sábado, 6 de outubro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 2 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência" (Pv 9:10).

Sábado à tarde, 6 de outubro

Grande coisa é ser sábio à vista de Deus. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Isto é educação do coração, e é de maior importância do que a educação obtida de livros unicamente. É bom, e mesmo necessário obter conhecimento do mundo no qual vivemos, mas se deixarmos a eternidade fora de cálculo, sofreremos um fracasso do qual jamais nos recuperaremos. Será como o conhecimento obtido de comer do fruto da árvore proibida.
Que pode o mais versado em conhecimento intelectual saber ao certo sem um conhecimento da Palavra de Deus? Sem a educação encontrada na Bíblia, como alcançaremos o mundo vindouro, onde entraremos à presença de Deus e veremos Sua face? Coisa alguma da sabedoria deste mundo, do conhecimento recebido de livros, oferece um verdadeiro e seguro fundamento sobre o qual pudéssemos construir para a eternidade. Coisa alguma senão o pão que vem do Céu satisfaz a fome espiritual. "Porque o pão de Deus é Aquele que desce do Céu e dá vida ao mundo. O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:33 e 63. Qual luz confortadora esta promessa brilha em meio das trevas morais. Ao comermos as palavras de Cristo, comemos o pão da vida, que proporciona vitalidade espiritual.
A palavra do único Deus verdadeiro é infalível. Infinita sabedoria, santidade, poder e amor unem-se em nos encaminhar para a norma pela qual Deus mede o caráter. A Palavra de Deus define tão claramente as leis de Seu reino que ninguém precisa andar em trevas. Sua lei é a transcrição de Seu caráter. É a norma que todos têm de alcançar, se quiserem entrar no reino de Deus. Ninguém precisa andar em incerteza. ... A lei de Deus não foi abolida. Viverá através dos séculos eternos. Pela morte de Cristo foi ela engrandecida, e o pecado exposto em sua luz verdadeira (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 139).

Se guardassem os mandamentos, Deus lhes prometeu dar o mais belo trigo e tirar-lhes mel da rocha. Com longa vida os havia de satisfazer e havia de mostrar-lhes Sua salvação.
Por desobediência a Deus, Adão e Eva perderam o Éden, e por causa do pecado toda a Terra foi amaldiçoada. Mas se o povo de Deus seguisse as instruções, sua terra seria restaurada à fertilidade e beleza. Deus mesmo lhes dera ensinos quanto à cultura do solo, e deveriam cooperar em sua restauração. Assim, toda a Terra, sob a direção de Deus, se tornaria uma lição objetiva da verdade espiritual. Assim como, em obediência às leis naturais, a terra deve produzir seus tesouros, da mesma forma, como em obediência à Sua lei moral o coração do povo deveria refletir os atributos de Seu caráter em obediência à Sua lei moral. Até os pagãos reconheceriam a superioridade dos que servem e adoram o Deus vivo (Parábolas de Jesus, p. 288, 289).

Sejam essas palavras muitas vezes repetidas, e toda pessoa exercite suas idéias e espírito e ação diariamente para que possa cumprir esta oração de Jesus Cristo. Ele não pede a Seu Pai coisas impossíveis. Ora pelas coisas que justamente se devem achar em Seus discípulos em relação a sua unidade um com o outro e sua unidade com Deus e Jesus Cristo. Qualquer coisa menos que isto não é atingir à perfeição do caráter cristão. A áurea cadeia do amor, ligando o coração dos crentes em unidade, em laços de companheirismo e amor, e em unidade com Cristo e o Pai, torna perfeita a ligação e dá ao mundo um testemunho do poder do cristianismo, que não pode ser contestado. ...
Então será destruído o egoísmo e a infidelidade não existirá. Não haverá então contendas e divisões. Não haverá obstinações em ninguém que se ache ligado a Cristo. Nenhum agirá na obstinada independência da criança desobediente que larga a mão que a está conduzindo e prefere andar sozinha (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 169).

