sábado, 7 de abril de 2018

2º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 2 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério” (Dn 2:47).

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Trechos em destaque extraídos dos originais 
e ausentes na versão física do comentário.

Sábado à tarde, 7 de abril

Maravilhosa é a obra que Deus pretende realizar por intermédio de Seus servos, para que Seu nome seja glorificado. O Senhor fez de José uma fonte de vida para a nação egípcia. Por meio de José, foi conservada a vida de todo aquele povo. Por meio de Daniel, Deus salvou a vida de todos os sábios de Babilônia. E esses livramentos foram como lições práticas, pois ilustraram ao povo as bênçãos espirituais a ele proporcionadas mediante a ligação com o Deus a quem José e Daniel adoravam. 
Assim, por intermédio de Seu povo hoje, Deus deseja trazer bênçãos ao mundo. Todo obreiro em cujo coração Cristo habita, todo aquele que manifeste Seu amor ao mundo, é um colaborador de Deus para bênção da humanidade. À medida que ele recebe do Salvador graça para comunicar aos outros, emana de todo o seu ser uma onda de vida espiritual (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 227).

Mas não era intuito de Deus que Seu povo levantasse uma parede separatória entre si e seus semelhantes. O coração do Amor infinito expandia-se a todos os habitantes da Terra. Embora O houvessem rejeitado, Ele estava constantemente procurando Se revelar a eles, e fazê-los participantes de Seu amor e graça. Sua bênção foi concedida ao povo escolhido, a fim de que pudesse abençoar a outros.
Deus chamou Abraão, fê-lo prosperar e o honrou; e a fidelidade do patriarca foi uma luz para o povo em todos os países de sua peregrinação. Abraão não se excluiu do povo em redor de si. Manteve contatos amistosos com os reis das nações circunvizinhas, por alguns dos quais ele era tratado com grande respeito; e sua integridade e abnegação, seu valor e benevolência, estavam a representar o caráter de Deus. Na Mesopotâmia, em Canaã, no Egito, e mesmo aos habitantes de Sodoma, o Deus do Céu foi revelado por meio de Seu representante (Patriarcas e Profetas, p. 368).

Devem servir de condutos pelos quais Deus possa derramar sobre o mundo fluxos de Seu infinito amor.
O propósito que Deus quer realizar por meio de Seu povo hoje é o mesmo que desejou realizar por meio de Israel quando o tirou do Egito. Pela contemplação da bondade, misericórdia, justiça e amor de Deus, manifestados na igreja, o mundo deve ter uma ideia de Seu caráter. E se a lei divina for desse modo exemplificada na conduta dos que a professam, o próprio mundo reconhecerá a superioridade dos que amam, temem e servem a Deus sobre o restante da humanidade. Os olhos do Senhor se fixam em cada um dos membros de Seu povo; Ele tem um plano para cada um. É Seu propósito que os que cumprem Seus santos preceitos, sejam um povo distinto. Ao povo de Deus aplica-se ainda hoje, como ao antigo Israel, as palavras escritas por Moisés sob inspiração divina: “Vocês são povo santo para o Senhor, seu Deus. O Senhor, seu Deus, os escolheu, para que, de todos os povos que há sobre a Terra, vocês fossem o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há” (Deuteronômio 7:6; Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 12).

Domingo, 8 de abril: Fiel no pouco

Entretanto, Deus escolheu Israel. Ele o chamou para conservar entre os homens o conhecimento de Sua lei, e dos símbolos e profecias que apontavam ao Salvador. Desejava que fosse como fonte de salvação para o mundo. O que Abraão tinha sido na terra de sua peregrinação, o que foi José no Egito e Daniel nas cortes de Babilônia, o povo hebreu devia ser entre as nações. Cumpria-lhe revelar Deus aos homens (O Desejado de Todas as Nações, p. 27).

