sábado, 5 de maio de 2018

2º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 6 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25).

Se preferir, baixe este estudo em PDF: 2º Trimestre 2018 - Lição 6 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Atenção!
Trechos em destaque extraídos dos originais 
e ausentes na versão física do comentário.

Sábado à tarde, 5 de maio

Na consumação da obra de Deus na Terra, a norma de Sua lei será de novo exaltada. A falsa religião pode prevalecer, a iniquidade se generalizar, o amor de muitos esfriar, a cruz do Calvário pode ser perdida de vista, e as trevas, como um manto de morte, podem espalhar-se sobre o mundo; toda a força da corrente popular pode ser voltada contra a verdade; trama após trama pode ser formada para aniquilar o povo de Deus; mas na hora de maior perigo, o Deus de Elias levantará instrumentos humanos para dar uma mensagem que não será silenciada. Nas populosas cidades da Terra, e nos lugares onde os homens têm ido mais longe em falar contra o Altíssimo, a voz de severa repreensão será ouvida. Corajosamente, homens indicados por Deus denunciarão a união da igreja com o mundo. Com fervor chamarão a homens e mulheres para que voltem da observância de uma instituição de feitura humana para a guarda do verdadeiro sábado. "Temei a Deus e dai-Lhe glória", proclamarão a toda nação, "porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas. ... Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da Sua ira" (Apoc. 14:7-10; Profetas e Reis, p. 186, 187).

Necessitamos hoje de homens totalmente fiéis, homens que sigam ao Senhor com integridade, homens que não sejam capazes de silenciar quando devem falar, firmes como o aço em seguir o princípio, que não busquem pretensiosas exibições, mas andem humildemente com Deus, pacientes, bondosos, prestativos, corteses, que compreendam que a ciência da oração é exercer fé e mostrar obras que promovam a glória de Deus e o bem de Seu povo. ... Seguir a Jesus requer sincera conversão no princípio, e uma repetição dessa conversão a cada dia.
Foi a fé de Calebe em Deus que lhe inspirou coragem, que o guardou do temor dos homens, e o habilitou a permanecer ousada e inabalavelmente na defesa do direito. Pela confiança no mesmo Poder, o poderoso General dos exércitos celestes, todo verdadeiro soldado da cruz pode receber força e ânimo para vencer os obstáculos que parecem insuperáveis (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 207).

Deus concedeu aos homens o sábado como sinal entre Ele e eles, como uma prova da fidelidade deles. Os que, na grande crise que está perante nós, depois de receberem iluminação no tocante à lei de Deus, prosseguem desobedecendo e exaltando as leis humanas acima da de Deus, receberão o sinal da besta.
Os esforços de Satanás contra os vindicadores da verdade tornar-se-ão mais pungentes e resolutos até ao fim do tempo. Assim como no tempo de Cristo os principais e sacerdotes instigaram contra Ele o povo, também hoje os líderes religiosos despertarão rancor e preconceito contra a verdade para este tempo. O público será levado a cometer atos de violência e oposição em que nunca haveriam pensado se não fossem saturados da animosidade dos professos cristãos contra a verdade.
E que conduta adotarão os vindicadores da verdade? Possuem eles a imutável, eterna Palavra de Deus, e devem demonstrar que possuem a verdade tal como é em Jesus. Suas palavras não devem ser nem ásperas nem rudes. Na apresentação da verdade devem eles manifestar o amor, a mansidão e a brandura de Cristo. Deixai que a verdade faça o talho; a Palavra de Deus é qual espada afiada de dois gumes e cortará até atingir o coração. Os que sabem que possuem a verdade não devem, pelo uso de expressões desgraciosas e ásperas, conceder a Satanás uma única oportunidade de lhes desvirtuar a intenção.
Foi-me mostrado que Satanás nos está furtivamente tomando a dianteira. A lei de Deus, pela intervenção de Satanás, será invalidada. Em nossa terra [Estados Unidos] de alardeada liberdade, a liberdade religiosa terá o seu fim. A luta será decidida no que toca ao assunto do sábado, e agitará o mundo inteiro.
Curto é o nosso tempo para trabalhar, e Deus nos chama, como pastores e povo, para sermos expeditos. Instrutores tão sábios quanto as serpentes e tão prudentes quanto as pombas precisam acorrer em auxílio do Senhor, em auxílio do Senhor contra os poderosos. Muitos há que não compreendem as profecias relativas a estes dias, e precisam ser esclarecidos (Evangelismo, p. 235-237).