O egoísmo e o orgulho impedem o amor puro que nos une em espírito a Jesus Cristo. Se este amor é verdadeiramente cultivado, o finito se une ao Infinito. A humanidade se unirá à humanidade, e todos se ligarão ao coração do Infinito Amor. O santificado amor de uns pelos outros é sagrado. Nesta grande obra o mútuo amor cristão - incomparavelmente mais elevado, mais constante, mais cortês, mais abnegado do que se tem visto - conserva a brandura cristã, bem como a beneficência, a polidez, e envolve a fraternidade humana no abraço de Deus, reconhecendo a dignidade que Ele conferiu aos direitos do homem (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 169).

Domingo, 7 de outubro: "Volta, ó rebelde Israel"

Nas Escrituras, o caráter sagrado e permanente da relação entre Cristo e Sua igreja é representado pela união matrimonial. O Senhor uniu a Si o Seu povo, por meio de um concerto solene, prometendo-lhe ser seu Deus, enquanto o povo se comprometia a ser unicamente dEle. Disse o Senhor: "E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias." Osé. 2:19. E noutro lugar: "Eu vos desposarei." Jer. 3:14. E Paulo emprega a mesma figura no Novo Testamento, quando diz: "Porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo." II Cor. 11:2.
A infidelidade da igreja para com Cristo, permitindo que sua confiança e afeição dEle se desviem, e consentindo que o amor às coisas mundanas ocupe a alma, é comparada com a violação do voto conjugal (O Grande Conflito, p. 381). 

O coração de Deus anseia por Seus filhos terrestres com amor mais forte que a morte. Entregando Seu Filho, nesse único Dom derramou sobre nós todo o Céu. A vida, morte e intercessão do Salvador, o ministério dos anjos, o pleitear do Espírito, o Pai operando acima de tudo e por tudo, o interesse incessante dos seres celestiais - tudo se empenha em favor da redenção do homem.
Oh! consideremos o maravilhoso sacrifício que foi feito por nós! Procuremos avaliar o esforço e energia que o Céu dedica para reivindicar os perdidos e reconduzi-los ao lar paterno. Motivos mais fortes e instrumentos mais poderosos não poderiam jamais ser postos em operação; as excelentes recompensas de fazer o bem, a alegria do Céu, a sociedade dos anjos, a comunhão e o amor de Deus e Seu Filho, o enobrecimento e dilatação de todas as nossas faculdades através dos séculos da eternidade - acaso não são, estes, poderosos incentivos e encorajamentos para nos impelir a consagrar ao nosso Criador e Redentor os mais amantes serviços do coração? (Caminho a Cristo, p. 21).

Foi-me apontado o antigo Israel. Apenas dois dos adultos, dentre o vasto exército que deixou o Egito, entraram em Canaã. Seus cadáveres ficaram espalhados no deserto por causa de suas transgressões. O Israel moderno está em maior perigo de esquecer-se de Deus e ser levado à idolatria do que o antigo povo de Deus. Adoram-se muitos ídolos, mesmo entre os professos observadores do sábado. Deus advertiu Seu antigo povo a guardar-se da idolatria, pois se se desviassem do Deus vivo, Sua maldição recairia sobre eles, enquanto que se O amassem “de todo o coração, e de toda a alma, e de todas as forças” (Marcos 12:33), Ele abençoaria abundantemente o seu cesto e a sua amassadeira e removeria do meio deles toda enfermidade. 
A bênção ou a maldição estão agora diante do povo de Deus — a bênção se saírem do mundo, se se apartarem dele e andarem nos caminhos da humilde obediência; a maldição, se se unirem aos idólatras e desprezarem os altos reclamos do Céu. Os pecados e iniquidades do rebelde Israel foram registrados e se apresentam diante de nós como advertência, mostrando-nos que se imitarmos seu exemplo transgressor e nos afastarmos de Deus, certamente cairemos como eles (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 609).