Somente pela fidelidade nas coisas pequenas é que a pessoa pode ser qualificada para agir com fidelidade sob responsabilidades maiores. Deus pôs Daniel e seus companheiros em contato com os grandes de Babilônia para que esses gentios conhecessem os princípios da verdadeira religião. Em meio de uma nação de idólatras, Daniel devia representar o caráter de Deus. Como se tornou ele apto para uma posição de tanta confiança e honra? Foi a fidelidade nas minúcias que lhe deu integridade à vida toda. Honrava a Deus nos menores deveres, e o Senhor cooperava com ele. A Daniel e seus companheiros Deus outorgou “o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos” (Daniel 1:17).
Assim como Deus chamou Daniel para testemunhar Dele em Babilônia, também nos chama para que sejamos Suas testemunhas no mundo de hoje. Deseja que revelemos aos homens os princípios de Seu reino, tanto nos menores como nos maiores afazeres da vida (Parábolas de Jesus, p. 356, 357).

Os que ocupam hoje posições de responsabilidade devem procurar aprender a lição ensinada pela oração de Salomão. Quanto mais alta for a posição que um homem ocupa, quanto maior for a responsabilidade que tem de levar, mais ampla será a influência que exerce e maior sua necessidade de dependência de Deus. Deve lembrar-se sempre de que, com o chamado para o trabalho, vem o chamado para andar prudentemente perante seus companheiros. Deve permanecer diante de Deus na atitude de um discípulo. A posição não dá santidade de caráter. É por honrar a Deus e obedecer a Seus mandamentos que o homem se torna verdadeiramente grande.
O Deus a quem servimos não faz acepção de pessoas. Aquele que deu a Salomão o espírito de sábio discernimento, está desejoso de repartir as mesmas bênçãos a Seus filhos hoje. “Se, porém, algum de vocês necessita de sabedoria”, declara Sua Palavra, “peça-a a Deus, que a todos dá com generosidade e sem reprovações, e ela lhe será concedida”, Tiago 1:5. Quando o que leva um fardo opressivo deseja sabedoria mais que riquezas, poder, ou fama, não ficará desapontado. Tal pessoa aprenderá do grande Mestre não somente o que fazer, mas como fazê-lo de maneira a alcançar a divina aprovação (Profetas e Reis, p. 30, 31).

Segunda, 9 de abril: A humildade de Daniel

Neemias se humilhou diante de Deus, dando-Lhe a glória devida ao Seu nome. O mesmo fez Daniel em Babilônia. Estudemos as orações desses homens. Elas nos ensinam que devemos nos humilhar, mas que nunca devemos ocultar a linha de demarcação entre o povo de Deus que guarda os mandamentos e aqueles que não têm nenhum respeito por Sua lei.
Todos precisamos nos achegar a Deus. Ele se aproximará daqueles que a Ele forem em humildade, cheios de santa reverência por Sua sagrada majestade e se colocam diante dEle separados do mundo (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1.285).

Buscai a justiça e ponde-vos sob o amplo escudo da Onipotência. Essa é vossa única segurança. Deus solicita que O busqueis com humildade de coração. Lede a oração de Daniel e vede se a vossa experiência resistirá à prova de fogo. Deus abençoará ricamente os que se humilham diante dEle (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 270).

