhuma alma deve ficar satisfeita com um conhecimento superficial da verdade. Não sabeis a que responsabilidade podeis ser chamados. Ignorais aonde vos poderão convidar a ser testemunhas da verdade. Muitos terão de se apresentar nas cortes legislativas; alguns perante reis e diante dos doutos da Terra, para responderem por sua fé. Os que não têm senão um superficial conhecimento da verdade, não serão capazes de expor claramente as Escrituras, e dar razões definidas da fé que possuem. Ficarão confusos, e não serão obreiros que não têm de que se envergonhar. Que ninguém imagine não precisar estudar, visto não ter de pregar do sagrado púlpito. Não sabeis o que Deus pode requerer de vós. É lamentável que o progresso da causa seja estorvado pela falta de obreiros educados, que se hajam habilitado para posições de confiança. O Senhor aceitará milhares para trabalharem em Sua seara, mas muitos têm deixado de se habilitar para a obra. Todo aquele, porém, que esposou a causa de Cristo, que se ofereceu como soldado do exército do Senhor, deve colocar-se onde lhe seja dado exercitar-se fielmente. A religião tem, na verdade, significado bem pouco para os professos seguidores de Cristo; pois não é vontade de Deus que alguém permaneça na ignorância quando ao seu alcance têm sido colocados a sabedoria e o conhecimento (Fundamentos da Educação Cristã, p. 217).

Em nome do Senhor devemos avançar, desfraldando o Seu estandarte, defendendo a Sua Palavra. Quando as autoridades nos ordenarem que não façamos esse trabalho; quando nos proibirem de proclamar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, então será preciso que digamos, como o fizeram os apóstolos: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” Atos dos Apóstolos 4:19, 20. 
A verdade deve ser proclamada com o poder do Espírito Santo. Somente isso pode tornar eficazes as palavras. Unicamente através do poder do Espírito a vitória pode ser alcançada e mantida. O agente humano precisa ser influenciado pelo Espírito de Deus. Por meio da fé na salvação, os obreiros devem ser guardados pelo poder de Deus. Eles devem ter visão divina, para que não seja proferida coisa alguma que incite os homens a nos barrar o caminho. Pela assimilação da verdade espiritual, devemos preparar um povo para, com mansidão e temor, expor a razão da sua fé perante as mais altas autoridades de nosso mundo (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 395, 396).

Quarta, 18 de julho: Ananias e Safira

Os apóstolos encontraram na igreja os que professavam piedade, ao mesmo tempo em que secretamente acariciavam a iniquidade. Ananias e Safira desempenharam o papel de enganadores pretendendo fazer sacrifício total a Deus, quando cobiçosamente estavam retendo uma parte para si. O Espírito da verdade revelou aos apóstolos o caráter real desses impostores, e os juízos de Deus livraram a igreja dessa detestável mancha em sua pureza. Esta assinalada evidência do discernidor Espírito de Cristo na igreja foi um terror para os hipócritas e malfeitores. Não mais poderiam permanecer em ligação com aqueles que eram, em hábitos e disposição, invariáveis representantes de Cristo; e, quando as provações e perseguições sobrevieram a Seus seguidores, apenas os que estavam dispostos a abandonar tudo por amor à verdade desejaram tornar-se Seus discípulos. Assim, enquanto durou a perseguição, a igreja permaneceu comparativamente pura. Mas, cessando aquela, acrescentaram-se conversos que eram menos sinceros e devotados, e abriu-se o caminho para Satanás tomar pé (O Grande Conflito, p. 44).

O que é humildade? Aquele senso de pecado e indignidade que conduz ao arrependimento. Devemos, porém, estar seguros da malignidade de uma doença antes de sentirmos nossa necessidade de cura. Aqueles que não se compenetram da malignidade do pecado não são capazes de apreciar o valor da expiação e a necessidade de serem purificados de todo pecado. O pecador se mede por si mesmo e por aqueles que, como ele, são pecadores. Não tem em vista a pureza e santidade de Cristo. Mas quando a lei de Deus traz convicção a seu coração, ele diz com Paulo: "Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri." Rom. 7:9.
Deus criou o homem para a Sua glória. Ele não pode e não quer tolerar a presença do pecado em Seu domínio. Se há na igreja aqueles que estão voluntariamente pecando contra Deus, todo meio possível deveria ser utilizado para levá-los ao arrependimento. Se isso não for feito, o nome de Deus será desonrado. Ele é demasiado puro para considerar favoravelmente a iniquidade. ...
O pecado de Adão seria considerado pelas igrejas de hoje como um simples erro a ser imediatamente perdoado e esquecido. Mas o padrão de Deus é elevado e Sua palavra imutável, e todas as práticas egoísticas e cobiçosas são uma abominação à Sua vista (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 3). 

