sábado, 18 de agosto de 2018

3º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 8 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram” (At 15:11).

Sábado à tarde, 18 de agosto

Cornélio, um homem de posição elevada, manteve sua experiência religiosa, andando estritamente de acordo com a luz que recebera. Deus o observava, e enviou o Seu anjo com uma mensagem para ele. O mensageiro celestial passou por alto os que eram virtuosos aos seus próprios olhos, aproximou-se de Cornélio e o chamou pelo nome (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 421).

As riquezas e as honras mundanas não podem satisfazer a alma. Muitos dentre os ricos anseiam por alguma divina certeza, alguma esperança espiritual. Muitos, anelam alguma coisa que lhes venha pôr termo à monotonia de uma vida sem objetivo. Muitos, em sua vida profissional, sentem a necessidade de alguma coisa que não possuem! Poucos entre eles vão à igreja; pois sentem que pouco benefício recebem. Os ensinos que recebem não lhes tocam o coração. Não lhes faremos, nós, nenhum apelo pessoal? (A Ciência do Bom Viver, p. 210).

Deus convida obreiros sinceros e humildes, que levem a verdade às classes mais elevadas. Não será através de contato casual ou acidental que os ricos, amantes do mundo e adoradores do mundanismo serão conduzidos a Cristo. Decidido esforço pessoal deve ser empreendido por homens e mulheres imbuídos do espírito missionário, pessoas que não falharão nem serão desencorajadas (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 80).

Confiando assim em Deus, não seremos achados a pelejar contra a verdade, mas sempre seremos habilitados a colocar-nos ao lado do que é direito. Devemos apegar-nos ao ensino da Bíblia e não seguir os costumes e tradições do mundo, as palavras e os atos de homens.
Quando surgem erros e são ensinados como verdade bíblica, os que têm ligação com Cristo não confiarão no que diz o pastor, mas, à semelhança dos nobres bereanos, examinarão as Escrituras todos os dias para ver se essas coisas são de fato assim. Quando eles descobrem qual é a recomendação do Senhor, colocam-se ao lado da verdade. Ouvem a voz do verdadeiro Pastor dizendo: "Este é o caminho; andai nele." Isa. 30:21. Assim sereis ensinados a fazer da Bíblia o vosso conselheiro, e não ouvireis nem seguireis a voz do estranho (Fé e Obras, p. 86).

Tanto Paulo como Barnabé tinham sido laboriosos ministros de Cristo, e Deus recompensara abundantemente seus esforços, mas nenhum deles havia sido formalmente ordenado para o ministério evangélico pela oração e pela imposição das mãos. Agora, eles estavam autorizados pela igreja não somente a pregar a verdade, mas também a batizar e organizar novas igrejas, sendo investidos de plena autoridade eclesiástica. Esta foi uma época importante para a igreja. Embora o muro de separação entre judeus e gentios tivesse sido quebrado pela morte de Cristo, levando aos gentios os privilégios totais do evangelho, o véu ainda não havia sido tirado dos olhos de muitos crentes judeus, e eles não podiam discernir claramente o fim daquilo que fora abolido pelo Filho de Deus. O trabalho agora devia prosseguir vigorosamente entre os gentios, e disso devia resultar o fortalecimento da igreja mediante uma farta colheita de almas.
Os apóstolos, neste seu trabalho especial, estariam expostos a suspeitas, preconceitos e ciúmes. Como consequência natural de sua saída do exclusivismo judaico, suas doutrinas e ideias estariam sujeitas à acusação de heresia, e suas credenciais de ministros do evangelho seriam postas em dúvida por muitos judeus zelosos e crentes. Deus previu as dificuldades que Seus servos deviam enfrentar e, em Sua sábia providência, fez com que fossem investidos com a inquestionável autoridade da estabelecida igreja de Deus, para que sua obra estivesse acima de acusação (História da Redenção, p. 303, 304).