Nenhum dos apóstolos e profetas declarou jamais estar sem pecado. Homens que viveram o mais próximo de Deus, que sacrificariam a vida de preferência a cometer conscientemente um ato mau, homens a quem Deus honrou com divina luz e poder, confessaram a pecaminosidade de sua natureza. Eles não puseram a sua confiança na carne, nem alegaram possuir justiça própria, mas confiaram inteiramente na justiça de Cristo.
Assim será com todos que contemplam a Cristo. Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, e quanto mais claramente distinguirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claro veremos a excessiva malignidade do pecado, e tanto menos nutriremos o desejo de nos exaltar a nós mesmos. Haverá um contínuo anelo da alma em direção a Deus, uma contínua, sincera, contrita confissão de pecado e humilhação do coração perante Ele. A cada passo para a frente em nossa experiência cristã, nosso arrependimento se aprofundará. Saberemos que nossa suficiência está em Cristo unicamente, e faremos nossa própria a confissão do apóstolo: "Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum." Rom. 7:18. "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." Gál. 6:14.
Que os anjos relatores escrevam a história das santas lutas e pelejas do povo de Deus; que anotem as orações e lágrimas; mas não permitamos que Deus seja desonrado pela declaração de lábios humanos: "Estou sem pecado; sou santo." Lábios santificados nunca pronunciarão palavras de tanta presunção.
O apóstolo Paulo havia sido arrebatado até o terceiro Céu, e tinha visto e ouvido coisas que não poderiam ser proferidas; contudo, sua humilde afirmação é: "Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo." Filip. 3:12. Que os anjos do Céu escrevam as vitórias de Paulo ao combater o bom combate da fé. Que o Céu se rejubile em sua marcha firme rumo do Céu e que, ao manter ele em vista o prêmio, considere tudo o mais como escória. Os anjos se regozijam ao contar seus triunfos, mas Paulo mesmo não se vangloria de suas conquistas. A atitude de Paulo é a atitude que cada seguidor de Cristo deveria tomar ao prosseguir na luta pela coroa imortal.
Que os que se sentem inclinados a fazer alta profissão de santidade se contemplem no espelho da lei de Deus. Ao verem o vasto alcance de seus reclamos, e compreenderem que ela opera como perscrutadora dos pensamentos e intenções do coração, não se presumirão de estar sem pecado. "Se dissermos que não temos pecado", diz João não se excluindo de seus irmãos, "enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós." "Se dissermos que não pecamos, fazemo-Lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós." "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça." I João 1:8, 10 e 9.
Há os que professam possuir santidade, que se declaram santos do Senhor, que reclamam como um direito a promessa de Deus, ao mesmo tempo que recusam obediência aos mandamentos de Deus. Esses transgressores da lei reclamam tudo quanto é prometido aos filhos de Deus; mas isto é presunção da parte deles, pois João nos diz que o verdadeiro amor a Deus se revelará na obediência a todos os Seus mandamentos. Não basta crer na teoria da verdade, fazer uma profissão de fé em Cristo, crer que Jesus não é um impostor, e que a religião da Bíblia não é uma fábula artificialmente composta. "Aquele que diz: Eu conheço-O", escreveu João, "e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a Sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado: nisto conhecemos que estamos nEle." I João 2:4 e 5. "Aquele que guarda os Seus mandamentos nEle está, e Ele nele." I João 3:24.
João não ensinou que a salvação devia ser adquirida pela obediência, mas que a obediência é fruto da fé e do amor. "E bem sabeis que Ele Se manifestou para tirar os nossos pecados", disse, "e nEle não há pecado. Qualquer que permanece nEle não peca; qualquer que peca não O viu nem O conheceu." I João 3:5 e 6. Se estivermos em Cristo, se o amor de Deus estiver no coração, nossos sentimentos, pensamentos e ações estarão em harmonia com a vontade de Deus. O coração santificado está em harmonia com os preceitos da lei de Deus (Atos dos Apóstolos, p. 561-563).

Terça, 10 de abril: Guerra no Céu e na Terra

A história se repetirá. Será exaltada a falsa religião. O primeiro dia da semana, dia comum de trabalho, não possuindo nenhuma santidade, será levantado como o foi a imagem em Babilônia. A todas as nações, e línguas e povos se ordenará venerarem este sábado espúrio. É este o plano de Satanás para invalidar o dia instituído por Deus e dado ao mundo como memorial da criação.
O decreto impondo a veneração deste dia abrangerá o mundo todo (Maranata, o Senhor Vem [MM 1977], p. 212).

Provações e perseguições sobrevirão a todos que, em obediência à Palavra de Deus, se recusarem a adorar esse falso dia de repouso. A força é o último recurso de toda falsa religião. A princípio é tentada a atração, como o rei de Babilônia tentou com o poder da música e da exibição exterior. Se essas atrações, inventadas por homens inspirados por Satanás, falhassem em fazer os homens adorar a imagem, as furiosas chamas da fornalha estavam prontas para consumi-los. Assim será hoje. O papado tem exercido seu poder para compelir os homens a lhe obedecer, e continuará a fazê-lo. Precisamos ter o mesmo espírito que foi manifestado pelos servos de Deus no conflito com o paganismo (ST. 6/5/1897; Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1.091).

Aquele que andou com os hebreus valorosos na fornalha ardente, estará com os Seus seguidores em qualquer lugar. Sua constante presença confortará e sustentará. Em meio do tempo de angústia - angústia como nunca houve desde que houve nação - Seus escolhidos ficarão firmes. Satanás com todas as forças do mal não pode destruir o mais fraco dos santos de Deus. Anjos magníficos em poder os protegerão, e em favor deles Jeová Se revelará como "Deus dos deuses" (Dan. 2:47), capaz de salvar perfeitamente os que nEle puseram a sua confiança (Vidas que Falam [MM 1971], p. 253). 

