sábado, 11 de agosto de 2018

3º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 7 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste; e, por meio Dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés” (At 13:38, 39).

Sábado à tarde, 11 de agosto

Seus trabalhos foram mais abundantes do que de qualquer dos discípulos, seus açoites acima da medida. Foi espancado com varas, apedrejado, sofreu naufrágios, esteve à morte muitas vezes. Esteve em perigo por terra e mar, na cidade e no deserto, em perigos de ladrões, em perigos dos de sua nação. Prosseguiu em sua missão sob contínuas enfermidades, em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em frio e nudez. ... Quando interrogado pelo sanguinário Nero, ninguém estava a seu lado. ...
Mas porventura dedicou Paulo seu precioso tempo a relatar os ofensivos abusos que sofrera? Não, ele desviou a atenção, de si mesmo para Jesus. Não vivia para sua própria felicidade, entretanto era feliz. ... "Transbordante de gozo em todas as nossas tribulações." II Cor. 7:4. [...]
Paulo era vivo exemplo do que deve ser todo cristão verdadeiro. Vivia para glória de Deus. ... "Para mim o viver é Cristo" (Filip. 1:21; Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 361).

Grande parte do assim chamado cristianismo transmite uma fidelidade benigna, mas é dessa forma pois aqueles que o professam não têm de enfrentar perseguição por amor à verdade. Quando chegar o tempo em que a lei de Deus for invalidada e a igreja for peneirada pelas provas ardentes que provarão a todos os que vivem sobre a Terra, uma grande proporção daqueles que supostamente são genuínos cristãos dará ouvidos a espíritos enganadores e se tornarão infiéis, traindo sagrados legados. Eles se demonstrarão nossos piores perseguidores. “Dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At 20:30); e muitos darão ouvidos a espíritos enganadores.
Aqueles que têm subsistido da carne e do sangue do Filho de Deus - Sua Santa Palavra — serão fortalecidos, arraigados e fundamentados na fé. Verão crescentes evidências da razão pela qual devem prezar a Palavra de Deus e obedecê-la. Com Davi, dirão: “Já é tempo, Senhor, para intervires, pois a Tua lei está sendo violada. Amo os Teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro refinado” (SI 119:126, 127). Enquanto outros os consideram como escória, eles se levantarão para defender a fé. Todos os que procurarem sua conveniência, seu prazer, seu benefício, não suportarão a prova (RH, 08/06/1897; Comentário de Ellen White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1.184).

A todos os povos e nações e tribos e línguas deve a verdade ser proclamada. Chegou o tempo de ser feito muito trabalho intensivo nas cidades e em todos os campos negligenciados e não trabalhados. 
Requer-se agora trabalho diligente. Nesta crise, nenhum esforço incompleto será bem-sucedido. Em todo o nosso trabalho nas cidades, devemos sair em busca de almas. Planos sábios têm que ser ideados, a fim de que esse trabalho seja feito com o melhor proveito possível. [...]
Oh! Como me parece ouvir a voz dia e noite: "Avançai; acrescentai novo território; penetrai em novos campos com a tenda, e dai ao mundo a derradeira mensagem de advertência. Não há tempo para perder. Deixai Meu memorial em cada lugar aonde fordes. Meu Espírito irá adiante de vós, e a glória do Senhor será vossa retaguarda" (Evangelismo, p. 59, 61).

Domingo, 12 de agosto: Salamina e Pafos

A igreja cristã estava a esse tempo entrando numa fase importante. A obra de proclamar a mensagem evangélica entre os gentios devia agora prosseguir com vigor; e, em resultado, a igreja se havia de fortalecer por uma grande colheita de almas. Os apóstolos que tinham sido designados para dirigir essa obra, estariam expostos a suspeitas, preconceitos e ciúmes. Seus ensinos a respeito da demolição da "parede de separação que estava no meio" (Efés. 2:14), a qual por tanto tempo separara o mundo judaico do gentílico, haviam naturalmente de acarretar-lhes a acusação de heresia; e sua autoridade como ministros do evangelho seria posta em dúvida por muitos judeus zelosos e crentes. Deus previu as dificuldades que Seus servos seriam chamados a enfrentar; e para que Sua obra estivesse acima de acusação, instruiu a igreja, mediante revelação, a separá-los publicamente para a obra do ministério. Sua ordenação era um reconhecimento público de sua divina designação para levar aos gentios as boas novas do evangelho (Atos dos Apóstolos, p. 161).