Segunda, 8 de outubro: Reto aos seus próprios olhos

Os israelitas "se misturaram com as nações, e aprenderam as suas obras". Ligaram-se matrimonialmente com os cananeus, e a idolatria espalhou-se como uma praga por toda a terra. "Serviram os seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço. Demais disso, sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios. ... E a terra foi manchada com sangue." "Pelo que se acendeu a ira do Senhor contra Seu povo, de modo que abominou a Sua herança." Sal. 106:34, 38 e 40.
Antes que se extinguisse a geração que recebera instruções de Josué, a idolatria fez pequeno avanço; mas os pais haviam preparado o caminho para a apostasia de seus filhos. O desacato às restrições do Senhor por parte daqueles que entraram na posse de Canaã, disseminou sementes de males, as quais continuaram a produzir amargos frutos por muitas gerações. Os hábitos simples dos hebreus lhes haviam assegurado saúde física; mas a associação com os gentios determinou a condescendência com o apetite e paixão, o que diminuiu gradualmente a força física e enfraqueceu as capacidades mentais e morais. Pelos seus pecados os israelitas foram separados de Deus; Sua força foi removida deles, e não mais podiam prevalecer contra seus inimigos. Assim foram levados sob a sujeição das mesmas nações que por intermédio de Deus haviam subjugado (Patriarcas e Profetas, p. 544, 545).

Há alguns que não atendem prontamente ao convite para abandonarem seu próprio caminho e colocarem-se em harmonia com a vontade de Deus. Preferem seguir um caminho de sua própria escolha. Os que desejam fazê-lo, têm o privilégio de continuar andando em seu próprio caminho não consagrado, mas o fim desse caminho é tristeza e destruição.
O Senhor tem homens designados por Ele, aos quais usará em Sua obra, contanto que permitam serem usados de acordo com Sua boa vontade. Jamais poderá usar alguém que está procurando humilhar alguma outra pessoa. Humilhai-vos a vós mesmos, irmãos. Quando fazeis isto, é possível que santos anjos se comuniquem convosco e vos coloquem em terreno vantajoso. Então vossa experiência, em vez de ser defeituosa, estará repleta de felicidade. Procurai relacionar-vos em harmonia com a direção de Deus, e sereis então suscetíveis às impressões de Seu Santo Espírito (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 30).

Nunca vos envergonheis de vosso estandarte; tomai-o e desfraldai-o à vista dos homens e dos anjos. ... O mundo tem o direito de saber justamente o que se pode esperar de todo ser humano inteligente. Quem for um conjunto vivo de princípios firmes, decididos e justos, será uma influência viva sobre os companheiros; e influenciará os outros pelo seu cristianismo. Muitos não discernem nem apreciam quão grande é a influência de cada um para o bem ou para o mal. 
Sua felicidade, tanto nesta vida como na futura, depende de que fixem a mente em coisas animadoras (Minha Consagração Hoje [MM 1953/1989], p. 111). 

Terça, 9 de outubro: A divisão da nação hebraica

As tribos vinham há muito sofrendo cruéis injustiças sob as medidas opressivas do governante anterior. A extravagância do reinado de Salomão durante sua apostasia levara-o a tributar o povo pesadamente, e a requerer dele muito trabalho servil. Antes de levar avante a coroação de um novo monarca, os líderes dentre as tribos determinaram assegurar-se se era ou não propósito do filho de Salomão aliviar aquelas cargas. "Veio, pois, Jeroboão com todo o Israel, e falaram a Roboão, dizendo: Teu pai fez duro o nosso jugo; alivia tu, pois, agora a dura servidão de teu pai, e o pesado jugo que nos tinha imposto, e servir-te-emos".
Desejoso de aconselhar-se com seus auxiliares, antes de expor sua política, Roboão respondeu: "Daqui a três dias tornai a mim. Então o povo se foi". [...]
Inflado pela perspectiva de exercer suprema autoridade, Roboão determinou desconsiderar o conselho dos homens mais idosos do seu reino, e fazer dos jovens seus conselheiros. Sucedeu então que no dia aprazado, quando "Jeroboão, e todo o povo", veio a Roboão em busca de uma resposta concernente ao programa que ele pretendia pôr em prática, Roboão "lhes respondeu asperamente... dizendo: Meu pai agravou o vosso jugo, porém eu lhe acrescentarei mais; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões" (I Reis 12:12-14; Profetas e Reis, p. 88-90).