Domingo, 6 de maio: A promessa

O maior perigo do homem está em enganar a si mesmo, em condescender com a presunção, separando-se assim de Deus, a fonte de sua força. A menos que sejam corrigidas pelo Santo Espírito de Deus, nossas tendências naturais encerram em si mesmas os germes da morte. A menos que nos ponhamos em uma ligação vital com Deus, não podemos resistir aos profanos efeitos da satisfação própria, do amor de nós mesmos e da tentação para pecar.
Para que possamos receber auxílio de Cristo, devemos compreender nossa necessidade. Cumpre-nos conhecer-nos verdadeiramente. Unicamente ao que se reconhece pecador, pode Cristo salvar. Só quando vemos nosso inteiro desamparo e renunciamos a toda confiança própria, lançaremos mão do poder divino.
Não é apenas no início da vida cristã que se deve fazer essa renúncia. A cada passo de avanço em direção ao Céu, ela deve ser renovada. Todas as nossas boas obras são dependentes de um poder fora de nós; deve haver portanto um constante anelo do coração para Deus, uma contínua e fervorosa confissão de pecado, e humilhação da alma perante Ele.
Cercam-nos perigos; e só estamos a salvo quando sentimos nossa fraqueza, e nos apegamos com a segurança da fé ao nosso poderoso Libertador (A Ciência do Bom Viver, p. 455, 456).

Paulo reconhecia sua fraqueza, e bem podia duvidar de sua força. Referindo-se à lei, ele diz: "E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte." Rom. 7:10. Ele confiara nas obras da lei. No tocante à sua vida exterior, declara que, "quanto à lei", era "irrepreensível"; e punha a confiança em sua própria justiça. Mas quando o espelho da lei foi colocado diante dele, e viu a si mesmo como Deus o via, cheio de faltas, manchado pelo pecado, exclamou: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" Rom. 7:24.
Paulo contemplou o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ouviu a voz de Cristo dizendo: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim." João 14:6. Resolveu apossar-se dos benefícios da graça que salva, estar morto para as transgressões e pecados, ter a culpa removida pelo sangue de Cristo, ser revestido da justiça de Cristo, tornar-se um ramo da Videira que vive. Andava com Cristo, e Jesus tornou-Se para ele - não uma parte da salvação, enquanto suas boas obras eram a outra parte - mas o seu tudo em todos, o primeiro e o último, e o melhor em tudo. Tinha a fé que extrai vida de Cristo, que o habilitava a harmonizar a vida com a do Exemplo divino. Essa fé nada reivindica para o seu possuidor devido a sua justiça, mas tudo reivindica em virtude da justiça de Cristo (Exaltai-O [MM 1992], p. 32).

Segunda, 7 de maio: A lei e o pecado

Em Seus ensinos, Cristo mostrou de quão vasto alcance são os princípios da lei pronunciada do Sinai. Fez Ele uma aplicação viva dessa lei cujos princípios permanecem para sempre a grande norma de justiça - norma pela qual todos serão julgados naquele grande dia em que se assentar o juízo e os livros forem abertos. Veio Ele para cumprir toda a justiça e, como cabeça da humanidade, mostrar ao homem que ele pode fazer a mesma obra, satisfazendo a todas as especificações dos reclamos de Deus. Pela medida da graça que Ele concede ao instrumento humano, ninguém precisa perder o Céu. A perfeição de caráter é alcançável por todo aquele que nela se empenha.
Isto é a própria base do novo concerto evangélico. A lei de Jeová é a árvore; o evangelho são as perfumosas flores e os frutos que ela produz (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 211).