Não é sem luta que Satanás permite ser o reino de Deus estabelecido na Terra. As forças do mal estão empenhadas em incessante luta contra os instrumentos indicados para disseminar o evangelho; e esses poderes das trevas são especialmente ativos quando a verdade é proclamada diante de homens de reputação e genuína integridade. Assim foi quando Sérgio Paulo, o procônsul de Chipre, estava ouvindo a mensagem do evangelho. O procônsul tinha solicitado a presença dos apóstolos, para ser instruído na mensagem que possuíam; e agora as forças do mal, operando por intermédio de Elimas, o encantador, procuravam com malignas sugestões desviá-lo da fé, e impedir assim o propósito de Deus. [...]
O mágico tinha cerrado os olhos às evidências da verdade evangélica, e o Senhor, em justa indignação, fez que seus olhos naturais se fechassem, deles excluindo a luz do dia. Esta cegueira não foi permanente, mas apenas por certo período, a fim de que fosse advertido e se arrependesse, buscando o perdão de Deus a quem tão gravemente ofendera. A confusão em que assim foi lançado, tornou de nenhum efeito suas artes sutis contra a doutrina de Cristo. O fato de ter ele de andar apalpando, em sua cegueira, provou a todos que os milagres que os apóstolos haviam realizado, e que Elimas acusara de serem prestidigitações, haviam sido operados pelo poder de Deus. O procônsul, convencido da verdade da doutrina ensinada pelos apóstolos, aceitou o evangelho (Atos dos Apóstolos, p. 167, 168).

Deus me instruiu a dizer-vos e a todo o Seu povo que deveis ser muito cuidadosos para não resistir à atuação do Espírito Santo - o Consolador enviado por Cristo - temendo dar o primeiro passo presunçoso de resistência. Quando Cristo falou aos discípulos a respeito do Espírito Santo, procurou elevar-lhes os pensamentos e ampliar suas expectativas a fim de que se apossassem da mais alta concepção de excelência. Procuremos entender Suas palavras. Procuremos apreciar o valor do maravilhoso dom que Ele nos concedeu. Busquemos a plenitude do Espírito Santo (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 269).

Segunda, 13 de agosto: Antioquia da Pisídia: Parte 1

O próprio Salvador, durante o Seu ministério terrestre, predisse a disseminação do evangelho entre os gentios. Na parábola da vinha Ele declarou aos impenitentes judeus: "O reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos." Mat. 21:43. E depois de Sua ressurreição Ele comissionou os discípulos para irem "por todo o mundo" (Mat. 28:19), a ensinar "todas as nações". Não deviam deixar de advertir a ninguém, mas deviam pregar "o evangelho a toda a criatura". Mar. 16:15.
Voltando-se para os gentios em Antioquia da Pisídia, Paulo e Barnabé não deixaram de trabalhar pelos judeus de outras partes, onde quer que a oportunidade lhes deparasse ouvintes. Posteriormente, em Tessalônica, em Corinto, em Éfeso e em outros importantes centros, Paulo e seus companheiros de trabalho pregaram o evangelho tanto a judeus como a gentios. Mas suas maiores energias eram daí por diante dirigidas no sentido de estabelecer o reino de Deus em território gentílico, entre povos que tinham pouco ou nenhum conhecimento do verdadeiro Deus e de Seu Filho (Atos dos Apóstolos, p. 174, 175).

Quando o cristão está na expectativa de deveres e severas provações que ele espera que lhe sobrevenham, devido a sua profissão de fé cristã, é humano e natural pensar nas consequências e esquivar-se às perspectivas, e isto será decididamente assim ao nos aproximarmos do fim da história terrestre. Podemos ser animados pela veracidade da Palavra de Deus, por Cristo nunca haver abandonado Seus filhos como o seu seguro Dirigente na hora de sua provação; pois temos o relato verídico dos que estiveram sob os poderes opressivos de Satanás, de que Sua graça corresponde a seus dias. Deus é fiel, e não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças. ... 
[...] [O crente] não deve estar fazendo amplas provisões para si mesmo para proteger-se contra a provação, pois ele é somente o instrumento de Deus e deve avançar com um só propósito, guarnecendo dia a dia sua mente e alma, para que não sacrifique um só princípio de sua integridade, mas não faça afirmações jactanciosas e ameaças, nem diga o que irá fazer ou deixar de fazer. Pois não sabe o que irá fazer até que seja provado (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 398, 399).