Resolve alcançar uma norma alta e santa; põe na altura a tua meta; procede com sincero propósito, como fez Daniel, constante e perseverantemente; e assim coisa alguma que o inimigo possa fazer, impedirá teu progresso diário. Não obstante as inconveniências, mudanças, perplexidades, poderás avançar constantemente no vigor mental e no poder moral.
Ninguém precisa ser ignorante, a menos que o prefira. O conhecimento deve ser adquirido constantemente; é alimento para a mente. Nós, que aguardamos a vinda de Cristo, devemos ter a resolução de não viver esta vida constantemente do lado da derrota nessa questão, mas na compreensão das realizações espirituais. Sê homem de Deus, do lado da vitória. O conhecimento está ao alcance de todos os que o desejam. É propósito de Deus que a mente se torne forte, o pensamento mais profundo, mais cheio e claro. Anda com Deus, como andou Enoque. Faze de Deus o teu Conselheiro, e não poderás deixar de progredir (Mente, Caráter e Personalidade, p. 104, 105). 

"Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada." Tia. 1:5.
É privilégio de todo crente primeiro falar com Deus em sua câmara secreta, e depois, como porta-voz de Deus, falar com os outros. A fim de termos alguma coisa para comunicar aos outros, temos de receber diariamente luz e bênção. Homens e mulheres que comungam com Deus, que têm Cristo a habitar no íntimo, que, por cooperar com santos anjos, são circundados de santas influências, estes são necessários hoje. A causa carece de pessoas que têm poder para puxar o jugo ao lado de Cristo, poder para expressar o amor de Deus em palavras de animação e compaixão (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 65).

Quarta, 10 de outubro: Divisão em Corinto

"Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer." I Cor. 1:10. Paulo não teria apelado para eles a fim de que fizessem o impossível. A união é o resultado certo da perfeição cristã (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 90). 

Paulo estava certo de que as mais altos ideais cristãos só podem ser alcançadas mediante muita oração e permanente vigia, e isto procurava ele incutir-lhes na mente. Mas ele sabia também que em Cristo crucificado lhes era oferecido poder suficiente para converter a alma, e divinamente adaptado para habilitá-los a resistir a todas as tentações para o mal. Com fé em Deus como sua armadura, e com Sua Palavra como arma de guerra, eles seriam supridos com poder íntimo que os capacitaria a rechaçar os ataques do inimigo.
Os crentes coríntios necessitavam de mais profunda experiência nas coisas de Deus. Eles não sabiam exatamente o que significa contemplar Sua glória, e ser transformado de glória em glória. Haviam visto apenas os primeiros raios do alvorecer desta glória. O desejo de Paulo por eles era que eles fossem cheios de toda plenitude de Deus, conhecendo e prosseguindo em conhecer Aquele cuja saída é como a alva, e continuassem a aprender dEle até que chegasse a pleno meio-dia de uma perfeita fé evangélica (Atos dos Apóstolos, p. 307, 308).

Cristo está dividido? - Não. O Cristo que habita na alma não contenderá com o Cristo noutra alma. Precisamos aprender a suportar as peculiaridades dos que nos rodeiam. Se nossa vontade está sob o controle da vontade de Cristo, como podemos estar em desavença com nossos irmãos? Se estamos em desavença, podemos saber que é porque o próprio eu precisa ser crucificado. Aquele a quem Cristo liberta realmente é livre. Não somos perfeitos em Cristo se não nos amamos uns aos outros como Cristo nos amou. Quando fazemos isso, segundo o mandamento que nos foi dado por Cristo, evidenciamos que somos perfeitos nEle (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 274).