É-nos impossível, por nós mesmos, escapar ao abismo do pecado em que estamos mergulhados. Nosso coração é ímpio, e não o podemos transformar. "Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!" Jó 14:4. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser." Rom. 8:7. A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas neste caso são impotentes. Poderão levar a um procedimento exteriormente correto, mas não podem mudar o coração; são incapazes de purificar as fontes da vida. É preciso um poder que opere interiormente, uma nova vida que proceda do alto, antes que os homens possam substituir o pecado pela santidade. Esse poder é Cristo. Sua graça, unicamente, é que pode avivar as amortecidas faculdades da alma, e atraí-la a Deus, à santidade. Disse o Salvador: "Aquele que não nascer de novo"- não receber um novo coração, novos desejos, propósitos e motivos, que conduzem a uma nova vida - "não pode ver o reino de Deus." João 3:3. A ideia de que basta desenvolver o bem que por natureza existe no homem, é um erro fatal (Caminho a Cristo, p. 18, 19). 

Não há segurança nem repouso nem justificação na transgressão da lei. Não pode o homem esperar colocar-se inocente diante de Deus e em paz com Ele, mediante os méritos de Cristo, se ao mesmo tempo continua em pecado. Tem de deixar de transgredir, e tornar-se leal e verdadeiro. Ao olhar o pecador para o grande espelho moral, vê seus defeitos de caráter. Vê-se a si mesmo tal qual é, maculado, corrupto e condenado. Sabe, porém, ele que a lei não pode, de modo algum, remover a culpa ou perdoar ao transgressor. Tem de ir mais longe que isso. A lei é apenas o aio para levá-lo a Cristo. Tem de ele olhar para seu Salvador, o portador dos pecados. E ao ser-lhe revelado Cristo na cruz do Calvário, morrendo sob o peso dos pecados de todo o mundo, o Espírito Santo lhe mostra a atitude de Deus para com todos os que se arrependem de suas transgressões (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 213).

Terça, 8 de maio: Do sábado para o domingo?

Quando Jesus Se encontrou com os discípulos, relembrou-lhes as palavras que lhes dissera antes de Sua morte, de que se deviam cumprir todas as coisas que a Seu respeito estavam escritas na lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos. "Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos; e em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas" (Luc. 24:46-48; O Desejado de Todas as Nações, p. 804, 805).

oa. Só Lucas ficou com ele, partindo os demais membros da comitiva para Trôade, a fim de ali o esperarem. Os filipenses eram dentre os conversos do apóstolo os mais amorosos e sinceros, e durante os oito dias da festa ele desfrutou pacífica e feliz comunhão com eles.
Embarcando em Filipos, Paulo e Lucas alcançaram os companheiros cinco dias mais tarde, em Trôade, e demoraram-se sete dias com os crentes naquele lugar. Na última noite de sua estada ali os irmãos se ajuntaram "para partir o pão". O fato de que seu amado mestre ia partir, promoveu um ajuntamento maior que o de costume. Reuniram-se num "cenáculo" (Atos 20:7 e 8), no terceiro andar. Ali, no fervor de seu amor e solicitude por eles, o apóstolo pregou até à meia-noite (Atos dos Apóstolos, p. 390, 391).

Muitos insistiam em que a guarda do domingo tinha sido, por muitos séculos, uma doutrina estabelecida e generalizado costume da igreja. Contra este argumento se mostrou que o sábado e sua observância eram mais antigos e generalizados, sendo mesmo tão velhos como o próprio mundo, e trazendo a sanção tanto dos anjos como de Deus. Quando foram postos os fundamentos da Terra, quando as estrelas da alva juntamente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam, foi então lançado o fundamento do sábado (Jó 38:6 e 7; Gên. 2:1-3). Bem pode esta instituição reclamar a nossa reverência; não foi ordenada por nenhuma autoridade humana, e não repousa sobre tradições humanas; foi estabelecida pelo Ancião de Dias e ordenada por Sua eterna Palavra (O Grande Conflito, p. 454, 455).

Deus é misericordioso. Razoáveis são as Suas reivindicações, em harmonia com a bondade e benevolência de Seu caráter. O objetivo do sábado foi beneficiar toda a humanidade. O homem não foi feito para ajustar-se ao sábado; pois o sábado foi feito depois da criação do homem, a fim de lhe satisfazer às necessidades. Depois de haver Deus feito o mundo em seis dias, descansou, e santificou e abençoou o dia no qual descansou de toda a Sua obra que criara e fizera. Ele separou aquele dia especial para o homem nele repousar de seu labor, para que, ao olhar para a Terra embaixo e para os céus em cima, lembrasse de que Deus fez tudo isto em seis dias e descansou ao sétimo; e para que ao contemplar as provas palpáveis da infinita sabedoria de Deus, seu coração se enchesse de amor e reverência por seu Criador (Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 582, 583).