A alma provada pela tormenta nunca é amada mais ternamente por seu Salvador do que quando está sofrendo opróbrio por causa da verdade. Quando, por amor à verdade, o crente se encontra à barra de tribunais injustos, Cristo está ao seu lado. Todas as desonras que incidem sobre o crente incidem sobre Cristo na pessoa de Seus santos. "Eu o amarei diz Cristo - e Me manifestarei a ele." João 14:21. Cristo é condenado outra vez na pessoa de Seus discípulos crentes.
Quando, por amor à verdade, o crente é encarcerado dentro dos muros de uma prisão, Cristo Se manifesta a ele, e arrebata-lhe o coração com Seu amor. Quando ele sofre a morte por Sua causa, Cristo lhe diz: "Eles podem matar o corpo, mas não podem prejudicar a alma." "Tende bom ânimo; Eu venci o mundo." "Eles Me crucificaram, e se vos matarem, estarão Me crucificando novamente na pessoa de Meus santos."
A perseguição só pode causar a morte, mas a vida é preservada para eterna vida e glória. O poder perseguidor pode tomar sua posição, e ordenar que os discípulos de Cristo neguem a fé, deem atenção a espíritos enganadores e doutrinas de demônios, invalidando a lei de Deus. Mas os discípulos podem perguntar: "Por que havia eu de fazer isso? Amo a Jesus, e nunca negarei o Seu nome." Quando o poder diz: "Eu o chamarei perturbador da paz", eles podem responder: "Assim eles chamaram a Jesus, o qual era verdade, e graça e paz" (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 420, 421).

Quarta, 11 de abril: Ele está conosco todos os dias

Durante sete anos Nabucodonosor foi um espanto para todos os seus súditos; por sete anos foi humilhado perante todo o mundo. Então sua razão foi restaurada, e levantando os olhos em humildade ao Deus do Céu, ele reconheceu a mão divina no seu castigo. Numa proclamação pública ele admitiu a sua culpa, e a grande misericórdia de Deus em sua restauração. ...
O propósito de Deus de que o maior reino do mundo mostrasse o Seu louvor, estava agora cumprido. Esta proclamação pública, em que Nabucodonosor reconhecia a misericórdia, bondade e autoridade de Deus, foi o último ato de sua vida registrado na história sacra (Vidas que Falam [MM 1971], p. 254).

Quem entre nós segue fielmente o Modelo? Quem começou e continua na batalha contra o orgulho próprio? Quem tem, com determinação, lutado contra o egoísmo até expulsá-lo do coração e da vida? Queira Deus que as lições a nós dadas, enquanto contemplamos a cruz de Cristo e vemos os sinais que nos aproximam do Juízo Final se cumprindo, possam impressionar nosso coração e tornar-nos mais humildes, mais abnegados e bondosos uns para com os outros, menos ressentidos, menos críticos e mais dispostos a levar as cargas uns dos outros. 
Foi-me mostrado que, como um povo, estamos nos afastando da simplicidade da fé e da pureza do evangelho. Muitos estão em grande perigo. A menos que mudem seu curso, serão cortados da Videira Verdadeira como ramos inúteis. Irmãos e irmãs, vi que estamos sob os umbrais do mundo eterno. Precisamos conquistar vitórias a cada passo agora. Toda boa obra é uma semente semeada a fim de dar frutos para a vida eterna. Cada sucesso obtido coloca-nos num degrau superior da escada do progresso e nos dá força espiritual para novas vitórias. Cada ação reta prepara o caminho para sua própria repetição (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 18).

Talvez uma pessoa não seja capaz de dizer o tempo ou o lugar exatos de sua conversão, nem delinear todas as circunstâncias no processo da mesma; isso, porém, não prova não estar ela convertida. Mediante um agente tão invisível como o vento, está Cristo continuamente operando no coração. Pouco a pouco, sem que o objeto dessa obra tenha talvez consciência do fato, produzem-se impressões que tendem a atrair a alma para Cristo. ... De repente, ao chegar o Espírito com mais direto apelo, a alma entrega-se alegremente a Jesus. Isso é chamado por muitos uma conversão repentina; é, no entanto, o resultado de longo processo de conquista efetuado pelo Espírito de Deus - processo paciente e prolongado.
Se bem que o vento seja invisível, seus efeitos são vistos e sentidos. Assim a obra do Espírito sobre a alma revelar-se-á em cada ato daquele que lhe experimentou o poder salvador. Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus.
É impossível à mente finita compreender a obra da redenção. Seu mistério excede ao conhecimento humano; todavia, aquele que passa da morte para a vida percebe que é uma divina realidade. O começo da redenção, podemos conhecê-lo aqui, mediante uma experiência pessoal. Seus resultados estendem-se através da eternidade (Maranata, o Senhor vem [MM 1977], p. 68).