A longanimidade de Deus é maravilhosa. Longamente espera a justiça enquanto a graça intercede com o pecador. Mas "justiça e juízo são a base do Seu trono". Sal. 97:2. "O Senhor é tardio em irar-Se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o Senhor tem o Seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos Seus pés." Naum 1:3.
O mundo tornou-se ousado na transgressão da lei de Deus. Por causa de Sua longa clemência os homens Lhe espezinharam a autoridade. Fortaleceram-se na opressão e crueldade contra Sua herança, dizendo: "Como o sabe Deus? Ou: Há conhecimento no Altíssimo?" Sal. 73:11. Há, porém, um limite além do qual não podem passar. Próximo está o tempo em que atingirão o limite prescrito. Mesmo agora quase excederam os termos da longanimidade de Deus, e a medida de Sua graça e misericórdia. O Senhor Se interporá para vindicar Sua própria honra, para livrar Seu povo e reprimir os excessos da injustiça (Parábolas de Jesus, p. 177, 178).

Quinta, 19 de julho: A segunda prisão dos apóstolos

Os apóstolos corajosamente declararam que obedeceriam a Deus antes que aos homens. Disse Pedro: "O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-O no madeiro. Deus, com a sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados. E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que Lhe obedecem." Atos 5:30-32. Ante essas desassombradas palavras, os assassinos se enfureceram, e determinaram manchar de novo as mãos em sangue, matando os apóstolos. Estavam planejando isto quando um anjo de Deus moveu o coração de Gamaliel a aconselhar aos sacerdotes e príncipes: "Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la, para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus." Atos 5:38 e 39. Anjos maus estavam atuando sobre os sacerdotes e anciãos a fim de levarem os apóstolos à morte; mas Deus enviou o Seu anjo para evitá-lo, despertando entre os líderes judeus uma voz a favor dos Seus servos. A obra dos apóstolos não estava terminada. Eles deviam ser levados perante reis a fim de testemunhar do nome de Jesus e testificar das coisas que tinham visto e ouvido.
Os sacerdotes de má vontade libertaram os prisioneiros, depois de lhes baterem e ordenarem a não mais falar no nome de Jesus. "Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo." Atos 5:41 e 42. Assim a palavra de Deus crescia e se multiplicava. Os discípulos ousadamente testificavam das coisas que tinham visto e ouvido, e no nome de Jesus realizavam grandes milagres. Corajosamente lançavam o sangue de Jesus sobre aqueles que tão desejosos se mostraram de recebê-lo quando lhes foi permitido ter poder sobre o Filho de Deus (Primeiros Escritos, p. 195, 196).

Como obreiros, devemos aconselhar-nos uns com os outros sobre assuntos difíceis. É direito um irmão pedir o conselho de outro irmão. E é nosso privilégio, depois de fazermos isto, nos ajoelharmos e rogar sabedoria e orientação divina. Quando, porém, uma só voz humana exerce um poder controlador isto é um erro lamentável. 
No trabalho dos obreiros, devem eles aconselhar-se uns com os outros. Ninguém deve lançar-se ao trabalho, segundo seu juízo independente, e trabalhar de acordo com seu pensamento, a não ser que tenha dinheiro seu para gastar. ... Foi-me mostrado que a direção da obra não deve ser confiada a mãos inexperientes. Os que não têm tido bastante experiência, não são os que devam assumir grandes responsabilidades, embora pensem que são capazes de fazê-lo. Seus irmãos podem ver defeitos onde eles próprios só vêem a perfeição (Evangelismo, p. 97, 98).

Os males da estima própria e de uma não santificada independência, que tanto prejudicam nossa utilidade e que acabarão se demonstrando nossa ruína se não forem vencidos, provêm do egoísmo. “Aconselhai-vos uns aos outros”, é a mensagem que me foi dada repetidamente pelo anjo de Deus. Influindo no julgamento de um homem, Satanás pode empenhar-se em controlar os assuntos de acordo com seus planos. Pode ter êxito em desviar a mente de duas pessoas, mas, quando vários trocam ideias juntos, há mais segurança. Cada plano será estudado mais rigorosamente e cada movimento rumo ao progresso será considerado mais completamente. Então haverá menos perigo de precipitação de planos desavisados, que trariam confusão, perplexidade e derrota. Na união há força. Na divisão há fraqueza e derrota (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 29).

Sexta, 20 de julho: Estudo adicional

Para Conhecê-Lo, "Por que o Senhor Demora", p. 346.

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