Quarta, 9 de maio: O sétimo dia no Novo Testamento

Durante a infância e a juventude, Jesus adorara entre Seus irmãos, na sinagoga de Nazaré. Desde o início de Seu ministério, estivera ausente deles, mas não ignoravam o que Lhe acontecia. Ao aparecer novamente em seu meio, o interesse e expectação deles subiu ao mais alto grau. Ali estavam as figuras e fisionomias familiares, que conhecera na infância. Ali estava Sua mãe, Seus irmãos, e todos os olhos se voltaram para Ele quando entrou na sinagoga, no sábado, tomando lugar entre os adoradores (O Desejado de Todas as Nações, p. 236).

Cristo, durante Seu ministério terrestre, deu ênfase aos imperiosos reclamos do sábado; em todo o Seu ensino Ele mostrou reverência pela instituição que Ele mesmo dera. Em Seus dias o sábado tinha-se tornado tão pervertido que sua observância refletia o caráter de homens egoístas e arbitrários, antes que o caráter de Deus. Cristo pôs de lado o falso ensino pelo qual os que proclamavam conhecer a Deus O tinham deformado. Embora seguido com impiedosa hostilidade pelos rabis, Ele não pareceu sequer conformar-Se a suas exigências, mas prosseguiu retamente, guardando o sábado de acordo com a lei de Deus.
Em linguagem que não pode deixar de ser compreendida, Ele testificou de Sua consideração pela lei de Jeová. "Não cuideis que Eu vim destruir a lei ou os profetas", declarou; "não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos Céus" (Mat. 5:17-19; Profetas e Reis, p. 183).

Jesus descansou, afinal. Findara o longo dia de vergonha e tortura. Ao introduzirem os derradeiros raios do sol poente o dia do sábado, o Filho de Deus estava em repouso, no sepulcro de José. Concluída Sua obra, as mãos cruzadas em paz, descansava durante as sagradas horas do sábado.
No princípio, o Pai e o Filho repousaram no sábado após Sua obra de criação. Quando "os céus, e a Terra e todo o seu exército foram acabados" (Gên. 2:1), o Criador e todos os seres celestiais se regozijaram na contemplação da gloriosa cena. "As estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam." Jó 38:7. Agora Jesus descansava da obra de redenção; e se bem que houvesse dor entre os que O amavam na Terra, reinou contudo alegria no Céu. Gloriosa era aos olhos dos seres celestiais a perspectiva do futuro. Uma criação restaurada, a raça redimida que, havendo vencido o pecado, nunca mais poderia cair - eis o resultado visto por Deus e os anjos, da obra consumada por Cristo. Com esta cena se acha para sempre ligado o dia em que Jesus descansou. Pois Sua "obra é perfeita" (Deut. 32:4); e "tudo quanto Deus faz durará eternamente". Ecl. 3:14. Quando se der a "restauração de todas as coisas, as quais Deus falou por boca dos Seus santos profetas, desde o princípio do mundo" (Atos 3:21, Versão de Figueiredo), o sábado da criação, o dia em que Jesus esteve em repouso no sepulcro de José, será ainda um dia de descanso e regozijo. O Céu e a Terra se unirão em louvor, quando, "desde um sábado até ao outro" (Isa. 66:23), as nações dos salvos se inclinarem em jubiloso culto a Deus e o Cordeiro (O Desejado de Todas as Nações, p. 769, 770).