Domingo, 19 de agosto: O ponto em debate

Antes de sua conversão, Paulo se havia considerado como irrepreensível "segundo a justiça que há na lei". Filip. 3:6. Mas desde sua mudança de coração, ele havia alcançado uma clara concepção da missão do Salvador como Redentor da raça toda, judeus e gentios, e aprendera a diferença entre uma fé viva e um formalismo morto. À luz do evangelho, os antigos ritos e cerimônias confiados a Israel haviam ganho uma nova e mais profunda significação. Aquilo que haviam prefigurado tinha-se cumprido, e os que estavam vivendo sob a dispensação evangélica tinham ficado livres de sua observância. A imutável lei de Deus, dos Dez Mandamentos, entretanto, Paulo ainda guardava no espírito bem como na letra. Na igreja de Antioquia, a consideração do assunto da circuncisão deu em resultado muitas discussões e litígio. Afinal, os membros da igreja, temendo que o resultado de continuada discussão fosse uma divisão entre eles, decidiram enviar a Jerusalém Paulo e Barnabé, juntamente com alguns homens de responsabilidade na igreja, a fim de exporem a questão perante os apóstolos e anciãos. Ali deviam eles encontrar-se com delegados de diversas igrejas e com os que tinham ido a Jerusalém para assistir às próximas festas. Enquanto isto, toda a discussão devia cessar até que fosse pronunciada a decisão do concílio geral. Esta decisão devia ser então universalmente aceita pelas várias igrejas em todo o país (Atos dos Apóstolos, p. 190).

Os judeus se haviam sempre orgulhado de seu cerimonial de instituição divina, e concluíam que, uma vez que Deus havia claramente esboçado a forma hebreia de adoração, era impossível que Ele jamais autorizasse uma mudança em quaisquer de suas especificações. Decidiram que o cristianismo devia associar-se com as leis e cerimônias judaicas. Tinham dificuldade para discernir o fim das coisas abolidas pela morte de Cristo, e em perceber que todas as ofertas sacrificais não tinham senão prefigurado a morte do Filho de Deus, em que o tipo encontrou o antítipo, tornando sem valor as divinamente designadas cerimônias e sacrifícios da religião judaica.
Paulo havia-se orgulhado de seu farisaísmo estrito, mas, depois que Cristo a ele Se revelou na estrada de Damasco, a missão do Salvador e seu próprio trabalho na conversão dos gentios ficaram claros em sua mente, e ele compreendeu com clareza a diferença entre uma fé viva e um formalismo morto. Paulo ainda alegava ser um filho de Abraão e guardava os Dez Mandamentos na letra e no espírito tão fielmente como tinha feito antes de sua conversão ao cristianismo. Entretanto, sabia que as cerimônias típicas logo deviam cessar completamente, já que aquilo que tinham representado estava no passado, e que a luz do evangelho espargia sua glória sobre a religião judaica, conferindo um novo significado a seus antigos rituais (História da Redenção, p. 305, 306).

Somos justificados pela fé. A alma que compreende o significado dessas palavras nunca será autossuficiente. Não temos suficiência em nós próprios, para pensar que somos alguma coisa. O Espírito Santo é nossa eficiência na obra da edificação do caráter, na formação do caráter segundo a semelhança divina. Quando nos achamos capazes de moldar nossa própria experiência, cometemos um grande erro. Nunca podemos, por nós mesmos, obter vitória sobre a tentação. Mas aqueles que têm uma fé genuína em Cristo serão objeto da atuação do Espírito Santo. A alma em cujo coração mora a fé se transformará num belo templo para o Senhor. Ela é dirigida pela graça de Cristo. Crescerá na exata proporção em que depender do ensino do Espírito Santo (Ms 8, 1900; Comentário de Ellen G. White no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1.237).

Mesmo os melhores homens, se deixados a si mesmos, cometerão graves erros. Quanto mais responsabilidades forem colocadas sobre o agente humano, quanto mais elevada sua posição para mandar e controlar, mais dano ele certamente causará ao perverter mentes e corações, se não seguir cuidadosamente o caminho do Senhor. Em Antioquia, Pedro falhou nos princípios da integridade. Paulo teve de resistir face a face a sua influência ruinosa. Esse fato está registrado para que outros possam se beneficiar dele e para que a lição possa ser uma solene advertência aos homens que ocupam altas posições, para que não faltem com a integridade, mas se atenham aos princípios.
Após todas as falhas de Pedro, após sua queda e restauração, sua extensa carreira de serviço, sua intimidade com Cristo seu conhecimento da forma pura e reta em que Cristo praticava os princípios; depois de toda a instrução que ele havia recebido, de todos os dons, conhecimento e grande influência na pregação e no ensino da Palavra, não é estranho que ele dissimulasse e se esquivasse dos princípios do evangelho, por medo de seres humanos, ou para lhes conquistar a estima? Não é estranho que ele vacilasse e fosse oscilante em sua posição? Que Deus dê a todo ser humano um senso de sua própria incapacidade pessoal para dirigir sua embarcação de maneira reta e segura ao porto. A graça de Cristo é essencial todos os dias. Somente Sua incomparável graça pode salvar nossos pés de cair (Ms 122, 1897; Comentário de Ellen G. White no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1.236, 1.237).