Haverá um renhido conflito entre os que são leais a Deus e os que desprezam a Sua lei. A reverência à lei de Deus tem sido subvertida. Os líderes religiosos estão ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Assim como ocorreu nos dias do antigo Israel, acontece nesta era do mundo. Em virtude da prevalência da deslealdade e transgressão, haverão de aqueles que acariciaram a lei de Deus demonstrar agora menor respeito a ela? Será que vão unir-se aos poderes da Terra para ignorá-la? Os fiéis não serão arrastados pela corrente do mal. Não se envolverão em controvérsia em relação àquilo que Deus colocou à parte como sagrado. Não seguirão o exemplo de esquecimento de Israel; trarão antes à lembrança o modo como Deus lidou com Seu povo em todas as épocas, e trilharão o caminho dos Seus mandamentos. 
A prova sobrevirá a cada um. Existem apenas dois lados. Em qual deles se posicionará você? (Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 120).

Quinta, 11 de outubro: "Aparecerão lobos ferozes"

Mesmo que sejam ímpios os homens que falam da verdade, alguns a recebem; mas isto não leva os que falaram a maior favor de Deus. Ímpios são sempre ímpios, e segundo o engano praticado para com os que eram amados de Deus e à confusão levada à igreja, terão a sua punição; seus pecados não permanecerão cobertos, mas serão expostos no dia da ardente ira de Deus.
Esses mensageiros enviados de moto-próprio são uma maldição para a Causa. Almas honestas neles põem sua confiança, pensando que se estão movendo no conselho de Deus e estão em união com a igreja, aceitando portanto que administrem as ordenanças, e ao se lhes tornar claro o seu dever de praticar as primeiras obras, permitem ser por eles batizados. Mas o fazer-se a luz, como geralmente sucede, e ao serem alertados de que esses homens não são o que eles pensavam ser, isto é, mensageiros chamados e escolhidos por Deus, entram em provação e em dúvida quanto à verdade que haviam recebido e sentem que precisam aprendê-la completamente de novo. Sentem-se desassossegados e são levados à perplexidade pelo inimigo sobre a sua experiência, se Deus os tem guiado ou não, e não ficam satisfeitos até que sejam de novo batizados e recomecem tudo. É muito mais penoso para o espírito dos mensageiros de Deus irem a lugares onde têm estado os que exercem esta má influência do que iniciar o trabalho em campos novos. Os servos de Deus precisam tratar com clareza, agir abertamente, e não ocultar erros; pois estão colocados entre os vivos e os mortos, e precisam dar conta de sua fidelidade, de sua missão e da influência que exercem sobre o rebanho do qual o Senhor os constituiu bispos.
Os que recebem a verdade e são conduzidos a tais provações teriam recebido a verdade da mesma forma se esses homens tivessem permanecido afastados e ocupado o humilde lugar que o Senhor lhes designara. Os olhos de Deus estavam sobre as Suas joias, e Deus lhes teria dirigido Seus chamados e escolhidos mensageiros - homens que teriam agido inteligentemente. A luz da verdade teria mostrado e descoberto a essas almas a sua verdadeira posição, e teriam recebido a verdade com entendimento, ficando satisfeitos com sua beleza e clareza. E ao sentirem os seus poderosos efeitos, teriam se fortalecido e derramado santa influência.
De novo foi-me mostrado o perigo desses viajantes a quem Deus não chamou. Mesmo que tenham algum sucesso, as qualificações que lhes faltam serão sentidas. Atitudes imprudentes serão tomadas, e pela falta de sabedoria algumas almas preciosas serão conduzidas aonde jamais poderão ser alcançadas. Vi que a igreja devia sentir sua responsabilidade e vigiar cuidadosa e atentamente a vida, as qualificações e a conduta geral dos que professam ser ensinadores. Se não houver inequívoca evidência de que Deus os chamou, de que sobre eles está o "ai" se não abraçarem o chamado, é dever da igreja agir e permitir seja sabido que essas pessoas não são reconhecidas como ensinadores pela igreja. Este é o único procedimento que a igreja pode adotar para estar livre nesta questão, pois o fardo está sobre ela.
Vi que esta porta pela qual o inimigo entra para perturbar e levar à perplexidade o rebanho, pode ser fechada. Indaguei do anjo como poderia ser ela fechada. Disse ele: "A igreja precisa acorrer para a Palavra de Deus e estabelecer-se na ordem evangélica que tem sido subestimada e negligenciada." Isto é necessariamente indispensável para levar a igreja à unidade da fé. Vi que nos dias dos apóstolos a igreja esteve em perigo de ser enganada e iludida por falsos mestres. Portanto os irmãos escolheram homens que tinham dado boa demonstração de que eram capazes de governar bem a sua própria casa e preservar a ordem em sua própria família, e que podiam esclarecer os que estavam em trevas. Foi feita indagação a Deus com respeito a esses, e então, em harmonia com a mente da igreja e o Espírito Santo, foram separados pela imposição das mãos. Havendo recebido sua comissão da parte de Deus e tendo a aprovação da igreja, saíram batizando no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e administrando as ordenanças da casa do Senhor, muitas vezes servindo os santos na apresentação do corpo partido e do sangue derramado do crucificado Salvador, a fim de conservar sempre na memória dos amados filhos de Deus os Seus sofrimentos e morte.
Vi que não estamos mais seguros contra os falsos ensinadores agora do que estavam eles nos dias dos apóstolos; e, se mais não fizermos, devemos tomar especiais medidas como eles o fizeram, a fim de garantir a paz, a harmonia e união do rebanho. Temos o seu exemplo, e devemos segui-lo. Irmãos de experiência e de mente saudável devem congregar-se, e seguindo a Palavra de Deus e sanção do Espírito Santo, devem, com fervente oração, impor as mãos sobre aqueles que tenham dado plena prova de que receberam o chamado de Deus, sendo então separados para se devotarem inteiramente a Sua obra. Esse ato mostraria a sanção da igreja a sua saída como mensageiros para levarem a mais solene mensagem já dada aos homens (Primeiros Escritos, p. 99-101).