Quinta, 10 de maio: A tentativa de mudança do sábado

O característico especial da besta, e, portanto, de sua imagem, é a violação dos mandamentos de Deus. Diz Daniel a respeito da ponta pequena, o papado: "Cuidará em mudar os tempos e a lei." Dan. 7:25. E Paulo intitulou o mesmo poder "o homem do pecado", que deveria exaltar-se acima de Deus. Uma profecia é o complemento da outra. Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se acima de Deus; quem quer que conscientemente guarde a lei assim modificada, estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato de obediência às leis papais seria um sinal de vassalagem ao papa em lugar de Deus.
O papado tentou mudar a lei de Deus. O segundo mandamento, que proíbe o culto às imagens, foi omitido da lei, e o quarto foi mudado de molde a autorizar a observância do primeiro dia em vez do sétimo, como sábado. Mas os romanistas aduzem como razão para omitir o segundo mandamento ser ele desnecessário, achando-se incluído no primeiro, e que estão a dar a lei exatamente como era o desígnio de Deus fosse ela compreendida. Essa não pode ser a mudança predita pelo profeta. É apresentada uma mudança intencional, com deliberação. "Cuidará em mudar os tempos e a lei." A mudança no quarto mandamento cumpre exatamente a profecia. Para isto a única autoridade alegada é a da Igreja. Aqui o poder papal se coloca abertamente acima de Deus (O Grande Conflito, p. 446).

Satanás está em constante operação para agitar os poderes do inferno de sua confederação do mal contra os justos. Ele capacita instrumentos humanos com seus próprios atributos. Anjos malignos, unidos com homens iníquos, empreenderão esforços para prejudicar, perseguir e destruir. Mas o Senhor Deus de Israel não Se esquecerá daqueles que nEle confiam. Em meio ao fortalecimento da infidelidade e apostasia, em meio à pretensa iluminação que constitui a mais cega presunção e engano, haverá uma luz do santuário do alto resplandecendo sobre o povo de Deus. A verdade de Deus triunfará.
Os mandamentos de Deus serão calcados aos pés, tal como o foram no Céu por Satanás. A menos que Deus derrame Seu poder convertedor e Sua graça sobre a pessoa, não haverá qualquer tentativa para opor-se a Satanás, mas os homens estarão sob o seu controle, seus cativos voluntários. A inimizade contra Satanás é colocada no homem pelo próprio Deus. Deus insta Seu povo a ocupar uma posição distinta e decidida. O justo fervor com que Cristo denunciava toda abominação em nosso mundo, a imaculada pureza que tornava manifesta a corrupção daqueles que enganavam o povo com uma aparência de santidade, motivavam grande hostilidade contra Ele.
Hoje a mesma atitude da parte do Seu povo atrairá semelhante tratamento. Toda pessoa será reunida sob uma das duas bandeiras. Os escolhidos e fiéis postar-se-ão sob a bandeira ensanguentada do Príncipe Emanuel, e os outros sob o estandarte de Satanás. Todos quantos estão do lado de Satanás unir-se-ão com ele em honrar o sábado espúrio, prestando assim homenagem ao homem do pecado que se exaltou acima de tudo quanto se chama Deus e [que] julgou poder mudar os tempos e as leis. Calcam aos pés as leis de Jeová e formulam leis para compelir todos a adorarem o falso sábado, o ídolo que exaltaram. Mas o dia do livramento do povo de Deus não está muito distante (Olhando para o Alto [MM 1983], p. 288).

No capítulo 14 de Apocalipse, os homens são convidados a adorar o Criador; e a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice mensagem, observam os mandamentos de Deus. Um desses mandamentos aponta diretamente para Deus como sendo o Criador. O quarto preceito declara: "O sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus... porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou." Êxo. 20:10 e 11. Acerca do sábado, diz mais o Senhor ser ele um "sinal... para que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus". Ezeq. 20:20. E a razão apresentada é: "Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, e, ao sétimo dia, descansou, e restaurou-Se." Êxo. 31:17.
Enquanto o fato de que Ele é o nosso Criador continuar a ser razão por que O devamos adorar, permanecerá o sábado como sinal e memória disto. Tivesse sido o sábado universalmente guardado, os pensamentos e afeições dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu, ou incrédulo. A guarda do sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus, "Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas". Apoc. 14:7. Segue-se que a mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar Seus mandamentos, apelará especialmente para que observemos o quarto mandamento (Exaltai-O [MM 1992], p. 45. 46).

Sexta, 11 de maio: Estudo adicional

Primeiros Escritos, "A Ressurreição de Cristo", p. 181.

Nenhum comentário:

Postar um comentário