Segunda, 20 de agosto: Circuncisão

Se o homem tivesse guardado a lei de Deus, tal como foi dada a Adão depois da queda, preservada na arca por Noé, e observada por Abraão, não teria havido necessidade da ordenança da circuncisão. E se os descendentes de Abraão tivessem guardado a aliança, da qual a circuncisão era um sinal ou compromisso, jamais teriam eles caído na idolatria nem teria sido permitido descerem ao Egito, e tampouco teria havido necessidade de Deus proclamar Sua lei do Sinai gravando-a sobre tábuas de pedra e guardando-a por definidas instruções nos juízos e estatutos de Moisés (História da Redenção, p. 148, 149).

Por meio do paganismo, Satanás desviara por séculos os homens de Deus; mas conseguira seu grande triunfo ao perverter a fé de Israel. Contemplando e adorando suas próprias concepções, os gentios haviam perdido o conhecimento de Deus, tornando-se mais e mais corruptos. O mesmo se deu com Israel. O princípio de que o homem se pode salvar por suas próprias obras, e que jaz à base de toda religião pagã, tornara-se também o princípio da religião judaica. Implantara-o Satanás. Onde quer que seja mantido, os homens não têm barreira contra o pecado (O Desejado de Todas as Nações, p. 35, 36).

Deus não reconhece distinção alguma de nacionalidade, etnia ou classe social. É o Criador de todo homem. Todos os homens são de uma família pela criação, e todos são um pela redenção. Cristo veio para demolir toda parede de separação e abrir todos os compartimentos do templo a fim de que todos possam ter livre acesso a Deus. Seu amor é tão amplo, tão profundo, tão pleno, que penetra em toda parte. Liberta das ciladas de Satanás os que foram por ele iludidos. Põe-nos ao alcance do trono de Deus, o trono circundado do arco-íris da promessa.
Em Cristo não há nem judeu nem grego, servo nem livre. Todos são aproximados por Seu precioso sangue. (Gál. 3:28; Efés. 2:13.)
Qualquer que seja a diferença de crença religiosa, um clamor da humanidade sofredora precisa ser ouvido e atendido. Onde existirem amargos sentimentos por diferenças de religião, pode ser feito muito bem pelo serviço pessoal. O serviço amável quebrará os preconceitos e conquistará almas para Deus (Parábolas de Jesus, p. 386).

É Deus quem circuncida o coração. Toda a obra é do Senhor, de princípio ao fim. Pode dizer o pecador, a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido. Diz Ele: 'Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.' Mar. 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na cruz do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu e ressurgiu para minha justificação, e me salvará agora. Aceito o perdão que prometeu" (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 392).

Terça, 21 de agosto: O debate

Em ocasião anterior Pedro havia arrazoado com seus irmãos com respeito à conversão de Cornélio e seus amigos, e sua comunhão com eles. Ao relatar nessa ocasião como o Espírito Santo descera sobre os gentios declarara: "Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quanto havemos crido no Senhor Jesus Cristo, quem era então eu, para que pudesse resistir a Deus?" Atos 11:17. Agora, com igual fervor e força, ele afirma: "E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé. Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?" Atos 15:10. Este jugo não era a lei dos Dez Mandamentos, como afirmam alguns que se opõem aos reclamos da lei; Pedro se refere aqui à lei das cerimônias, tornada nula e vã pela crucifixão de Cristo.
A preleção de Pedro levou a assembleia ao ponto de poderem ouvir com paciência a Paulo e a Barnabé relatarem suas experiências na obra pelos gentios. "Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios." Atos 15:12. Tiago também apresentou seu testemunho com decisão, declarando que era o propósito de Deus outorgar ao gentios os mesmos privilégios e bênçãos concedidos aos judeus (Atos dos Apóstolos, p. 193, 194).

Deus quer que os homens compreendam Suas reivindicações a seu respeito. Ele julgará todo homem que se interponha entre Seus semelhantes e seu Deus, a fim de conduzi-los a caminhos que não foram preparados para os remidos. "Conhecidas a Deus são todas as Suas obras desde o princípio do mundo." Atos 15:18, KJV. Ele ordenou que Suas obras sejam apresentadas ao mundo de modo distinto, santo e sagrado. O reino de Deus não vem com visível aparência, mas por meio da suavidade da inspiração de Sua Palavra, e por meio da operação de Seu Espírito, na alma. Sua obra, em muitos lugares do mundo, estaria agora muito mais adiantada se o homem não se houvesse interposto entre o povo e Deus, a fim de realizar um trabalho que não foi designado por Deus (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 200).