Falo ao nosso povo. Se vocês se aproximarem de Jesus e procurarem honrar sua profissão de fé mediante uma vida bem ordenada e conversação santa, seus pés serão guardados de se desviarem para caminhos proibidos. Se tão somente vigiarem continuamente em oração, se fizerem tudo como se estivessem na presença imediata de Deus, então estarão livres de ceder à tentação, e poderão esperar ser conservados puros, imaculados e incontaminados até o fim. Se retiverem “firmemente o princípio da” sua “confiança até ao fim” (Hebreus 3:14), seus caminhos serão estabelecidos em Deus, e aquilo que a graça começou, a glória coroará no reino de nosso Deus. “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gálatas 5:22, 23. Se Cristo estiver em nós, crucificaremos a carne com suas paixões e concupiscências (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 148).

Ao nos aproximarmos do fim do tempo, a falsidade estará tão misturada com a verdade, que somente os que têm a direção do Espírito Santo serão capazes de distinguir a verdade do erro. Precisamos fazer todo esforço para guardar o caminho do Senhor. De modo nenhum devemos afastar-nos de Sua orientação e pôr a confiança no homem. O Senhor determina que os anjos mantenham estrita vigilância sobre os que põem sua fé no Senhor, e esses anjos são nossa especial ajuda em todo tempo de necessidade. Cada dia devemos ir ao Senhor em plena certeza de fé, e d Ele esperar sabedoria. [...] Os que são guiados pela Palavra do Senhor distinguirão com certeza entre a falsidade e a verdade, entre o pecado e a justiça (Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], 199; Comentário de Ellen G. White no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1.007, 1.008).

Sexta, 12 de outubro: Estudo adicional

Profetas e Reis, "O Reino é Rasgado", p. 87-98.
Atos dos Apóstolos, "Mensagem de Advertência e de Apelo", p. 298-308.



Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

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