Conquanto o pecador não possa salvar-se a si próprio, tem algo que fazer para conseguir a salvação. "O que vem a Mim", disse Cristo, "de maneira nenhuma o lançarei fora." João 6:37. Mas devemos ir a Ele; e, quando nos arrependemos de nossos pecados, devemos crer que Ele nos aceita e perdoa. A fé é dom de Deus, mas a faculdade de exercê-la é nossa. A fé é a mão pela qual a alma se apodera das ofertas divinas de graça e misericórdia.
Nada além da justiça de Cristo pode dar-nos direito às bênçãos do concerto da graça. Muitos há que durante longo tempo têm desejado e procurado obter essas bênçãos, mas não as têm recebido, porque têm acariciado a ideia de que podiam fazer algo para se tornarem dignos das mesmas. Eles não têm olhado fora de si, e crido que Jesus é um Salvador inteiramente capaz. Não devemos crer que nossos próprios méritos nos salvarão; Cristo é a nossa única esperança de salvação. "Debaixo do Céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12; Patriarcas e Profetas, p. 431).

Terça, 14 de agosto: Antioquia da Pisídia: Parte 2

Reiteradas vezes me tem sido apresentado o perigo de nutrir, como um povo, falsas ideias da justificação pela fé. Durante anos tem-me sido mostrado que Satanás trabalharia de maneira especial para confundir a mente quanto a esse ponto. Tem-se alongado sobre a lei de Deus e ela tem sido apresentada às congregações quase de modo tão destituído do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relação para com a lei como a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da fé devido às ideias embaralhadas e confusas acerca da salvação, e porque os pastores têm trabalhado de maneira errônea para alcançar os corações. O ponto que durante anos tem sido recomendado com insistência à minha mente é a justiça imputada de Cristo. Tenho estranhado que este assunto não se tenha tornado o tema de sermões em nossas igrejas em todas as partes do país, sendo que tão constantemente é realçado perante mim e eu o tenho tornado o assunto de quase todo sermão e palestra que hei proferido para o povo (Fé e Obras, p. 18).

Semelhantemente às novas do nascimento do Salvador, a mensagem do segundo advento não foi confiada aos dirigentes religiosos do povo. Eles não haviam preservado sua união com Deus, recusando a luz do Céu; não eram, portanto, do número descrito pelo apóstolo Paulo: "Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas." I Tess. 5:4 e 5. [...]
Os vigias sobre os muros de Sião deveriam ter sido os primeiros a aprender as novas do advento do Salvador, os primeiros a alçar a voz para proclamar achar-Se Ele perto, os primeiros a advertir o povo a fim de que se preparasse para a Sua vinda. Entregavam-se, porém, ao comodismo, sonhando em paz e segurança, enquanto o povo dormia em seus pecados. Jesus viu a Sua igreja, semelhando a figueira estéril, coberta de pretensiosas folhas e no entanto destituída do precioso fruto. Notava-se alardeada observância das formas da religião, enquanto faltava o espírito da verdadeira humildade, arrependimento e fé - o que unicamente poderia tornar aceitável o culto a Deus. Em vez das graças do Espírito, havia manifesto orgulho, formalismo, vanglória, egoísmo, opressão. Uma igreja apóstata fechava os olhos aos sinais dos tempos. Deus não a abandonou, nem permitiu que Sua fidelidade lhe faltasse; dEle, porém, afastara-se, e separara-se de Seu amor. Recusando-se ela a satisfazer às condições, Suas promessas não foram para com ela cumpridas.
Esse é o resultado certo de não apreciar nem aproveitar a luz e privilégios que Deus confere. A menos que a igreja siga o caminho que lhe abre a Providência, aceitando todo raio de luz, cumprindo todo dever que lhe seja revelado, a religião fatalmente degenerará em formalismo, e desaparecerá o espírito da piedade vital. Esta verdade tem sido repetidas vezes ilustrada na história da igreja. Deus requer de Seu povo obras de fé e obediência correspondentes às bênçãos e privilégios conferidos. A obediência exige sacrifício e implica uma cruz; e este é o motivo por que tantos dentre os professos seguidores de Cristo se recusam a receber a luz do Céu e, como aconteceu com os judeus de outrora, não conhecem o tempo de Sua visitação (Luc. 19:44). Por causa de seu orgulho e incredulidade, o Senhor os passa por alto, e revela Sua verdade aos que, à semelhança dos pastores de Belém e dos magos do Oriente, têm prestado atenção a toda a luz que receberam (O Grande Conflito, p. 315, 316).

Como a mensagem do evangelho se espalhasse na Pisídia, judeus incrédulos de Antioquia, em seu cego preconceito, "incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram" (Atos 13:50) fora daquele distrito.
Os apóstolos não ficaram desencorajados por este tratamento; lembraram-se das palavras de seu Mestre: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós." Mat. 5:11 e 12.
A mensagem do evangelho estava avançando, e os apóstolos tinham todo o motivo de sentir-se encorajados. Suas atividades entre os de Antioquia da Pisídia, tinham sido ricamente abençoadas, e os crentes a quem tinham deixado a conduzir a obra sozinhos por algum tempo, "estavam cheios de alegria e do Espírito Santo" (Atos 13:52; Atos dos Apóstolos, p. 176).

Quarta, 15 de agosto: Icônio

De Antioquia da Pisídia, Paulo e Barnabé foram para Icônio. Neste lugar, como em Antioquia, começaram suas atividades na sinagoga de seu próprio povo. Tiveram assinalado sucesso; "creu uma grande multidão, não só de judeus mas de gregos". Mas em Icônio, como em outros lugares onde os apóstolos trabalharam, "os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios". Atos 14:1 e 2.
Os apóstolos, entretanto, não recuaram de sua missão; pois muitos estavam aceitando o evangelho de Cristo. Enfrentando a oposição, inveja e preconceito foram eles avante com sua obra, "falando ousadamente acerca do Senhor"; e Deus "dava testemunho à palavra de Sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios". Atos 14:3. Essas evidências da aprovação divina tinham poderosa influência sobre aqueles cuja mente estava aberta à convicção, e multiplicavam-se os conversos ao evangelho. 
A crescente popularidade da mensagem apresentada pelos apóstolos encheu de inveja e ódio os judeus incrédulos e eles determinaram fazer cessar de uma vez os trabalhos de Paulo e Barnabé. Por meio de relatos falsos e exagerados, levaram as autoridades a temer que toda a cidade estivesse em perigo de ser incitada a uma insurreição. Declararam que grande número se estava aliando aos apóstolos, e sugeriram que havia nisto desígnios secretos e perigosos (Atos dos Apóstolos, p. 177, 178).

Paulo era um apóstolo inspirado, contudo o Senhor não lhe revelava em todos os tempos a condição exata de Seu povo. Os que estavam interessados na prosperidade da igreja e que tinham visto males nela penetrando apresentaram o assunto perante ele, e, pela luz que recebera anteriormente, achava-se preparado para julgar o verdadeiro caráter desses desenvolvimentos. Conquanto o Senhor não lhe houvesse dado uma nova revelação para esse tempo especial, os que estavam realmente em busca de luz não rejeitaram sua mensagem como se fosse apenas uma carta comum. Não mesmo. O Senhor lhe mostrara as dificuldades e os perigos que surgiriam nas igrejas, para que quando se manifestassem ele soubesse exatamente como enfrentá-los (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 55). 

Deus põe Seu amor no povo eleito que vive entre os homens. Esses são o povo a quem Cristo redimiu a preço do próprio sangue; e como eles correspondem a atração de Cristo mediante a soberana misericórdia de Deus, são eleitos para ser salvos como Seus filhos obedientes. Manifesta-se neles a abundante graça de Deus, o amor com que os amara. Todo aquele que se humilhar como uma criancinha, que receber a Palavra de Deus e a ela obedecer com a simplicidade de uma criança, achar-se-á entre os eleitos de Deus (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 75).