Nesta ocasião parece ter sido escolhido Tiago para anunciar a decisão tomada pelo concílio. E sua sentença foi que a lei cerimonial, e especialmente a ordenança da circuncisão, não deveriam ser impostas aos gentios, ou a eles sequer recomendadas. Tiago procurou impressionar a mente de seus irmãos com o fato de que, em se convertendo a Deus, os gentios tinham feito grande mudança em sua vida, e que se deveria usar muita cautela para não perturbá-los com assuntos embaraçantes e duvidosos de somenos importância, para que não desanimassem em seguir a Cristo.
Os conversos gentios, porém, deviam abandonar os costumes incoerentes com os princípios do cristianismo. Os apóstolos e anciãos, portanto, concordaram em instruir por carta os gentios a se absterem de carnes sacrificadas aos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. Deviam ser instigados a guardar os mandamentos, e a levar vida santa. Deviam também estar certos de que os que declaravam ser a circuncisão obrigatória não estavam autorizados a fazê-lo em nome dos apóstolos (Atos dos Apóstolos, p. 195).

Quarta, 22 de agosto: O decreto apostólico

Quando se estabeleceram em Canaã, foi permitido aos israelitas o uso de alimento animal, mas com restrições cuidadosas, que tendiam a diminuir o mal. O uso da carne de porco era proibido, bem como de outros animais e aves e peixes cuja carne foi declarada imunda. Das carnes permitidas, era estritamente proibido comer a gordura e o sangue.
Só se podiam usar como alimento animais em boas condições. Nenhum animal despedaçado, que morrera naturalmente, ou do qual o sangue não havia sido cuidadosamente tirado, podia servir de alimento.
Afastando-se do plano divinamente indicado para seu regime, sofreram os israelitas grande prejuízo. Desejaram um regime cárneo, e colheram-lhe os resultados. Não atingiram o ideal divino quanto ao seu caráter, nem cumpriram os desígnios de Deus. O Senhor "satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a sua alma". Sal. 106:15. Estimaram o terreno acima do espiritual, e a sagrada preeminência que Deus tinha o propósito de lhes dar não conseguiram eles obter (A Ciência do Bom Viver, p. 311, 312).

Foi associando-se com os idólatras e unindo-se às suas festas que os hebreus foram levados a transgredir a lei de Deus, e trazer Seus juízos sobre a nação. Assim, agora, é levando os seguidores de Cristo a associar-se com os ímpios e unir-se às suas diversões que Satanás é mais bem-sucedido ao induzi-los ao pecado. "Saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo." II Cor. 6:17. Deus requer hoje de Seu povo uma distinção tão grande do mundo, nos costumes, hábitos e princípios, como exigia de Israel antigamente. Se fielmente seguirem os ensinos de Sua Palavra, existirá esta distinção; não poderá ser de outra maneira. As advertências feitas aos hebreus contra o identificarem-se com os gentios, não eram mais diretas ou explícitas do que as que vedam aos cristãos adaptar-se ao espírito e costumes dos ímpios. Cristo nos fala: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." I João 2:15. "A amizade do mundo é inimizade contra Deus"; "portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." Tia. 4:4. Os seguidores de Cristo devem separar-se dos pecadores, procurando sua companhia apenas quando há oportunidade de fazer-lhes bem. Nunca seríamos demasiado decididos em evitar a companhia daqueles que exercem influência para desviar-nos de Deus. Ao mesmo tempo em que oramos: "Não nos deixes cair em tentação" (Mat. 6:13), devemos excluir a tentação tanto quanto possível (Patriarcas e Profetas, p. 458).

O espírito de Cristo será revelado em todos aqueles que nasceram de Deus. Rivalidades e contendas não podem ocorrer entre aqueles que são controlados por Seu Espírito. “Purificai-vos, vós que levais os utensílios do Senhor.” Isaías 52:11. A igreja dificilmente adotará padrão mais elevado do que aquele de seus pastores. Precisamos de um ministério convertido e de um povo convertido. Pastores que vigiam pelos salvos como quem deve deles dar conta, conduzirão o rebanho nos caminhos de paz e santidade. Seu sucesso nessa obra será proporcional ao próprio crescimento na graça e conhecimento da verdade. Quando os professores são santificados de corpo, alma e espírito, podem impressionar o povo com a importância de tal santificação (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 227).