Quinta, 12 de abril: A lei e o evangelho

Que seria, se Daniel e seus companheiros se tivessem comprometido com aqueles funcionários pagãos, e tivessem cedido à pressão do momento, comendo e bebendo como era costumeiro entre os babilônios? Esse único exemplo de desvio do princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso da justiça e sua aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria implicado no sacrifício do vigor físico, da clareza do intelecto e do poder espiritual. Um só passo errado, provavelmente teria levado a outros, até que, cortada sua ligação com o Céu, tivessem sido arrebatados pela tentação (Conselhos sobre Saúde, p. 66).

Daniel, primeiro-ministro dos maiores reinos da Terra, foi ao mesmo tempo profeta de Deus, recebendo luz de celestial inspiração. Um homem sujeito às mesmas paixões que nós, é descrito pela pena da Inspiração como isento de falta. Suas transações de negócios, quando submetidas à mais apurada fiscalização dos seus inimigos, foram consideradas sem falha. Ele foi um exemplo do que cada homem de negócios pode tornar-se quando o seu coração é convertido e consagrado, e quando os seus motivos são retos à vista de Deus. ...
Inamovível em sua fidelidade a Deus, indomável no domínio de si mesmo, Daniel, por sua nobre dignidade e indeclinável integridade, conquanto fosse jovem, alcançou "graça e misericórdia" (Dan. 1:9) diante do oficial pagão a cujo cargo tinha sido posto. ...
Ele ascendeu rapidamente à posição de primeiro-ministro do reino de Babilônia. Através do reinado de sucessivos monarcas, da queda da nação e o estabelecimento de outro império mundial, foram de tal natureza sua sabedoria e capacidade de estadista, tão perfeitos seu tato, cortesia, genuína bondade de coração e sua fidelidade ao princípio, que mesmo seus inimigos foram forçados a confessar que não podiam achar "ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel" (Dan. 6:4; Vidas que Falam [MM 1971], p. 254, 255).

Em todas as épocas as testemunhas designadas por Deus se têm exposto às perseguições e ao desprezo por amor à verdade. José foi caluniado e perseguido por haver preservado sua virtude e integridade. Davi, o mensageiro escolhido de Deus, foi caçado como um animal feroz por seus inimigos. Daniel foi lançado na cova dos leões por ser leal ao seu concerto com o Céu. Jó foi destituído de suas posses terrestres e ferido no corpo de tal maneira que o desprezaram os próprios parentes e amigos; contudo manteve sua integridade. Jeremias não pôde ser impedido de falar as palavras que Deus lhe ordenara; e seu testemunho de tal maneira enfureceu o rei e os príncipes que o atiraram num poço asqueroso. Estevão foi apedrejado por haver pregado a Cristo, e Este crucificado. Paulo foi encarcerado, açoitado, apedrejado e finalmente entregue à morte por ter sido fiel mensageiro de Deus aos gentios. E João foi banido para a ilha de Patmos "por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo". Apoc. 1:9.
Esses exemplos de humana firmeza dão testemunho da fidelidade das promessas de Deus - de Sua permanente presença e mantenedora graça. Testificam do poder da fé para enfrentar os poderes do mundo. É obra de fé repousar em Deus na hora mais escura, sentir, embora dolorosamente provado e sacudido pela tempestade, que nosso Pai está ao leme. Somente os olhos da fé podem ver para além das coisas temporais e apreciar com acerto o valor das riquezas eternas (Atos dos Apóstolos, p. 576).

Sexta, 13 de abril: Estudo adicional

Parábolas de Jesus, capítulo 25.
Este Dia com Deus, "Como Deus Encara a Grandeza", p. 368.

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