Nos concílios do Céu, foi feita provisão para que o homem, embora transgressor, não perecesse na sua desobediência mas, pela fé em Cristo como seu substituto e segurança, pudesse tornar-se eleito de Deus, predestinado para a adoção de filho por Jesus e para Ele segundo a Sua vontade. Deus deseja que todos se salvem; para isso foi feita ampla provisão ao dar Seu Filho unigênito para pagar o resgate do homem. Os que se perderem, perecerão porque se recusaram ser adotados como filhos de Deus mediante Cristo Jesus (A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 157).

Quinta, 16 de agosto: Listra e Derbe

Acompanhado de Barnabé, foi ele para outras cidades, pregando a Jesus e operando milagres, e muitos eram convertidos. Havendo sido curado um homem que sempre fora coxo, a população que era adoradora de ídolos estava prestes a queimar sacrifícios em honra dos discípulos. Paulo sentiu-se mortificado, e disse que ele e seu companheiro eram apenas homens, e que unicamente o Deus que fizera o céu e a Terra, o mar e tudo que neles há, devia ser adorado. Assim Paulo exaltou a Deus perante o povo; mas não lhe foi fácil contê-los. A primeira concepção de fé no verdadeiro Deus, e de adoração e honra a Ele devida, estava sendo formada em suas mentes; e ao passo que ouviam a Paulo, Satanás estava instigando os judeus incrédulos de outras cidades a irem após Paulo e destruírem a boa obra realizada por meio dele. Esses judeus inflamaram o espírito dos idólatras mediante falsos relatos sobre Paulo. A estima e admiração do povo agora transmudou-se em ódio, e os que pouco antes estavam prontos a adorar os discípulos, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, supondo que estivesse morto. Mas rodeando-o os discípulos, e chorando por ele, Paulo, para alegria e satisfação deles, levantou-se e entrou com eles na cidade (Primeiros Escritos, p. 203).

Conquanto possuísse altos dotes intelectuais, a vida de Paulo revelava o poder de uma sabedoria mais rara. Princípios do mais profundo alcance, princípios a respeito dos quais os maiores espíritos do seu tempo eram ignorantes, desdobravam-se em seus ensinos e exemplificavam-se em sua vida. Ele possuía a maior de todas as sabedorias - a que proporciona prontidão para discernir e simpatia de coração, e que põe o homem em contato com os homens, e o habilita a suscitar sua melhor natureza e inspirá-los a uma vida mais elevada.
Escute-lhe as palavras diante dos pagãos de Listra, quando ele os dirige a Deus, revelado na natureza, fonte de todo o bem, "dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria o vosso coração" (Atos 14:17; Educação, p. 66).

Paulo não esquecia as igrejas que havia estabelecido. Depois de fazerem uma viagem missionária, Paulo e Barnabé repassavam seu caminho, visitavam as igrejas que haviam estabelecido, escolhendo delas homens a quem pudessem preparar a fim de se unirem na proclamação do evangelho.
Este aspecto da obra de Paulo contém uma importante lição para os ministros de hoje. O apóstolo constituiu como parte de seu trabalho educar jovens para o encargo do ministério. Levava-os consigo em suas viagens missionárias e assim adquiriam experiência que mais tarde os habilitava a ocupar posições de responsabilidade. Separado deles, conservava-se ainda em contato com o trabalho deles, e suas cartas a Timóteo e a Tito são provas de quão profundo era o seu desejo pelo êxito deles.
Os experimentados obreiros de hoje fazem nobre obra quando, em vez de procurarem levar todos os encargos sozinhos, adestram obreiros mais jovens e colocam responsabilidades sobre seus ombros.
Paulo jamais esqueceu a responsabilidade que repousava sobre ele como ministro de Cristo, nem que, se almas se perdessem por infidelidade de sua parte, Deus o faria responsável (Atos dos Apóstolos, p. 368). 

Sexta, 17 de agosto: Estudo adicional

Fé e Obras, "Falar de Fé, Viver e Agir Pela Fé", p. 78.



Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

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