sábado, 2 de setembro de 2017

COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA 2017 - LIÇÃO 11 - 2 A 8 DE SETEMBRO


Verso para Memorizar:
"Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor”
(Gl 5:13).

Sábado à tarde, 2 de Setembro

Entre os ouvintes, muitos foram para Ele atraídos com fé, e a estes Jesus disse: "Se vós permanecerdes na Minha palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:31 e 32.
Estas palavras ofenderam os fariseus. Passaram por alto a longa sujeição de seu povo a um jugo estrangeiro, e exclamaram, zangados: "Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes Tu: Sereis livres?" João 8:33. Jesus olhou a esses homens, escravos da malignidade, cujos pensamentos iam após vinganças, e respondeu com tristeza: "Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado." João 8:34. Eles se achavam na pior espécie de servidão - governados pelo espírito do mal.
Toda alma que recusa entregar-se a Deus, acha-se sob o domínio de outro poder. Não pertence a si mesma. Pode falar de liberdade, mas está na mais vil servidão. Não lhe é permitido ver a beleza da verdade, pois sua mente se encontra sob o poder de Satanás. Enquanto se lisonjeia de seguir os ditames de seu próprio discernimento, obedece à vontade do príncipe das trevas. Cristo veio quebrar as algemas da escravidão do pecado para a alma. "Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." "A lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus" nos liberta "da lei do pecado e da morte." Romanos 8:2 (O Desejado de Todas as Nações, p. 466).

Serão encontrados alguns cuja mente foi por tão longo tempo desacreditada que nunca na vida se tornarão aquilo que poderiam ter sido sob mais favoráveis circunstâncias. Mas os brilhantes raios do Sol da Justiça podem resplandecer na alma. É seu privilégio possuir aquela vida que se estende paralela à vida de Deus. Implantai-lhes na mente pensamentos que elevem e enobreçam. Que vossa vida lhes patenteie a diferença entre o vício e a pureza, as trevas e a luz. Leiam eles em vosso exemplo o que significa ser cristão. Cristo é capaz de levantar os maiores pecadores, colocando-os no estado em que serão reconhecidos como filhos de Deus, herdeiros com Cristo da herança imortal.
Pelo milagre da divina graça, muitos podem tornar-se aptos para uma vida de utilidade. Desprezados e abandonados, perderam por completo o ânimo; talvez pareçam insensíveis e indiferentes. Sob o ministério do Espírito Santo, todavia, a estupidez que faz parecer impossível seu reerguimento desaparecerá. A mente pesada, obscurecida, despertará. O escravo do pecado será posto em liberdade. O vício desaparecerá, será vencida a ignorância. Mediante a fé que opera por amor, o coração será purificado e a mente, iluminada (A Ciência do Bom Viver, p. 169).

Servindo a si mesmos, multidões estão jungidas em servidão a Satanás. São escravos de seus próprios impulsos e paixões, que estão sob o domínio do maligno. Ao chamá-los para o Seu serviço, Deus lhes oferece a liberdade. A obediência a Deus é liberdade da escravidão do pecado, livramento das paixões e impulsos humanos (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 247).


Domingo, 3 de Setembro: Cristo nos libertou

Jesus morreu para salvar o Seu povo dos pecados deles, e redenção em Cristo significa cessar a transgressão da lei de Deus e estar livre de todo pecado; nenhum coração que é incitado pela inimizade contra a lei de Deus está em harmonia com Cristo, o qual sofreu no Calvário para vindicar e exaltar a lei diante do Universo.
Os que fazem ousadas pretensões de santidade demonstram com isso que eles não veem a si mesmos à luz da lei; não são iluminados espiritualmente e não sentem aversão a toda espécie de egoísmo e orgulho. De seus lábios manchados pelo pecado saem as expressões contraditórias: "Sou santo, sou sem pecado. Jesus me ensina que se eu guardar a lei, cairei da graça. A lei é um jugo de servidão." Diz o Senhor: "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." Devemos estudar diligentemente a Palavra de Deus para que cheguemos a decisões corretas e procedamos de acordo com elas; pois então obedeceremos à Palavra e estaremos em harmonia com a santa lei de Deus (Fé e Obras, p. 95).

Quão fervorosamente Cristo Se dedicou à obra de nossa salvação! Que dedicação revelou Sua vida, ao procurar valorizar o homem caído, atribuindo a todo pecador arrependido e crente, os méritos de Sua imaculada justiça! Quão incansavelmente trabalhava Ele! No templo e na sinagoga, nas ruas das cidades, na praça, na oficina, junto ao mar, entre as montanhas, pregava Ele o evangelho e curava os doentes. Deu de Si totalmente, a fim de que pudesse efetuar o plano da graça remidora.
Cristo não estava sob obrigação nenhuma de fazer este grande sacrifício. Voluntariamente se entregou para sofrer a punição devida ao transgressor de Sua lei. Seu amor era Sua obrigação única, e sem um queixume suportou Ele toda dor e recebeu toda indignidade que eram parte do plano da salvação (Nos Lugares Celestiais, [MM 1968], p. 43).

Honrou-nos Deus, mostrando quão grande valor nos atribui. Somos comprados por um preço - o precioso sangue do Filho de Deus. Quando os por Ele adquiridos seguirem conscienciosamente a Palavra do Senhor, Sua bênção repousará sobre eles em resposta a suas orações. "Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque Ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-Se, e grande em beneficência." Joel 2:12 e 13.
Na oração secreta deve a pessoa mostrar-se tal qual é, aos olhos perscrutadores de Deus. ... Quão preciosa é a oração secreta - a pessoa comungando com Deus! A oração secreta só deve ser ouvida por Deus, que ouve orações. Nenhum ouvido curioso deve partilhar do assunto das petições. Calma, porém, fervorosamente, deve o espírito dilatar-se para Deus; e suave e permanente será a influência que procederá dAquele que vê em segredo, cujo ouvido está atento à oração que provém do coração. Aquele que, com fé simples, mantém comunhão com Deus, atrairá a si divinos raios de luz, que o fortalecerão e susterão no conflito com Satanás (Para Conhecê-Lo, [MM 1965], p. 272).


Segunda-feira, 4 de Setembro: A natureza da liberdade cristã
 
Todos quantos preferem o reino de Cristo - reino de amor e justiça e paz - colocando os interesses do mesmo acima de todos os outros, acham-se ligados ao mundo do alto, e pertencem-lhes todas as bênçãos necessárias a esta vida. No livro da providência de Deus, o volume da vida, a cada um de nós é dada uma página. Essa página contém cada particularidade de nossa história; até os cabelos da cabeça estão contados. Os filhos de Deus nunca Lhe estão ausentes do pensamento.
"Não vos inquieteis pois pelo dia de amanhã." Devemos seguir a Cristo dia a dia. Deus não provê auxílio para amanhã. Não dá a Seus filhos imediatamente todas as instruções para a jornada da vida, para que não fiquem confundidos. Diz-lhes apenas quanto possam conservar na memória e realizar. A força e a sabedoria comunicadas destinam-se à emergência do momento. "Se algum de vós tem falta de sabedoria" - para o dia de hoje - "peça a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." Tiago 1:5. (O Desejado de Todas as Nações, p. 313)

Deus roga aos homens que se oponham aos poderes do mal. Diz: "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça." Romanos 6:12 e 13.
Neste conflito da justiça com a injustiça, só podemos ser bem-sucedidos mediante o auxílio divino. Nossa vontade finita precisa ser submetida à vontade do Infinito; a vontade humana precisa confundir-se com a divina. Isso trará em nosso auxílio o Espírito Santo; e toda vitória tenderá à recuperação da comprada possessão de Deus, à restauração de Sua imagem na alma. (Nossa Alta Vocação, [MM 1692], p. 151).

A morte entrou no mundo devido à transgressão. Mas Cristo deu Sua vida para que o homem tivesse outra oportunidade. Não morreu Ele na cruz para abolir a lei de Deus, mas para garantir ao homem uma segunda prova. Não morreu para tornar o pecado um atributo imortal; morreu para garantir o direito de destruir aquele que tinha o império da morte, isto é, o diabo. Sofreu toda a penalidade de uma lei quebrada pelo mundo todo. Fê-lo, não para que o homem pudesse continuar na transgressão, mas para que eles pudessem voltar à sua lealdade e guardar os mandamentos de Deus, e a Sua lei como a menina de seus olhos (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 134).


Terça-feira, 5 de Setembro: As perigosas consequências do legalismo (Gl 5:2-12)
 
Formalidade, sabedoria mundana, certa esperteza e métodos mundanos, parecerão a muitos o próprio poder de Deus, mas quando aceitos, ficam como obstáculo impedindo a luz de Deus em advertências, reprovação e conselho de atingir o mundo.
Ele [Satanás] está trabalhando com todo o seu poder insinuante, enganador, para desviar os homens da mensagem do terceiro anjo, que deve ser proclamada com forte poder. Se Satanás vê que Deus está abençoando Seu povo e preparando-os para discernir-lhe os enganos, trabalha com sua magistral capacidade para introduzir fanatismo de um lado e frio formalismo de outro, para que ele possa ceifar uma colheita de almas. Agora é nosso tempo de vigiar incessantemente. Vigiai, barrai o caminho ao mínimo passo de avanço que Satanás possa fazer entre vós.
Há perigo contra o qual estar acautelados à direita e à esquerda. Haverá pessoas inexperientes, recém-conversas, que necessitam ser fortalecidas, e terem diante de si um exemplo correto. Alguns não farão o uso devido da doutrina da justificação pela fé. Apresentá-la-ão de maneira unilateral.
Outros lançarão mão de ideias que não foram devidamente apresentadas, e passam completamente sobre o limite, passando de todo por alto as obras.
Ora, a fé genuína sempre opera por amor. Quando olhais ao Calvário não é para aquietar vossa alma na falta de cumprimento do dever, nem para vos acalmar para dormir, mas para criar fé em Jesus, fé que opere, purificando a alma do lodo do egoísmo. Quando lançamos mão de Cristo pela fé, nossa obra apenas começou. Todo homem tem hábitos corruptos e pecaminosos que precisam ser vencidos por combate vigoroso. Requer-se de toda alma que combata o combate da fé. Se alguém é seguidor de Cristo, não pode ser astuto no negócio, não pode ser duro de coração, falto de compaixão. Não pode ser vulgar na linguagem. Não pode ser cheio de arrogância e presunção. Não pode ser despótico, nem usar palavras ásperas, e censurar e condenar (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 19, 20)

Justiça própria não é verdadeira justiça, e aqueles que a ela se apegam terão que sofrer as consequências de uma decepção fatal. Muitos hoje em dia presumem obedecer aos mandamentos de Deus, todavia não possuem no coração o amor de Deus para transmiti-lo a outros. Chama-os Cristo para se unirem com Ele em Sua obra de salvar o mundo, porém contentam-se com dizer: "Eu vou, Senhor." Não vão, entretanto. Não cooperam com aqueles que estão executando a obra de Deus. São ociosos. Como o filho infiel, fazem falsas promessas a Deus. Assumindo o solene convênio da igreja, comprometeram-se a receber a Palavra de Deus, obedecer-lhe, entregar-se a Seu serviço, porém não fazem isto. Nominalmente professam ser filhos de Deus, mas na vida e no caráter desmentem o parentesco. Não rendem a vontade a Deus. Vivem uma mentira (Parábolas de Jesus, p. 279).

Quando as pessoas alegam que estão santificadas, dão suficiente evidência de estar bem longe de serem santas. Deixam de ver sua própria fraqueza e desamparo. Olham para si mesmas como refletindo a imagem de Cristo, porque não têm verdadeiro conhecimento dEle. Quanto maior a distância entre elas e seu Salvador, tanto mais justas se parecem aos próprios olhos.
Quando, com penitente e humilde confiança, meditamos em Jesus, a quem nossos pecados traspassaram, podemos aprender a andar em Suas pisadas. Contemplando-O, somos transformados à Sua divina semelhança. E quando essa obra se operar em nós, não pretenderemos ter qualquer justiça em nós mesmos, mas exaltaremos a Jesus Cristo, pois nosso enfraquecido coração confia em Seus méritos (Santificação, p. 8).

Quarta-feira, 6 de Setembro: Liberdade, não libertinagem (Gl 5:13)


A todos quantos recebem o espírito deste serviço, ele nunca se poderá tornar uma simples cerimônia. Sua constante lição será: "Servi-vos uns aos outros pela caridade." Gl. 5:13. Ao lavar os pés aos discípulos, Cristo deu nova prova de que estaria disposto a fazer qualquer serviço, por mais humilde que fosse, que os tornasse co-herdeiros Seus da fortuna eterna do tesouro celeste. Seus discípulos, ao realizarem o mesmo rito, penhoram-se a si mesmos para servir de igual maneira aos seus irmãos. Sempre que essa ordenança é devidamente celebrada, os filhos de Deus são levados a uma santa relação uns para com os outros, para se ajudar e beneficiar mutuamente. Comprometem-se a dar a vida a um desinteressado ministério. E isto não somente uns pelos outros. Seu campo de labor é tão vasto como era o de Seu Mestre. O mundo está cheio de pessoas necessitadas de nosso ministério. Os pobres, os ignorantes, os desamparados, acham-se por toda parte. Aqueles que comungaram com Cristo no cenáculo, sairão para servir como Ele serviu.
Jesus, o que era servido por todos, veio a tornar-Se Servo de todos. E porque ministrou a todos, por todos há de ser novamente servido e honrado. E os que quiserem partilhar de Seus divinos atributos, participando com Ele da alegria de ver almas redimidas, devem seguir-Lhe o exemplo de abnegado ministério (O Desejado de Todas as Nações, 651).

O amor é o cordão de seda que liga entre si os corações. Não devemos julgar que nos precisamos pôr como modelos. Enquanto pensarmos em nós mesmos e o que nos é devido pelos outros, impossível nos será fazer nossa obra de salvar pessoas. Quando Cristo tomar posse de nosso coração, não mais faremos o estreito círculo do eu o centro de nossos pensamentos e atenções.
Que admirável reverência pela vida humana Jesus exprimiu na missão de Sua vida! Não esteve entre o povo como um rei, exigindo atenção, reverência, serviço, mas como alguém que desejava servir, erguer a humanidade. Disse que não viera para ser servido mas para servir. ... Onde quer que Cristo visse um ser humano, via alguém necessitado de simpatia. Muitos de nós estamos dispostos a servir certas pessoas - aqueles a quem honramos - mas justo aqueles a quem Cristo nos queria tornar uma bênção caso não tivéssemos tanta frieza de coração, não fôssemos tão descorteses e egoístas, passamos por alto como indignos de nossa atenção (Nossa Alta Vocação, [MM 1962], p. 174).

A vida de Cristo era de serviço abnegado, e Sua vida é nosso livro escolar. A obra que Ele começou, nós devemos continuar. Tendo diante de si a Sua vida de labuta e sacrifício, podem porventura aqueles que professam o Seu nome hesitar em se negar a si mesmos, tomar a cruz e segui-Lo? Ele Se humilhou às mais baixas profundezas a fim de que nós fôssemos erguidos às alturas da pureza e santidade e perfeição. Tornou-Se pobre para que pudesse derramar em nossa vida opressa pela pobreza, a plenitude de Suas riquezas. Suportou a cruz de ignomínia a fim de que nos pudesse dar paz , descanso e alegria, e fazer-nos participantes das glórias de Seu trono. ...
Não deveríamos devolver a Deus tudo que Ele redimiu, as afeições que purificou, e o corpo que comprou, para serem guardados em santificação e santidade? ...
O verdadeiro cristianismo difunde amor através do ser todo. Toca em todas as partes vitais - cérebro, coração, mãos ajudadoras, pés - habilitando os homens a permanecer firmes onde Deus requer que estejam. ...
Nós podemos, nós podemos revelar a semelhança de nosso divino Senhor. Podemos conhecer a ciência da vida espiritual. Podemos glorificar a Deus em nosso corpo e nosso espírito, que são Seus (Nos Lugares Celestiais, [MM 1968], p. 43).


Quinta-feira, 7 de Setembro: Cumprindo toda a lei (Gl 5:13-15)


A seguir a certeza do amor de Deus para conosco, Jesus recomenda amar-nos uns aos outros, em um vasto princípio que abrange todas as relações dos homens entre si.
Os judeus se interessavam no que deviam receber; a preocupação que os fazia ansiosos era garantir-se aquilo a que se julgavam com direito quanto ao poder, ao respeito e ao serviço. Cristo ensina, porém, que nossa ansiedade não devia ser: Quanto devemos receber? mas: Quanto podemos dar? A norma de nossa obrigação para com os outros é-nos apresentada naquilo que nós mesmos consideramos como sua obrigação para conosco.
Em vossa associação com outros, colocai-vos em seu lugar. Penetrai-lhes nos sentimentos, nas dificuldades, nas decepções, nas alegrias e tristezas. Identificai-vos com eles, e depois, fazei-lhes como, se fossem trocados os lugares, desejaríeis que eles procedessem para convosco. Essa é a verdadeira regra da honestidade. É outra expressão da lei:
"Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mateus 22:39. E isso constitui a substância dos ensinos dos profetas. É um princípio do Céu, e desenvolver-se-á em todos quantos se acharem habilitados a participar de sua santa convivência.
A regra áurea é o princípio da verdadeira cortesia, e sua mais genuína ilustração se manifesta na vida e no caráter de Jesus. Oh! que suave e bela influência partia da vida diária de nosso Salvador! Que doçura exalava só de Sua presença! O mesmo espírito se revelará em Seus filhos. Aqueles em quem Cristo habita, serão circundados duma atmosfera divina. Suas brancas vestes de pureza exalarão o perfume do jardim do Senhor. Seus rostos refletirão a luz do Seu, iluminando o trilho para pés fatigados e prontos a tropeçar.
Homem algum que tenha o verdadeiro ideal quanto a um caráter perfeito, deixará de manifestar o espírito de compreensão e ternura de Cristo. A influência da graça há de abrandar o coração, refinar e purificar os sentimentos, dando uma delicadeza e um senso de correção de origem celeste (O Maior Discurso de Cristo, p. 134, 135).

A fé em Cristo que salva a alma não é o que muitos imaginam que ela é. "Crede, crede", é o seu brado; "tão-somente crede em Cristo, e sereis salvos. É tudo que tereis de fazer." Embora a fé verdadeira confie inteiramente em Cristo para a salvação, ela conduzirá a perfeita conformidade com a lei de Deus. A fé é manifestada pelas obras. E o apóstolo João declara: "Aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nEle não está a verdade." I João 2:4.
É perigoso confiar nos sentimentos ou impressões, pois são guias que não merecem confiança. A lei de Deus é a única norma correta de santidade. É por essa lei que deve ser julgado o caráter. Se quem anda em busca da salvação perguntasse: "Que farei para herdar a vida eterna?", os mestres modernos da santificação responderiam: "Crê somente que Jesus te salva." Quando, porém, essa pergunta foi feita a Cristo, Ele disse: "Que está escrito na lei? Como lês?" E quando o indagador respondeu: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração... e ao teu próximo como a ti mesmo", Jesus declarou: "Respondeste bem; faze isso e viverás". Lucas 10:25-28.
A verdadeira santificação será evidenciada por conscienciosa consideração a todos os mandamentos de Deus, por esmerado desenvolvimento de todos os talentos, por conversação ponderada, revelando em todos os atos a mansidão de Cristo (Fé e Obras, 52, 53).

 
Sexta-feira, 8 de Setembro: Leitura adicional

Este Dia Com Deus, [MM 1980], "Fortes na Sua Força", p. 58.

Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões. Romanos 6:12.
Estai constantemente aprendendo de Jesus, constantemente progredindo na fé e crescendo na graça e no conhecimento da verdade. Estamos fazendo uma grande obra, e o Senhor é nosso Ajudador, o Senhor é nosso Escudo. Ele não nos abandonará nem desamparará. Anjos de Deus estão empenhados nesta obra de proclamar a mensagem de advertência ao mundo. Por nós mesmos nada podemos fazer. Somos tão fracos como a água, sem o Espírito do Senhor. Nossa força está em esconder-nos em Jesus. Deixai que Cristo apareça como Aquele que é totalmente desejável, e o mais distinguido entre dez mil.
Outrossim, exorto-vos a ter bom cuidado da habitação que Deus vos deu. Não reine o pecado em vosso corpo mortal e não desperdiceis as energias físicas que Deus vos concedeu, mas acalentai vossa força, pondo toda a vossa confiança num Salvador perfeito. Ele quer que sejais vitoriosos e que afinal useis uma coroa adornada com pedras preciosas.
O Céu, o doce Céu, é o eterno lar dos santos. Dentro em pouco iremos repousar. Usemos, portanto, nossas energias de maneira a não desperdiçá-las, para que Deus possa aumentá-las e santificá-las, tornando-as da mais alta utilidade. Oxalá o Senhor esteja bem perto de vós... e vos dê uma forte influência para destruir o erro e a superstição e as obras de Satanás.
Podemos pedir grandes coisas a Deus, e Ele no-las concederá. Seremos fortes em Sua força. Deparareis com a oposição do clero ao viverdes de acordo com a elevada norma da religião da Bíblia a apresentardes a outros; o desprezo e a zombaria, a calúnia e a falsidade hão de seguir-vos. Vossos motivos, vossas palavras, vossas ações serão interpretados mal, deturpados e desdenhados. Mas, se continuardes a obra sem levar em conta o abuso que vos é infligido, se fizerdes o que é correto, se fordes bondosos e pacientes, humildes de espírito, felizes em Deus, tereis influência. Obtereis a simpatia de todos os que são sinceros e sensatos.
Pregai a Palavra da Vida; a tempestade da oposição se dissipará com sua própria fúria, amainando-se. O clamor fenecerá. ... A harmonia da verdade será vista e sentida, sendo obedecida pelos sinceros e tementes a Deus.

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