Não deve haver fala incisiva, repreensões irritadas, pois anjos de Deus andam para cá e para lá, em cada recinto. Cristo gosta de louvar todo obreiro fiel, e Ele o fará. Todo ato de bondade é registrado no livro. Acontece serem cometidos pequenos erros, mas palavras de censura despertam sentimentos de vingança, e Deus é desonrado. ... Qualquer palavra proferida impensada ou imprudentemente deve ser retratada imediatamente. ... Devemos lembrar-nos de que, como cristãos que professam trabalhar unidamente, não devemos proceder como pecadores, cujas pecaminosas palavras e atos, a menos que se arrependam, os hão de condenar (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 185). 

Quinta, 23 de agosto: A carta de Jerusalém

O concílio que decidiu este caso era composto dos fundadores das igrejas cristãs judaicas e gentias. Estavam presentes anciãos de Jerusalém e delegados de Antioquia, e as igrejas mais influentes estavam representadas. O concílio não reclamou a infalibilidade de suas deliberações, mas conduziu-se de acordo com os ditames de iluminado juízo e com a dignidade de uma igreja estabelecida pela vontade divina. Viram que o próprio Deus tinha decidido a questão favorecendo os gentios com o Espírito Santo, e era-lhes deixado seguir a guia do Espírito.
Não foram convocados todos os cristãos para votarem sobre a questão. Os apóstolos e anciãos - homens de influência e bom senso - redigiram e expediram o decreto, que foi logo aceito pelas igrejas cristãs. Nem todos, entretanto, ficaram contentes com a decisão; havia uma facção de falsos irmãos que tomaram a decisão de se empenhar em uma obra de sua própria responsabilidade. Puseram-se a murmurar e criticar, propondo novos planos e procurando deitar abaixo a obra dos homens experientes a quem Deus havia mandado ensinar a doutrina de Cristo. Desde o início teve a igreja tais obstáculos a enfrentar, e há de tê-los até a consumação do tempo (História da Redenção, p. 308, 309).

Ser descortês, denunciar outros, dar expressão a juízos ásperos e severos, entreter pensamentos maus, não é resultado daquela sabedoria que vem de cima. ... A linguagem do cristão tem de ser mansa e circunspecta, pois sua santa fé dele requer que represente Cristo ao mundo. Todos os que permanecem em Cristo manifestarão a bondosa e perdoadora cortesia que caracterizava Sua vida. Suas obras serão obras de piedade, equidade e pureza. Possuirão sabedoria humilde, e porão em exercício o dom da graça de Jesus. 
"A paz de Deus... domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração." Col. 3:15 e 16. Era esta a prática de Cristo. Era muitas vezes assaltado pela tentação, mas em vez de ceder ou sentir-se provocado, cantava louvores a Deus. Com cânticos espirituais detinha Ele a fluente fala dos que estavam sendo usados por Satanás para criar discórdia. ...
Os que amam a Deus, quando são tentados cantem os louvores de seu Criador, em vez de pronunciar palavras de acusação ou crítica. O Senhor abençoará os que assim procuram promover a paz. Confiai em Deus. Sede cuidadosos para não dardes ao inimigo vantagem alguma, mediante palavras desavisadas. Conservai-vos olhando para Jesus. É Ele vossa força. ...
Sede tão atenciosos, tão ternos, tão compassivos, que a atmosfera que vos circunda seja como perfumada pela bênção de Deus (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 181). 

O Senhor ajudará a cada um de nós onde mais necessitarmos na grande obra de vencer e sujeitar o próprio eu. Esteja em vossos lábios a lei da bondade, e o óleo da graça em vosso coração. Isto produzirá maravilhosos resultados. Sereis brandos, cheios de simpatia, corteses. Necessitais de todas essas graças. Importa que o Espírito Santo seja recebido e introduzido em vosso caráter; então, Ele será qual fogo sagrado, produzindo incenso que ascenderá a Deus, não de lábios que condenam, mas como um restaurador dos homens. Vossa fisionomia refletirá a imagem do divino. ... Deus requer que toda pessoa a Seu serviço acenda seus incensários com brasas do fogo sagrado. As palavras profanas, severas, ásperas que tão prontamente brotam de vossos lábios, precisam ser reprimidas, e o Espírito de Deus falará por meio do instrumento humano. Contemplando o caráter de Cristo vos transformareis à Sua semelhança. Unicamente a graça de Cristo vos pode mudar o coração, e então refletireis a imagem do Senhor Jesus. Deus nos chama a sermos semelhantes a Ele - puros, santos, incontaminados. Cumpre-nos apresentar a imagem do divino (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956/2005], p. 102). 

Sexta, 24 de agosto: Estudo adicional

Este Dia com Deus [MM 1980], "Cristãos Guiados pelo Espírito", p. 325.



Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário